2012.05.13 - Caminho Francês -> 8+1 Etapas - Saint Jean -> Santiago + Finisterra

jaamota

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Boas,

Vou tentar transcrever neste post a minha experiência na realização do caminho francês, o qual se iniciou no dia 13 de Maio de 2012 em Saint Jean Pied de Port e terminou dia 21 em Finisterra. Fizemos cerca de 900km. Eramos apenas 2 pessoas.

A duração foi algo curta, mas não tínhamos muito tempo disponível. No entanto, com alguma preparação física não é assim tão dificil.
Contudo, aconselho a quem tiver mais tempo que o utilize, pois assim disfrutará com mais tranquilidade de todos os beneficios da realização do caminho, pois é no durante que a experiência nos enriquece.
Saliento igualmente que embora o tempo tenha sido curto, realizamos na integra o caminho original, inclusivé a travessia dos Pirinéus a qual fizemos utilizando a rota de Napoleão.

Embora já anteriormente tenha realizado o caminho central e o caminho da costa, esta terá sido a minha melhor experiência de btt.

Em traços gerais, a divisão de etapas foi a seguinte:

Dia 12 - Viagem para Saint Jean (França)
Dia 13 - 1ª etapa - Saint Jean - Pamplona
Dia 14 - 2ª etapa - Pamplona - Viana
Dia 15 - 3ª etapa - Viana - Burgos
Dia 16 - 4ª etapa - Burgos - Sahagun
Dia 17 - 5ª etapa - Sahagun - Astorga
Dia 18 - 6ª etapa - Astorga - Herrerias
Dia 19 - 7ª etapa - Herrerias - Portomarin
Dia 20 - 8ª etapa - Portomarin - Santiago
Dia 21 - 9ª etapa - Santiago - Finisterra

Nota: Oportunamente colocarei aqui os relatos e fotos das etapas realizadas.

1 abraço

Joaquim Mota
 

Rui Pedro Costa

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Ficamos então à espera das fotos. Eu este ano devo iniciar-me nos Caminhos de Santiago. Devo fazer o Caminho Português provavelmente em Setembro.
 

jaamota

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Boas,

Vou tentar transmitir as sensações sentidas ao longo do caminho. Quanto à duração, 8 dias talvez seja pouco, mas teve que ser. No entanto, penso que chegou para ver e registar todos os detalhes. Normalmente andavamos cerca de 7,5h a 8h a pedalar e 3h parados.
Convém referir que existem etapas rolantes e monótonas, nomeadamente as de Castilla Léon.
O grau de dificuldade não é muito elevado. Apenas existem alguns pontos críticos (Pirinéus, Cruz de ferro, Cebreiro, alto de Perdón, etc) ao longo do caminho. A quantidade de Km´s é que dificulta a realização pelo que as pessoas que tenham alguma resistência e estejam habituadas a pedalar em dias consecutivos, não terão muitas dificuldades.

A viagem para Saint Jean, correu bem, pois foi feita com uns amigos de carro que nos foram levar. Foram cerca de 850KM desde Santa Maria da Feira. Chegamos ao local cerca das 18h locais.

Chegada a Saint Jean Pied de Port (França)



A Preparar as Bikes



Bikes Prontas para a Aventura





Recolha das Credenciais francesas na Loja do Peregrino






Algumas Imagens de Saint Jean - Por sinal uma vila muito bonita.





















Imagem dos Pirinéus, os quais iríamos "atacar" no dia seguinte. Era visível a névoa que nos aguardava.






E assim se passou o dia zero da n/ aventura.
 

rdiogo

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Boas,

como disse o super.byke, era interessante colocar os km's e acumulado das etapas.

uma questão, onde fica Herrerias!?

abraço.
 

jaamota

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Boas,

Quando fizer o relato das etapas, colocarei os Km's realizados, acumulado, tempo de viagem, tempo parado, vel. máxima, velocidade média etc, pois temos fotos do GPS / ciclómetro com esses dados.

