Crónicas de um Bravo do Pelotão por Terras Helvéticas

AFP70

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Regresso atribulado à “l’Argentine”...

Francis Bacon escreveu certa vez “Os homens sábios, para declinarem a inveja que possa incidir sobre os seus méritos, usam atribuí-los à providência e à fortuna (sorte); porque assim podem falar deles, e, além disso, é honroso para o homem ser benquisto dos poderes superiores.”

Vem isto a propósito da nossa visita à “L’Argentine” em Setembro de 2015 pela segunda vez. Se bem se recordam já lá tinha andado bem perto com o Natercio em Agosto de 2015, ver post 594 da página 60, mas na altura ficamo-nos pelos 1.463 mts “Refuge de Solalex”.

Desta vez fui acompanhado pelos amigos Natercio, Angel e Luís. Tal como da última vez o dia prometia, sol q.b. Até à quarta foto nada de novo, exceto talvez a vaca que se atravessou no nosso caminho ;)...

A partir dos 1.463 mts aguardava-nos uma subida e que subida meus amigos, esta metia respeito, só para terem uma ideia, sobe-se em cerca de 3,3 kms +/- 450 mts de desnível, foi por isso que da última vez as nossas pernas se recusaram :D...

Bem ou mal, mas no meu caso, mesmo muito mal (um dia dir-vos-ei porquê!), lá chegamos ao “Refuge Giacomi” a 1.891 mts, mas quando achávamos que as subidas tinham acabado, eis que para continuar, tínhamos de subir ainda até aos 2.046 mts e passar pela “Cabane Barraud”.

Se até aos 1.891 mts a malta até foi mugindo, ganindo, mas sempre bem-disposta, mal notaram que tinham ainda de passar a barreira dos 2.000 mts, o semblante mudou completamente, passaram por todos os estados, mas lá foram teimando; afinal duros e bem duros.

Confesso que a culpa foi toda minha, passo a explicar, na ânsia de ir lá acima, saquei o track do Wikiloc e estava lá bem mencionado que este era exequível de bicicleta, aliás no Google Earth eram bem visíveis os caminhos por onde iriamos passar; bem, pensei eu, que “singles” fantásticos e nem a altimetria e declives (era a descer) abruptos me demoveram da ideia dos percorrer.

O problema que se coloca hoje em dia quando sacamos tracks sem conhecermos minimamente a zona é que o energúmeno que colocou este track online, esqueceu-se de mencionar que SIM, podemos efetuar o track de bicla, mas não em cima dela; ou seja acabamos por efetuar cerca de 4 kms com a bicla às costas para quase 400 mts de descida.

Pelo meio acabamos por cruzar um grupo de +/- 20 “gajas” (havia para todos os gostos, gordas, magras, bonitas, feias, altas, baixas, etc...), mal passamos por elas, começaram logo a mandar bocas. Pena já se fazer tarde, senão tinha-mos aviado algumas. Parem com isso suas mentes pecaminosas, digo, tínhamos aviado umas valentes loiras, NÃO, ainda não é isso que estão a pensar, falamos de reposição de líquidos, “well”, não vale a pena a gente discutir convosco, vocês levam sempre para aquele sítio :)...

Não sei se repararam, mas nas fotos encontro-me a cerca de 500 mts de distância dos meus companheiros, foi feito de propósito, em primeiro lugar porque assim não tive de aguentar a má disposição do grupo, subir já de si é fo.., mas com ela à mão, ainda pior; em segundo lugar porque desejava transmitir-vos a perspetiva do quão pequenos nós somos, relativamente à grandiosidade das paisagens calcorreadas.

Claro que para complicar ainda mais a coisa, o tempo foi fluindo e a pouco e pouco um pequeno mal-estar foi-se apoderando da minha pessoa, isto porque o GPS estava a ficar sem bateria, aliás acabou por morrer quando atingi aquele vale visível na 5ª foto a contar do fim; para além disso o telemóvel em alta montanha não tem qualquer utilidade, pois não temos rede.

Ao longo da minha curta carreira em alta montanha já passei por algumas situações complicadas, mas sempre sozinho, o que quer dizer que em caso de problema, este é só meu, aqui a situação era diferente, os meus amigos quando se apanharam naquele vale, ao invés de aguardarem por mim como ditam as boas regras da camaradagem betetistica, abalaram a quinhentos à hora, nunca mais os vi. Bem, pensei eu cá para com os meus botões “Que se fuck! Espero que tenham o discernimento suficiente para esperarem por mim no “Alpage de Vare” a 1.758 mts”, é o amontoado de casas que se vê na 3ª e 4ª foto a contar do fim.

Quando cheguei lá “nickles, niente”, aí é que a porca torce o rabo como se costuma dizer, pois já passavam das 18h30. Como o GPS tinha dado as últimas, eis que chego a um cruzamento e aí meus amigos coloca-se a terrível questão, esquerda ou direita? Com isso a matracar-me a moina, saco do telemóvel numa última tentativa de ver se tinha rede e não é que para minha surpresa, tinha. Ligo a um, nada, ligo a outro, gravador, por fim ligo ao terceiro e este como que por milagre, tinha rede.

Sem vergonha do que vou escrever e porque já estava passado dos carretos, preocupado com eles, as minhas palavras foram as seguintes (sem tirar, nem por):

“Caralho, pá, que mer** é esta, um gajo aqui preocupado convosco e vocês no cara*** mais velho, nem tugem, nem mugem e um gajo que se fo**, para a próxima venho só, porque vir convosco é a mesma merda”.

