[anchor=top]
Passados 12 meses de convívio com a nova montagem, é tempo de balanço, até porque um novo projecto se avizinha e há que encerrar este ciclo com a merecida, chamemos-lhe, homenagem.
Andava a protelar a colocação da análise aqui no fórum, por um lado porque ainda não tinha a máquina na versão final e poupei-vos assim o aborrecimento de documentar efusivamente cada parafuso que fosse trocando, e por outro porque quando escrevo tendo a ser alongado e portanto levou o seu tempo a escrever as linhas que se seguem.
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[O mamífero pedalante e a Helga, na solitária volta de despedida // Subida das Águas Férreas / St.ª Justa / Valongo]
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[anchor=mamifero][ENQUADRAMENTO I // O mamífero] [/anchor]
Apesar de ter sido quase sempre elegantemente proporcional, com 80 quilos para 1,90m, os anos da faculdade e as 12 horas por dia sentado ao computador, mais as directas de trabalho e a má alimentação, fizeram com que, em 5 anos, disparasse para uns pouco saudáveis 125Kg. Aliou-se a isto o facto de ter parado o BTT antes de começar a derradeira jornada estudantil e também o desleixo no campo do físico, durante os anos académicos. E não me perdi em alcool e festas, senão é que era...
Sempre tive boa resistência e não me arrastava propriamente pelas escadas acima, mas sentia o peso do peso, passe a redundância.
Entretanto um grande amigo de longa data, e companheiro de pedaladas nos longínquos anos 90, que estava basicamente na mesma situação de sedentarismo, voltou ao activo no final de 2007 e pouco depois arrastou-me com ele. Na primeira semana em que regressei aos trilhos, 7 anos depois da última volta de BTT, tive um aquecimento de 20km e, uma semana depois, 40 quilómetros que me deixaram com o maior empeno de sempre até hoje. Os últimos 10km foram feitos com paragens praticamente a cada quilómetro. No entanto foi, por cruel que possa ter parecido na altura, o incentivo que precisava para continuar. Hoje faço essa volta com naturalidadade (Valongo - Recarei - Mesas - Santa Comba - Valongo, para quem conhece) o que faz valer todo o esforço e sofrimento da altura.
Costumo dizer que mesmo os desistentes, não se livram da primeira volta de BTT e é nisso que este desporto é primordial: Se estivermos meio mortos a 30km de casa, a desejar não ter nascido e com vontade de atirar a toalha ao chão, teremos ainda de apelar a todas as forças para voltar para trás. E mesmo que se desista no dia seguinte, aqueles km de ida e volta já ninguém nos tira!
Eis-me então em Novembro de 2009, com 9000 e tal km nas pernas de voltas com os amigos, voltas de estrada, raides, maratonas e inter-freguesias. Com oscilações de humor entre os 90 e os 92 quilos, não tenho ainda grandes preocupações com a alimentação, aparte de a tentar manter saudável. Como bom garfo que sou, não sou capaz de sacrificar integralmente um dos grandes prazeres que tiro da vida, um bom petisco, em favor de outro enorme prazer que é o das pedaladas. Não me sinto obeso, até porque a estatura disfarça bem os 10 quilitos a mais, mas sei que com mais alguma disciplina, a coisa entra nos eixos.
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[anchor=ido][ENQUADRAMENTO II // O que faço e por onde ando] [/anchor]
Aqui em Valongo e arredores impera o solo árido e a pedra solta, mais concretamente xisto laminado e triturado plantado numa secura que só não é aridamente desértica, porque aqui e ali ainda existem alguns cursos de água, e eventualmente, chove no inverno!
Com a contribuição activa das motos e moto 4, e também pelo domínio avassalador ao longo dos anos das plantações de eucalipto, a erosão manifesta-se de forma implacável nos trilhos mais concorridos e o inverno, com as suas águas livres, só vem piorar a situação. Sem agregadores no solo a erosão aumenta indefinidamente.
Aparte dos trilhos em Quinta Rei, onde a humidade mais abundante permite manter o solo compacto e cria zonas com alguma vegetação mais variada, as restantes serras envolventes a Valongo, salvo salpicadas e dispersas excepções, são demolidoras para braços, pneus e suspensões apresentando-se com uma mistura de cobertura vegetal de mato rasteiro e eucalipto, com muito pouca incidência de pinheiro, outrora uma das espécies mais abundantes. As zonas mais verdejantes ladeiam os cursos de água ou são essencialmente agrícolas.
Com uma orografia irregular onde as subidas e descidas se sucedem, mesmo nas cristas, esta zona é um excelente parque de diversões para os amantes do BTT.
No meu caso em particular, faço tiradas entre os 40 e os 60km, sempre desgastantes por causa do relevo e terreno, mas em que as longas subidas contrastam e alternam com rápidas e por vezes perigosas descidas. Seja em estradão, seja quando se usa o caminho mais curto entre o ponto A no topo e o ponto B na base: ou seja, um corta-fogo.
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[anchor=need][ENQUADRAMENTO III // A necessidade] [/anchor]
Depois de começar com um quadro de alumínio, muito Shimano Deore, Zoom nos acessórios e uma forqueta que, de suspensão só tinha o muito peso, decidi dar um salto maior. Comprei um quadro de uma Rockrider 8.2, um kit XT e uma Marzocchi MX PRO ETA e fiz uma coisita melhor para continuar o gosto no BTT que entretanto redescobri. É como dizem, o bichinho fica sempre...
Mas nessa altura o meu peso ainda era um contra considerável e rendi-me ás vantagens de conforto que poderia tirar de um quadro de suspensão total, ideia reforçada pelo que referi acima, acerca do terreno. Não tenho uma visão robotizada e exageradamente eficiente do que deve ser uma bicicleta de todo o terreno, e portanto tenho essa aspiração de desfrutar de tudo o que o BTT nos pode oferecer, incluindo os safanões, mas com o conforto necessário para que a experiência não se torne condicionante.
Procurava por isso um quadro de suspensão total, minimamente acessível e sobretudo que me enchesse as medidas sem esvaziar a carteira. Andei a ver várias opções que se encaixassem no reduzido orçamento (sub 500 euro), já que nesta fase não procurava um investimento para a vida, mas sim uma entrada no mundo dos quadros de suspensão total. Procurei da BH até à Progress com paragem na MSC. No entanto, sabia de um quadro Canyon 2008 que, fruto de ser um tamanho XL, andava aos tombos nos classificados, há umas valentes semanas. Já conhecia a qualidade das Canyon porque um amigo meu tem uma e decidi arriscar.
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[anchor=arrive][ENQUADRAMENTO IV // A chegada a Valongo] [/anchor]
Fui buscar o quadro a Anadia, e apesar de me parecer grande, não dava para ter ideia da monstruosidade que era, depois de montado. Estava em excelente condição, apenas com algumas falhas no lettring serigrafado, o que aliás, se veio a revelar o único problema até agora com o quadro.
A montagem fez-se inicialmente com os componentes da minha antiga Rockrider 8.2 também montada a preceito: Transmissão XT, Formula ORO K18, Marzocchi MX Pro ETA 100mm, Rodas Sun Ringlé Disc Jockey, Avanço e guiador Ritchey WCS e mais algumas coisas aqui e ali.
Logo na montagem da forqueta, um problema. Se na antiga 8.2 o tubo da forqueta sobrava, tendo de utilizar espaçadores, na Canyon, fruto do tamanho considerável do quadro e da testa a condizer, o topo do tubo ficava meio centímetro abaixo do topo do avanço, sem espaçadores!
Se dava para sobreviver ao entusiasmo de rolar com a máquina nova, nem que fosse em estradão, não era de todo seguro para fazer uma volta de XC.
Ficou no entanto a restante montagem feita, dando então para perceber que a bicicleta ficava mesmo muito grande, especialmente para quem vinha de um M com uma geometria muito agressiva. Na verdade o XL é o tamanho acima do que gastaria na Canyon e para terem uma ideia, equivale a um 22", quando normalmente um 19" já é considerado um quadro grande.
A posição de condução era radicalmente diferente daquilo a que estava habituado, algo como passar de um Smart Roadster para um Camião Renault!
Isto obrigava a um esforço suplementar na hora de montar e desmontar, especialmente em zonas mais irregulares em que as rodas acabam por ficar num plano mais elevado do que o local onde o pé irá pousar. Causou-me alguns problemas nos primeiros tempos, com saídas mais artísticas, dada a grande inclinação a que tinha que colocar a bicicleta para poder sair em segurança.
Acabei por me habituar ao posto de condução mais alto, sendo que recuperei grande parte da agilidade que tinha com o quadro mais pequeno. O evoluir da forma física também ajudou a que as saídas artísticas diminuíssem. Não tem a inquietude e irreverência de um S, mas desenrasca-se muito bem. No entanto não está isento de problemas, como explicarei mais à frente.
Impunha-se então a compra de uma forqueta nova. Não valia a pena fazer compromissos neste aspecto. A Marzocchi estava muito desfalcada nas gamas superiores, a Rock Shox tinha na Reba a sua escolha acertada e até gostava da versão branca, no entanto, havia claramente uma marca que se destacava nas pesquisas e sondagens de opinião que fui fazendo: Fox.
