O assunto que aqui me traz, nem é novidade, mas parece que está a alastrar-se de modo prejudicial e em desarmonia completa sobre a relação de convivência entre o Bttista e a natureza.
Refiro-me à construção de passagens artificiais (pontes,taipais, etc) sobre os nossos caminhos, construções estas, efectuadas pelo que me é dado ver pelo pessoal das bicicletas. Não estou a incluir neste conjunto os "shores" e rampas (desculpem lá se os termos não são os mais correctos, mas esse não é o meu campo) que o pessoal do freeride constrói para as suas manobras mais radicais. Para mim isso são pistas, e não trilhos.
Refiro-me em concreto a passagens artificiais sobre segmentos de trilhos "generalistas".
Já "delirei" a descer o famoso "singletrack das pontes" em Sintra e felicitei telepaticamente dezenas de vezes o(s) seu(s) construtor(s). Não conhecia o sitio antes de lá terem feito as "pontes", mas dá-me a impressão de que o sitio era intransitável (de btt) anteriormente, sendo aquela tarefa de construção a elaboração de uma verdadeira pista.
O que me faz levantar a voz não são estes casos, mas aqueles em que, sendo o caminho viável, a dificuldade técnica motiva alguém a construir passagens artificiais.
Exemplo concreto. O "singletrack das raízes", no parque natural da Arrábida. (Penso que os habitués, sabem a que single me refiro, mas localizando, o que sobe da estrada a Sul da Qta do Alcube, e vai desembocar na estrada que passa pelo Tanque da Qta do Rego D'Água). Este "single" tem uma parte inicial um pouco técnica nos primeiros metros com alguns regos, e logo após esses regos iniciais, uma zona de raízes salientes, que vão ficando à vista, não só com as nossas passagens, mas sobretudo, com o correr da àgua da chuva, que altera frequentemente o relevo do solo nessa zona.
Sendo um single técnico, a subir, não deixa de ser praticável.
Eu subo-o (e desço-o) frequentemente, sem desmontar da bicicleta. Como eu, dezenas de outros bttistas também o conseguem fazer.
No entanto, outros há que não o devem conseguir fazer... e de entre esses, alguém se lembrou de lá construir um passadiço em madeira.
Mas nada melhor do que uma imagem (fotografada no sentido ascendente):
A foto apesar de ser tirada com o telemóvel, dá para ver, o que na minha opinião é um verdadeiro DISPARATE!
Apesar de tornar a subida mais fácil, retirando-lhe a componente técnica, torna a descida muito mais perigosa.
Eu costumava descê-la quase a "direito" e agora vejo-me obrigado a travar para conseguir enfrentar esta passagem, que está em diagonal. Mas não pensem que o que me revolta é o facto da passagem estar "desalinhada" com a minha trajectória de descida. O que me chateia, é mesmo o passadiço. Não há razão nenhuma, para construir aquilo naquele sitio. Passava-se lá de bicicleta. Se continuamos nesta "onda", qualquer dia aparecem rampas de madeira para subir passeios... ou alcatroamos os trilhos, para ser mais fácil.
O enquadramento e a harmonia com a natureza também penso que não estão a ser respeitados.
Mas isto, sou eu e o meu mau feitio.
Digam lá vocês o que pensam sobre o assunto.
Boas subidas, (técnicas e sem passadiços)
Carlos Silva
Refiro-me à construção de passagens artificiais (pontes,taipais, etc) sobre os nossos caminhos, construções estas, efectuadas pelo que me é dado ver pelo pessoal das bicicletas. Não estou a incluir neste conjunto os "shores" e rampas (desculpem lá se os termos não são os mais correctos, mas esse não é o meu campo) que o pessoal do freeride constrói para as suas manobras mais radicais. Para mim isso são pistas, e não trilhos.
Refiro-me em concreto a passagens artificiais sobre segmentos de trilhos "generalistas".
Já "delirei" a descer o famoso "singletrack das pontes" em Sintra e felicitei telepaticamente dezenas de vezes o(s) seu(s) construtor(s). Não conhecia o sitio antes de lá terem feito as "pontes", mas dá-me a impressão de que o sitio era intransitável (de btt) anteriormente, sendo aquela tarefa de construção a elaboração de uma verdadeira pista.
O que me faz levantar a voz não são estes casos, mas aqueles em que, sendo o caminho viável, a dificuldade técnica motiva alguém a construir passagens artificiais.
Exemplo concreto. O "singletrack das raízes", no parque natural da Arrábida. (Penso que os habitués, sabem a que single me refiro, mas localizando, o que sobe da estrada a Sul da Qta do Alcube, e vai desembocar na estrada que passa pelo Tanque da Qta do Rego D'Água). Este "single" tem uma parte inicial um pouco técnica nos primeiros metros com alguns regos, e logo após esses regos iniciais, uma zona de raízes salientes, que vão ficando à vista, não só com as nossas passagens, mas sobretudo, com o correr da àgua da chuva, que altera frequentemente o relevo do solo nessa zona.
Sendo um single técnico, a subir, não deixa de ser praticável.
Eu subo-o (e desço-o) frequentemente, sem desmontar da bicicleta. Como eu, dezenas de outros bttistas também o conseguem fazer.
No entanto, outros há que não o devem conseguir fazer... e de entre esses, alguém se lembrou de lá construir um passadiço em madeira.
Mas nada melhor do que uma imagem (fotografada no sentido ascendente):
A foto apesar de ser tirada com o telemóvel, dá para ver, o que na minha opinião é um verdadeiro DISPARATE!
Apesar de tornar a subida mais fácil, retirando-lhe a componente técnica, torna a descida muito mais perigosa.
Eu costumava descê-la quase a "direito" e agora vejo-me obrigado a travar para conseguir enfrentar esta passagem, que está em diagonal. Mas não pensem que o que me revolta é o facto da passagem estar "desalinhada" com a minha trajectória de descida. O que me chateia, é mesmo o passadiço. Não há razão nenhuma, para construir aquilo naquele sitio. Passava-se lá de bicicleta. Se continuamos nesta "onda", qualquer dia aparecem rampas de madeira para subir passeios... ou alcatroamos os trilhos, para ser mais fácil.
O enquadramento e a harmonia com a natureza também penso que não estão a ser respeitados.
Mas isto, sou eu e o meu mau feitio.
Digam lá vocês o que pensam sobre o assunto.
Boas subidas, (técnicas e sem passadiços)
Carlos Silva