“Como é, cá em cima é para a esquerda ou para a direita?” Ao que ele respondeu que era à direita. “Façam favor de me esperar, para que ao menos possamos acabar esta mer** juntos”.

Passado nem 1 km lá estavam eles à minha espera. Como não podia deixar de ser, pusemos os pontos nos iiis (na boa, sem “stresses” de maior), dissemos todos, tudo o que tínhamos a dizer e daí abalamos juntos numa fantástica descida de quase 8 kms e +/- 700 mts de desnivel (-) até chegarmos a “Plans-sur-Bex” a 1.072 mts.

Não sei se já repararam que o tempo, embora seja o tempo, sempre igual a si mesmo, por vezes passa mais depressa ou mais devagar, é como se este escolhesse a forma como quer correr, e no caso em apreço, não parava mesmo; daí até chegarmos à estação de “Bex” a 424 mts ainda tivemos de efetuar cerca de 10 kms, por sorte quase sempre a descer ;)...

Eis parte dos registos do dia… (restantes encontram-se na página Bravos do Pelotão, ver crónica Nº074).

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No final a volta saldou-se em 45 kms, 850 mts (+) e 2.172 mts (-). Nestes quase 6 anos de aventuras, esta foi a primeira vez que apanhei um comboio tão tarde de regresso a casa (já passava das 19h00).

Como diria Ralph Emerson, “Homens superficiais acreditam na sorte... Homens fortes acreditam em causa e efeito” e eu afirmo que a própria vida encarrega-se do resto ;)...

Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…
 

salgado52

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Viva amigo Alex,tenho realmente andado afastado desta casa onde tanta felicidade e alegria(nem preciso de ir mais longe,as tuas foto-reportagens são um inquestionável ex.) me proporcionaram durante alguns anos.Infelizmente essas redes sociais contagiam-nos e quando damos por nós estamos viciados,vamos lá a ver se regresso novamente ou como tantas vezes ouvimos o povo dizer,bom filho há casa volta......

Fica bem,força no pedal e no indicador direito para que continues por muitos e bons anos a nos deliciar com estas maravilhosas fotos...

Abraço..
 

davidream

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bOAS!
Olhando o tópico com olhos de ver,além das fotos que são só por si um regalo!:p os seus relatos mostram bem a paixão,o prazer e a alegria de viver feliz ou pelo menos procurar essa mesma felicidade!
O Btt tem essa "luz" ;) mas sem dúvidas que tudo passa por nós e por aquilo que transportamos cá dentro!
Um bem haja ás suas aventuras,e continue sempre a partilha-las, pois todos precisamos destes exemplos para também ter incentivos a nunca parar de "procurar" :yeah:

Cumps
 

AFP70

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@davidream,

Obrigado pelo seu comentário, como se diz por aqui “ça fait chaud au coeur” :D...

Como diria José Saramago “Eu não gosto de falar de felicidade, mas sim de harmonia: viver em harmonia com a nossa própria consciência, com o nosso meio envolvente, com a pessoa de quem se gosta, com os amigos.”

Sim é verdade, procuro viver em harmonia todos os dias, mesmo nas mais pequenas e insignificantes coisas e acredite que essa “quête” tem-me permitido relativizar toda a minha existência.

É como diz, uma opção de vida ;), e tento partilhar este estado de espírito com quem me rodeia, pois prefiro de longe ser recordado como um grande “cromo” que se deixou guiar e aproveitou na medida do possível tudo aquilo que a vida lhe proporcionou.

Quando um “gajo” se aproxima dos 50, ganha plena consciência que não caminho para novo, mas como frisou e bem, está tudo na cabeça.

Séneca escreveu que “O homem acredita mais com os olhos do que com os ouvidos. Por isso longo é o caminho através de regras e normas, curto e eficaz através do exemplo.”; portanto, enquanto por cá andar e a “pica” do BTT e da própria vida não me abandonar, espero “chatear-vos” por longos anos :D...

Obrigado por seguir e até à próxima crónica...
 

AFP70

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Bom dia ao Fórum,

Eis o preview da volta realizada este sábado na companhia do amigo Angel para os lados do ”Valais”.

Após mais de 4 anos (ver post 203 da página 21), consegui ganhar coragem e arranjar tempo para regressar à barragem da “Grande Dixence”.

Para quem desconhece, trata-se da mais alta barragem de gravidade do mundo (285 mts), construida em betão, sendo que é quase tão alta que a Torre Eiffel (312 mts). Na sua base mede 193 mts de largura e no topo falamos de 15 mts de largura.

A volta arranca no sopé da barragem a 2.155 mts. A ideia era dar a volta a barragem e regressar ao ponto de partida e daí arrancarmos para a segunda fase da volta. No final falamos de +/- 71 kms em que a altitude máxima seria de 2.454 mts e a mínima de 490 mts.

Na prática e devido a compromissos do amigo Angel, tivemos de abortar a segunda fase da volta, acabando mesmo assim por realizar cerca de 51 kms.

Passamos junto ao local onde deveriamos iniciar a segunda fase do trilho e acreditem que a sensação de dor do dever não cumprido foi mortalmente dificil de aguentar. Para o ano lá estarei com o grupo para sanar este assunto. Nas próximas semanas será impossível de dar lá um salto, isto porque este fim de semana era o último em que os autocarros que nos conduzem de “Sion” à barragem ainda estavam em circulação.

Mesmo assim ainda deu para realizar algumas brincadeiras.

Peço desculpa aos outros companheiros que não puderam vir isto se porventura algumas das fotos vos parecerem um pouco pornográficas! ;)

Algumas fotos para deleite dos sentidos.

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A crónica será publicada logo que possível nos locais do costume.

Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…
 

jess

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Boas
Sempre a deslumbrar com mais uma foto-reportagem.
Um dia destes perco a cabeça e "mando-me" para essas bandas com a minha bike para rolar nessas magnificas paisagens e trilhos.
Como dizem ai ...Bravo
 

AFP70

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@jess,
É sempre com agrado que vejo a malta com quem já tive oportunidade de comunicarr, voltar a contactar-me nem que seja passado quase 4 anos. Pois é companheiro, o seu último post (230) data do dia 28.09.2012 (ver página 23 deste tópico). Até parece de propósito.

Na altura ia em termos de leitura na página 13. Desejo que tenha conseguido chegar ao fim , visto que neste momento estamos na página 63. Obrigado pelo sacrifício ;)...

Como diz o povo “quem nâo arrisca, não petisca” e mais não digo...

Obrigado por seguir e comentar e já agora faça o que lhe vai na alma :D...
 

AFP70

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Boa tarde ao Fórum,

Há cerca de um ano por alturas do meu aniversário decidi ir com a família retemperar energias na terceira maior cidade de França.

Já conhecia “Lyon” muito antes de lá colocar os pés pois sou um amante incondicional do cinema francês entre outros.

Cidade agradável, mesmo à noite onde compreende-se que dá gosto viver, onde não faltam locais de diversão, assim como culturais.

Sendo um fã de arte, gostei particularmente do “Musée des Beaux-Arts”, tanto pela coleção como pela localização.

Numa das fotos posei junto ao monumento de candidatura da cidade ao Euro 2016. Quem diria que iriamos ser campeões :). Aliás a esse respeito já estávamos fadados e aproveito para vos relatar a teoria de um grande amigo de pedaladas cujo nome não vou mencionar para que não seja “harcelé” e que em permanência lhe solicitem que divulgue a chave do Euromilhões e já agora do Milhão ;)...

Esta teoria foi-me explanada aquando da minha ida a Portugal no mês de Julho, decorria nessa altura o Euro.

Quatro dias antes da final do Domingo e enquanto jantava com esse dito amigo eis que ele se sai com a dita cuja. Eis a transcrição, tal qual:

Amigo - Alex, sabes porque vamos ganhar no domingo?
Eu – Não, não faço ideia!
Amigo – Em que ano é que perdemos na final o último Euro?
Eu – Em 2004! Recordo-me como se fosse hoje, pois vi todos os jogos enquanto jantava, tinha um conhecido que era dono de um restaurante que por acaso até se chamava “Helvetia”. Há coincidências do caneco, topam...
Amigo – Faz a soma de todos os algarismos!
Eu – Pois dá 6!
Amigo – Olha, em que ano estamos?
Eu – 2016, caral..!
Amigo – Então soma os algarismos!
Eu – Então se não estou em erro dá 9, e o que é que essa cena tem a ver com a nossa discussão?
Amigo – O que aconteceu em 2004?
Eu – Perdemos contra a Grécia, e daí? Confesso que continuava sem perceber onde ele queria chegar.
Amigo – Diz-me uma coisa, qual é o oposto de derrota?
Eu – Vitória!
Amigo – O que acontece quando rodas um 6 de 180°?
Eu – Transforma-se num 9! Confesso que não estava a perceber.
Amigo – Pois se em 2004 (soma 6) sofremos uma derrota, então em 2016 (soma 9) vamos ter uma vitória. Está escrito e aposto tudo o que tu quiseres!

O certo é que no dia da final, enquanto eu gritava e gesticulava por todos os lados, o meu amigo permanecia impávido e sereno, confirmando sempre o que disse. Relaxa, vamos ganhar!

O certo é que o homem tinha razão, aliás mais 2 coincidências vieram confirmar a sua teoria “a posteriori”, a saber:

Quem marcou o golo da vitória? Eder
Eder jogou com que numero? 9
A que minuto marcou o Eder? Segundo a TV aos 109 minutos, mas se virem as reportagens foi aos 108.
Agora somem os algarismos que compõem 108? 9 não é...

É como diz o meu amigo, estávamos fadados... Obrigado amigo :D...

Algumas fotos se um dia pensarem passar pela cidade que é sede da “Interpol”.

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Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…
 

AFP70

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Queria ir ao “Lac de Fully” mas fiquei-me por “Chiboz”…

Erasmo de Roterdão disse que “A loucura é a origem das façanhas de todos os heróis” e acreditem que neste momento devo estar a atravessar uma fase de insanidade.

Ontem alembrei-me de efetuar uma volta “alone” já que apenas efetuei o convite aos meus companheiros na véspera e como devem calcular todos tinham já compromissos assumidos.

A razão deste meu convite tardio prendeu-se com o facto de ter aguardado até à última da hora, para ter a certeza de que o tempo estaria minimamente aceitável, isto é sem um pingo de chuva no horizonte.

Assim dito, assim feito, consultei uma última vez a meteorologia e nada, apenas temperaturas entre os 3ºC e 6ºC e algumas nuvens.

A ideia era arrancar de “Martigny” a 460 mts e daí seguir até ao “Diabley” a 2.460 mts, passando por “Chiboz” a 1.350 mts e “Lac de Fully” a 2.060 mts.

Falamos de uma volta não circular com cerca de 50 kms, em que nos primeiros 30 kms efetuamos 25 sempre a subir e os últimos 20 kms são sempre a descer.

Nem esses dados me demoveram, tal era a vontade de fazer algo como preparação para o último NGPS a realizar para os lados de Amarante no dia 22.10.2016 e organizado pelo Aventura Marão Clube, mas por vezes o tempo prega-nos partidas.