Em relação à localidade Herrerias, esta fica no sopé da montanha de acesso ao Cebreiro. Fica pouco depois de Vega de Valcarce. É nesta localidade que se inicia a forte subida ao Cebreiro, pois são cerca de 7 Km sempre a subir com um declive acentuado. A dormida neste ponto acabou por ser estrategicamente escolhida por forma a "atacarmos" o Cebreiro logo no inicio da etapa. Assim até que nem custou muito!!!

1 abraço

J. Mota
 

rdiogo

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Obrigado J. Mota,

Na próxima 4ª irei fazer parte dos caminhos, vamos começar em Astorga e as etapas que temos previstas são semelhantes às vossas.

Abraço.
 

jaamota

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Boa noite. Vamos então ao relato da 1ª etapa: Saint Jean -> Pamplona. (13.05.2012)

Foram cerca de 72 KM, 2400m de acumulado, 7h 23m a pedalar e 3h 40m parados, velocidade máxima de 62 km/h e velocidade média de 9,7 km/h.



O dia de hoje foi iniciado com alguma expectativa, pois íamos "atacar" os pirinéus. Depois de uma noite dormida, como possível, acordamos às 7h. Após a preparação das bikes, alforges, mochilas e equipados "a rigor" tratamos de procurar um sitio para tomarmos o pequeno almoço.



O inicio da aventura foi a "matar". De facto inicia-se o caminho com uma subida em asfalto de se lhe tirar o chapéu. Com o aumento da altitude, o tempo foi piorando, ou seja começamos a ter a companhia do nevoeiro. No entanto com mais ou menos dificuldade, lá fomos ultrapassando os diversos obstáculos passando pelos vários pontos de referência, tais como Hunto, Orisson, Collado de Bentartea e de Lepoeder, sendo este o ponto mais alto da etapa (1500m).









O nosso guia que sempre nos acompanhou e que muito útil nos foi.





Esta parte do percurso é espectacular. Trata-se de uma ravina com uma inclinação fantástica, cuja encosta está completamente cheia de árvores. É de uma beleza indiscritível.







Infelizmente quando chegamos ao ponto mais alto, encontramos várias equipas de busca, (guarda civil, bombeiros, espanhóis e franceses e diversas matilhas de cães) à procura de uma turista desaparecida no dia anterior. De acordo com as noticias, já tinham conseguido contactar com ela, mas não sabiam ainda o local onde estava. No entanto como nas noticias nunca ouvi nenhuma referência posterior a este facto, deduzo que tudo tenha acabado bem. Os pirinéus com nevoeiro são de facto muito perigosos.





RONCESVALLES

Após atingirmos o ponto mais alto deparamos com uma descida "diabólica" com zonas muito perigosas até Roncesvalles.

Passado este albergue, o trajecto até Zubiri não revelou grandes dificuldades. Nesta fase passamos por algumas descidas espectaculares.
Em Zubiri aproveitamos para comer qq coisa para assim ganharmos forças que nos permitissem chegar a Pamplona.





















PAMPLONA

Desde Zubiri até Pamplona, o trajecto com cerca de 20 km, fez-se sem grandes dificuldades. Apenas existia o cansaço da 1ª etapa e da habituação aos alforges e mochila.







Final de noite num bar, pois isto não é só pedalar.



E assim se passou a 1ª etapa. Após um bom jantar e uma excelente "ceia", lá fomos dormir, pois a etapa do dia seguinte prometia!!!
 

super.byke

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já estou a salivar só de pensar que me faltam 11 dias para poder disfrutar dessas paisagens :D
Coloquem mais fotos :D
 

jaamota

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Boas,

Cá vai o resumo da 2ª etapa: Pamplona -> Viana com cerca de 88 KM, 1600m de acumulado, 7h 19m a pedalar e 2h 48m parados. A velocidade máxima foi de 50,3 km/h e a velocidade média de 12 km/h

Etapa realizada em 14.05.2012

Como nota de rodapé, esta etapa deveria ter terminado em Logrono, seriam mais 10Km extremamente fáceis e permitiria que a etapa do dia seguinte não fosse tão extensa.




