Um Caminho do Norte, de Irun a Santiago, agora com video disponivel.

zebroclinas

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http://www.youtube.com/watch?v=Ilm4BHa03a4Caso os companheiros queiram saber distâncias e albergues está a ser colocado nas ultimas páginas!Pois tudo começou em Dezembro do ano passado, quando o nosso grupo de (Peregrinos em bike) se juntou, para programar o respectivo passeio, por forma a que se encontrasse uma data de concenso, para que todos pudessem percorrer tão belos caminhos.
De inicio ficou decidido que seria a primeira quinzena de agosto, mas à medida que o tempo foi avançando no calendário, e como a vida não é como nós a programa-mos, foram aparecendo as indisponibilidades e o grupo foi diminuindo, de nove em julho só restavam tres, mas por fim e depois de se ter de alterar novamente as datas, acabaram por ir quatro.
Foram eles A "Nandinha" o "Abramocarlos" O "Galvanito" E por fim o "Zebroclinas".
Foram dias de intenso gozo e de muito esforço, pois para que esses cerca de mil quilometros, se tenham percorridos gastou-se muito pão e muita agua, quilos de presunto, fruta e cerca de 5000 calorias despendidas diáriamente, isto para não falar da aventura que foi para chegar a Irun de comboio, desde chegar a Santiago de carro com a intenção de viajar de comboio para Irun desde lá, por forma a que a quando do regresso a lisboa seria mais rápido porque teriamos deixado o carro em santiago.
Só que tal não foi possivel porque não havia comboio que não estivesse esgotado para essas datas, e assim tivamos de voltar a portugal depois de tentar de autobus, e acabamos por vir dormir a Valênça do Minho, que mais uma vez foi a nossa tábua de salvação.
No dia seguinte viajamos de comboio para coimbra por forma a apanhar o celebre Sudexpress. para Irum. E o que queriamos ter evitado, que era desmontar as bikes, acabou por tewr de ser feito pois nos comboios de portugal não se pode transportar as ditas montadas." va-se lá saber porque"?
E assim lá conseguimos chegar a Irum no dia a que nos tinha-mos proposto a dar inicio a esta nossa aventura 17-08-08.
Pessoal como isto vai demorar, amanhã descrevo mais um bocado e se conseguir ponho umas fotos, para que todos os que assim o desejem possam partilhar esta nossa alegria que foi conseguir percorrer tão belos caminhos.
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zebroclinas

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Re: Descrição de uma volta de bike, pelo Caminho do Norte de Irun a santiago.

Depois de ter conseguido que o gerente do lidl de Coimbra 2 nos tivesse arranjado uns cartões, das paletes de azeite e óleo, percorremos algumas ruas da cidade com os cartões pendurados nas bikes, a grande velocidade, pois o tempo escasseava para que pudesse-mos ter as ditas desmontadas e embaladas de maneira a poder viajar para Irun.
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com algun esforço e engenho lá conseguimos tal feito e na hora que o "tromba de áço" chegou embarcámos.
Foi uma viagem sem incidentes, não fosse o facto de eu a quando das compras para a viagem, "jantar" com a pressa de estar na estação a tempo de embalar as meninas, me esqueci de trazer as carnes frias, quando fomos para jantar, só tinha-mos pão frutas e yogurtes, a sorte foi que o abramocarlos, tinha refundidas na mochila umas latas de Atum.
Irun 17.08.08 7h30m. Montagem e afinação das bikes.
Quando estávamos a montar as nossas meninas, chegou uma composição onde se apearam, uns rapazinhos com as respectivas bikes, mas montadinhas, " que inveja" e continuámos a monta-las, depois de para aí uma horita lá consegui-mos sair da plataforma onde nos apeámos e deslocámo-nos, uns para a casa de banho e outros para o bar da estação, onde tomá-mos o pequeno almoço, depois disso começa então a tão desejada aventura.
Para início não estava mal, porque dirijimo-nos à saida errada, voltámos então para o outro lado e lá conseguimos sair.
primeiro objectivo: Ir tomar um banho ao albergue de peregrinos, coisa que a hóspedeira não achou muita piada e só dois é que decidiram faze-lo, começá-mos então essa procura constante que é seguir as setas amarelas, e quando saímos da cidade, deparámos com uma paisagem de montanha deslumbramte, parte dessa paisagem eram os Pirinéus, logo percebemos ao que vinha-mos, pois o caminho não era só a paisagem, e para que ela mudá-se era preciso percorre-lo.
Assim o fize-mos e logo percebe-mos que a coisa não ía ser fácil, pois logo nas primeiras subidas, tivemos de enfrentar não só os trilhos quase intransponiveis, como também aquela lama que nos fazia escorregar a quando das subidas com as bikes à mão.
Coisa que fez com que alguém, colocasse quase de emediato o que é que andaria ali a fazer? E com o espirito de entreajuda a coisa lá passou e deu lugar a uns trilhos mais suaves, embora a subir mas com uma vista deslumbramte, sobre Irun o porto maritimo e o mar.
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zebroclinas