Sim já me encontro inscrito! Vejam se adivinham o meu nº de dorsal!
Salgado52, vossemecê está proibida de comentar :D!
Neste momento falta-me ainda decidir se participo nos 45 kms ou 60 kms, tudo dependerá da companhia!

Iniciei a volta pelas 09h30 da manhã, sabia de antemão que a volta iria ser duríssima, o tempo não estava lá grande espiga como poderão constatar pelas fotos.

Como sabem a minha relação com o asfalto é como a que o Diabo tem com a água benta, mas para entrar nos trilhos de terra batida que me interessavam e que se situavam pelo menos aos 1.600 mts, tinha de rolar numa estrada em ziguezague por entre vinhedos onde na maioria das vezes só passava um carro. Subida após subida, lá ia eu subindo, aliás não podia fazer mais nada senão subir. Para terem uma ideia, em 8,5 kms perfiz quase 900 mts de desnível, aliás houve uma altura em que venci uma parede com quase 25% de declive, mortal mesmo!

Quem faz estrada sabe como custa o tempo a passar quando um tipo está subindo, pela mente perpassam-nos mil e uma sensações que vão desde a vontade de ferro em prosseguir até ao abandono. Fiquem descansados, como disse a minha vontade era de ferro.

O certo é que ao fim de quase 2 horas cheguei a “Chiboz” a 1.350 mts, tendo-me alapado em frente ao restaurante “Relais des Chasseurs”, muito conhecido pelos seus pratos confecionados com peças de caça. Mais informações em www.chiboz.ch .

Era meio-dia quando meti alguma coisa no bucho, tendo aproveitado para enviar umas fotos via “WhatsApp” aos companheiros, só para meter nojo ;), tipo, vejam o que estão a perder. Toda esta operação demorou menos de 20 minutos e acreditem meus amigos, este foi o tempo suficiente para que um nevoeiro cerrado se instala-se para os lados da montanha que tinha que vencer. Vejam p.f. a sétima e oitava foto a contar do fim, ou seja o antes e o depois. Até parece que alguém me atirou uma praga qualquer :)

Enquanto aguardava que um raio de sol surgisse e embora o frio de rachar que se fazia sentir me causasse uma sensação de desconforto como já há muito não sentia, indaguei junto dos nativos se o nevoeiro demoraria muito a dissipar. Estes responderam tipo à alentejana “parfois ça va vite et parfois ça va plus doucement, il faut patienter”. Pois é amigos, “patience” tenho pouca, para além de que o relógio está a contar.
Ainda ponderei se valeria a pena tentar entrar pelo nevoeiro adentro, mas o risco de as coisas darem para o torto era enorme pelo que apliquei à letra a máxima “le risque en vaut pas la chandelle” e vai daí resignei-me a abortar a volta.

Tinha efetuado até aqui cerca de 16 kms, logo seriam outros tantos até à estação de comboios de “Martigny”. Mal comecei a descer notei de imediato que o frio iria ser de morte, toca a sacar do protege orelhas e do corta-vento facial e trocar as luvas por outras ainda mais espessas. Como diz o povo “homem prevenido vale por dois”.

Já junto às margens do rio “Rhône” ainda tive de resolver um pequeno percalço com a corrente. Esta esticou como nunca a tinha visto, mais um bocado e julgo que partia :D…, ver terceira foto a contar do fundo. Aqui não se tratou de maldição, mas de aselhice pura e dura da minha parte (agora que penso no assunto).

Eis os únicos registos do dia… (desta vez e pela primeira vez não haverá crónica à posteriori).

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Ainda bem que os restantes companheiros não puderam vir, caso contrário ter-me-iam amaldiçoado até ao fim dos meus dias ;)

Apesar do infortúnio, não dei o meu tempo por mal empregue e aliás já reservei para o próximo ano dar a volta por cima desta volta (nem de propósito). Quem me conhece, sabe que sou pior que uma mula quando me fixo um objetivo e esta volta ficou-me atravessada na goela.

Como não tinha mais nada que fazer, a última foto foi tirada na “gare de Martigny” e publicada em honra a todos os tipos da minha faixa etária e quiçá mais velhos (com muita neve na serra :D) que mesmo assim conseguem manter a pica de vaguearem por esses montes afora. Digamos que esta é a prova provada que este Bravo como o comum dos mortais não caminha para novo ;), “désolé, mais parfois je ne me rends pas compte”; mas como disse alguém “mais importante que a embalagem, é o conteúdo”.

Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…
 

AFP70

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No “Lac de Joux” a neve impediu-me de atingir o objetivo do dia...

É estranho como após quase um ano e com a ajuda das chapas tiradas ainda consigo recordar esta volta em quase todos os seus detalhes.

Recordo-me perfeitamente da criança que entrou no comboio em cadeira de rodas e cuja ama vendo-me com esta crina de cabelos brancos resolveu sentar a meu lado.

Embora com uma deficiência motora que lhe impedia qualquer movimento da cintura para baixo e com algum atraso na fala, via-se pelos comentários e pela forma de ser que era uma menina feliz. Deveria ser pouco mais velha que a minha filha e é por isso que ainda nos toca mais, pois como sabem estar vivo já por si é um milagre, mas de perfeita saúde ou inteiro é na minha opinião uma questão de sorte na roleta russa da vida.

