Crónicas de um Bravo do Pelotão por Terras Helvéticas

AFP70

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Boa tarde ao Fórum,

Neste feriado de Pentecostes e porque as condições meteorológicas o permitiam, fui na companhia dos meus três companheiros (Luís, Angel e Paulo) fazer uma volta para os lados da famosa abadia de “Romainmôtier” e montes circundantes.

Efetuamos cerca de 39,5 kms com 1.012 mts de acumulado positivo. A altitude máxima foi de 1.267 mts e a mínima de 492 mts.

Algumas fotos para deleite dos sentidos.

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A crónica será publicada logo que possível nos locais do costume.

Cumprimentos,
Alexandre Pereira
 

AFP70

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Bom dia ao Fórum,

Dizem as más linguas que o Minho é o penico de Portugal, mas posso confirmar que afinal assim não é pois em 4 meses apenas rolei 2 vezes e não porque não desejasse, mas sim porque este ano a chuva é uma constante a cada fim-de-semana. Parece que a chuva fez um pacto com o Diabo “pour nous pourrir les week-ends” :D

Como a ânsia de chapar é tanta, remeto algumas fotos tiradas ao calhas com o equipamento do costume...

Sim, trata-se de uma igreja em Genève.
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Esta foi tirada em Evian nas Terras Gaulesas.
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Mãe raposa a olhar por 8 filhotes. Quando me viram, os outros fugiram.
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Agricultura biológica pois as papoilas não mentem.
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Se em erro não estiver, centeio será!
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Lembram-se do desenho animado japonês “Conan” que passava nos inícios dos anos 80, pois foi assim que me senti ao atravessar estas campinas.
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Vufflens-le-Château ao longe.
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E a tempestade a caminhar!
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Os quatro mosqueteiros...
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Cumprimentos,
Alexandre Pereira
 

AFP70

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“A triste geração que virou escrava”

Bom dia ao Fórum,

Decidi partilhar convosco este pequeno texto que me chegou as mãos recentemente e que me fez compreender que por vezes corremos tanto que nem nos apercebemos que afinal não saimos do sítio ;)...

Acredito que todos vós vos identificareis com uma ou outra parte do texto.

Cumprimentos,
Alexandre Pereira


“A triste geração que virou escrava”
Texto de Mia Couto


“E a juventude vai escoando entre os dedos.

Era uma vez uma geração que se achava muito livre.
Tinha pena dos avós, que casaram cedo e nunca viajaram para a Europa.
Tinha pena dos pais, que tiveram que camelar em empreguinhos ingratos e suar muitas camisas para pagar o aluguer, a escola e as viagens em família para pousadas no interior.
Tinha pena de todos os que não falavam inglês fluentemente.

Era uma vez uma geração que crescia quase bilíngue. Depois vinham noções de francês, italiano, espanhol, alemão, mandarim.
Frequentou as melhores escolas.
Entrou nas melhores faculdades.
Passou no processo selectivo dos melhores estágios.
Foram efectivados. Ficaram orgulhosos, com razão.
E veio pós, especialização, mestrado, MBA. Os diplomas foram subindo pelas paredes.

Era uma vez uma geração que aos 20 ganhava o que não precisava. Aos 25 ganhava o que os pais ganharam aos 45. Aos 30 ganhava o que os pais ganharam durante a vida toda. Aos 35 ganhava o que os pais nunca sonharam ganhar.
Ninguém os podia deter. A experiência crescia diariamente, a carreira era meteórica, a conta bancária estava cada dia mais bonita.
O problema era que o auge estava cada vez mais longe. A meta estava cada vez mais distante. Algo como o burro que persegue a cenoura ou o cão que corre atrás do próprio rabo.
O problema era uma nebulosa na qual já não se podia distinguir o que era meta, o que era sonho, o que era gana, o que era ambição, o que era ganância, o que era necessário e o que era vício.