Apesar de considerar desde logo a Talas um "must have" na relação peso/versatilidade, na altura em que procurei (como já referi acima, foi uma compra com urgência para poder andar com a bicicleta) não havia basicamente oferta neste modelo. Encontrei uma de 2006, a outra de 2007, ambas longe e sabendo de antemão que nem sempre são suspensões bem tratadas, decidi esquecer e concentrar-me nos modelos F.
A escolha acabou de recair na F120, para permitir uma condução mais atrevida, e também para manter a frente equilibrada em termos de altura já que os 100mm praticamente anulavam o sloping do quadro! A disponibilidade de uma em branco foi a gota de água e dias depois estava montada na Canyon.
Nesta altura a montagem rondava os 12.800g, peso que considerei interessante tendo em conta o que ainda se poderia melhorar.
Agora que tinha um esqueleto quase irrepreensível, estava na altura de ir acertando os pequenos detalhes. Naturalmente tenho noção que a longo prazo, acaba por ficar mais caro fazer uma montagem peça a peça, no entanto encaro-o como sendo um ALD (aluguer de longa duração): Vou desfrutando já da máquina na sua essência, atingindo, a longo prazo, e quase (quase) sem notar na carteira, a montagem de qualidade que pretendo.
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Quadro: Canyon Nerve XC 8.0 - Tamanho XL - Anodizado - Preto (2595g c/dropout + cx direcção + ferragens amortecedor)
Amortecedor: Fox RP23 2007 (242g c/casquilhos)
Forqueta: Fox F120 RLC Branca 2008 (1682g c/tubo a 21cm)
Rodas: Cubos DT 240s enraiados em aros XR400 com raios Sapim CX-Ray (1530g s/apertos e s/fita)
Câmaras de ar: Specialized UltraLight (130g)
Líquido anti-furo: Joe's No Flats (120g)
Pneus: Schwalbe Nobby Nic Evo 2.25 (572g + 558g)
Fita de aro: Michelin
Apertos de Rodas: A2Z em CroMo, vermelhos (108g par)
Selim: Selle Italia SLR XC Gel Flow, preto (179g)
Espigão de selim: Thomson Elite 31.6 (240g)
Aperto de espigão selim: KCNC Road Lite (12g)
Guiador: KCNC SC Bone Recto 31.8
Avanço: Thomson Elite X4 / 0º / 110mm (174g)
Espaçadores da coluna de direcção: KCNC
Tampa caixa direcção: KCNC (4g s/parafuso)
Punhos: Bontrager Race Lite Slim Lock On (88g)
Manípulos das mudanças: SRAM X-9 Trigger (260g c/MixMaker e c/cabos de teflon)
Travões + Discos: Formula Oro K18 (F: 180mm / T:160mm) (258g + 286g c/adaptadores + parafusada e s/discos)
Cabos de mudança: Jagwire Ripcord Teflon
Espirais de mudança: Jagwire Ripcord (51g c/terminais e c/protecções de borracha)
Desviador da frente: Shimano XT Bottom Swing (158g)
Desviador traseiro: Sram X-9 2008 (214g)
Cassete: Shimano XT 11-34
Corrente: SRAM PC971
Pedaleiro: Truvativ Stylo 3.3 OCT GXP (852g)
Pedais: Exustar PM-25 (282g)
Grade de Bidão: Specialized Rib Cage MTB (37g)
PESO FINAL: 11 760g
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[anchor=guiador][GUIADOR // KCNC SC Bone, 31.8 OS, Recto]
Como muitos outros colegas de pedal também já haviam descoberto, constatei por experiência própria que o verniz do meu Ritchey WCS Wet Black OS Low Rise era estupidamente fraco. Na verdade nem é um verniz, mas sim uma película termo-moldada, que se descola do anodizado com bastante facilidade. Depois de descolar descasca rapidamente e, no meu caso, passei-me com o mau aspecto e acabei por tirar tudo. Ficou o anodizado por baixo mas mais baço que nas versões "normais" e partes dos logotipos saíram com o verniz. Uma porcaria!
Estava então à procura de um novo guiador, quando surgiu por empréstimo uma bela desculpa para experimentar um guiador recto: um FSA XC180. Não me fiz rogado já que era uma experiência que andava para fazer há uns tempos e o certo é que agora não quero outra coisa!
Ganhei mais controlo, precisão e apoio nas subidas, e não notei rigorosamente diferença nenhuma a descer. Com as vantagens enumeradas e um peso substancialmente mais baixo não via porque haveria de voltar aos guiadores elevados.
Entretanto encomendei o KCNC SC Bone que tirou de imediato 100g (!) ao FSA XC180 e uns espantosos 160g face ao peso do Ritchey WCS que tinha originalmente. Com 600mm de comprimento, pareceu-me uma boa medida para fazer a desabituação dos grandes guiadores elevados.
A leveza do guiador faz-se sentir naturalmente num aumento da flexibilidade face a guiadores mais pesados mas, sinceramente, não reparo nessa torção quando estou a pedalar. Um guiador destes é por inerência mais frágil e tenho o cuidado de fazer uma inspecção visual em cada lavagem, à semelhança do que faço com outros componentes estruturais, no sentido de minimizar o risco de surpresas. Felizmente não tenho quedas há uns tempos, portanto a integridade do guiador estará para já minimamente garantida.
No entanto dada a torção e leveza deste modelo em particular, já estipulei que será trocado ao cabo de dois anos, contando que não falhe até lá.
O acabamento é um anodizado bastante agradável ao toque o que garante a resistência a pequenos impactos e um acabamento do melhor que peças como estas podem ter. Só é superado pelo acabamento muito peculiar da Thomson. Os logotipos são gravados a laser o que garante que ficarão sempre apresentáveis e como no dia que instalei o guiador.
mais) melhorou o controlo, menos peso, estética agressiva na frente, acabamentos de qualidade
menos) alguma flexibilidade, mas que não compromete. Ou seja, na prática não há nada a assinalar.
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[anchor=brakes][TRAVÕES // Formula ORO K18]
Em equipa que ganha não se mexe! Não consigo sinceramente encontrar nenhum motivo racional para trocar actualmente de travões e isso penso que reflecte a qualidade dos ditos e o meu nível de satisfação com eles. É claro que no plano não racional os Formula R1 chamam lascivamente por mim, mas gastar 400 euros num capricho, não me parece aceitável (para já...).
Os Oro K18 (e os Formula em geral) não são de trato fácil. Apesar de os meus serem da geração "pós problemas de pistão da manete", ainda é complicado de, por exemplo, recolher os êmbolos das pinças ao trocar de pastilhas e na generalidade não são pêra doce de sangrar. Mas como qualquer produto italiano que se preze, para o grandioso grau de complicação de um lado, há uma fantástica faceta de performance do outro.
Os Oro não fogem à regra. Oferecer peso baixo e performance logo no modelo de entrada não está ao alcance de todos. Face aos mais caros K24, os K18 são mais básicos ao nível da parafusada, mais pesada e também pela falta de afinador para compensar o desgaste das pastilhas. De resto, mesmo poder e mesma performance a um preço bem mais em conta. Aliás, pode-se comprar todos esses itens à parte e por um preço acessível.
Resumidamente? São brutos, são porcos e são maus! É brutal a potência disponível na travagem. Não são muito (ou até nada!) progressivos, mas quando é preciso parar, controlar, superar zonas muito complicadas em que um pequeno toque tem de surtir efeito imediato e em que a resposta tem de ser afirmativa, os meus nunca desiludiram. E têm a complicada tarefa de anular a inércia dos meus 92 quilos, numa condução nem sempre moderada.
No meu caso montam 180 - 160 e é a combinação perfeita para mim. A frente pega de caras os obstáculos (é mesmo impressionante a torção que provoca na forqueta quando é solicitado à seria) e a traseira vai controlando a cauda do touro por assim dizer.
Nas zonas mais rápidas como temos aqui por Valongo, com 6 km sempre a descer de forma muito rápida, em zonas onde se passa dos 60 para os 15km/h em menos de nada, com o meu peso, a carregar duro, nunca fiquei sem travagem mesmo com os discos a ferver. O facto de utilizarem DOT, complica na manutenção mas favorece nas prestações a altas temperaturas, onde o DOT se aguenta melhor que os outros óleos.
A manete é bastante bonita e a alavanca ergonómica. Mantendo o indicador e o polegar a agarrar o guiador o médio e anelar encontram facilmente a posição certa na alavanca para garantir a travagem e o controlo, mantendo a frente segura. Gosto igualmente da sensibilidade e da linearidade no curso, não apresentando o tradicional solavanco de outros modelos, quando entram na zona de travagem.
Os discos têm um padrão bem conseguido, a contrastar com a "rodela com furinhos dos shimano" por exemplo. Evacuam o calor com eficácia, nunca tendo sofrido de sobreaquecimento fatal. Mas já os tive azuis, já.
Até agora, e aparte de um vedante que foi facilmente substituído e que provocava refluxo de óleo no corpo da manete quando estava em carga prolongada, não tive problemas rigorosamente nenhuns com os travões. O recuo é suave, mas positivo, e não manifestam nenhum dos sintomas de pistão preso que aborreceram alguns donos de travões Formula no passado.