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Re: Descrição de uma volta de bike, pelo Caminho do Norte de Irun a santiago.

Como eu ia dizendo as paisagens foram ficando mais bonitas, mas o caminho alternava entre o suave e o duro porque nesse dia não percorremos mais de cinquenta kilometros, porque o terreno quando era dificil tinha-mos muitas dificuldades para progredir e daí só termos avançado tão pouco, passá-mos por algumas terras, como, Guadalupe, Lezo, Pasaia de São Pedro, La Plata, Donosti, Igeldo e por fim Lá consegui-mos chegar a uma terra de seu nome Ório, não é a das bolachas, isto tudo no país Basco que os nomes têm tendência a não se perceber.
De qualquer das maneiras foi uma jornada, para alem da duresa, foi estremamente bela pois as paisagens que se nos depararam, quase faziam esquecer o cansaço.
O almoço a quando de uma subida daquelas que desmoraliza qualquer um, eis que nos deparámos com uma quinta, em que se viu muita gente, e que tinha um anuncio a dizer que se vendia pão, ora pão = a comida, = a almoço.
Parámos para almoçar, de inicio até pensei que era um restaurante, do estilo mácrobiótico, o que para mim até era bom, porque para além de ter levado uns kilos a mais nos alforges também tinha levado mais alguns no corpinho, e assim mataria dois coelhos de uma só cajadada.
Mas aquilo que eu pensava ser a tal casa de pasto era nada mais nada menes que uma comunidade do estilo Amishe, ou seja a religião era baseada na Tora e intitulavam-se Judeus, os pricipios da comunidade era restaurar a naturêza vivendo o mais natural possivel, por forma a não ofender o meio ambiente e partilhar tudo entre os menbros da comunidade, em suma e na religião em que eu fui habituado e crescendo "Fazei o bem sem olhar a quem" e ao fim de uma secasinha de praí meia horita lá nos deram de comida, que diga-se em abono da verdade, ou então era da fome que nós trazia-mos, estáva muito boa.
Uma vez que não tinhamos de pagar, sentimo-nos na obrigação de comprar aquilo que eles vendiam, que era pão e bolos e assim lá continuámos a nossa "peregrinação", com mais ou menos dificuldade e muitos litros de água, lá passamos San Sebastian, uma cidade surpreendente, grande e bela.
passado isso voltou a duresa e tivemos de nos fazer ao caminho, o que se viria a revelar um pouco incauto pois acabaria-mos por ter de caminhar já de noite, por caminhos muito duros e complicados, até conseguir encontrar o albergue que nos tinha-mos proposto atingir.
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Néz

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Re: Descrição de uma volta de bike, pelo Caminho do Norte de Irun a santiago.

Caro companheiro do pedal! Deu-me uma trabalheira dos diabos descobrir a minha senha de acesso a este forúm. Mas por uma boa história tudo vale a pena. Estou a gostar muito da tua descrição desta viagem... Faz o favor de continuar, já que, todos os dias será das primeiras coisas que farei, procurar novos capitulos. Gostei especialmente da parte do ATUM do Abramocarlos, e da descrição dos naturistas... Vais no bom caminho...FORÇA!
 

zebroclinas

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Re: Descrição de uma volta de bike, pelo Caminho do Norte de Irun a santiago.