O dinheiro que estava na conta dava para muitas viagens. Dava para visitar aquele amigo querido que estava em Barcelona. Dava para realizar o sonho de conhecer a Tailândia. Dava para voar bem alto.
Mas, sabe como é? Prioridades. Acabavam sempre ficando ao invés de sempre ir.
Essa geração tentava convencer-se de que podia comprar saúde em caixinhas. Chegava a acreditar que uma hora de corrida podia mesmo compensar todo o dano que fazia diariamente ao próprio corpo.
Aos 20: ibuprofeno. Aos 25: omeprazol. Aos 30: rivotril. Aos 35: stent.
Uma estranha geração que tomava café para ficar acordada e comprimidos para dormir.
Oscilavam entre o sim e o não. Você dá conta? Sim. Cumpre o prazo? Sim. Chega mais cedo? Sim. Sai mais tarde? Sim. Quer destacar-se na equipa? Sim.

Mas para a vida, costumava ser não:
Aos 20 eles não conseguiram estudar para as provas da faculdade porque o estágio demandava muito.
Aos 25 eles não foram morar fora porque havia uma perspectiva muito boa de promoção na empresa.
Aos 30 eles não foram ao aniversário de um velho amigo porque ficaram até às 2 da manhã no escritório.
Aos 35 eles não viram o filho andar pela primeira vez. Quando chegavam, ele já tinha dormido, quando saíam ele não tinha acordado.
Às vezes, choravam no carro e, descuidadamente começavam a perguntar-se se a vida dos pais e dos avós tinha sido mesmo tão ruim como parecia.
Por um instante, chegavam a pensar que talvez uma casinha pequena, um carro popular dividido entre o casal e férias num hotel fazenda pudessem fazer algum sentido.
Mas não dava mais tempo. Já eram escravos do câmbio automático, do vinho francês, dos resorts, das imagens, das expectativas da empresa, dos olhares curiosos dos “amigos”.

Era uma vez uma geração que se achava muito livre. Afinal tinha conhecimento, tinha poder, tinha os melhores cargos, tinha dinheiro.
Só não tinha controle do próprio tempo.
Só não via que os dias estavam passando.
Só não percebia que a juventude se estava escoando entre os dedos e que os bónus do final do ano não comprariam os anos de volta.”
 

AFP70

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Bom dia ao Fórum,

Ontem e após um interregno forçado de um mês, fomos dar uma volta para os lados de “Cossonay”, abaixo dos 1.200 mts.

Previamos efetuar 38 kms com +/- 1200 mts de acumulado positivo, mas acabamos somente por realizar 33 kms isto porque a lama era tanta nos trilhos que as biclas tornaram-se autênticos tratores.

Tinha chovido a cântaros nos últimos 3 dias e a malta pensou que haveria apenas alguma lamita, mas pedalar naquelas condições tornou-se a partir de certa altura um autêntico calvário.

Volta a repetir lá para finais de Agosto.

Mesmo assim ainda deu para visitar a queda de água “La Tine de Conflens”.

Esta foi a minha última volta antes da minha partida para as Terras Lusas (contagem decrescente), onde 2 voltas “mortais” me aguardam.

Companheiros, tende piedade de mim! ;)

Algumas fotos para entreter o espírito.

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Cumprimentos,
Alexandre Pereira
 

pamoreira

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Estou a ver que nem o solinho dos ultimos dias ajudou com a lama :) Vocês ainda vêm a cor da bicla, a última vez que saí tudo era castanho :)
 

AFP70

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Boas Paulo,

Pois é, livraste-te de boa ;)

Enquanto estiver de férias vou ver se consigo “décortiquer” uns tracks para os lados do "Valais".

Aquele abraço,
 

AFP70

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Boa tarde ao Fórum,

Quem me conhece sabe que sou daqueles que quando me proponho fazer algo ou vai ou racha isto para vos dizer que estando neste momento de “vacaciones” na Terra Mãe, os meus companheiros como não podia deixar de ser presentiaram-me com uma volta que arranca de “Castelões” com destino à famosíssima “Casa do Penedo” para os lados de “Fafe”.

Eis o “preview” da volta realizada no passado sábado dia 09.07. Como disse o amigo Pereira, uma volta memorável, que não está ao alcance de qualquer um, isto porque se tratou de uma volta com cerca de 61,5 km, com um acumulado de subida de +/- 1.970 mts e efetuada com temperaturas “avoisinam” os 40°C.

Participaram nesta volta os amigos Pereira e Viegas dos “Bravos do Pelotão” e os companheiros Barros, Rolando e Pedro dos “Toupeirinhas do Pedal” ou seja 6 “crazy guys” que se lançaram por esses montes afora.