Não são travões para todos, mas do que tenho experimentado, são os que melhor se comportam para o meu gosto pessoal. Gosto do tacto mais bruto que oferecem e também da qualidade de construção e a solidez que se mantêm, apesar da idade. A título de exemplo, já vi alguns avid com a manete completamente desengonçada, no sentido de ter bastante movimento vertical, ao fim de poucos meses de uso.
São um pouco rebeldes quando se trata de trocar as pastilhas. Tenho-me deparado sempre com bastante resistência na recolha dos êmbolos o que torna a operação algo demorada. Por comparação já troquei pastilhas nuns travões XT que recolheram os êmbolos num ápice.
[size=9pt]mais) enoooorme potência de travagem; desenho da manete; qualidade e desenho dos discos
menos) exigem mais desenvoltura na hora dos ajustes e sangramento. Podem ser impetuosos demais, para quem goste de muita progressividade.
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[anchor=pads][PASTILHAS DE TRAVÃO // Alligator + A2Z]
Já experimentei várias marcas e tipos mas, para já, estão umas Alligator semi metálicas atrás e umas A2Z semi-metálicas à frente. No entanto a melhor travagem a todos os níveis que já experimentei foi com as pastilhas A2Z metálicas (bronze) que para já estão esgotadas onde costumo comprar.
As metálicas são super resistentes, o poder de travagem é exemplar e pautam-se por uma resposta pronta seja em seco, seja em molhado.
Com as semi-metálicas não tenho muita razão de queixa, aparte de serem barulhentas no primeiro par de travagens após serem molhadas. As orgânicas aguentam-se mas exclusivamente em tempo seco. Em tempo molhado o poder de travagem está quase todo lá, mas o desgaste é rapidíssimo.
[size=9pt]mais) desempenho em tempo seco (todas, especialmente as metálicas)
menos) desgaste em tempo molhado (todas excepto as metálicas)
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[anchor=shift][SHIFTERS // SRAM X-9]
Depois de um ano a lutar contra alguma rebeldia do desviador XT Shadow em condições de lama e com o pressing do único SRAMista do grupo, experimentei o conjunto X-9+X0 e acabei por me render ás evidências. Dei por mim a apreciar muito mais a resposta positiva do conjunto SRAM face à (igual) precisão cirúrgica mas inerte da Shimano.
Como a troca exigia a mudança também dos shifters e, porque depois de exaustivamente procurar e perguntar não me tinham conseguido elucidar das fabulosas diferenças entre X-9 e X0 que justificassem o custo em dobro dos X0, comprei o conjunto X-9.
No caso particular dos shifters, funcionam com a brutidão positiva que já conhecia e para a qual já ia avisado. Sinto por vezes falta do instant cable release dos XT, no entanto é a única réstia de saudade que deixam. Desde o sistema de aperto no guiador ao desenho e ergonomia das alavancas, passando pelo funcionamento exemplar e qualidade de construção, a mudança foi 100% positiva.
Estão acoplados aos MixMaker da Formula o que garante um guiador mais arrumado, não havendo praticamente alteração no peso total face às braçadeiras normais de manípulo + travão. No meu caso em particular, como tenho as mãos grandes, a reduzida possibilidade de ajuste dos MixMaker não foi um problema, já que o polegar encontra as alavancas com toda a facilidade.
[size=9pt]mais) precisão e feeling positivo da alavanca nas passagens entre mudanças; existência de sistemas matchmaker
menos) por vezes daria jeito o instant cable release da shimano
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[anchor=grip][PUNHOS // Bontrager Race Lite Slim Lock On]
Farto de punhos que rodavam, torciam e saíam do sitio, mesmo com lacas, wd40 e mezinhas, finalmente comprei uns MSC lock-on. Foi amor à primeira vista. Se ao princípio estava preocupado com o pouco acolchoado, notei depois que não causava desconforto adicional significativo.
Entretanto ficaram coçados e ao procurar substitutos dei de caras com os Bontrager Race Lite. Acabei por os comprar porque, além de terem o toque de vermelho que já tinha noutros componentes, usam apenas uma braçadeira com parafuso e o interior tem um plástico mais fino, perfurado, o que os torna ligeiramente mais leves que os MSC.
A borracha é mais resistente do que a dos MSC, sem ser por isso mais desconfortável. É talvez um pouco mais agressiva com as luvas, mas a tracção extra merece o compromisso. Além do mais, com meio ano de uso, estão rigorosamente impecáveis, sem zonas coçadas ou peladas.
Um ponto extremamente positivo é o facto de não usarem tampas, sendo que a extremidade é a continuação do corpo de borracha, um pouco como os tradicionais punhos de borracha. Assim não há tampas riscadas, partidas ou incómodas, especialmente para mim que gosto de pousar parte da palma da mão na esquina do guiador.
[size=9pt]mais) fixação; sensibilidade e aderência.
menos) não que me incomode, mas são mais pesados do que uns de espuma.
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[anchor=stem][AVANÇO // Thomson Elite X4 / 0º / 110mm / 31.6mm]
Estamos a falar de uma forqueta de 120mm. Estamos a falar de um quadro XL. E de um guiador elevado, ainda que low rise. Logo, estamos a falar de uma frente alta! Como não não gosto de ver avanços invertidos, a não ser na estradista, tive de delinear uma estratégia bem pensada para a frente que era notoriamente saltitona. E a ajuda veio de uma fonte inesperada.
Comprada a estradista, e com o colocar de km nas pernas, na posição de alta competição, a cortar o vento, melhorei a flexibilidade e a tolerância a posições de condução mais agressivas. Como tal peguei no meu avanço +6º, inverti, passei alguns espaçadores para cima e fui fazer um par de voltas puxadas. Com isto baixei 2cm à frente, mantendo um nível de conforto aceitável.
Conclusão positiva! Medidas feitas, precisava de um avanço de zero graus! Por um lado porque a testa era alta e com algum ângulo - qualquer subida adicional do avanço tornava a frente alta e inestética - e por outro lado, queria resolver o problema do comportamento da frente, nas subidas mais acentuadas.
Sondado o mercado, saltou de imediato à vista o Thomson elite x4 de zero graus. Se eu não ia mesmo nada à bola com o elite antigo, chegando mesmo a ser arcaico, este novo modelo já passou pelo processo de humanização. É mais fluído, embora conserve a robustez tradicional da Thomson e um pequeno toque da rudez do antigo. Não é um peso pluma, mas só os Rotor SX/S1 disputaram o prémio de elegância com o Thomson. O peso dos rotor era muito aliciante mas o preço proibitivo, e como o espigão também já estava escolhido, sai um voto de confiança para os capitalistas americanos e venha de lá esse Thomson. Perde-se no peso, ganha-se no valor acrescentado, afinal de contas é também essa uma das bases da relação emocional cliente/produto.
A visão cá de cima é magnífica, a solidez é impressionante e o toque que deu ao conjunto é soberbo.
Uma nota super positiva para o acabamento lindíssimo e à prova de bala da Thomson que reage muito bem ao uso no monte. A textura CNC é magnífica e o revestimento tem um brilho muito próprio.
Há alguns relatos de placas frontais do avanço Thomson que acabam estaladas a meio. Uma das causas apontadas, além do defeito no fabrico, é o facto de a folga entre a placa e o corpo do avanço não ser mantida uniforme em todo o perímetro, durante o aperto. Tento ter o máximo de cuidado neste caso, bem como nas manetes de travão, para evitar colocar um dos lados em carga desnecessária.
Mais uma vez este é dos componentes que é sujeito a uma inspecção visual atenta no final de cada volta.
[size=9pt]mais) qualidade de construção e acabamentos acima da média; facto de ser 0º
menos) nada a assinalar tendo em conta que assumo o prejuízo do peso.
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[anchor=tampa][TAMPA AVANÇO // KCNC]
Aparte de poder ser utilizada com a aranha expansora em tubos de forqueta de carbono, a colocação desta tampa é meramente estética. Como não consegui arranjar a fantástica tampa que a canyon usa, a q ue faz conjunto com a caixa de direcção Acros One One Four, acabei por colocar a interessante KCNC. Dá um remate diferente ao avanço e combina muito bem com o conjunto frontal. Acaba por ser invulgar pelos recortes que tem e funde-se com o tipo de acabamento da Thomson, o que para mim é um ponto positivo.
Quando a comprei só existia a versão para colunas de carbono pelo que, para aproveitar a aranha que já tinha colocada, tive de descartar o mecanismo de aperto por expansão e usar um parafuso que tinha por cá, mais comprido.
[size=9pt]mais) estética; peso
menos) na versão que comprei tive que colocar um parafuso novo para poder usar a aranha tradicional.
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[anchor=cabo][CABOS E ESPIRAIS // Jagwire Ripcord Kit]
Farto das espirais tradicionais que enferrujavam e em que o revestimento estalava ao fim de 5 lavagens ou 4 dias de chuva, e já conhecendo as vantagens dos cabos revestidos a teflon que uso desde a Rockrider, decidi dar um toque de branco ao longo do quadro, fazendo uso precisamente das espirais.
A escolha recaiu na Jagwire, embora a Shimano também já venda espiral branca. Online encomendei o kit completo que trás as ferragens, a espiral e os batentes do cabo, bem como ponteiras para evitar a entrada de lama e 2 cabos revestidos a teflon.