O inicio desta etapa foi atrasado para as 9h, pois pretendíamos carimbar a credencial na catedral de Pamplona, o que não tinha sido possível realizar no dia anterior, pois já se encontrava fechada. Assim tivemos tempo para saborearmos um bom pequeno almoço sem pressas.

Conseguido o objectivo, abandonamos Pamplona, o que nem foi dificil, com excepção da quantidade de peregrinos a pé que íamos encontrando. O tipo de trilho não é difícil ,mas sabíamos que iríamos encontrar umas subidas de respeito que nos levariam ao "Alto del Perdón".

As paisagens que encontramos com Pamplona a ficar para trás e a aparecer no horizonte as eólicas são espectaculares.

Aqui foi em pleno centro de Pamplona que encontramos esta "figura". Ficamos sem saber se estava a fazer o caminho de Santiago, mas tudo indica que sim



Aqui já se visualizava, ao longe, o alto del perdón (junto às eólicas)



Algumas das subidas de respeito, pois eram muito extensas e neste dia o calor começava a fazer-se sentir.



Um dos pontos com sombra, aproveitado por todos para recuperar forças.









Pamplona começava a ficar para trás...







o tão conhecido "alto del perdón" com as suas célebres silhuetas.








uma das muitas paisagens deslumbrantes







Inicio da descida em direção a Puente La Reina







Puente La Reina





uma das muitas indicações curiosas que se encontram ao longo do caminho. Esta estava num albergue.








A célebre fuente del Vino em IRACHE. Como manda a tradição, enchemos os cantis com água e provamos o vinho.





Continuação de paisagens fantásticas.




Um dos poucos portugueses que encontramos ao longo do caminho. É de Ovar e também começou o caminho em Saint Jean.







Viana à noite











E assim terminamos mais uma etapa fantástica. Esta localidade, Viana, é muito agradável. Jantamos num restaurante espectacular. Vamos ver o que nos reserva o dia de amanhã, visto que está programada a realização da etapa mais longa.
 

jaamota

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Boas,

Cá vai o resumo da 3ª etapa: Viana -> Burgos com cerca de 134 km, 1950 m de acumulado, 8h 59m a pedalar e 2h 22m parados. A velocidade máxima foi de 52,8 km/h e a velocidade média de 14,9 km/h

Etapa realizada em 15.05.2012



Como esperado, esta etapa revelou-se difícil. Em parte devido ao esforço dos dois dias anteriores, mas também devido aos fortes ventos desfavoráveis ao sentido de movimento. Não é por acaso que até existe uma zona chamada Ventosa.

Como dito anteriormente, os 10Km de Viana a Logrono deveriam ter sido feitos na etapa anterior, pois são de fácil realização.

Nesta etapa assinale-se que as subidas / descidas existentes apresentam declives suaves. Apenas a partir de Villafranca é que aparecem alguma subidas mais exigentes que se mantêm até depois de Atapuerca. A partir deste ponto até Burgos, é sempre a "abrir".

Passagem por Logrono. Mais uma vez uma cidade espectacular, com uma quantidade de espaços verdes admirável. Imagino que a qualidade de vida seja elevada.















Estas são as paisagens típicas desta zona.



















Alguns dos colegas "bttistas" com os quais fomos partilhando o caminho. Neste caso um espanhol e um argentino.














Placa que assinala a entrada na província de Castilla Y León



FORÇA, pois já falta P O U C O ... !!!







mas que bom...



Chegada à cidade de BURGOS



A magnifica Catedral de BURGOS. Mas que imponência !!!





O recuperar de FORÇAS...

 

viriatodasilva

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Boas. Sou de fatima e estou a ver se convenço uns colegas a realizar a viagem a Santiago a partir de aqui, que deverá ocorrerem no final de Fevereiro, principio de Março do ano que vem. Dependendo do espirito que a viagem nos incuta, será para realizar um caminho de Santiago por ano. Uma pergunta. A vossa viagem teve apenas o lado lúdico ou o lado espiritual também saiu reforçado (católico ou não)? E qual logística que levaram/arranjaram pelo camino, bem como o que deviam ter levado e não o fizeram?

