Canpeã nacional de btt apanhada nas malhas do doping

sniper_pt

New Member
Se a ignorância é uma desculpa então vamos todos encolher os ombros e dizer: " a culpa não foi minha... não vinha no rótulo".
 

Carvalhinho

New Member
Encolher os ombros... claro que não. Como disse noutro post "Santos não há...". Agora, da maneira que aparecem novas substâncias e todas elas com nomes "engraçados", um gajo chega a um ponto em que a única coisa em que confia é em água da torneira e mesmo essa tem cloro que com um bocado de sorte faz com que a tripa fique mais limpa, logo poderá dar vantagem a um atleta:plhc:

Dou aqui outro exemplo: os atiradores de pistola de ar (e acho que os de arco também), antes da prova, tomavam um cálice de vinho do Porto. Supostamente relaxa (!!!). Ficou decidido que o vinho do Porto, ou outras bebidas do género ficam proibidas de ser ingeridas antes dessas mesmas provas.
 

carmona

New Member
Não de acusar ninguem. Mas acho sempre estranho quando atletas que tem treinadores e são atletas experientes não sabem o que tomam...
 

esquilas

Member
O que tramou Mário e Rui CostaPor Fernando Emílio

Suplemento nutritivo de venda livre contaminado ignora os efeitos secundários na rotulagem. Análise em laboratório belga detectou metilhexanamina, que viola os regulamentos da AMA.

O suplemento nutritivo Anadraulic Pump foi o responsável pelos positivos de Rui Costa e Mário Costa nos controlos realizados durante os Campeonatos Nacionais, disputados em Santa Maria da Feira, e de Joana Barbosa nos Nacionais de BTT, em Seia, nos quais os três atletas acusaram metilhexanamina.

O produto, de origem americana, é apresentado pelo fabricante como o melhor estimulante do óxido nítrico (também conhecido por monóxido de nitrogénio e monóxido de azoto), sendo vendido em embalagens de plástico.

É composto por ácido orgânico Taurina que contém enxofre, aminoácido L-analina, ácido aspártico, arginina HCL, arginina AKG, nitrato de arginina, quercitina (produto químico à base de plantas) e óleo de gerânio (extraído de flores frescas), que constam na respectiva rotulagem.

Porém, na análise efectuada ao produto a 23 de Agosto no Laboratório de Microbiologia e Imunologia da Universidade de Gent, na Bélgica, foi confirmada a contaminação pela presença de metilhexanamina, a qual não consta nas informações fornecidas aos consumidores e que viola a legislação da Agência Mundial Antidopagem.

Depois dos casos verificados com os três atletas e segundo o representante do produto em Portugal, a empresa passou a incluir a dita substância nos respectivos rótulos.

O Anadraulic Pump é de venda livre e pode ser adquirido na internet ou nos representantes existentes no mercado de produtos nutritivos e alimentação desportiva.

in abola.pt
 
Bem, agora acho que as pessoas que acusaram ou difamaram estes 3 atletas, devia pedir desculpas publicamente, saiu no Jornal 'A Bola' e nao em uma revista de propaganda.

Sempre disse que era melhor esperar pelos resultados e pelo inquérito, e neste caso ainda bem que assim o fiz.

Só posso desejar é que umas das melhores atletas de XCO em Portugal não saia prejudicada por imbecis que só pensam nos lucros e não olham a meios para esse fim... mesmo que ponham em perigo atletas, não só de alta.competição mas como também atletas domingueiros.

PS: não sou da póvoa, nao pertenço à PovoaBTT , mas sei reconhecer o magnifico trabalho que este grupo fez nos ultimos 2 anos. FORÇA
 

amelia

New Member
Boa tarde a todos, não acho construtivo estar a lançar suspeitas sobre a culpabilidade dos atletas (assunto que cabe às autoridades e federação apenas), mas o facto de a situação ter acontecido (e se poder voltar a repetir) deve preocupar TODOS.

A minha opinião é a seguinte:
Não me venham com cantigas da carochinha, em que os atletas não sabem o que tomam.
(...)
Coitadinhos não sabiam que lá estava essa substancia...

O problema é que a regulamentação que rege a suplementação é relaxada. Isto é também válido para marcas ditas reputadas e que patrocinam atletas profissionais.
A possibilidade de os suplementos terem substâncias banidas, perigosas para a saúde e/ou o rótulo não corresponder ao conteúdo é REAL (não só em Portugal). Infelizmente, há marcas que vendem produtos que, pelo rótulo, não funcionam, mas que vêm contaminados com percursores de hormonas ou estimulantes para que se sinta/note o "efeito" ...
Solução? Seleccionar apenas marcas que têm certificado anti-dopping e de que o rótulo corresponde ao conteúdo. Esse certificado deve vir de uma entidade independente. Temos bons exemplos como a Powerbar e Gold Nutrition, entre outras.