2º dia: Com o esforço dispendido no dia anterior, a Nandinha passou a noite a vomitar e assim quando nos levantá-mos, tivemos a má noticia que ela não estava em condições para continuar, olhamos uns para os outros e rápidamente se dicidiu que ela ficaria a descansar até que estivesse restabelecida, e assim viajaria de comboio por forma a apanhar os que iriam continuar. Assim foi eu e o galvanito fizemo-nos ao caminho, coisa que em breve viriamos a descobrir que a melhor coisa que ela tinha feito era ter ficado a descansar, pois a coisa era de tal ordem dificil que até metia medo, porque o trilho para além de estar cheio de silvas, do lado direito era uma ravina que cada vez ia ficando mais alta e perigosa.
Mas a vista era deslumbrante e quando o perigo está eminente o pessoal nem sequer vê as vistas, quer é sair dali, e se bem o pensámos melhor o fizemos, e lá chegámos ao cimo de mais uma montanha onde havia um parque de campismo com uma vista para o mar, do tipo cenário paradisiaco, com ele mais uma descida vertiginosa, para uma terra que se chama Zarauz e a sua respectiva praia.
passa-mos Zarauz, azquizu e zumaiae assim começá-mos a subir para Elorriaga, é então que o famoso suporte dos alforges começa a ceder, e escusado será de dizer que o grande mestre Zebroclinas com o seu comancheiro Galvanito, depois de ter ultrapassado mais dois pares de peregrinos chegam ao topo de mais uma subida, param para resolver o assunto do famoso suporte e assim voltarem a ceder as posições aos dois pares de peregrinos, mais pau menos pau entre braçadeiras de serrilha e alguns atendimentos dos respectivos telemoveis, lá conseguimos resolver ainda que temporáriamente o assunto.
Enchemos os cantis e seguimos viagem, pois num desses telefonemas tinhamos tido noticias da nandinha e do abramocarlos, combinando que nos encontrariamos numa terra chamada Deba.
Mais umas subidas e mais umas descidas daquelas de queimar o disco de travão, lá conseguimos chegar à dita terra a horas de almoço, sim que isso do almoço é muito importante.
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zebroclinas

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Re: Descrição de uma volta de bike, pelo Caminho do Norte de Irun a santiago.

Depois de muito procurar, e não termos conseguido um restaurante que tivesse uma mesa disponivel, porque tivemos a sorte de nesse mesmo dia ser feriado na dita terra, uma espécie de "san firmin" lá da terra pois quase toda a gente para alem de andar com um lenço vermelho ao pescoço, parecia ainda que andavam nas nuvens, e nem sequer davam pela presença de forasteiros como nós, que por muitas bandeirinhas que tivesse-mos na bike a dizer que éramos de portugal, e as cores até eram edenticas às cores da bandeira Basca, mas nem assim a coisa mudou de figura a lá tivemos de fazer mais um almoçinho de sandes, os famosos "bocadillos" de jamon e queso, naquele pão que até rasga o céu da boca.
Depois de "tão frugal repasto"decidimos que o Abramocarlos e a Nandinha voltariam à estrada de áço até Bilbáo de forma a que o seu restablecimento se fizesse de forma eficáz, para que no dia seguinte estivesse pronta para regressar ao caminho, eles lá foram e eu e o Galvanito lá nos fizemos ao caminho, escusado será de dizer que meia hora mais tarde já estáva-mos de volta ás grandes subidas e descidas e com as respectivas paisagens. O dia ameaçava chuva e os lugares lá foram desfilando a muito custo pois os trilhos que tivemos de percorrer não eram para brincadeiras, e imponha-se toda a concentração, até que já com o material no limite e o corpinho todo dorido, parámos para fazer o ponto da situação e descobrimos que ainda faltavam percorrer mais ou menos 9 km, e não viamos jeito de o terreno aliviar as dificuldades, pois estávamos no meio de serras e não se via civilização"nunca uma barrinha de cereais me soube tão bem como nesse dia" e assim tivemos de continuar( a pedalar claro) mais uns trilhos passados eis se não que cá o rapaz teve de largar a sua querida para que o desfecho de determinada descida, não tivesse sido outro mais grave, e acabamos por desenbocar muma terra de seu nome Marquina-Ximain.
Terra essa que ou estava tudo a ver os jogos Olimpicos ou já era hora de dormir, o tempo também não ajudava, porque estava a começar a chover, e assim lá chegamos ao mosteiro onde se situava o albergue, diga-se que mais uma vez tivemos sorte porque os ultimos dois lugares disponiveis, aguardavam por nós, chegamos até a comentar se os outros dois estivessem connosco teriamos de arranjar outro lugar para passar a noite, mas como não há fome que não dê em fartura, o albergue encerrava as suas portas ás 10 horas e assim tivemos de ir comprar comida e tomar o tão desejado duche depois. (Mais um jantarinho de SANDES).
 