Quedas suaves,

Ricardo Silva
 

super.byke

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algumas paisagens são mesmo deslumbrantes :D
Realmente um post comas dicas:
- O que não levamos e sentimos falta
- O que levamos e não fazia falta
- O que fizemos de uma maneira mas deveríamos ter feito de outra
- quantos kg de bagagem levaram?

já agora, en termos de albergues tiveram dificuldade em arranjar lugar? As bikes ficaram sempre dentro dos albergues?
... venha a reportagem dos restantes dias :D
 

jaamota

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Boas,

Vamos então ao resumo da 4ª etapa: Burgos -> Sahagún com cerca de 127 km, 900 m de acumulado, 7h 08m a pedalar e 2h 17m parados. A velocidade máxima foi de 55,1 km/h e a velocidade média de 17,7 km/h

Etapa realizada em 16.05.2012



Esta terá sido, provavelmente, a etapa mais rolante, pois até nós fomos surpreendidos, já que realizamos mais 40 km do que o inicialmente previsto. O objectivo era ficar em Carrilon de los Condes, mas em virtude da hora de chegada, optamos por continuar a pedalar mais algum tempo e acabamos por ficar em Sahagun. Bendita a hora que o fizemos, pois este avanço ir-nos-ia ser útil em etapas mais difíceis.

As paisagens são bonitas, mas monótonas. A única dificuldade geográfica da etapa é a forte subida ao Alto de Mosterales, após a saída de Castrojeriz.

Saliente-se que a saída de Burgos não é pacifica, pois está mal sinalizada, pelo menos para quem vai de bicicleta.

Mesmo com o s 40km a mais, ainda chegamos cedo a Sahagun, possibilitando a lavagem das bikes e de alguma roupa suja. Acabamos por jantar numa espalnada de um restaurante agradavel, a beber um bom vinho de "albarino"


Saída de Burgos - A cidade ainda dormia





No inicio das etapas encontrava-mos sempre muita gente...





As paisagens típicas desta zona



As nossas companheiras de viagem - "as sombras"



Uma nova iorquina, com 69 anos que andava a fazer o caminho. Falei com ela durante algum tempo.
Fiquei deslumbrado, tal era a juventude que transparecia daquele ser humano. "VELHOS SÃO OS TRAPOS".
Espero que tenha continuado a correr tudo bem.





O verdadeiro espírito do caminho















Sempre muita gente nos cafés / bares existentes ao longo do caminho.





Já estava quase !!!



O inicio do único ponto difícil da etapa







Inicio de uma descida espectacular



Chegada a Frómista com as suas famosas eclusas



Um grupo de brasileiros e italianos











Chegada a Sahagun



Lavagem das bikes



Lavagem das roupas



Roupa estendida. Vamos recuperar energias!!!



Um alvarino para aperitivo

 

jaamota

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Boa Tarde Ricardo

Esta já foi a 3ª vez que fui a Santiago de bicicleta. Em 2009, fiz Santa Maria da Feira -> Santiago pelo caminho central. Em 2011 fiz Santa Maria da Feira -> Santiago pelo caminho da costa, o qual vai até Caminha e depois passas no ferry para Espanha. A partir daqui é sempre pelas rias baixas até Vigo. Este caminho junta com e central em Redondela, sendo depois comum até Santiago.

Este ano fiz o francês, e adorei. FOI A MINHA PRENDA DOS 50 anos.

Em qualquer dos casos nunca planeei as viagens ao detalhe, embora tivesse o cuidado de programar minimamente as etapas por forma a impor alguma "disciplina às aventuras"

Em relação à motivação, confesso que foi primeiramente o aspecto lúdico e o gosto pelo andar de bicicleta que me motivou. No entanto após a realização do caminho, "algo" muda, pois é impossível ficarmos alheios ao espirito que se "respira" ao longo das centenas de Km´s. São experiências inesquecíveis. A diversidade de nacionalidades com que nos deparamos é impressionante.

Durante o caminho acreditamos no mundo ideal. Sem classes sociais, sem ambições, invejas, onde todos somos iguais e apenas estamos ali por vontade própria e com um único objectivo. CHEGAR A SANTIAGO.