Não sei, esta rapariguita tocou-me, ou sou eu que estou a ficar velho e comovo-me facilmente com a simplicidade das pessoas. Um gajo quando viaja de comboio, sozinho e por longos períodos, fica com imenso tempo para pensar na vida, naquilo que se propôs atingir e já atingiu e naquilo que ainda falta realizar; naquilo que fez de bem na vida e naquilo que fez de menos bem. Prefiro dizer menos bem em vez de mal porque a vida é um processo, uma aprendizagem em que na minha opinião o conceito de mal é sempre muito relativo. Normalmente aproveito estes momentos para realizar “une sorte de” exame introspetivo, sim porque estimo que o melhor crítico de um homem tem de ser ele próprio, pois só assim nos tornamos pessoas melhores.

É nesses momentos que dou graças a Deus, pela vida, pela família, pelos amigos que tenho e que bem ou mal tenho conseguido ser feliz e propiciar felicidade aos outros.

Não meus amigos, não estou a delirar, nem doente, nem com qualquer tipo de sentença de morte em cima da cabeça ou doença em fase terminal, apenas penso que por vezes temos de parar um pouco e voltar ao básico, voltar a sentir emoções que esta sociedade nos tem obrigado a recalcar.

Por vezes bastam pequenas cenas do dia-a-dia para que a nossa vontade de viver cresça exponencialmente. A menina enquanto decorria a viagem lá ia cantarolando com a irmã e com a ama e quando dei por ela, estava na hora de sair na estação de “Le Chenit” a junto ao “Lac de Joux”.

Despedi-me das meninas e da ama com um eloquente “Merci pour ce moment si chaleureux! Je vous souhaite une agréable journée et à toi en particulier, que la joie de vivre ne cesse de t’accompagner toute ta vie!” e lá desci a minha fiel amiga do comboio.

Os primeiros quilómetros foram realizados junto ao lago por entre frondosas florestas e que vista, aliás confesso que ao ver o álbum fiquei com a sensação de ter realizado esta volta no final da época das neves, mas a data não deixa dúvidas (12.12.2015).

Três semanas “auparavant” tinha efetuado esta mesma volta com os meus 2 companheiros e uma terceira pessoa, mas como esta malta nesse dia estava com “le feu au cu”, acabamos por nos separar e eu acabei por falhar um famosíssimo single de +/- 7 kms.

Tudo isto aconteceu porque a malta não respeitou a sagrada regra de que nos cruzamentos ou bifurcações tem de se aguardar por quem vem atrás (ver 3ª foto a contar do fim). Eu optei pelo caminho da esquerda quando deveria ter seguido pelo da direita indicado pela placa, aliás esta até tem o desenho de uma bicla. Não esquecer que esta zona é feita a descer, com alguma velocidade, logo placa nem vê-la na altura, agora vi porque andava à procura da placa e queria evitar fazer o mesmo erro :D...
Esta brincadeira na altura custou-me 45 minutos de espera junto ao ponto de partida, pois não sendo o “feliz” proprietário da “biatura” que nos trouxera, tive de aguardar ao frio a chegada dos meus companheiros.
OK são “shits” que acontecem, mas meus amigos, este tipo de situações poderiam ser evitadas ;)...

Quando um homem pedala sozinho tem outra liberdade de movimentos, pára quando quer, como quer e não tem de dar cavaco a ninguém. Aliás foi em dois desses momentos que tive oportunidade de ver e me aproximar de “Chamois”, animais típicos aqui do “Jura”, mais conhecidos entre nós por Camurça ou Rupicapra rupicapra. Aposto que a partir de agora vão voltar a utilizar panos para limpar os vossos “beiculos” :D!

À medida que a volta foi fluindo, foi também aumentando a altitude, pelo que a partir dos 1.300 mts encontrei neve. Como não sou de me assustar à primeira, lá fui teimando e à medida que me embrenhava na floresta, ora em cima dela, ora ao lado dela, lá me ia convencendo que talvez fosse altura de abortar a volta.

Reconheço que sou casmurro que nem uma mula e então quando rolo só, a coisa tem tendência a piorar, portanto, meti-me na cabeça que tinha de pelo menos chegar ao local onde há 3 semanas tinha “cassado a croute” (6ª foto a contar do fim, aquela árvore não engana ninguém, foi lá que eu e os companheiros marcamos o território, como diz o povo, onde mi.. um português, mi... logo dois ou três ;)). Julguei que estava mais perto, mas como vim a constatar ainda me encontrava a cerca de 5 kms.

Em muitas das fotos, são visíveis marcas de pneus na neve, desengane-se quem julgar que isso facilita quer a subir ou a descer. O problema é que nesses locais a neve transforma-se em gelo e nem com a ajuda dos “cleats” a malta consegue andar corretamente.
Não resisto a partilhar convosco um pequeno aparte em relação à palavra “cleats”, não sendo esta uma palavra que utilize todos os dias e na minha busca de tentar escrever corretamente, procurei a mesma no google, pelo que escrevi “clits das sapatilhas”; nem imaginam a quantidade de sites que desfilaram com produtos de cariz sexual, ele era vibromassajadores de todos os feitios e tamanhos :D...

Após cerca de 6 kms a caminhar que nem um astronauta em “apesanteur” e tendo finalmente chegado ao local do dito erro, rendi-me à evidência que não tinha outra solução que não fosse abortar a volta. A neve tinha-me mais uma vez vencido ;)...

Eis parte dos registos do dia… (restantes encontram-se na página Bravos do Pelotão, ver crónica Nº075).

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Como diria Cícero “Nunca estou mais acompanhado do que quando estou sozinho”, pois foi assim que me senti ao longo desta volta e é assim que me sinto sempre que rolo só. Sei que vários “users” deste espaço que habitualmente rolam sozinhos, sabem do que falo ;)...

Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…
 

salgado52

Active Member
Impossível não ficarmos maravilhados com todas estas paisagens,mas também com a reportagem escrita(principalmente com os primeiros parágrafos)e podes crer que a idade tem mesmo a ver com a comoção evidenciada pelo "grilito".Há medida que os anitos vão passando ficamos assim,acho eu que é completamente normal e natural...O amigo mais uma vez consegue deixar-me sempre muito bem disposto quando aqui venho ao Fórum....

Grande Abraço
 

AFP70

Active Member
@salgado52,
Obrigado por contra ventos e marés continuares a comentar ;).
Sei que ainda muita neve tem de cair na serra para que chegue ao teu “status”, mas para lá caminho :D.
Se te deixo bem-disposto sempre que cá vens então já ganhei o dia :D.
Enviei-te há momentos um email em relação ao nosso encontro no próximo sábado no último NGPS da temporada em Amarante. Oxalá o dia prometa, pois se formos como o bom vinho, tornamo-nos cada vez melhor à medida que envelhecemos e quem diria que 4 anos já se foram desde o nosso encontro no Gerês em Outubro 2012.
Se o grande pássaro do céu não cair dentro de algumas horas, espero poder dar-te “une grande accolade” ;) no sábado, senão, então “il était une fois…”
 

salgado52

Active Member
Não querias mais nada que era ficar aí em cima o tempo todo a curtir a paisagem,vai "cair" sim mas muito suavemente pela pista de Pedras Rubras para que no sábado possamos "torcer" aqueles crenques pelo Marão acima mais o camarada Pereira......
 

AFP70

Active Member
@salgado52,
Afinal ainda não foi desta :D...
Até sábado e como diz o povo “NGPS molhado, NGPS abençoado :D...”
Em principio somos 3 (eu-57, Pereira-58 e Viegas-209) e quiça o dorsal 110 (desculpe amigo a promoção, isto se não meti água na interpretação dos factos :p. Sujeito “bien entendu” a votação e disponibilidade do amigo ;)...)
 

salgado52

Active Member
Só gente boa,então também conheces o David Mendes o dorsal 110(cuidado esse amigo anda muito).O meu será então o 273,a minha disponibilidade está sempre ao de cima para pedalar,conversar,comer e beber.......
 

davidream

Active Member
bOAS!
Pessoal sem querer invadir o tópico do colega,pois este está muito bem como está com fotos e sonhos partilhados com a gente!
Sim o Dorsal 110 pertence-me :mrgreen: e sim espero receber-vos á boa maneira amarantina :yeah: Sem dúvidas amigo salgado52,o espírito é mesmo esse!
até Sábado amigos!
 

AFP70

Active Member
Em “Amarante” junto ao rio Tâmega reencontrei velhos amigos…

Como disse Miguel Unamuno “Cada novo amigo que ganhamos no decorrer da vida aperfeiçoa-nos e enriquece-nos, não tanto pelo que nos dá, mas pelo que nos revela de nós mesmos”, vêm isto a propósito da última volta realizada no passado dia 22 do corrente em Terras Lusas.

A esse respeito esta crónica será um pouco atípica, pois desta vez não vou criar nada de raiz, pois o companheiro Pereira antecipou-se e encarregou-se de transmitir por palavras suas o que me ia na alma.

Eis pois a reprodução na íntegra da crónica:

“Fui informado, em tempo oportuno, que o “Bravo do Pelotão das Terras Helvéticas” estaria, mais uma vez, de visita à sua terra natal: Póvoa de Lanhoso. Para comemorar o seu regresso e saciar a sua “fome” de btt, tenho por hábito presenteá-lo com uma volta a seu gosto… Depois de muito pensar ;), de muito procurar ;)), eis que descubro que a sua estadia coincide com o fim de semana em que se realiza o NGPS de Amarante!
Vamos lá percorrer os “Trilhos da Juventude”…

A propósito de pedalar em Amarante, não poderia deixar de recordar a nossa (dos “Bravos do Pelotão”) peripécia ocorrida em abril de 2008. Nesse ano participámos (os 4 elementos do grupo) no 3º Btt Rotas do Marão.

No dia da nossa deslocação, a Amarante, por distração ou por outro qualquer motivo (confesso que não me lembro), não deixámos a autoestrada onde deveríamos, e apenas foi possível a inversão de marcha muitos quilómetros à frente…
Tínhamos saído de Braga, já em cima da hora, e depois juntou-se “à festa” este pequeno percalço! Resumindo e concluindo, quando chegámos ao local, a partida já tinha sido dada há cerca de 45 minutos… Ainda foi necessário tirar as bicicletas, calçar as sapatilhas, em suma, equipar-se…

A reação de todos os elementos, por unanimidade, foi: “… não há problema, pedalaremos a todo o gás, até encontrarmos o último elemento do passeio…”. Como um azar nunca vem só, descobrimos que a organização do evento já tinha retirado todas as fitas de marcação do início do percurso. E agora!? Nós queríamos pedalar!...:( :( :(

Contactámos a organização, via telemóvel, usando um dos números disponibilizados no dorsal e explicámos o sucedido… Minutos depois, compareceu um elemento, conduzindo uma carrinha de caixa aberta. Após amena troca de ideias e muito boa disposição, este acompanhou-nos para indicar o caminho até às primeiras fitas do percurso. Depois só tínhamos de alcançar o “pelotão”! Deveriam ter presenciado o ritmo de pedalada que imprimimos até “apanhar” o último elemento do passeio!... Só visto!!!
Após 30 ou 45 minutos, já pedalávamos em boa companhia… Escusado será dizer que todo o passeio foi feito com muitas gargalhadas à mistura…

No mês seguinte, na companhia do “Bravo das Terras Helvéticas”, participámos na famosa Maratona de Portalegre!
Quem encontrámos no meio dos 4500/5000 participantes? Imaginem! Nem mais, nem menos, precisamente o condutor da carrinha de caixa aberta! Só risadas!!! Realmente o btt tem destas coisas!...