A minha opinião é a seguinte:
Não me venham com cantigas da carochinha, em que os atletas não sabem o que tomam. Com toda a informação disponível na internet, revistas, artigos, sites etc, todos têm acesso a eles e a preços bastantes acessíveis.

Patitos, é um facto: a não ser que sejas cuidadoso com as marcas que escolhes, e sejas da área (ou leias muito do assunto), não fazes ideia do que andas a tomar. A informação que lês tem de ser bem escolhida. Este é um bom começo: http://www.ausport.gov.au/ais/nutrition
NUNCA te fies em info em revistas e sites dos fabricantes (ou opinião dos outros amigos/atletas).

(...)
Uma das coisas que me deixa as vezes preocupado não é aquilo que tomamos a saber, mas aquilo que por vezes nos é dado a tomar sem o nosso conhecimento. Tenho um miúdo a fazer as escolas de ciclismo e imagino o que poderá acontecer quando for um Júnior em que os resultados já tanto importam, nas quais eles acreditam que o que lhes colocam nas águas etc.. é normal.
(...)
Abraço GAF

Se é "normal", não devia ser :( Mas ter bons princípios de ética em casa é o caminho certo!

Saudações desportivas,
 
Last edited:

JNR

New Member
Num outro tópico do forum, este sobre suplementação e mais concretamente l-carnitina, um dos users, mago, aka, Vitor Gamito, aka, GN Man, escreve algo que até se pode enquadrar neste tópico: a diferença entre muitas marcas mais caras e outras mais baratas tem a ver com a materia prima, onde a vão buscar e os testes que são efectuados para que seja o mais possivel livre de produtos secundários e contaminantes.

Ou seja, o que não aparece no rotulo mas está lá.

No que concerne ao tópico...quanto mais professional mais atenção tem que se ter, o que não implica que não se possa comer bifes.
 

amelia

New Member
JNR, infelizmente, não vi esse tópico, mas felicito o mago pelo que disse. Frisei a gold nutrition como bom exemplo precisamente porque, independentemente da opinião que se possa ter da oferta da marca, entraram no mercado afirmando-se pela garantia antidopping. Só se a generalidade dos atletas recompensar as marcas com estas politicas com a sua preferência é que o problema de fundo se resolve.

Pedalas, foi punida por estragar dinheiro num produto cujo principio activo quase de certeza não funciona e até pode fazer mal. Foi punida por aparecer na praça publica enquanto os verdadeiros criminosos (industria da suplementação) sairam uma vez mais a lucrar. E foi punida por treinar e não poder disputar um título que conquistaria com facilidade...

Group C Supplements - Supplements which have little proof of beneficial effects

This category includes the majority of supplements and sports products promoted to athletes. These supplements, despite enjoying a cyclical pattern of popularity and widespread use, have not been proven to provide a worthwhile enhancement of sports performance. Although we can't categorically state that they don't "work", current scientific evidence shows that either the likelihood of benefits is very small or that any benefits that occur are too small to be useful. In fact, in some cases, these supplements have been shown to impair sports performance, with a clear mechanism to explain these results. We have named many of the products that belong in this category, but others that have not been named in our supplement system more than likely belong here.

* Branched chain amino acids (& other free-from amino acids)
* Carnitine
* Chromium picolinate
* Coenzyme Q10
* Cordyceps
* Cytochrome C
* Gamma-oryzanol & ferulic acid
* Ginseng
* Inosine
* Lactaway
* Nitric oxide supplements
* Oxygenated waters
* Pyruvate
* Rhodiola rosea
* Vitamin supplements when used in situations other than summarised in Group A
* ZMA

Group D Supplements - These supplements should not be used

These supplements are banned or are at high risk of being contaminated with substances that could lead to a positive drug test.

* Androstenedione
* 19-norandrostenediol
* 19-norandrostenedione DHEA
* Ephedra
* Strychnine
* Tribulus terrestris & other herbal testosterone supplements
* Glycerol
* Methylhexaneamine
 

JNR

New Member
O tópico foi este: http://www.forumbtt.net/showthread.php/28583-L-Carnitina-será-que-compensa/page5

A questão da (des)regulamentação foi também e muito, focada.

A verdade é esta, aquando de produtos farmaceuticos sabemos, ou pelos menos deveríamos, que determinado produto APENAS tem o que consta na lista de substâncias activas e excipentes.
A questão de efeitos secundários descobertos anos depois é outra questão...