A suavidade de passagem das mudanças não é assombrosamente melhor face a uma espiral normal montada de novo. A diferença está em que, ao longo do inverno não perdi eficácia e a suavidade mantém-se. A ajudar está o facto de ter feito um kit de protecção caseiro com manga retráctil de electrónica. É um pequeno protótipo que foi aprovado e me permite poupar uns trocos face ao kit MudLovers. A protecção fica-me a 1,50€ para todas as partes de cabo exposto do quadro.
Ao contrário do que me tinham alertado, se bem mantida a espiral não fica amarelada com a lama. Portanto até ver, quando necessitar novamente de espiral a eleita será certamente a Jagwire.
[size=9pt]mais) qualidade global; baixo atrito
menos) para as encontrar baratas têm de vir da fizzbikes; as ponteiras das ferragens são algo grandes para quem não quer utilizar as protecções fornecidas.
[anchor=desvfr][DESVIADOR FRENTE // Shimano XT Bottom Swing]
Comprado com o meu kit inicial de transmissão XT, pelo facto do seu funcionamento simples não deixar grande margem para inovação ou melhoramento, o desviador frontal ficará até entregar a alma ao criador, ou seja, daqui a uns milhares de quilómetros. Não há muito a dizer, funciona, resignado, com os shifters X-9 e garante as passagens entre pratos precisas e quase sempre fiáveis. Quase sempre porque uma vez em cada 1358 vezes lembra-se de não baixar para o prato pequeno, deixando o mamífero que vai a pedalar um pouco atrapalhado, a suar as estopinhas naquele cotovelo da serra mais apertado onde era preciso uma relação mais leve.
Acompanha-me desde a Rockrider e ainda hoje, com o desviador desmontado, tentei procurar folgas mas apresenta-se perfeitamente sólido e composto.
Quando não tiver mais nada para fazer, talvez o troque pelo X-9, só pelo gozo da quase total hegemonia americana na transmissão.
mais) funcionamento global, durabilidade, ausência de folgas
menos) falha em 0,0375% das situações
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[anchor=desvtr][DESVIADOR TRASEIRO // SRAM X-9 Caixa média]
Determinado a mudar para SRAM, a escolha do desviador, tal como dos shifters, foi uma questão racional. O X0 oferecia menos 30g e a bomba relógio que era a caixa em carbono, pelo triplo do preço. A escolha tornou-se então óbvia: X-9.
A diferença nas mudanças foi notória e para melhor face ao anterior XT. Mais bruto é certo, mas quando é solicitado o desviador responde com um afirmativo (e audível) "EU!". Não é bom para preparar um sprint, mas é óptimo para enfrentar a lama e as paredes surpresa.
Assim não resta pingo de saudade do desviador XT Shaddow e a escolha do X-9 revelou-se acertada.
Coloquei a roldana KCNC na posição inferior. No entanto devido à forma como a rosca do parafuso é feita na caixa do X-9, fica uma saliência para o lado de dentro da caixa, saliência essa que fica apoiada do lado de fora do rolamento da roldana KCNC. Assim as duas metades da caixa ficam ligeiramente mais separadas do que na montagem de origem.
Mas com um pouco de bricolage na tampa do rolamento da roldana KCNC, tudo ficou ajustado como o original e a caixa fechada na perfeição.
Aliás, o ideal seria colocar as duas roldanas KCNC já que retêm muito menos sujidade que as de origem, no entanto no modelo 2007/2008/2009, a roldana superior tem uma fixação que não é centrada com o eixo de rotação, pelo que a roldana KCNC ficaria fora da posição da roldana original. A transformação poderia ser feita, mas sinceramente, prefiro que fique como está e como foi desenhado pelos engenheiros SRAM.
As letras da marca e modelo já estão um pouco desgastadas, mas no corpo de material compósito não haveria muitas alternativas à serigrafia. Longe vão os tempos em que a marca era gravada no metal, garantindo que ficava lá para sempre...
Para já não se apresenta com folgas ou perca de força de tensão, o que vem confirmar a robustez que lhe é atribuída. Em caso de falha catastrófica, o substituto seria certamente um novo X9, pelas razões já acima apresentadas em questão do rácio qualidade/preço.
[size=9pt]mais) funcionamento exemplar; feeling positivo nas passagens de mudança; robustez
menos) barulhento no funcionamento (isto é um menos?)
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[anchor=k7][CASSETE // Shimano XT 11-34]
A falta de opções neste campo é óbvia. Estabeleço como característica mínima o facto de a cassete ter que possuir aranha tubular para preservar os dentes do cepo. E nesse aspecto só a XT e XTR, a PG990 da SRAM e alguns modelos mais exóticos cumprem com a exigência. Como tal, e até porque não tenho sinceramente razão de queixa, mantenho-me com as XT.
Além do mais é a única que está dentro de um orçamento humanamente aceitável para mim para um componente de desgaste regular.
As passagens são rápidas e eficazes, tolera alguma passagem de emergência mais em carga e as subidas rápidas de mudança, face a um obstáculo imprevisto. Ao fim de 1500km não apresenta desgaste assinalável na curvatura dos dentes, e apenas alguns pontos de dobragem do metal, que regularmente limo.
Entretanto comprei a um preço exemplar a versão 11-32, mais leve, e que terei oportunidade de experimentar na Primavera. Até lá a cassete actual ainda vai conhecer mais duas correntes.
[size=9pt]mais) qualidade global; sistema de fixação dos carretos
menos) nada a assinalar
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[anchor=chain][CORRENTE // SRAM PG971]
Depois de por à prova um par de SRAM PG991 Crosstep, desta feita quedei-me pela PG971. Apesar das 991 terem sido exemplares, mesmo com a pedalada e passagens "de caixa" brutas que por vezes faço, nunca torceram, partiram ou cederam. Aliás é essa a sua principal característica, com a rebitagem cruzada (cross step) a dar resistência extra. No entanto, nos tempos que correm consigo comprar 2 correntes 971 com o que custa a 991, portanto, e tendo em conta que a durabilidade provou ser igual (sei-o agora), revelou-se uma escolha acertada.
Uso lubrificante da Finish Line que se mantém na corrente, mesmo nas voltas mais longas (70km) e mesmo com chuva forte. No final a lavagem é feita com Bike Wash da Motorex que dissolve a maior parte dos resíduos e, com água e bastante pressão (sem máquinas!), tiro os restos do meio dos dentes da corrente. Seco com ar comprimido e lubrifico antes de guardar a bicicleta. Longevidade garantida!
Com 1500Km está novamente na altura de a trocar e portanto já tenho ali a substituta que entrará brevemente ao serviço. Tenho por norma rodar as correntes o máximo possível, antes de ter de investir de forma muito mais onerosa em cassete e pratos.
[size=9pt]mais) preço; qualidade; inclusão do elo de desengate rápido
menos) nada a assinalar
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A ANÁLISE ESTÁ AGORA COMPLETA. EM BREVE, NOVO PROJECTO.
_________________________________________________Passados 12 meses de convívio com a nova montagem, é tempo de balanço, até porque um novo projecto se avizinha e há que encerrar este ciclo com a merecida, chamemos-lhe, homenagem.
Andava a protelar a colocação da análise aqui no fórum, por um lado porque ainda não tinha a máquina na versão final e poupei-vos assim o aborrecimento de documentar efusivamente cada parafuso que fosse trocando, e por outro porque quando escrevo tendo a ser alongado e portanto levou o seu tempo a escrever as linhas que se seguem.
