Viva.
Eu penso que ao serem dados mais direitos às bicicletas na circulação nas vias públicas é inerente a existências de responsabilidades acrescidas.
Não há grande volta a dar quanto a isso, acho eu. É uma questão de justiça.
O sr. Carlos Barbosa, enquanto presidente de um clube de automóveis, assume uma posição natural. É expectável um aumento da circulação de bicicletas nas estradas, principalmente nas cidades e, inevitavelmente, os acidentes. Qual é a defesa de um automobilista perante uma bike de 14, 15 ou mais kg contra a sua porta, em cima do seu capot ou parecido? É o seguro do ciclista ou uma carteira recheada, que o arranjo de uma porta é caro. Se o proprietário levar à marca, deve ser brincadeira para mais de 300 ou 400 euros, nas calmas!
Eu, como a carteira recheada é esvaziada nas contas do dia a dia, prefiro estar defendido com um seguro que me proteja e ao meu agregado. Penso que li algures que um seguro desse tipo, contra terceiros, ficaria entre os 30 e os 40 euros/ano (é menos de 4 euros mês!).
Quanto à obrigatoriedade, continuo a compreender a reivindicação do Sr. Barbosa (é o cabo dos trabalhos resolver um acidente sem culpa com uma pessoa sem seguro e sem dinheiro), mas é preciso entender que o apetite das seguradoras é inesgotável e acho que é essa parte que ele se está a esquecer.
É preciso uma legislação adequada mas, para já, penso que é prematuro exigir a obrigatoriedade. Afinal, já começam a existir bastantes ciclovias.
Quanto a mim, que circulo quase exclusivamente em ciclovias e em terra, talvez pense em me proteger melhor com um seguro. É uma questão de lógica e segurança.
É preferível pagar 4 ou 5 euros por mês e ficar descansado. Vou já ver isso a seguir a este post!
E, principalmente, porque vivemos num país em que muitos condutores não têm o mínimo civismo ao volante. Acho que, se as pessoas tivessem a verdadeira noção, nem se atreveriam a pisar a estrada!!!!