No caso de suplementos, ou alimentação desportiva e agora foi meter tudo no mesmo saco, produtos dieteticos e afins, a regulamentação ou é nula ou a fiscalização é ineficiente e insuficiente, e aqui, a fazer crer nas afirmações da atleta, está mais uma prova, logo... é preciso mesmo muito cuidado com o que ingerimos e, na minha opinião, é cada vez mais complicado, pois com o recente boom de exercicio fisico e procura de resultados cada vez mais fácil, até a nivel de lazer, e não falo apenas de btt...se fosse apenas..., leva a que a procura de lucro fácil torne cada vez mais fácil e apetecivel determinado produto e ninguem se interroga sobre a sua segurança, apenas se "funciona".

Por isso, bom exercicio, seja ele qual for, e cuidado, que eles andem aí
 

proque

Member
:fpalm:Daqui a pouco começam a dizer que foi de comerem um bife com batatas fritas que estava contaminado...

Verdade! Toda a gente sabe que não se pode comer bife em Espanha (vejam o tio Contador). Quem deveria de ser punido era o dono da ganadaria! :)
 

barradinhas

New Member
Não critico quem toma tudo o quanto é substância para aumentar o seu desempenho tipo aquelas cenas que as lojas não podem ter à venda as vendem pela dita "porta do cavalo". Isso só faz é mal prejudica a saúde não a curto prazo mas sim a longo o que é grave. Enfim cada um sabe de si se o produto estava contaminado e no rótulo não vinha essa informação, então a empresa deve ser penalizada e não os atletas. Só tenho pena que no btt não seja como no ciclismo de estrada começam um prova controlo anti-dopping terminam vão lá novamente são analisados sem aviso prévio. O controlo é muito apertado daí não existirem muitos caso de dopping. Agora no btt ve-se perfeitamente que há muito pessoal parece que não parte um prato e vamos ver parte a loiça toda. Mete material que não é permitido ingerir antes durante e depois das provas. Se esse control fosse mais eficiente e mais vezes repetidos tanto em provas federadas como não federadas não se via tanta coisa anormal. Dou vos como exemplo imaginem e se pensarem bem vão ver o que digo pois já toda a gente viu, passa-se por um gajo que a meio da prova vai todo roto na ultima ZA e o mesmo gajo que nós passamos uns bons quilometros antes passa por nós com uma bisga que não o apanhamos até à meta. Agora digam-me analisando esta situação onde foi buscar tanta energia, se já ia todo rebentado? Sejamos honestos aqui à gato houve material (substâncias dúvidosas) à mistura. Mas cada um sabe de si enfim. Boa sorte aos atletas e que se apure a verdade que sejam punidos os culpados.
 
Last edited:

proque

Member
Não critico quem toma tudo o quanto é substância para aumentar o seu desempenho tipo aquelas cenas que as lojas não podem ter à venda as vendem pela dita "porta do cavalo" isso só faz é mal prejudica a saúde não a curto prazo mas sim a longo o que é grave. Enfim cada um sabe de si se o produto estava contaminado e no rótulo não vinha essa informação então a empresa deve ser penalizada e não os atletas. Só tenho pena que no btt não seja como no ciclismo de estrada começam um prova controlo anti-dopping terminam vão lá novamente são analisados sem aviso prévio o controlo é muito apertado daí não existirem muitos caso de dopping. Agora no btt ve-se perfeitamente que há muito pessoal que parece não não parte um prato e vamos ver parte a loiça toda ou seja mete material que não é permitido ingerir antes durante e depois das provas. Se esse control fosse mais eficiente e mais vezes repetidos tanto em provas federadas como não federadas não se via tanta coisa anormal dou vos como exemplo imaginem e se pensarem bem vão ver o que digo pois já toda a gente viu, passa-se por um gajo que a meio da prova vai todo roto passa-se a a ultima ZA e o mesmo gajo que nós passamos uns bons quilometros antes passa por nós com uma bisga que não o apanhamos até à meta. Agora digam-me analisando esta situação onde foi buscar tanta energia se já ia todo rebentado? Sejamos honestos aqui à gato houve material à mistura. Mas cada um sabe de si enfim. Boa sorte aos atletas e que se apure a verdade que sejam punidos os culpados.

Ó Barradinhas,

Perdoa-me a observação.

Importas-te de pontuar o teu texto pois nada se entende do mesmo?
 

barradinhas

New Member
Satisfeito? Eu tava a escrever à pressa é tipo saramago é sempre a andar lol agora vejam lá se não se percebe bem a minha ideia e se concordam comigo ou não já me aconteceu algumas vezes com uns amigos meus. Nos treinos era o que se via dava-lhe muitos minutos de avanço num circuito fechado, nas provas ficavam sempre à minha frente e agora expliquem-me lá isto e eu sabia que tomavam coisas para ter mais potencia a chamadas "bombas". Depois acabavam por andar mais do que eu, mas como tenho a consciência tranquila não tomo substâncias dopantes não prejudico a saude. Uma coisa muito importante a minha bike em relação à deles pesa mais 3 a 4kg por isso vejam isto nos treinos era a dar rabeta a torto e a direito nas provas era tipo power ranger transformavam-se looooooooooooooooooool.
 