zebroclinas

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Re: Descrição de uma volta de bike, pelo Caminho do Norte de Irun a santiago.

o 3º dia amanheceu chovoso e uma decisão tinha de ser tomada, por muito que me custasse, eu tinha prometido à Nandinha que caso ela não aguenta-se eu viria á estrada com ela.
Felizmente o meu amigo Galvanito compreendeu a situação mas manteve-se firme nas suas convicções, e continuou nos caminhos tal como se tinha proposto fazer desde o inicio. Assim eu avançei para Bilbao por estrada, com a intenção de me encontrar com a Nandinha e o Abramocarlos, para que eles sentissem que tinham o meu apoio para continuarem, nem que fosse por estrada, coisa que se viria a concretizar mas que continuou a ser muito duro, porque o asfalto desgasta tanto ou mais que os trilhos, sem contar com o estigma de ser atropelado a qualquer momento.
Pedalava eu em direcção de Bilbao, quando a Nandinha me telefonou, e eu não a deixei falar, dizendo-lhe que estava na estrada e ia ao seu encontro, noticia que foi acolhida com algum contentamento da parte dela.
Depois de uma manhã de chuva e muitas pedaladas, lá consegui chegar ao famoso Guganheim, sitio que eu já tinha estado e que qualquer pessoa que vá a Bilbao dificilmente deixa de visitar. E assim lá me encontrei com eles, e logo que cheguei tive de mudar os calços de travão da bike do Abramocarlos e ainda reapertar as fixações do suporte das bagagens, depois desse trabalho concluido fomos à procura do albergue, coisa que se viria a revelar uma boa prática na medida em que o nosso amigo Galvanito passaria a ter uma linha avançada, não só para marcar as dormidas mas também para garantir as refeições. De início segundo minha sensação houve da parte dele alguma relutânçia mas com o decorrer dos dias se foi dissipando e acabou por ficar tudo normalizado.
Esse dia foi aproveitado para lavar roupa pois já andava-mos fora de casa á cinco dias e não levávamos propriamente um guarda fatos nos alforges, depois disso a nandinha como forma de agradecimento foi ao lidl lá da zona e fez uma salada daquelas de comer e chorar por mais, para compor o ramalhete o Abrmocarlos comprou um vinho daquele que o pessoal se lembe todo e assim se passou mais um dia.
 

Nazgul

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Re: Descrição de uma volta de bike, pelo Caminho do Norte de Irun a santiago.

Boas

Estou a gostar bastante desse teu relato. Continua que eu quero ver o desfecho dessa aventura.

Abraço

Nazgul
 

vagamundo

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Re: Descrição de uma volta de bike, pelo Caminho do Norte de Irun a santiago.

Viva

Para quem, como eu, faz viagens em autonomia todos anos, esta "aventura" está a ser fantástica.
Também estou a acompanhar o teu caminho...
Força está a ser muito bom, continua eu estou a "pedalar" contigo :D

Um abraço
 

zebroclinas

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Re: Descrição de uma volta de bike, pelo Caminho do Norte de Irun a santiago.