_________________________________________________
ÍNDICE
[size=7pt](com respectivos links)[/size]
_________________________________________________
PREÂMBULO: UM POUCO DE HISTÓRIA
[iurl=#mamifero][O MAMÍFERO][/iurl] · [iurl=#ido][O QUE FAÇO E POR ONDE ANDO][/iurl] · [iurl=#need][A NECESSIDADE][/iurl] · [iurl=#arrive][A CHEGADA A VALONGO][/iurl]
[iurl=#lista]A LISTA COMPLETA DE COMPONENTES[/iurl]
À LUPA: A ANÁLISE, COMPONENTE A COMPONENTE
[iurl=#guiador][GUIADOR][/iurl] · [iurl=#brakes][TRAVÕES][/iurl] · [iurl=#pads][PASTILHAS DE TRAVÃO][/iurl] · [iurl=#shift][SHIFTERS][/iurl] · [iurl=#grip][PUNHOS][/iurl] · [iurl=#stem][AVANÇO][/iurl] · [iurl=#tampa][TAMPA AVANÇO][/iurl] · [iurl=#cabo][CABOS E ESPIRAIS][/iurl] · [iurl=#desvfr][DESVIADOR FRENTE][/iurl] · [iurl=#desvtr][DESVIADOR TRASEIRO][/iurl]
[iurl=#k7][CASSETE][/iurl] · [iurl=#chain][CORRENTE][/iurl] · [iurl=#crank][PEDALEIRO][/iurl] · [iurl=#pedal][PEDAIS][/iurl] · [iurl=#skew][APERTOS DE RODA][/iurl] · [iurl=#rodas][RODAS][/iurl] · [iurl=#frame][QUADRO][/iurl] · [iurl=#fork][FORQUETA][/iurl] · [iurl=#rp23][AMORTECEDOR][/iurl] · [iurl=#pneus][PNEUS][/iurl]
[iurl=#tubes][CÂMARAS DE AR E LÍQUIDO][/iurl] · [iurl=#selim][SELIM][/iurl] · [iurl=#seatpost][ESPIGÃO DE SELIM][/iurl] · [iurl=#collar][APERTO DE ESPIGÃO DE SELIM][/iurl]
[iurl=#epilogo]EPÍLOGO: CONCLUSÕES[/iurl]
[iurl=#fotos]FOTOGRAFIAS[/iurl]
_________________________________________________[size=7pt](com respectivos links)[/size]
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PREÂMBULO: UM POUCO DE HISTÓRIA
[iurl=#mamifero][O MAMÍFERO][/iurl] · [iurl=#ido][O QUE FAÇO E POR ONDE ANDO][/iurl] · [iurl=#need][A NECESSIDADE][/iurl] · [iurl=#arrive][A CHEGADA A VALONGO][/iurl]
[iurl=#lista]A LISTA COMPLETA DE COMPONENTES[/iurl]
À LUPA: A ANÁLISE, COMPONENTE A COMPONENTE
[iurl=#guiador][GUIADOR][/iurl] · [iurl=#brakes][TRAVÕES][/iurl] · [iurl=#pads][PASTILHAS DE TRAVÃO][/iurl] · [iurl=#shift][SHIFTERS][/iurl] · [iurl=#grip][PUNHOS][/iurl] · [iurl=#stem][AVANÇO][/iurl] · [iurl=#tampa][TAMPA AVANÇO][/iurl] · [iurl=#cabo][CABOS E ESPIRAIS][/iurl] · [iurl=#desvfr][DESVIADOR FRENTE][/iurl] · [iurl=#desvtr][DESVIADOR TRASEIRO][/iurl]
[iurl=#k7][CASSETE][/iurl] · [iurl=#chain][CORRENTE][/iurl] · [iurl=#crank][PEDALEIRO][/iurl] · [iurl=#pedal][PEDAIS][/iurl] · [iurl=#skew][APERTOS DE RODA][/iurl] · [iurl=#rodas][RODAS][/iurl] · [iurl=#frame][QUADRO][/iurl] · [iurl=#fork][FORQUETA][/iurl] · [iurl=#rp23][AMORTECEDOR][/iurl] · [iurl=#pneus][PNEUS][/iurl]
[iurl=#tubes][CÂMARAS DE AR E LÍQUIDO][/iurl] · [iurl=#selim][SELIM][/iurl] · [iurl=#seatpost][ESPIGÃO DE SELIM][/iurl] · [iurl=#collar][APERTO DE ESPIGÃO DE SELIM][/iurl]
[iurl=#epilogo]EPÍLOGO: CONCLUSÕES[/iurl]
[iurl=#fotos]FOTOGRAFIAS[/iurl]
[O mamífero pedalante e a Helga, na solitária volta de despedida // Subida das Águas Férreas / St.ª Justa / Valongo]
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PREÂMBULO: UM POUCO DE HISTÓRIA
_________________________________________________[anchor=mamifero][ENQUADRAMENTO I // O mamífero] [/anchor]
Apesar de ter sido quase sempre elegantemente proporcional, com 80 quilos para 1,90m, os anos da faculdade e as 12 horas por dia sentado ao computador, mais as directas de trabalho e a má alimentação, fizeram com que, em 5 anos, disparasse para uns pouco saudáveis 125Kg. Aliou-se a isto o facto de ter parado o BTT antes de começar a derradeira jornada estudantil e também o desleixo no campo do físico, durante os anos académicos. E não me perdi em alcool e festas, senão é que era...
Sempre tive boa resistência e não me arrastava propriamente pelas escadas acima, mas sentia o peso do peso, passe a redundância.
Entretanto um grande amigo de longa data, e companheiro de pedaladas nos longínquos anos 90, que estava basicamente na mesma situação de sedentarismo, voltou ao activo no final de 2007 e pouco depois arrastou-me com ele. Na primeira semana em que regressei aos trilhos, 7 anos depois da última volta de BTT, tive um aquecimento de 20km e, uma semana depois, 40 quilómetros que me deixaram com o maior empeno de sempre até hoje. Os últimos 10km foram feitos com paragens praticamente a cada quilómetro. No entanto foi, por cruel que possa ter parecido na altura, o incentivo que precisava para continuar. Hoje faço essa volta com naturalidadade (Valongo - Recarei - Mesas - Santa Comba - Valongo, para quem conhece) o que faz valer todo o esforço e sofrimento da altura.
Costumo dizer que mesmo os desistentes, não se livram da primeira volta de BTT e é nisso que este desporto é primordial: Se estivermos meio mortos a 30km de casa, a desejar não ter nascido e com vontade de atirar a toalha ao chão, teremos ainda de apelar a todas as forças para voltar para trás. E mesmo que se desista no dia seguinte, aqueles km de ida e volta já ninguém nos tira!
Eis-me então em Novembro de 2009, com 9000 e tal km nas pernas de voltas com os amigos, voltas de estrada, raides, maratonas e inter-freguesias. Com oscilações de humor entre os 90 e os 92 quilos, não tenho ainda grandes preocupações com a alimentação, aparte de a tentar manter saudável. Como bom garfo que sou, não sou capaz de sacrificar integralmente um dos grandes prazeres que tiro da vida, um bom petisco, em favor de outro enorme prazer que é o das pedaladas. Não me sinto obeso, até porque a estatura disfarça bem os 10 quilitos a mais, mas sei que com mais alguma disciplina, a coisa entra nos eixos.
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[anchor=ido][ENQUADRAMENTO II // O que faço e por onde ando] [/anchor]
Aqui em Valongo e arredores impera o solo árido e a pedra solta, mais concretamente xisto laminado e triturado plantado numa secura que só não é aridamente desértica, porque aqui e ali ainda existem alguns cursos de água, e eventualmente, chove no inverno!
Com a contribuição activa das motos e moto 4, e também pelo domínio avassalador ao longo dos anos das plantações de eucalipto, a erosão manifesta-se de forma implacável nos trilhos mais concorridos e o inverno, com as suas águas livres, só vem piorar a situação. Sem agregadores no solo a erosão aumenta indefinidamente.
Aparte dos trilhos em Quinta Rei, onde a humidade mais abundante permite manter o solo compacto e cria zonas com alguma vegetação mais variada, as restantes serras envolventes a Valongo, salvo salpicadas e dispersas excepções, são demolidoras para braços, pneus e suspensões apresentando-se com uma mistura de cobertura vegetal de mato rasteiro e eucalipto, com muito pouca incidência de pinheiro, outrora uma das espécies mais abundantes. As zonas mais verdejantes ladeiam os cursos de água ou são essencialmente agrícolas.
Com uma orografia irregular onde as subidas e descidas se sucedem, mesmo nas cristas, esta zona é um excelente parque de diversões para os amantes do BTT.
No meu caso em particular, faço tiradas entre os 40 e os 60km, sempre desgastantes por causa do relevo e terreno, mas em que as longas subidas contrastam e alternam com rápidas e por vezes perigosas descidas. Seja em estradão, seja quando se usa o caminho mais curto entre o ponto A no topo e o ponto B na base: ou seja, um corta-fogo.
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[anchor=need][ENQUADRAMENTO III // A necessidade] [/anchor]
Depois de começar com um quadro de alumínio, muito Shimano Deore, Zoom nos acessórios e uma forqueta que, de suspensão só tinha o muito peso, decidi dar um salto maior. Comprei um quadro de uma Rockrider 8.2, um kit XT e uma Marzocchi MX PRO ETA e fiz uma coisita melhor para continuar o gosto no BTT que entretanto redescobri. É como dizem, o bichinho fica sempre...
Mas nessa altura o meu peso ainda era um contra considerável e rendi-me ás vantagens de conforto que poderia tirar de um quadro de suspensão total, ideia reforçada pelo que referi acima, acerca do terreno. Não tenho uma visão robotizada e exageradamente eficiente do que deve ser uma bicicleta de todo o terreno, e portanto tenho essa aspiração de desfrutar de tudo o que o BTT nos pode oferecer, incluindo os safanões, mas com o conforto necessário para que a experiência não se torne condicionante.
Procurava por isso um quadro de suspensão total, minimamente acessível e sobretudo que me enchesse as medidas sem esvaziar a carteira. Andei a ver várias opções que se encaixassem no reduzido orçamento (sub 500 euro), já que nesta fase não procurava um investimento para a vida, mas sim uma entrada no mundo dos quadros de suspensão total. Procurei da BH até à Progress com paragem na MSC. No entanto, sabia de um quadro Canyon 2008 que, fruto de ser um tamanho XL, andava aos tombos nos classificados, há umas valentes semanas. Já conhecia a qualidade das Canyon porque um amigo meu tem uma e decidi arriscar.
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[anchor=arrive][ENQUADRAMENTO IV // A chegada a Valongo] [/anchor]
Fui buscar o quadro a Anadia, e apesar de me parecer grande, não dava para ter ideia da monstruosidade que era, depois de montado. Estava em excelente condição, apenas com algumas falhas no lettring serigrafado, o que aliás, se veio a revelar o único problema até agora com o quadro.
A montagem fez-se inicialmente com os componentes da minha antiga Rockrider 8.2 também montada a preceito: Transmissão XT, Formula ORO K18, Marzocchi MX Pro ETA 100mm, Rodas Sun Ringlé Disc Jockey, Avanço e guiador Ritchey WCS e mais algumas coisas aqui e ali.
