Tentativa de descrever a minha participação em Santarém!
Boas...
De manhãzinha, ao levantar, fui à janela para checar o tempo e com a cabeça acenei negativamente ao deparar com um cinzento escuro nos céus e com a paisagem toda molhada...
Hum... isto vai ser lindo vai...
Fui ter com o resto da Santa Malta ao ponto de encontro e já lá estava a pandilha em pulgas para seguir para Santarém. Seguimos viagem... e quando a meio, na zona do Carregado começa a chover intensamente, com nevoeiro à mistura disse para o Pastor:
- Vais levar com a molha vais!!! Isto hoje promete!!!
Mesmo com aquela falta de visibilidade, ainda há malta que se lança na auto-estrada com velocidades do caneco... (seria por essa razão que estava uma pick-up despistada na zona de Sacavém???)
Bom... chegando a Santarém uns bons 10 minutos depois do resto da malta, lá estavam todos, radiantes por ali estar uma boa parte do grupo e desta vez a participar num evento. É que a malta só se junta aos Domingos nas tradicionais peregrinações à Pastelaria Gema d Óvo, na Caparica...
“Isto hoje é que vai ser um empeno”, adiantam alguns...
“Está tudo numa granda jorda” dizem outros...
“Enfim, não há-de ser nada, vamos mas é levantar os dorsais” ... e assim foi....
Vestidinhos para a prova, e após alguns esquecimentos típicos destas coisas, lá se conseguiu reunir a malta toda na partida... uns mais à frente...outros mais atrás....
Após uns 20 minutos ali parados, a ouvir um zunzum de um organizador que teimava em falar, mas ninguém o ouvia a não ser os que estavam até a 10 metros da linha de partida, lá se deu o início à Maratona. Começou devagarinho, como era de prever, tal o amontoado de pessoal e gingas que ali se encontrava. Não seriam os 1500 inscritos, pois muitos ficaram no quentinho das colchas e lençóis... mas os que lá estavam, mostravam vontade e boa disposição...
Uma primeira parte turística pela cidade, que ao contrário de alguns, eu achei interessante, para conhecer melhor o sítio... e depois chega a terra...
- Yupi... youplait.... Tulicremeeee diziam outros na tentativa de descrever aquela JORDA que fez parar a prova a toda a gente. Há fotos a comprovar que aquilo aconteceu! Não havia necessidade de chafurdar assim tanto! A minha bike pesava mais uns dois quilos devido à jorda que se acumulou nos pneus...
Estava o caldo entornado. Depois daquilo um gajo até desanima, e ainda por cima logo ao princípio... não se faz...
Depois de enviar lama por todos os lados através dos pneus, lá fui andando e pedalando conforme a bike deixava. Entretanto as pastilhas do travão de trás foram-se!
- Ainda bem que isto aqui é só lezírias (pensava eu ainda na altura)...
A coisa até ia mais ou menos bem, dadas as circunstâncias, e os kms iam passando e até ia aproveitando para conhecer a zona e tal. A Santa Malta entretanto dispersou-se um bocado no pelotão e andei sozinho bastante tempo, até me juntar ao Pastor e ao Biscas que fizeram comigo uns bons kms.
Para aí aos 60 kms, fui atacado pela parte psicológica da maratona, aquela em que o corpo se vai abaixo e a cabeça começa a falar conosco e dizer-nos “pára” “espera pelo carro de apoio” “o que andas a aqui a fazer ó meu palerma”... e aí fui ajudado pelos companheiros Mag e Jsantos que me “rebocaram” no andamento deles. É a eles que nesta maratona tenho de agradecer, pois os momentos mais difíceis são os que não se esquecem...
Lá fui na pegada deles e de etapa em etapa lá fomos chafurdando naquelas lezírias cheias de jorda de tulicreme enlameada, até à Meta Final, onde o banho quente e frio nos esperava...
Com “fundamentalmente muita tranquilidade” fiz esta maratona, que muitos diziam rolante e fácil de fazer, mas que se tornou num difícil desafio a quase todos os que nela participaram...