O NGPS de hoje também teve algo fantástico! Acompanhou-nos o amigo José Andrade, da Figueira da Foz, com o qual participámos na Maratona do Gerês, que se realizou em 2012. Este senhor tem a particularidade de ser um contemporâneo de outro amigo destas andanças: Nicolau dos Toupeirinhas do Pedal. Estes homens são um exemplo de inspiração e motivação, para todos nós!!! :D :D Será que “Age is just a number?” :D :D Vai sonhando!...:D :D

A propósito do grupo Toupeirinhas do Pedal, tivemos a ocasião de cruzar-nos, por várias vezes, durante o percurso. Marcaram presença: Amélia Ribeiro, Isabel Ribeiro, António Cardoso, Jaime Macieira, Manuel Ferreira e Paulo Aragão (ver foto ;)). Voltámos a estar juntos no fim do NGPS, para desfrutar das bifanas e cerveja oferecidos pela organização.

A esse propósito, conhecemos um dos elementos da organização (David Mendes), que fez questão de percorrer parte do trajeto do NGPS na nossa companhia. Confessou-nos que é um seguidor das “Crónicas de um Bravo do Pelotão por Terras Helvéticas”, do Fórum Btt: http://www.forumbtt.net/showthread....por-Terras-Helv%E9ticas&p=1136496#post1136496 .

Em resumo, por tudo aquilo que se viveu, neste dia, tratou-se de um excelente NGPS, que teve um pouco de tudo: subidas “durinhas” :D, descidas fantásticas e a bênção de São Pedro - apesar de ter ameaçado “forte e feio” por volta das 07:00, resolveu não “chatear” durante o dia… A organização do evento esteve ao mais alto nível!

Termino, não me cansando de enaltecer a coragem do Bravo das Terras Helvéticas, que sempre responde Presente a estes desafios, embora a sua preparação física resulte de pouca prática – só pedala 7 a 10 vezes anuais!!! :D :D :D
É uma verdadeira façanha!!! ;)

Dados da volta:
Distância 48,6 kms; acumulado de subida 1367 mts; altitude mínima 65 mts, altitude máxima 505 mts e tempo total (inclui paragens) 7:00:00 ”

Eis parte dos registos do dia… (restantes encontram-se na página Bravos do Pelotão, ver crónica Nº084).

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Para terminar queria agradecer a todos os companheiros que se dignaram marcar presença neste evento e que me acompanharam ao longo desta última etapa NGPS 2016.

Começava pelo Pereira, grande amigo de longa data, um homem com H grande, que me tem acompanhado ao longo destes anos, uma pessoa em quem se pode confiar, nunca desilude e sempre presente nos bons e maus momentos. Este é o verdadeiro homem do leme, quantas vezes em voltas passadas não estive para desistir e este amigo sempre soube dar-me aquele apoio necessário para que fosse buscar ao mais profundo de mim mesmo aquela réstia de energia. Se no mundo houvesse mais como tu, talvez isto não tivesse chegado ao ponto em que nos encontramos.

De seguida o Viegas, o homem para quem não conhece que come como um leão e bebe como uma esponja quando inspirado, mas que consegue manter sempre aquele corpo à Bruce Lee. Amigo, tens de partilhar o teu segredo com os leitores deste espaço!

Ao amigo salgado52, mais conhecido por José Andrade, que desde logo quando soube da minha presença fez questão em juntar-se ao grupo, tal qual como tínhamos feito em 2012 no Gerês. O tempo parece não passar por ti, continuas a comer-nos as papas na cabeça! Continua assim enquanto a vida to permitir e a vontade nunca te abandonar! A genética pelos vistos acompanhar-te-á sempre :D

“Last but not least” o companheiro davidream, mais conhecido por David Mendes, com quem troquei algumas mensagens via este espaço e que fez questão em nos acompanhar nos primeiros 25 kms, apenas nos separamos porque ele tinha intenção d’efetuar os 60 kms. Este menino (sem ser pejorativo) anda prá cara…, até parece que engoliu pilhas Duracell. Sendo uma pessoa de trato afável, simpático, boa onda mesmo, nota-se que o BTT corre-lhe nas veias.

Deixo publicamente uma “grande accolade” a todos os membros dos “Toupeirinhas do Pedal” com quem me cruzei. Já vos conhecia “de visu” do tempo em que tinha Facebook, mas como fui banido ;)

Para finalizar quero agradecer aos elementos da organização deste 9ª etapa do NGPS, vocês estiveram ao mais alto nível, quer na escolha dos trilhos, quer nos comes e bebes, aquelas bifanas no final ainda me fazem salivar :D. Parafraseando alguém, obrigado por nos terem recebido à boa maneira amarantina!

Meus amigos, 2017 é já dentro em breve, quiçá não nos encontraremos brevemente num dos próximos NGPS!

Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…
 

AFP70

Active Member
Bom dia ao Fórum,

Nas vésperas da passagem de ano 2015 fui com a família passar uns dias a Annecy, também conhecida por “Venise des Alpes”, devido aos canais existentes.

Trata-se de uma cidade medieval bastante agradável, com imensas ruas estreitas.