Logo na montagem da forqueta, um problema. Se na antiga 8.2 o tubo da forqueta sobrava, tendo de utilizar espaçadores, na Canyon, fruto do tamanho considerável do quadro e da testa a condizer, o topo do tubo ficava meio centímetro abaixo do topo do avanço, sem espaçadores!
Se dava para sobreviver ao entusiasmo de rolar com a máquina nova, nem que fosse em estradão, não era de todo seguro para fazer uma volta de XC.
Ficou no entanto a restante montagem feita, dando então para perceber que a bicicleta ficava mesmo muito grande, especialmente para quem vinha de um M com uma geometria muito agressiva. Na verdade o XL é o tamanho acima do que gastaria na Canyon e para terem uma ideia, equivale a um 22", quando normalmente um 19" já é considerado um quadro grande.
A posição de condução era radicalmente diferente daquilo a que estava habituado, algo como passar de um Smart Roadster para um Camião Renault!
Isto obrigava a um esforço suplementar na hora de montar e desmontar, especialmente em zonas mais irregulares em que as rodas acabam por ficar num plano mais elevado do que o local onde o pé irá pousar. Causou-me alguns problemas nos primeiros tempos, com saídas mais artísticas, dada a grande inclinação a que tinha que colocar a bicicleta para poder sair em segurança.
Acabei por me habituar ao posto de condução mais alto, sendo que recuperei grande parte da agilidade que tinha com o quadro mais pequeno. O evoluir da forma física também ajudou a que as saídas artísticas diminuíssem. Não tem a inquietude e irreverência de um S, mas desenrasca-se muito bem. No entanto não está isento de problemas, como explicarei mais à frente.
Impunha-se então a compra de uma forqueta nova. Não valia a pena fazer compromissos neste aspecto. A Marzocchi estava muito desfalcada nas gamas superiores, a Rock Shox tinha na Reba a sua escolha acertada e até gostava da versão branca, no entanto, havia claramente uma marca que se destacava nas pesquisas e sondagens de opinião que fui fazendo: Fox.
Apesar de considerar desde logo a Talas um "must have" na relação peso/versatilidade, na altura em que procurei (como já referi acima, foi uma compra com urgência para poder andar com a bicicleta) não havia basicamente oferta neste modelo. Encontrei uma de 2006, a outra de 2007, ambas longe e sabendo de antemão que nem sempre são suspensões bem tratadas, decidi esquecer e concentrar-me nos modelos F.
A escolha acabou de recair na F120, para permitir uma condução mais atrevida, e também para manter a frente equilibrada em termos de altura já que os 100mm praticamente anulavam o sloping do quadro! A disponibilidade de uma em branco foi a gota de água e dias depois estava montada na Canyon.
Nesta altura a montagem rondava os 12.800g, peso que considerei interessante tendo em conta o que ainda se poderia melhorar.
Agora que tinha um esqueleto quase irrepreensível, estava na altura de ir acertando os pequenos detalhes. Naturalmente tenho noção que a longo prazo, acaba por ficar mais caro fazer uma montagem peça a peça, no entanto encaro-o como sendo um ALD (aluguer de longa duração): Vou desfrutando já da máquina na sua essência, atingindo, a longo prazo, e quase (quase) sem notar na carteira, a montagem de qualidade que pretendo.
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[anchor=lista][/anchor]_________________________________________________
[size=12pt]A LISTA COMPLETA DE COMPONENTES
_________________________________________________Quadro: Canyon Nerve XC 8.0 - Tamanho XL - Anodizado - Preto (2595g c/dropout + cx direcção + ferragens amortecedor)
Amortecedor: Fox RP23 2007 (242g c/casquilhos)
Forqueta: Fox F120 RLC Branca 2008 (1682g c/tubo a 21cm)
Rodas: Cubos DT 240s enraiados em aros XR400 com raios Sapim CX-Ray (1530g s/apertos e s/fita)
Câmaras de ar: Specialized UltraLight (130g)
Líquido anti-furo: Joe's No Flats (120g)
Pneus: Schwalbe Nobby Nic Evo 2.25 (572g + 558g)
Fita de aro: Michelin
Apertos de Rodas: A2Z em CroMo, vermelhos (108g par)
Selim: Selle Italia SLR XC Gel Flow, preto (179g)
Espigão de selim: Thomson Elite 31.6 (240g)
Aperto de espigão selim: KCNC Road Lite (12g)
Guiador: KCNC SC Bone Recto 31.8
Avanço: Thomson Elite X4 / 0º / 110mm (174g)
Espaçadores da coluna de direcção: KCNC
Tampa caixa direcção: KCNC (4g s/parafuso)
Punhos: Bontrager Race Lite Slim Lock On (88g)
Manípulos das mudanças: SRAM X-9 Trigger (260g c/MixMaker e c/cabos de teflon)
Travões + Discos: Formula Oro K18 (F: 180mm / T:160mm) (258g + 286g c/adaptadores + parafusada e s/discos)
Cabos de mudança: Jagwire Ripcord Teflon
Espirais de mudança: Jagwire Ripcord (51g c/terminais e c/protecções de borracha)
Desviador da frente: Shimano XT Bottom Swing (158g)
Desviador traseiro: Sram X-9 2008 (214g)
Cassete: Shimano XT 11-34
Corrente: SRAM PC971
Pedaleiro: Truvativ Stylo 3.3 OCT GXP (852g)
Pedais: Exustar PM-25 (282g)
Grade de Bidão: Specialized Rib Cage MTB (37g)
PESO FINAL: 11 760g
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_________________________________________________
[size=12pt]À LUPA: A ANÁLISE, COMPONENTE A COMPONENTE
_________________________________________________[anchor=guiador][GUIADOR // KCNC SC Bone, 31.8 OS, Recto]
Como muitos outros colegas de pedal também já haviam descoberto, constatei por experiência própria que o verniz do meu Ritchey WCS Wet Black OS Low Rise era estupidamente fraco. Na verdade nem é um verniz, mas sim uma película termo-moldada, que se descola do anodizado com bastante facilidade. Depois de descolar descasca rapidamente e, no meu caso, passei-me com o mau aspecto e acabei por tirar tudo. Ficou o anodizado por baixo mas mais baço que nas versões "normais" e partes dos logotipos saíram com o verniz. Uma porcaria!
Estava então à procura de um novo guiador, quando surgiu por empréstimo uma bela desculpa para experimentar um guiador recto: um FSA XC180. Não me fiz rogado já que era uma experiência que andava para fazer há uns tempos e o certo é que agora não quero outra coisa!
Ganhei mais controlo, precisão e apoio nas subidas, e não notei rigorosamente diferença nenhuma a descer. Com as vantagens enumeradas e um peso substancialmente mais baixo não via porque haveria de voltar aos guiadores elevados.
Entretanto encomendei o KCNC SC Bone que tirou de imediato 100g (!) ao FSA XC180 e uns espantosos 160g face ao peso do Ritchey WCS que tinha originalmente. Com 600mm de comprimento, pareceu-me uma boa medida para fazer a desabituação dos grandes guiadores elevados.
A leveza do guiador faz-se sentir naturalmente num aumento da flexibilidade face a guiadores mais pesados mas, sinceramente, não reparo nessa torção quando estou a pedalar. Um guiador destes é por inerência mais frágil e tenho o cuidado de fazer uma inspecção visual em cada lavagem, à semelhança do que faço com outros componentes estruturais, no sentido de minimizar o risco de surpresas. Felizmente não tenho quedas há uns tempos, portanto a integridade do guiador estará para já minimamente garantida.
No entanto dada a torção e leveza deste modelo em particular, já estipulei que será trocado ao cabo de dois anos, contando que não falhe até lá.
O acabamento é um anodizado bastante agradável ao toque o que garante a resistência a pequenos impactos e um acabamento do melhor que peças como estas podem ter. Só é superado pelo acabamento muito peculiar da Thomson. Os logotipos são gravados a laser o que garante que ficarão sempre apresentáveis e como no dia que instalei o guiador.
mais) melhorou o controlo, menos peso, estética agressiva na frente, acabamentos de qualidade
menos) alguma flexibilidade, mas que não compromete. Ou seja, na prática não há nada a assinalar.
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[anchor=brakes][TRAVÕES // Formula ORO K18]
Em equipa que ganha não se mexe! Não consigo sinceramente encontrar nenhum motivo racional para trocar actualmente de travões e isso penso que reflecte a qualidade dos ditos e o meu nível de satisfação com eles. É claro que no plano não racional os Formula R1 chamam lascivamente por mim, mas gastar 400 euros num capricho, não me parece aceitável (para já...).
Os Oro K18 (e os Formula em geral) não são de trato fácil. Apesar de os meus serem da geração "pós problemas de pistão da manete", ainda é complicado de, por exemplo, recolher os êmbolos das pinças ao trocar de pastilhas e na generalidade não são pêra doce de sangrar. Mas como qualquer produto italiano que se preze, para o grandioso grau de complicação de um lado, há uma fantástica faceta de performance do outro.