Abraço
Boas...
De manhãzinha, ao levantar, fui à janela para checar o tempo e com a cabeça acenei negativamente ao deparar com um cinzento escuro nos céus e com a paisagem toda molhada...
Hum... isto vai ser lindo vai...
Fui ter com o resto da Santa Malta ao ponto de encontro e já lá estava a pandilha em pulgas para seguir para Santarém. Seguimos viagem... e quando a meio, na zona do Carregado começa a chover intensamente, com nevoeiro à mistura disse para o Pastor:
- Vais levar com a molha vais!!! Isto hoje promete!!!
Mesmo com aquela falta de visibilidade, ainda há malta que se lança na auto-estrada com velocidades do caneco... (seria por essa razão que estava uma pick-up despistada na zona de Sacavém???)
Bom... chegando a Santarém uns bons 10 minutos depois do resto da malta, lá estavam todos, radiantes por ali estar uma boa parte do grupo e desta vez a participar num evento. É que a malta só se junta aos Domingos nas tradicionais peregrinações à Pastelaria Gema d Óvo, na Caparica...
“Isto hoje é que vai ser um empeno”, adiantam alguns...
“Está tudo numa granda jorda” dizem outros...
“Enfim, não há-de ser nada, vamos mas é levantar os dorsais” ... e assim foi....
Vestidinhos para a prova, e após alguns esquecimentos típicos destas coisas, lá se conseguiu reunir a malta toda na partida... uns mais à frente...outros mais atrás....
Após uns 20 minutos ali parados, a ouvir um zunzum de um organizador que teimava em falar, mas ninguém o ouvia a não ser os que estavam até a 10 metros da linha de partida, lá se deu o início à Maratona. Começou devagarinho, como era de prever, tal o amontoado de pessoal e gingas que ali se encontrava. Não seriam os 1500 inscritos, pois muitos ficaram no quentinho das colchas e lençóis... mas os que lá estavam, mostravam vontade e boa disposição...
Uma primeira parte turística pela cidade, que ao contrário de alguns, eu achei interessante, para conhecer melhor o sítio... e depois chega a terra...
- Yupi... youplait.... Tulicremeeee diziam outros na tentativa de descrever aquela JORDA que fez parar a prova a toda a gente. Há fotos a comprovar que aquilo aconteceu! Não havia necessidade de chafurdar assim tanto! A minha bike pesava mais uns dois quilos devido à jorda que se acumulou nos pneus...
Estava o caldo entornado. Depois daquilo um gajo até desanima, e ainda por cima logo ao princípio... não se faz...
Depois de enviar lama por todos os lados através dos pneus, lá fui andando e pedalando conforme a bike deixava. Entretanto as pastilhas do travão de trás foram-se!
- Ainda bem que isto aqui é só lezírias (pensava eu ainda na altura)...
A coisa até ia mais ou menos bem, dadas as circunstâncias, e os kms iam passando e até ia aproveitando para conhecer a zona e tal. A Santa Malta entretanto dispersou-se um bocado no pelotão e andei sozinho bastante tempo, até me juntar ao Pastor e ao Biscas que fizeram comigo uns bons kms.
Para aí aos 60 kms, fui atacado pela parte psicológica da maratona, aquela em que o corpo se vai abaixo e a cabeça começa a falar conosco e dizer-nos “pára” “espera pelo carro de apoio” “o que andas a aqui a fazer ó meu palerma”... e aí fui ajudado pelos companheiros Mag e Jsantos que me “rebocaram” no andamento deles. É a eles que nesta maratona tenho de agradecer, pois os momentos mais difíceis são os que não se esquecem...
Lá fui na pegada deles e de etapa em etapa lá fomos chafurdando naquelas lezírias cheias de jorda de tulicreme enlameada, até à Meta Final, onde o banho quente e frio nos esperava...
Com “fundamentalmente muita tranquilidade” fiz esta maratona, que muitos diziam rolante e fácil de fazer, mas que se tornou num difícil desafio a quase todos os que nela participaram...
Abraço