A volta passou pelo “Alto de Morgair” (Merouço), “Casa do Penedo” em Fafe, “Gontim” e “Aldeia do Pontido”.

Ao longo da volta estive para morrer a “plusieurs reprises” isto porque para quem não sabe desde o inicio do ano esta foi a 5ª vez que ma alapei em cima de uma bicicleta.

Esta volta com ou sem treino é uma volta “mortal” e então com este calor foi de “caixão à cova”.

Obrigado Pereira por me forçares a resistir e obrigado a todos os que participaram e me aturaram ao longo deste périplo, são estes momentos de extrema dureza que me enchem o ego e me fazem acreditar que vale a pena andar neste mundo.

O BTT é isto mesmo, sofrer em cima de uma bicla, para mais tarde recordar com alegria (só para entendidos).

Algumas fotos para abrir o apetite.

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A crónica será publicada logo que possível nos locais do costume.

Cumprimentos,
Alexandre Pereira
 

AFP70

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Bom dia ao Fórum,

Após um interregno de 15 dias, eis-me de regresso às Terras Helvéticas.

Embora estas férias tenham sido um pouco atípicas, pude partilhar com os meus companheiros Lusitanos (Pereira dos "Bravos do Pelotão" e Barros e Filipe dos "Toupeirinhas do Pedal"), momentos de rara beleza e convivialidade.

Eis o “preview” da volta realizada no passado dia 16.07. Mais uma grande volta desenhada pelo amigo Pereira. Esta volta arrancou muito perto do meu “Domus”, aliás a primeira foto retrata a vista que tenho a partir da minha “demeure”. Considero-me um privilegiado por morar mesmo em frente ao maior monólito granítico da Península Ibérica, mais conhecido por Monte do Pilar e que se se encontra a 385 mts acima do nível do mar.
Erigido em cima deste penedo encontra-se o Castelo de Lanhoso, onde diz a lenda D. Afonso Henriques nosso primeiro rei de Portugal, mandou prender a mãe D.Teresa. Se um dia passarem pela Póvoa de Lanhoso, aconselho a visita.

A volta arrancou na Póvoa de Lanhoso, tendo passado pelo Monte de São Mamede, Senhora da Lapa e DiverLanhoso.

Como disse o amigo Pereira, tratou-se de uma volta mais “soft” do que a da semana passada, não deixando de ter o seu encanto pois foram cerca de 39,5 Kms com um acumulado positivo de +/- 1.230 mts e realizou-se com temperaturas a rondar e ultrapassar mesmo os 36ºC.

A volta é muito equilibrada com longas subidas QB e excelentes patamares para recuperar, como sabem não tiro fotos nas descidas!

Uma volta que não me cansarei de repetir tal a variedade de cenários. Foi também nesse dia que presenciei o meu primeiro incêndio da época, muito perto da capela da Senhora da Lapa, tendo sido necessário a utilização de meios aéreos, neste caso um helicóptero.

Aproveito ainda para vos relatar a minha peripécia aquando do embarque, isto para o caso de vos acontecer uma cena similar. O meu regresso às Terras Helvéticas deveria ter ocorrido na quarta-feira dia 20.07 pelas 19h00, ora acontece que à última da hora fomos informados pela EasyJet que não haveria voo nesse dia pois o avião encontrava-se avariado algures no Egipto. O voo foi reportado para o dia seguinte às 16h00.

A malta quando ouviu isso, passou-se pois somente pensava no dia de trabalho perdido, na eventualidade de serem despedidos, quem paga isto, quem paga aquilo, blá, blá, blá…

É nestes momentos de pressão que vemos a verdadeira natureza humana. Acreditem amigos, havia lá muita boa gente que se lhes tivessem dado a possibilidade, teriam linchado o pessoal da EasyJet, que diga-se de passagem, não tinha qualquer culpa na ocorrência, mas enfim, é assim mesmo…

Aqui o "Je", pensou para com os seus botões “se esta Mer** aconteceu agora, é porque alguma coisa de grave estava para acontecer e como diz o outro mais vale que aconteça em terra do que no ar”. Sem muito me chatear e porque a vida me ensinou a arte de manter a calma, aguardei que nos comunicassem que iríamos passar a noite num hotel no Porto (ainda a definir, estavam à procura de espaço para +/- 120 pessoas, 2 autocarros).