Os Oro não fogem à regra. Oferecer peso baixo e performance logo no modelo de entrada não está ao alcance de todos. Face aos mais caros K24, os K18 são mais básicos ao nível da parafusada, mais pesada e também pela falta de afinador para compensar o desgaste das pastilhas. De resto, mesmo poder e mesma performance a um preço bem mais em conta. Aliás, pode-se comprar todos esses itens à parte e por um preço acessível.
Resumidamente? São brutos, são porcos e são maus! É brutal a potência disponível na travagem. Não são muito (ou até nada!) progressivos, mas quando é preciso parar, controlar, superar zonas muito complicadas em que um pequeno toque tem de surtir efeito imediato e em que a resposta tem de ser afirmativa, os meus nunca desiludiram. E têm a complicada tarefa de anular a inércia dos meus 92 quilos, numa condução nem sempre moderada.
No meu caso montam 180 - 160 e é a combinação perfeita para mim. A frente pega de caras os obstáculos (é mesmo impressionante a torção que provoca na forqueta quando é solicitado à seria) e a traseira vai controlando a cauda do touro por assim dizer.
Nas zonas mais rápidas como temos aqui por Valongo, com 6 km sempre a descer de forma muito rápida, em zonas onde se passa dos 60 para os 15km/h em menos de nada, com o meu peso, a carregar duro, nunca fiquei sem travagem mesmo com os discos a ferver. O facto de utilizarem DOT, complica na manutenção mas favorece nas prestações a altas temperaturas, onde o DOT se aguenta melhor que os outros óleos.
A manete é bastante bonita e a alavanca ergonómica. Mantendo o indicador e o polegar a agarrar o guiador o médio e anelar encontram facilmente a posição certa na alavanca para garantir a travagem e o controlo, mantendo a frente segura. Gosto igualmente da sensibilidade e da linearidade no curso, não apresentando o tradicional solavanco de outros modelos, quando entram na zona de travagem.
Os discos têm um padrão bem conseguido, a contrastar com a "rodela com furinhos dos shimano" por exemplo. Evacuam o calor com eficácia, nunca tendo sofrido de sobreaquecimento fatal. Mas já os tive azuis, já.
Até agora, e aparte de um vedante que foi facilmente substituído e que provocava refluxo de óleo no corpo da manete quando estava em carga prolongada, não tive problemas rigorosamente nenhuns com os travões. O recuo é suave, mas positivo, e não manifestam nenhum dos sintomas de pistão preso que aborreceram alguns donos de travões Formula no passado.
Não são travões para todos, mas do que tenho experimentado, são os que melhor se comportam para o meu gosto pessoal. Gosto do tacto mais bruto que oferecem e também da qualidade de construção e a solidez que se mantêm, apesar da idade. A título de exemplo, já vi alguns avid com a manete completamente desengonçada, no sentido de ter bastante movimento vertical, ao fim de poucos meses de uso.
São um pouco rebeldes quando se trata de trocar as pastilhas. Tenho-me deparado sempre com bastante resistência na recolha dos êmbolos o que torna a operação algo demorada. Por comparação já troquei pastilhas nuns travões XT que recolheram os êmbolos num ápice.
[size=9pt]mais) enoooorme potência de travagem; desenho da manete; qualidade e desenho dos discos
menos) exigem mais desenvoltura na hora dos ajustes e sangramento. Podem ser impetuosos demais, para quem goste de muita progressividade.
[iurl=#top]^voltar ao topo^[/iurl]
[anchor=pads][PASTILHAS DE TRAVÃO // Alligator + A2Z]
Já experimentei várias marcas e tipos mas, para já, estão umas Alligator semi metálicas atrás e umas A2Z semi-metálicas à frente. No entanto a melhor travagem a todos os níveis que já experimentei foi com as pastilhas A2Z metálicas (bronze) que para já estão esgotadas onde costumo comprar.
As metálicas são super resistentes, o poder de travagem é exemplar e pautam-se por uma resposta pronta seja em seco, seja em molhado.
Com as semi-metálicas não tenho muita razão de queixa, aparte de serem barulhentas no primeiro par de travagens após serem molhadas. As orgânicas aguentam-se mas exclusivamente em tempo seco. Em tempo molhado o poder de travagem está quase todo lá, mas o desgaste é rapidíssimo.
[size=9pt]mais) desempenho em tempo seco (todas, especialmente as metálicas)
menos) desgaste em tempo molhado (todas excepto as metálicas)
[iurl=#top]^voltar ao topo^[/iurl]
[anchor=shift][SHIFTERS // SRAM X-9]
Depois de um ano a lutar contra alguma rebeldia do desviador XT Shadow em condições de lama e com o pressing do único SRAMista do grupo, experimentei o conjunto X-9+X0 e acabei por me render ás evidências. Dei por mim a apreciar muito mais a resposta positiva do conjunto SRAM face à (igual) precisão cirúrgica mas inerte da Shimano.
Como a troca exigia a mudança também dos shifters e, porque depois de exaustivamente procurar e perguntar não me tinham conseguido elucidar das fabulosas diferenças entre X-9 e X0 que justificassem o custo em dobro dos X0, comprei o conjunto X-9.
No caso particular dos shifters, funcionam com a brutidão positiva que já conhecia e para a qual já ia avisado. Sinto por vezes falta do instant cable release dos XT, no entanto é a única réstia de saudade que deixam. Desde o sistema de aperto no guiador ao desenho e ergonomia das alavancas, passando pelo funcionamento exemplar e qualidade de construção, a mudança foi 100% positiva.
Estão acoplados aos MixMaker da Formula o que garante um guiador mais arrumado, não havendo praticamente alteração no peso total face às braçadeiras normais de manípulo + travão. No meu caso em particular, como tenho as mãos grandes, a reduzida possibilidade de ajuste dos MixMaker não foi um problema, já que o polegar encontra as alavancas com toda a facilidade.
[size=9pt]mais) precisão e feeling positivo da alavanca nas passagens entre mudanças; existência de sistemas matchmaker
menos) por vezes daria jeito o instant cable release da shimano
[iurl=#top]^voltar ao topo^[/iurl]
[anchor=grip][PUNHOS // Bontrager Race Lite Slim Lock On]
Farto de punhos que rodavam, torciam e saíam do sitio, mesmo com lacas, wd40 e mezinhas, finalmente comprei uns MSC lock-on. Foi amor à primeira vista. Se ao princípio estava preocupado com o pouco acolchoado, notei depois que não causava desconforto adicional significativo.
Entretanto ficaram coçados e ao procurar substitutos dei de caras com os Bontrager Race Lite. Acabei por os comprar porque, além de terem o toque de vermelho que já tinha noutros componentes, usam apenas uma braçadeira com parafuso e o interior tem um plástico mais fino, perfurado, o que os torna ligeiramente mais leves que os MSC.
A borracha é mais resistente do que a dos MSC, sem ser por isso mais desconfortável. É talvez um pouco mais agressiva com as luvas, mas a tracção extra merece o compromisso. Além do mais, com meio ano de uso, estão rigorosamente impecáveis, sem zonas coçadas ou peladas.
Um ponto extremamente positivo é o facto de não usarem tampas, sendo que a extremidade é a continuação do corpo de borracha, um pouco como os tradicionais punhos de borracha. Assim não há tampas riscadas, partidas ou incómodas, especialmente para mim que gosto de pousar parte da palma da mão na esquina do guiador.
[size=9pt]mais) fixação; sensibilidade e aderência.
menos) não que me incomode, mas são mais pesados do que uns de espuma.
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[anchor=stem][AVANÇO // Thomson Elite X4 / 0º / 110mm / 31.6mm]
Estamos a falar de uma forqueta de 120mm. Estamos a falar de um quadro XL. E de um guiador elevado, ainda que low rise. Logo, estamos a falar de uma frente alta! Como não não gosto de ver avanços invertidos, a não ser na estradista, tive de delinear uma estratégia bem pensada para a frente que era notoriamente saltitona. E a ajuda veio de uma fonte inesperada.
Comprada a estradista, e com o colocar de km nas pernas, na posição de alta competição, a cortar o vento, melhorei a flexibilidade e a tolerância a posições de condução mais agressivas. Como tal peguei no meu avanço +6º, inverti, passei alguns espaçadores para cima e fui fazer um par de voltas puxadas. Com isto baixei 2cm à frente, mantendo um nível de conforto aceitável.
Conclusão positiva! Medidas feitas, precisava de um avanço de zero graus! Por um lado porque a testa era alta e com algum ângulo - qualquer subida adicional do avanço tornava a frente alta e inestética - e por outro lado, queria resolver o problema do comportamento da frente, nas subidas mais acentuadas.
Sondado o mercado, saltou de imediato à vista o Thomson elite x4 de zero graus. Se eu não ia mesmo nada à bola com o elite antigo, chegando mesmo a ser arcaico, este novo modelo já passou pelo processo de humanização. É mais fluído, embora conserve a robustez tradicional da Thomson e um pequeno toque da rudez do antigo. Não é um peso pluma, mas só os Rotor SX/S1 disputaram o prémio de elegância com o Thomson. O peso dos rotor era muito aliciante mas o preço proibitivo, e como o espigão também já estava escolhido, sai um voto de confiança para os capitalistas americanos e venha de lá esse Thomson. Perde-se no peso, ganha-se no valor acrescentado, afinal de contas é também essa uma das bases da relação emocional cliente/produto.
A visão cá de cima é magnífica, a solidez é impressionante e o toque que deu ao conjunto é soberbo.