4º dia: O dia começou bem e cedo, tomámos o (desayuno) e começámos a montar as respectivas mobilias nas bikes, para que quando já tinha quase tudo montadinho dei que tinha o pneu de trás com o aro no chão, também não me desmanchei e como um bom teimoso, toca a meter ar, com o pensamento em que com o andar a coisa acaba por estancar, conversa fiada pois assim que saí do albergue tive de parar numa bomba para meter ar, e assim lá consegui-mos chegar à primeira terra a que nos proposémos, terra essa que se chama Portugalette, é digamos a Amadora lá de Bilbáo, mas com muito mais estilo e arranjada, de tal ordem que até nas ruas mais ingremes os passeios tinham passadeiras mecanicas do tipo das que se encontra nos Aeroportos internacionais, tudo muito arranjadinho e limpo.
Depois de constactar todos esses pormenores tivemos de nos deslocar ao posto de Turismo, onde fomos atendidos por um jovem senhor que assim que soube que eramos Portugueses,brincou com o facto dizendo que eramos irmãos, e deu-nos informações importantissimas para o resto da jornada.
Saimos das instalações da (oficina) de turismo, mais confiantes e voltámos às escadas mecanicas, porque a direcção que tinha-mos de tomar para ir á terra seguinte assim o obrigava "que chatiçe" voltei a constactar que tinha o pneu quase sem ar, vái de teimosia para a frente e meti-lhe mais ar, o caminho a seguir era uma via para ciclistas que tinha mais de 15km e desembocava junto ao mar, na Playa de la Arena mas não sem antes ter de mudar a camera de ar.
Os ciclistas nessa via passavam às dezenas, pessoal a caminhar eram mais que muitos, em suma deu a sensação que as coisas por aqueles lados são feitas mas também são aproveitadas pela população, e lá fomos direitos ao albergue da dita terra.
Batemos com o nariz na porta, pois os albergues fecham a partir das dez e só abrem depois de almoço, e assim avançámos para a terra seguinte, Pobeña, mas a coisa não estáva fácil, o facto de nós andar-mos pela estrada a querer passar por as povoações que passa o caminho, éra muito mais complicado, porque uma coisa é passar entre montes e vales por caminhos agricolas e de montanha, outra coisa é ir por estrada e contornar esses vales e montanhas , e assim acabei por ter de tomar a decisão de ir à estrada sim senhor mas avançando em direcção ás terras mais importantes e não andar a fazer "Renda de Bilros" entre montanhas, porque assim se tornaria mais complicado ainda do que se fosse pelo caminho.
Tomada essa decisão, rapidamente e depois de algumas subidas bem complicadas saimos do pais basco e entrámos na Cantábria, onde paramos par almoçar, junto de um super mercado do (DIA) numa terra chamada Castro - Urdiales, onde nos acabariamos de encontrar com o Galvanito quando fomos ao turismo para por o selo nas credenciais.
 

Néz

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Re: Descrição de uma volta de bike, pelo Caminho do Norte de Irun a santiago.

Continua, que vais no bom caminho...
Não te esquecas de dizer que eu me esqueci da Credêncial na casa de banho da estação de camionagem de Castro-Urdiales...
ENTÃO E AS FOTOS!!!!!
Queremos ver fotos.
 

depinho

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Re: Descrição de uma volta de bike, pelo Caminho do Norte de Irun a santiago.

Não me deixas grande esperança de realizar a minha viagem como o planeado. Amanhã dia 5 parto no comboio intercidades de Campanhã para Coimbra B e ás 18 e tal apanho o tal Sudexpresso, cujo bilhete já comprei á mais de 30 dias para poder ir a dormir :rotfl:. até Handaya. depois o TGV para bayonne no Sabado e o regional para S. jean pied de Port.Óspois é montar a bike e apanhar a chuva que se prevê ( e que confirmei ) subir os Pirinéus até Roncevalles. e acabar aí a primeira etapa. Será que depois de tanto programar vai correr assim como a tua ??? :pesquisa:
A piada é que vou sózinho, para me poder arrumar no meio da multidão...
Um Abraço
 

zebroclinas

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Re: Descrição de uma volta de bike, pelo Caminho do Norte de Irun a santiago.

Caro depinho: espero que tenhas um bom caminho, e porque já percorri o mesmo caminho que vais percorrer em 2006, só te quero dizer que se vais só deves atravessar os pirineus de preferência de manhã caso contrário tens dois albergues depois de s.j.p.d.port, e se consegires faze-lo de manhã talvez consigas ir além de roncesvalles.
Mais uma vez bom caminho!
 

zebroclinas

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Re: Descrição de uma volta de bike, pelo Caminho do Norte de Irun a santiago.