Em relação à logistica, sempre levei o suficiente. Apenas no caminho francês se calhar exagerei na roupa, mas estava a contar com mais dias para a sua realização. O restante é normal, ferramentas básicas, camaras, dropout, kit primeiros socorros, saco cama, produtos de higiene, roupa, agasalhos, calçado, chinelos para banho, bombas (pneus e suspensão) etc.

As dormidas eram tratadas apenas no local após a chegada. Nunca marquei nada por antecipação.

Qualquer questão dispõe

1 Abraço

J. Mota
 

jaamota

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Boas,

Cá vai o resumo da 5ª etapa: Sahagun -> Astorga com cerca de 108 km, 950 m de acumulado, 6h 37m a pedalar e 2h 12m parados. A velocidade máxima foi de 45,6 km/h e a velocidade média de 16,2 km/h

Etapa realizada em 17.05.2012



Hoje foi o dia em que começamos a pedalar mais cedo, pois despachamo-nos rapidamente e o pequeno almoço que foi tomado numa pastelaria, não ocupou muito tempo.
O inicio do trajecto foi bastante rolante, apenas tínhamos a dificuldade habitual com a quantidade de peregrinos / caminheiros que nos "obrigavam" a pedalar com um ritmo moderado.

Grande parte dos trilhos, são feitos paralelamente a estradas nacionais.

Nesta etapa encontramos o Tiago Rocha, um tuga que se dirigia a Barcelona para trabalhar 3 meses, findos os quais pretendia ir para a Índia de bike.

Nesta etapa passamos por León, uma cidade muito bonita. Perdemos algum tempo, pois quisemos carimbar a credencial na catedral.
Visitar grandes cidades de bike é espectacular, pois a liberdade que sentimos e a possibilidade de podermos ir a qualquer lugar é de facto fabuloso.

Após abandonarmos Léon, paramos em Virgen del Camino para comer qualquer coisa e assim repormos algumas energias. Como ainda tinhamos muito tempo, decidimos ir até Astorga e assim continuarmos com alguns KM de avanço, pois a ideia inicial era ter ficado em León.

Até Hospital de Órbigo, tudo correu bem, mas a partir desta localidade fomos confrontados com fortes ventos que nos dificultaram imenso as pedaladas.

A chegada a Astorga é bonita, pois temos umas vistas fantásticas


Um bom pequeno almoço para repor energias



Um pormenor do jersey - Algumas das localidades por onde passamos e outras por onde pretendíamos passar.



Uma das alternativas do caminho. Claro que optamos pela esquerda (caminho francês)



Um português - Tiago Rocha - que se dirigia em sentido contrário até Logrono e depois Barcelona.





Mais uma das muitas formas para homenagear os caminhos de Santiago







Chegada a León





















Paragem para comer qualquer coisa em Virgem del Caminho



Cada vez estavamos mais perto !!!



Hospital de Órbigo



Já se visualizava Astorga no horizonte



Alguma imagens de Astorga

Após o banho, visitamos a bonita cidade de Astorga, aproveitamos o excelente jantar e divertimo-nos o possível, pois no dia seguinte iríamos ter que ultrapassar um dos pontos dificéis - "A Cruz de Ferro"








um momento de relax...





E assim terminamos mais uma etapa.

1 Abraço - J. Mota
 

jaamota

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Boas,

Cá vai o resumo da 6ª etapa: Astorga -> Herrerias com cerca de 98 km, 1560 m de acumulado, 7h 13m a pedalar e 2h 38m parados. A velocidade máxima foi de 57,3 km/h e a velocidade média de 13,6 km/h

Etapa realizada em 18.05.2012



Hoje foi o dia que iniciamos a etapa mais cedo. Eram cerca das 7h45m quando começamos a pedalar.
O tempo estava limpo em Astorga, mas viam-se no horizonte algumas nuvens bastante negras o que não adivinhava nada de bom!!!