Sinceramente não fiquei fã, não por causa da cidade em si, mas sobretudo pela quantidade de gente presente nessa altura do ano. Na altura atravavessavamos um período de pouca neve e então as pessoas em vez de ficarem nas estações de ski, vinham todas para a cidade fazer shopping.

O tempo não ajudou, as nuvens e o nevoeiro impediram-me de tirar fotos das montanhas em redor do lago.

Eis as fotos possíveis.

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Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…
 

AFP70

Active Member
Após um ano de namoro casei-me com uma Spark 910...

Segundo Benjamim Franklin “Aquele que tiver paciência terá o que deseja”.

Vem isto a propósito da minha mais recente aquisição, pois é companheiros (as), após um ano de namoro, acabei ontem por casar-me com uma Scott Spark 910.

Não julguem que me divorciei da minha Mérida! Digamos que um homem à medida que envelhece nota uma vontade crescente de passar de um regime monogâmico a um poligâmico. Quantos de nós não sonham ou sonharam com um harém repleto de resmas de biclas! Estavam a pensar o quê suas mentes pecaminosas! :D

Ontem efetuei um test-drive de +/- 30 kms e cerca de 650 mts de desnível positivo, em que o objetivo principal foi testar o comportamento da bicla em diversos tipos de piso e desníveis. Aliás o test-drive foi uma condição “sine qua non” imposta ao vendedor para confirmar a aquisição.

Embora não tivesse nenhuma ideia pré-concebida em relação à roda 29 confesso que fiquei rendido. Não vou estar aqui a explanar tudo aquilo que ressenti durante o teste mas em verdade vos digo; nada como experimentarem e verão a diferença. De nada serve eu estar aqui a “ejacular” sensações e opiniões.

A minha nova companheira ser-me-á entregue no próximo sábado, isto porque a loja onde a adquiri tinha acabado de receber uma em tamanho M. Aliás a procura a nível mundial é tanta que se não fosse agora efetuada a aquisição só iria receber a mesma lá para julho/agosto do próximo ano. Confesso que as cores do modelo 2016 não me seduziram, achei-as demasiado espampanantes, mas gostos não se discutem.

Que fique bem claro que não trabalho para a marca SCOTT, nem recebo qualquer tipo de compensação monetária por promover aqui estas fotos assim como a lista dos componentes. Faço-o como sempre por carolice e por considerar que estas informações podem ajudar quem neste momento pensa comprar este modelo ou um modelo similar de uma outra marca.

SCOTT – SPARK 910 - 2017

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Lista de componentes

PESO
12,30 Kg

GARANTIA
2+3 ANOS

QUADRO
Spark 3 Carbon / IMP technology / HMF Mainframe
BB92 / Alloy SL 6011 swingarm
SW DM dropouts for Boost 148x12mm
TBC Trunnion box construction

SUSPENSÃO
FOX 34 Float Performance Elite Air
FIT4 3-Modes with low speed adj. / 15x110mm QR axle
tapered steerer / Reb. Adj. / Lockout / 120mm travel

AMORTECEDOR
FOX NUDE Trunnion
SCOTT custom w. travel / geo adj.
3 modes: Lockout - Traction Control -Descend
DPS / EVOL / Reb. Adj.
Travel 120 - 85 - Lockout / 165X45mm

CONTROLO REMOTO
SCOTT TwinLoc Remote Technology
3 modes front and rear / integ. Grip clamp

DIREÇÃO
Syncros FL2.0 Drop in / Tapered 1.5" - 1 1/8"
Bearing diameter size 42mm and 52mm

MUDANÇA TRÁS
Shimano XT RD-M8000 SGS
DM / Shadow Plus / 22 Speed

MUDANÇA FRENTE
Shimano XT FD-M8020-D / side swing

MANIPULO DE MUDANçAS
Shimano XT SL-M8000-I / Rapidfire Plus
2 way release / Ispec 2 clamp

TRAVÕES
Shimano XT M8000 Disc
180mm F & R / SM-RT64 CL Rotor

PEDALEIRO
Shimano XT FC-M8000-B2 / Hollowtech 2
700 Series: 36x26 T / 900 Series: 34x24 T
BB-SET
Shimano SM-BB71-41A / shell 41x92mm

GUIADOR
Syncros FL1.5 T-Bar / Alloy 7050 D.B.
T shape Flat / 9° / 740mm
Syncros Pro lock-on grips

AVANÇO
Syncros FL1.5 / Alloy 2014
Integrated Spacer & Top Cup / 31.8mm / 6° / 1 1/8"

ESPIGÃO DE SELIM

FOX Transfer Dropper Remote
31.6mm / S size 100mm / M, L & XL 125mm

SELIM
Syncros XR1.5 / Titanium rails

CUBO FRENTE
Syncros XR2.0 CL / 15x110mm
Made by DT Swiss

CUBO TRÁS
Syncros XR2.0 CL / Boost 148x12mm
RWS axle / made by DT Swiss

AROS
Syncros XR2.0 / 28H / Tubeless ready

PNEUS
Maxxis Forekaster / 2.35 / 120TPI Kevlar

CORRENTE
Shimano CN-HG601

CASSETE
Shimano XT CS-M8000 / 11-42 T

RAIOS
DT Swiss Competition 2.0-1.8-2.0 Black


Algumas fotos dos componentes:

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A última foto foi tirada com a Merida no mesmo local da anterior em 30 de janeiro do corrente. Aliás a próxima crónica será sobre uma volta que serviu de base para o test-drive. Quem diria, ele há coincidências do caneco. Lamento, mas muita crónica há de ainda ser publicada antes de poder apresentar em termos “croniqueiros” a SPARK 910 ;).

Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…
 
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