E agora nós, o meu amigo, que fez a tal paragem para aliviar peso, tendo posto o "preto no escorrega" e com essa manobra acabou por se esquecer da credencial no "parque infantil", e só por isso é que nós o encontrá-mos em Castro Uriales.
depois de selar-mos no respectivo posto de turismo, lá seguimos o nosso caminho que tal como já vinha de trás, era a estrada depois de algumas pedaladas em conjunto despedimo-nos de novo, o Galvanito para o caminho e nós continuámos na estrada.
Entre muitas pedaladas e dezenas de ciclistas de estrada lá ia conseguindo fazer alguns minutos de video, pois as manias são muitas e a de videásta não podia faltar, a ver vamos o que irá sair quando o video for editado.
Mudando de assunto, as paisagens foram desfilando ao longo da estrada assim como as as povoações.
A estrada era do tipo marginal e a paisagem divinal, depois lá nos apareceu uma subidinha das grandes que conseguimos superar sem grandes dificuldades, mesmo que por vezes as bikes tivessem de ir á mão, e quando chegámos ao topo mais uma vista deslumbrante estávamos a chegar á localidade de Laredo, que é uma estânçia de turismo, que pelo que deu para peceber de alta reputação pois o parque automovel assim o indicava.
Faltavam assim cerca de cinco kms para Collindres a localidade a que nos tinhamos proposto atingir.
Chegados a Collindres uma das primeiras tarefas a desenvolver foi procurar o respectivo albergue, coisa que se viria a revelar dificil, mas com um pouco de perseverança, isto para não dizer teimosia, lá conseguimos encontrar quem tinha as respectivas chaves e colocava o selo.
Mais uma vez salvos pelo gong, porque chegámos e a menina (que era de uma belêza deslumbrante) estáva mesmo a fechar a loja. Depois comprámos comida arrumá-mos as bikes e assim aguardá-mos que o Galvanito chegasse, e práticamente mais um dia estáva concluido. nesta nossa epopeia.
 

zebroclinas

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Re: Descrição de uma volta de bike, pelo Caminho do Norte de Irun a santiago.