Após os primeiros km's, constatamos que estava muito vento. Os cerca de 20Km que nos separavam de Rabanal del Camino foram feitos com algum esforço adicional.

Nesta localidade, aproveitamos para equipar os alforges e a nós próprios com os respectivos equipamentos de protecção contra chuva, pois a partir daqui ir-se-ia iniciar a subida até ao ponto mítico da etapa - A Cruz de Ferro.

Esta subida até se acabou por mostrar agradável, pois o grau de dificuldade não é elevado e as paisagens são espectaculares o que ajuda bastante. A chuva também foi nossa amiga e apenas cairam uns aguaceiros.

Chegados à Cruz, cumprimos a tradição de deixar as "pedras" que tínhamos trazido desde as nossas casas. Após este ritual, desfrutamos de um conjunto de descidas espectaculares com muita técnica associada.

A localidade de Ponferrada também é interessante.

Paramos em Camponoraya para comer mais um "bocadillo" onde em conversa com um espanhol, por forma a tentarmos perceber qual o melhor sítio para dormir antes da subida ao Cebreiro, ele nos aconselhou a ficar em Herrerias, prontificando-se de imediato a ligar para um hostal a fazer a reserva. Bendita a hora que o fez, pois o local era de facto espectacular.

Os cerca de 30km que nos separavam do fim da etapa foram pacíficos, visto que o caminho é sempre feito por troços paralelos a estradas, ou nas próprias estradas.

Chegados ao hostal, e após o banho respectivo, recuperamos as energias com algumas "tapas" que terminaram depois com um excelente jantar no próprio local.

Este "relax" permitiu "recarregar" as baterias para a etapa seguinte que inclui a célebre subida ao "Cebreiro".

ASTORGA ainda dormia...









o tempo estava "negro"







já equipados contra a eventual chuva









Chegada à Cruz de Ferro













Paisagem vista da cruz de ferro



Manjarin - Com uma "big" bandeira portuguesa e a "Nossa Senhora de Fátima"







Descida espectacular





El Acebo



Paragem para descanso







MolinaSeca





Chegada a Ponferrada







Camponaraya





Villafranca del Bierzo







Chegada ao Hotel











Fim da 6ª etapa
 

luis.andrade

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Bela foto-reportagem!
Como disse mais acima o Viriato da Silva, estamos a pensar fazer o percurso Fátima-Santiago e como é a primeira vez que nos propomos fazer um dos Caminhos de Santiago, existem muitas dúvidas que nos assaltam.
Não vos vou massacrar com perguntas, mas há uma que gostaria que me respondessem se possível.

Reparei que cada um de vós usou um tipo diferente de suporte para o alforge.
Estava a pensar comprar um de fixação no espigão do selim.
Pode dizer-me, de acordo com a sua experiência, qual o comportamento do mesmo? Afecta muito a estabilidade da bicicleta?

Muito obrigado.
 

jaamota

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Boa tarde Luís,

Não sei se reparaste, mas as bicicletas são diferentes, pois a minha é de suspensão total, enquanto que a do meu colega é semi rigida. Com suspensão total, apenas consigo utilizar alforges de espigão.
Em função das diversas voltas que já dei, não tive qualquer problema de estabilidade. Antes pelo contrário, em plano e em descidas, sinto a bicicleta muito mais estável. A parte desagradável é quando tens que transportar a bicicleta a peso.

O cuidado a ter é com o peso que transportas, pois os alforges de espigão estão limitados a cargas mais pequenas (cerca de 8 a 9 KG), o que limita a quantidade de coisas a transportar.

Eu neste passeio, como eram cerca de 8 a 10 dias, tive que levar também uma mochila, senão não conseguia levar tudo.

O outro tipo de alforges, desde que não tenhas suspensão traseira, permite cargas maiores e pelo que o meu colega me diz, as dificuldades são as mesmas, ou seja apenas quando se tem que carrergar a bike a peso. No resto é uma questão de hábito, pelo que em relação à estabilidade não te preocupes. A escolha depende do tipo de bike e da quantidade de material a transportar.

Caso necessites de mais alguma info, dispõe

1 Abraço

J. Mota
 
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