lobo solitario
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Estes gajos esmeram-se desta maneira, quer no texto, quer nas fotos e depois? Que é que um tipo pode fazer??? Ahhh? Só se pode passar uma vergonha... Ou então, meter areia na vaselina. Isso! Abandalhar. Bora lá, vamos a isso:
O objectivo: andar de bicicleta. Nada mais. Isso e ouvi-los a mandar bocas. As do costume. Temas: a idade, as gajas, as gajas e a idade, a idade das gajas, enfim... e ainda há quem os ature. Num momento mais terno, propõem-se em casamento, preenchem formulários virtuais para futuros genros.
Mas rejeitar um convite, na minha idade, está fora de questão. Se quero ir com o CEVA? CLARO... bamos lá.
Ainda fui avisado que a coisa metia "inconsciências". Mas não tenho idade para tampas.
A horas (que me arrisco sempre a ouvir das boas se chegar atrasado), estaciono em frente a este bêtêtista tipo militar.
Arrancámos em direcção a uma breve incursão na História da via férrea. Para aqueles que se admiram com tamanha vertente cultural, devo dizer que durou pouco. O wikipedro tão cedo debitava informações sobre vias férreas e concelhos de Portugal como mandava das suas brejeirices boca fora.
Em frente da estação de Mondim, pensei que deveríamos ter trazido reforços alimentares. Há sempre alguém que se esquece do pãozito.
No passado havia orgulho no património férreo! Hoje, só se fôr de alta velocidade.
Mais me convenço que as pontes...
Apesar de prezar bastante os dotes de guia e desenhador de tracks do Indy, devo confessar que, nos primeiros Kms,... duvidei.
Com o cudorido, lá chegámos a Celorico.
A coisa continuou. O Plus até fazia de Cristo, com a sua santa cruz às costas...
Algum ciclone tinha aberto a passagem para nós.
A parte inicial não me fascinou. Predominaram os armazéns e os eucaliptais. Raras vezes deu para ter uma visão mais bucólica.
Lá chegámos à dita ponte. Quando olhei para ela, nunca pensei que houvesse discussão. De facto, houve um grande silêncio. Quando pensava que se iniciaria a retirada, um forte sentimento unitário, encabeçado pelo cabeçudo do meu "genro", movia-se, cada vez mais, através daqueles pedaços de madeira apodrecida. Quando eu pensava que passaríamos duas horas a decidir quem de nós seria o mais descartável para experimentar a travessia, já o tipo avançava, balouçando a cada passada, naquela enxovia. Lembro-me de pensar: "Tá bem. Já viveste meio século. Nada mal. Já ninguém to tira. Avança também. Com sorte, cais de cabeça e rachas a tola antes de sentir as dores dos dois fémures partidos e a aflição do Tâmega a invadir-te a glote."
Lá passámos todos, sãos e salvos. Não recomendo e voto contra a publicidade mediática do acontecimento.
Do lado de lá, o demente do guia rejubilava.
Depois disto, que mais se poderá dizer? Que andámos de bicicleta? Sim, andámos. Que fômos aos montes? Sim, fômos lá. Que ouvi "é meu! é meu" e que suspeitei estar próximo de um talefe? Sim, é verdade. Aconteceu. Que houve photo-shoots para uma revista "séria"? Sim houve.
Que andámos à roda da saia da senhora da graça? Sim e houve muitas graçolas.
Que o trajecto tinha sido criteriosamente preparado? Para quê negá-lo!?
Que, apesar do espírito de equipa, nos mantivemos unidos? Para quê refutar algo tão evidente?
Que o Eduardo ainda tentou esmagar um meco, por pura inveja dos pinocos?
Que andam pr'aí a assar lobos como se de leitões se tratassem?...
O objectivo: andar de bicicleta. Nada mais. Isso e ouvi-los a mandar bocas. As do costume. Temas: a idade, as gajas, as gajas e a idade, a idade das gajas, enfim... e ainda há quem os ature. Num momento mais terno, propõem-se em casamento, preenchem formulários virtuais para futuros genros.
Mas rejeitar um convite, na minha idade, está fora de questão. Se quero ir com o CEVA? CLARO... bamos lá.
Ainda fui avisado que a coisa metia "inconsciências". Mas não tenho idade para tampas.
A horas (que me arrisco sempre a ouvir das boas se chegar atrasado), estaciono em frente a este bêtêtista tipo militar.
Arrancámos em direcção a uma breve incursão na História da via férrea. Para aqueles que se admiram com tamanha vertente cultural, devo dizer que durou pouco. O wikipedro tão cedo debitava informações sobre vias férreas e concelhos de Portugal como mandava das suas brejeirices boca fora.
Em frente da estação de Mondim, pensei que deveríamos ter trazido reforços alimentares. Há sempre alguém que se esquece do pãozito.
No passado havia orgulho no património férreo! Hoje, só se fôr de alta velocidade.
Mais me convenço que as pontes...
Apesar de prezar bastante os dotes de guia e desenhador de tracks do Indy, devo confessar que, nos primeiros Kms,... duvidei.
Com o cudorido, lá chegámos a Celorico.
A coisa continuou. O Plus até fazia de Cristo, com a sua santa cruz às costas...
Algum ciclone tinha aberto a passagem para nós.
A parte inicial não me fascinou. Predominaram os armazéns e os eucaliptais. Raras vezes deu para ter uma visão mais bucólica.
Lá chegámos à dita ponte. Quando olhei para ela, nunca pensei que houvesse discussão. De facto, houve um grande silêncio. Quando pensava que se iniciaria a retirada, um forte sentimento unitário, encabeçado pelo cabeçudo do meu "genro", movia-se, cada vez mais, através daqueles pedaços de madeira apodrecida. Quando eu pensava que passaríamos duas horas a decidir quem de nós seria o mais descartável para experimentar a travessia, já o tipo avançava, balouçando a cada passada, naquela enxovia. Lembro-me de pensar: "Tá bem. Já viveste meio século. Nada mal. Já ninguém to tira. Avança também. Com sorte, cais de cabeça e rachas a tola antes de sentir as dores dos dois fémures partidos e a aflição do Tâmega a invadir-te a glote."
Lá passámos todos, sãos e salvos. Não recomendo e voto contra a publicidade mediática do acontecimento.
Do lado de lá, o demente do guia rejubilava.
Depois disto, que mais se poderá dizer? Que andámos de bicicleta? Sim, andámos. Que fômos aos montes? Sim, fômos lá. Que ouvi "é meu! é meu" e que suspeitei estar próximo de um talefe? Sim, é verdade. Aconteceu. Que houve photo-shoots para uma revista "séria"? Sim houve.
Que andámos à roda da saia da senhora da graça? Sim e houve muitas graçolas.
Que o trajecto tinha sido criteriosamente preparado? Para quê negá-lo!?
Que, apesar do espírito de equipa, nos mantivemos unidos? Para quê refutar algo tão evidente?
Que o Eduardo ainda tentou esmagar um meco, por pura inveja dos pinocos?
Que andam pr'aí a assar lobos como se de leitões se tratassem?...
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