Se no dia anterior cobrimos cerca de 100kms, no dia seguinte não teria-mos de vontade de fazer a coisa por menos, e assim a quando da planificação ficou logo decidido que a coisa seria identica, neste 5º dia de jornada.
O Galvanito tinha ainda de andar para trás, porque ele queria voltar ao caminho onde o tinha abandonado para vir ter connosco com o fim de estar-mos juntos, e assim despediu-se cedinho para ir apanhar o barco que fazia a travessia desde Laredo para Santoña. Nós como bons estradistas lá fomos pela famosa N 634 na direcção de Santander, e as povoações começaram de novo a desfilar e nós a papar léguas por essa estrada fora, foi de tal ordem, que passadas algumas horas a pedalar e depois de muitas e bonitas paisagens, houve um camion que me deu umas buzinadelas mas eu nem me apercebi o porquê da coisa, mas a Nandinha que está sempre muito atenta aos sinais não deixou escapar, e deu-me sinal via rádio, que eu tinha passado por uma ponte onde era proibido a circulação de velocipedes.
Assim eu estive parado à espera que ela e o Abramocarlos descobrissem o modo de continuar por a referida estrada, sem cruzar a dita ponte.
E lá continuá-mos em direcção a Santander, de repente e sem que nada o indicasse nós estáva-mos a circular na autopista A8 até parecia que íamos para "Torres Vedras" e a Nandainha mais uma vez começou a entrar em "parafuso" por fim lá conseguimos sair, e lembro-me que fomos desembocar numa localidade que distava de Santander uns bons 25kms, perguntámos cerca de tres vezes qual a direcção e a distânçia para chegar a tão famosa cidade, mas a direcção que nós pertendia-mos seguir,era a de Comillas, e se nos deslocásse-mos a Santander estariamos a andar para trás mais ou menos os mesmos 25kms, assim tomá-mos a decisão de continuar em direcção de Comillas.
Se a coisa até ali tinha sido pacifica em termos de inclinação, logo descobrimos que o relevo, "e agora sob um Sol abrasador " a coisa tinha mudado de figura e as longas subidas sem sombra se nos tinham apresentado sem nós o desejar-mos.
E agora a esta distânçia, consigo compreemder o porquê de tal engano, porque deveria-mos ter ido sim por a N634 e em Solares mudava-mos para a N635 que ia directamente para Santander, e daí a N611 até Barreda onde mudava-mos para a CA131 que ia passar a Comillas.
Mas como seguimos sempre pela N634 desembocamos em Torrelavega e depois Barreda. As taís indesejadas subidas "Rompepernas e queima-tolas" aí estavam, a paisagem era muito bonita mas o dia estava quente e os kilometros acumulados começavam a fazer-se sentir, pois nesse dia não parámos para almoçar e assim não retemperá-mos algumas forças, que tanta falta nos viriam a fazer, foi então que decidi-mos que eu ia para a frente por forma a conseguir chegar a tempo de ter lugar no albergue, e se assim o pensámos, quase que acertámos pois quando eu os deixei para trás ainda não tinhamos chegado a Cobreces, onde se situava o Monastério Cistercience, que também dava albergue a peregrinos, mas que nós não queria-mos ficar. Quando cheguei a Comillas, terra de uma belêza de pasmar, muito pouco tempo tive para admirar, porque tinha de encontrar o albergue e mais uma vez fui salvo pelo Gong, porque já só haviam disponiveis segundo a camareira quatro "liteiras" que se viriam a revelar três, mas com jeitinho, quem viria a benefiçiar seria o Galvanito que teve um quarto só para ele, pois dormiu no escritório que servia de recepção.
A Nandinha e o Abramocarlos lá chegaram, Coisa que viria a acomtecer mais tarde com o Galvanito mesmo até depois de nós já termos tomado o respectivo duche e jantado, mas não ficou sem companhia porque o sitio onde se jantava era mesmo no centro da localidade e havia muita gente na rua e o passoal queria ver movimento e assim lá fomos com ele jantar e beber mais um café ou coisa do género.
Quando o jantar ia a meio começou a chover e o dia acabou com o estigma que no dia seguinte, seria-mos comtemplados com a dita chuva.
 

depinho

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Re: Descrição de uma volta de bike, pelo Caminho do Norte de Irun a santiago.

Amigo Zebro,
por sorte nao fiz ontem quando cheguei as 13 horas a subida dos perineus. tinhas razao. Estava cansado da viagem fique em SJPP a beber una copos e as 8 h de hoje la arranquei loga a porta do albergue para a subida daqueles miticos e belas montanhas. Estou neste momento em Pamplona no Albergue dos melhores que vi - so conhEco os do caminho portugues eo Sjpp - nao tenho tiles o teclado é espanhol e ja me comeu hoje 4 euros :mrgreen: fizemos hoje 80 km com os pirineus e com a parte da subida do pessoal a pé que é mais 180 m em piso bastante mau. falta dizer que ainda sou mais cota que tu (56 feitos :mrgreen:9, mas nao deixei mal o nosso btt tive de esperar muitas vezes pelo Miguel Espanhol. tb o gajo vem com a mobilia toda até livros traz :roll:. que tiveres saudade de uma tortilha avisa :rotfl: um abraco para todo o pessoal que deve estar roido de invenja :cadeirada: :hehe:
 

Néz

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Re: Descrição de uma volta de bike, pelo Caminho do Norte de Irun a santiago.

Caro Depinho: Fico contente em saber que te estás a dar bem com o caminho, em relação ao albergue que pernoitaste não creio que tenha sido o oficial, porque esse era um pouco antigo, de qualquer das maneiras havia um fora das muralhas, junto ao rio que era de uns alemães.
Obrigado pelas noticias, e fico muito contente de te teres lembrado de mim, que cá continuo a tentar escrever as memórias do passeio do norte.
Desculpa não ter ainda imagens, porque eu ainda não compreendi como se colocam no forum, mas quando tiver mais tempo e ajuda prometo que não te vais arrepender de ter esperado.

BOM CAMINHO e até breve.

Saudações pedalisticas com muita Saudinha da Boa.
 
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