JNR

New Member
se servia para o saramago:rotfl:

mas sim, percebe-se e percebia-se antes, mas eu tinha ficado cansado de ler de um só fôlego :rotfl:.

Quanto ao que dizes sobre treinos e provas as coisas podem não ser tão lineares assim, mas que há por aí muitos pozinhos milagrosos, há, e nam todos são de cabinda ;) :rotfl:.
 

barradinhas

New Member
Mas uma coisa que me dá vontade de rir mesmo é essas pseudo-petições contra a utilização do dopping toda a gente assina e diz que é contra e que os utilizadores devem ser punidos enfim só teatro. Mais muitas das vezes utilizam e fazem-se de coitadinhos que não sabiam. Deveria-se debater todos os tipos de dopping usados e quem soubesse da existência do mesmo deveria denunciar, mas como anda muita gente com o rabo preso vamos andando com cantigas.
 

amelia

New Member
Inadvertent doping outcomes
High-level sports competition is usually governed by an anti-doping code that bans the use of substances or methods judged to be hazardous to health or against the spirit of sport. (...) These banned substances include ‘pro-hormones’ (chemicals related to anabolic steroids that were recently permitted to be sold over the counter in the US and other countries) as well as stimulants such as ephedrine. (...)
Clearly, you don’t want to suffer the stigma and consequences of a positive drug test simply because you aren’t paying attention to what you put in your mouth. Unfortunately, we now know that careful label reading is not sufficient to avoid a doping ‘positive’ from supplement use.

However, even when athletes take such precautions, inadvertent intake of banned substances from supplement products can still occur. This is because supplements contain banned products without declaring them as ingredients; is a result of contamination or poor labelling within lax manufacturing processes. The pro-hormone substances seem to provide the greatest risk of inadvertent consumption via supplement use, with a positive test for the steroid nandrolone being one of the possible outcomes. The most striking evidence of these problems was uncovered by a study carried out by a laboratory accredited by International Olympic Committee (Geyer et al. 2004). This study analysed 634 supplements from 215 suppliers in 13 countries, with products being sourced from retail outlets (91%), the Internet (8%) and telephone sales. None of these supplements declared pro-hormones as ingredients, and came from both manufacturers who produced other supplements containing hormones as well as companies who did not sell these products.Ninety-four of the supplements (15% of the sample) were found to contain hormones or pro-hormones that were not stated on the product label. A further 10% of samples provided technical difficulties in analysis such that the absence of hormones could not be guaranteed. Of the ‘positive’ supplements, 68% contained pro-hormones of testosterone, 7% contained pro-hormones of nandrolone, and 25% contained compounds related to both. Forty-nine of the supplements contained only one steroid, but 45 contained more than one, with eight products containing five or more different steroid products. According to the labels on the products, the countries of manufacture of all supplements containing steroids were the USA, the Netherlands, the UK, Italy and Germany; however, these products were purchased in other countries. In fact, 10–20% of products purchased in Spain and Austria were found to be contaminated. Just over 20% of the products made by companies selling pro-hormones were positive for undeclared pro-hormones, but 10% of products from companies that did not sell steroid-containing supplements were also positive. The brand names of the ‘positive’ products were not provided in the study, but included amino acid supplements, protein powders, and products containing creatine, carnitine, ribose, guarana, zinc, pyruvate, HMB, Tribulus terristris, herbal extracts and vitamins/minerals. It was noted that a positive urinary test for nandrolone metabolites occurs in the hours following uptake of as little of 1 μg of nandrolone pro-hormones. The positive supplements contained steroid concentrations ranging from 0.01 to 190 μg per gram of product.

This is a major area of concern for serious athletes who compete in competitions that apply anti-doping codes, since many of these codes place liability with the athlete for ingestion of banned substances, regardless of the circumstances and the source of ingestion. As such, full penalties can be expected for a positive doping test arising from the ingestion of a banned substance that is a contaminant or undeclared ingredient of a supplement.

Geyer H, Parr MK, Mareck U, Reinhart U, Schrader Y, Schanzer W. Analysis of non-hormonal
nutritional supplements for anabolic-androgenic steroids—results of an international study. Int
J Sports Med 2004;25:124–9.
Burke LM. An overview of sports foods and supplements. In: Burke LM. Applied sports nutrition.
Champaign, Illinois: Human Kinetics, 2006.
Maughan RJ. Contamination of dietary supplements and positive drug tests in sport. J Sports Sci
2005:23;883–9.
 
Last edited:
Top