Uma nota super positiva para o acabamento lindíssimo e à prova de bala da Thomson que reage muito bem ao uso no monte. A textura CNC é magnífica e o revestimento tem um brilho muito próprio.
Há alguns relatos de placas frontais do avanço Thomson que acabam estaladas a meio. Uma das causas apontadas, além do defeito no fabrico, é o facto de a folga entre a placa e o corpo do avanço não ser mantida uniforme em todo o perímetro, durante o aperto. Tento ter o máximo de cuidado neste caso, bem como nas manetes de travão, para evitar colocar um dos lados em carga desnecessária.
Mais uma vez este é dos componentes que é sujeito a uma inspecção visual atenta no final de cada volta.
[size=9pt]mais) qualidade de construção e acabamentos acima da média; facto de ser 0º
menos) nada a assinalar tendo em conta que assumo o prejuízo do peso.
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[anchor=tampa][TAMPA AVANÇO // KCNC]
Aparte de poder ser utilizada com a aranha expansora em tubos de forqueta de carbono, a colocação desta tampa é meramente estética. Como não consegui arranjar a fantástica tampa que a canyon usa, a q ue faz conjunto com a caixa de direcção Acros One One Four, acabei por colocar a interessante KCNC. Dá um remate diferente ao avanço e combina muito bem com o conjunto frontal. Acaba por ser invulgar pelos recortes que tem e funde-se com o tipo de acabamento da Thomson, o que para mim é um ponto positivo.
Quando a comprei só existia a versão para colunas de carbono pelo que, para aproveitar a aranha que já tinha colocada, tive de descartar o mecanismo de aperto por expansão e usar um parafuso que tinha por cá, mais comprido.
[size=9pt]mais) estética; peso
menos) na versão que comprei tive que colocar um parafuso novo para poder usar a aranha tradicional.
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[anchor=cabo][CABOS E ESPIRAIS // Jagwire Ripcord Kit]
Farto das espirais tradicionais que enferrujavam e em que o revestimento estalava ao fim de 5 lavagens ou 4 dias de chuva, e já conhecendo as vantagens dos cabos revestidos a teflon que uso desde a Rockrider, decidi dar um toque de branco ao longo do quadro, fazendo uso precisamente das espirais.
A escolha recaiu na Jagwire, embora a Shimano também já venda espiral branca. Online encomendei o kit completo que trás as ferragens, a espiral e os batentes do cabo, bem como ponteiras para evitar a entrada de lama e 2 cabos revestidos a teflon.
A suavidade de passagem das mudanças não é assombrosamente melhor face a uma espiral normal montada de novo. A diferença está em que, ao longo do inverno não perdi eficácia e a suavidade mantém-se. A ajudar está o facto de ter feito um kit de protecção caseiro com manga retráctil de electrónica. É um pequeno protótipo que foi aprovado e me permite poupar uns trocos face ao kit MudLovers. A protecção fica-me a 1,50€ para todas as partes de cabo exposto do quadro.
Ao contrário do que me tinham alertado, se bem mantida a espiral não fica amarelada com a lama. Portanto até ver, quando necessitar novamente de espiral a eleita será certamente a Jagwire.
[size=9pt]mais) qualidade global; baixo atrito
menos) para as encontrar baratas têm de vir da fizzbikes; as ponteiras das ferragens são algo grandes para quem não quer utilizar as protecções fornecidas.
[anchor=desvfr][DESVIADOR FRENTE // Shimano XT Bottom Swing]
Comprado com o meu kit inicial de transmissão XT, pelo facto do seu funcionamento simples não deixar grande margem para inovação ou melhoramento, o desviador frontal ficará até entregar a alma ao criador, ou seja, daqui a uns milhares de quilómetros. Não há muito a dizer, funciona, resignado, com os shifters X-9 e garante as passagens entre pratos precisas e quase sempre fiáveis. Quase sempre porque uma vez em cada 1358 vezes lembra-se de não baixar para o prato pequeno, deixando o mamífero que vai a pedalar um pouco atrapalhado, a suar as estopinhas naquele cotovelo da serra mais apertado onde era preciso uma relação mais leve.
Acompanha-me desde a Rockrider e ainda hoje, com o desviador desmontado, tentei procurar folgas mas apresenta-se perfeitamente sólido e composto.
Quando não tiver mais nada para fazer, talvez o troque pelo X-9, só pelo gozo da quase total hegemonia americana na transmissão.
mais) funcionamento global, durabilidade, ausência de folgas
menos) falha em 0,0375% das situações
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[anchor=desvtr][DESVIADOR TRASEIRO // SRAM X-9 Caixa média]
Determinado a mudar para SRAM, a escolha do desviador, tal como dos shifters, foi uma questão racional. O X0 oferecia menos 30g e a bomba relógio que era a caixa em carbono, pelo triplo do preço. A escolha tornou-se então óbvia: X-9.
A diferença nas mudanças foi notória e para melhor face ao anterior XT. Mais bruto é certo, mas quando é solicitado o desviador responde com um afirmativo (e audível) "EU!". Não é bom para preparar um sprint, mas é óptimo para enfrentar a lama e as paredes surpresa.
Assim não resta pingo de saudade do desviador XT Shaddow e a escolha do X-9 revelou-se acertada.
Coloquei a roldana KCNC na posição inferior. No entanto devido à forma como a rosca do parafuso é feita na caixa do X-9, fica uma saliência para o lado de dentro da caixa, saliência essa que fica apoiada do lado de fora do rolamento da roldana KCNC. Assim as duas metades da caixa ficam ligeiramente mais separadas do que na montagem de origem.
Mas com um pouco de bricolage na tampa do rolamento da roldana KCNC, tudo ficou ajustado como o original e a caixa fechada na perfeição.
Aliás, o ideal seria colocar as duas roldanas KCNC já que retêm muito menos sujidade que as de origem, no entanto no modelo 2007/2008/2009, a roldana superior tem uma fixação que não é centrada com o eixo de rotação, pelo que a roldana KCNC ficaria fora da posição da roldana original. A transformação poderia ser feita, mas sinceramente, prefiro que fique como está e como foi desenhado pelos engenheiros SRAM.
As letras da marca e modelo já estão um pouco desgastadas, mas no corpo de material compósito não haveria muitas alternativas à serigrafia. Longe vão os tempos em que a marca era gravada no metal, garantindo que ficava lá para sempre...
Para já não se apresenta com folgas ou perca de força de tensão, o que vem confirmar a robustez que lhe é atribuída. Em caso de falha catastrófica, o substituto seria certamente um novo X9, pelas razões já acima apresentadas em questão do rácio qualidade/preço.
[size=9pt]mais) funcionamento exemplar; feeling positivo nas passagens de mudança; robustez
menos) barulhento no funcionamento (isto é um menos?)
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[anchor=k7][CASSETE // Shimano XT 11-34]
A falta de opções neste campo é óbvia. Estabeleço como característica mínima o facto de a cassete ter que possuir aranha tubular para preservar os dentes do cepo. E nesse aspecto só a XT e XTR, a PG990 da SRAM e alguns modelos mais exóticos cumprem com a exigência. Como tal, e até porque não tenho sinceramente razão de queixa, mantenho-me com as XT.
Além do mais é a única que está dentro de um orçamento humanamente aceitável para mim para um componente de desgaste regular.
As passagens são rápidas e eficazes, tolera alguma passagem de emergência mais em carga e as subidas rápidas de mudança, face a um obstáculo imprevisto. Ao fim de 1500km não apresenta desgaste assinalável na curvatura dos dentes, e apenas alguns pontos de dobragem do metal, que regularmente limo.
Entretanto comprei a um preço exemplar a versão 11-32, mais leve, e que terei oportunidade de experimentar na Primavera. Até lá a cassete actual ainda vai conhecer mais duas correntes.
[size=9pt]mais) qualidade global; sistema de fixação dos carretos
menos) nada a assinalar
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[anchor=chain][CORRENTE // SRAM PG971]
Depois de por à prova um par de SRAM PG991 Crosstep, desta feita quedei-me pela PG971. Apesar das 991 terem sido exemplares, mesmo com a pedalada e passagens "de caixa" brutas que por vezes faço, nunca torceram, partiram ou cederam. Aliás é essa a sua principal característica, com a rebitagem cruzada (cross step) a dar resistência extra. No entanto, nos tempos que correm consigo comprar 2 correntes 971 com o que custa a 991, portanto, e tendo em conta que a durabilidade provou ser igual (sei-o agora), revelou-se uma escolha acertada.
Uso lubrificante da Finish Line que se mantém na corrente, mesmo nas voltas mais longas (70km) e mesmo com chuva forte. No final a lavagem é feita com Bike Wash da Motorex que dissolve a maior parte dos resíduos e, com água e bastante pressão (sem máquinas!), tiro os restos do meio dos dentes da corrente. Seco com ar comprimido e lubrifico antes de guardar a bicicleta. Longevidade garantida!
Com 1500Km está novamente na altura de a trocar e portanto já tenho ali a substituta que entrará brevemente ao serviço. Tenho por norma rodar as correntes o máximo possível, antes de ter de investir de forma muito mais onerosa em cassete e pratos.
[size=9pt]mais) preço; qualidade; inclusão do elo de desengate rápido
menos) nada a assinalar
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