As despesas de estadia e pequeno-almoço estariam asseguradas pela EasyJet e as de jantar e almoço seriam eventualmente reembolsadas (sujeito a discussão) contra apresentação de recibo.

Calculei que a operação de repatriamento demoraria pelo menos umas 3 a 4 horas, assim sendo pelas 22h00 da noite estávamos a embarcar com destino ao hotel. Ao longo de todo o trajeto ninguém nos informou para onde íamos, e qual não foi o nosso espanto ao sermos “despejados” num dos melhores hotéis do Porto. Falamos de um 5 estrelas, mesmo em frente à câmara do Porto e ao lado da estação de São Bento (as fotos falam por si).

Quem me indicar neste tópico o nome do hotel, mais conhecido por “Palácio das Cardosas” verá o nome do seu grupo BTT, assim como o logótipo, publicitado na página Bravos do Pelotão, na secção “BDP vs Outros Grupos”. “Faites vos jeux!”

Aposto que alguns de vós estão a pensar “Há cães com sorte!” :D.
Mas meus amigos (as), a minha vida rege-se pelo princípio de que somente não há solução para a morte, para o resto é tudo simplesmente uma questão de relativização, pois desta forma as agruras ou vicissitudes da vida são mais fáceis de aguentar e os prazeres, alegrias da vida tem outro sabor.

Como ganhei mais um dia de férias, aproveitei no dia seguinte para dar uma volta pelos arredores do hotel, coisa pouca, pois o tempo era limitado; tirei algumas fotos do Porto (para quem não conhece), uma das minhas cidades favoritas.

Algumas fotos para abrir o apetite.

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A crónica será publicada logo que possível nos locais do costume.

Cumprimentos,
Alexandre Pereira
 

AFP70

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Goethe, Mark Twain, Lenine e Picasso maravilharam-se com o “Col de la Gemmi"...

"O que conta na vida não é o mero facto de termos vivido. É a diferença que fizermos na vida dos outros que determinará o significado da vida que levámos.", assim falou Nelson Mandela, paz à sua alma.

Para esta nova aventura necessitava de algo que me enchesse os olhos e marcasse os espíritos, vai daí comecei como sempre as minhas pesquisas “internetais”. Como devem calcular, procurar paisagens fantásticas, não é como procurar pornografia, digamos que é muito mais difícil, mais complicado.

Após imensas pesquisas eis que caio em cima do “Col da Gemmi” e que segundo os escritos, era uma passagem que permitiu desde a época romana realizar a passagem entre o cantão do “Valais” e o cantão de “Bern”. O transporte de pessoas e mercadorias fez-se durante vários séculos através de liteiras, transportadas por carregadores e mais tarde por pequenas carroças puxadas por cavalos.

É de louvar e admirar o trabalho realizado por estas gentes, pois conseguiram vencer ao longo dos séculos um desnível de quase 1.000 mts em cerca de 4 a 5 kms. Este trilho não é aconselhável a quem sofre de vertigens (as fotos falam por si).

Aproveitei o dia 10 de Setembro de 2015 para convidar o companheiro Luís a acompanhar-me na realização deste trilho.

Como não podia deixar de ser, a aurora fez-se cedíssimo, pois queríamos iniciar o trilho até às 10h00 da manhã. Assim sendo e após 2h30 de comboio e autocarro na parte final, estávamos em “Loèche-Les-Bains” a 1.375 mts. Aí apanhamos um teleférico que nos conduziu até aos 2.346 mts donde arrancamos para o nosso périplo.

No total efetuamos cerca de 18 kms, sendo que volta inicia junto ao hotel “Wildstrubel”, explorado pela terceira geração a 2.346 mts, daí atravessamos o lago “Daubensee” a 2.200 mts. De salientar que no inverno este lago gela e muita boa gente para atalhar caminho, aproveita para o atravessar, mas basta que o gelo não esteja na boa espessura para que muitos deixem lá o coiro. Foi exatamente isso que aconteceu a um “chico esperto” no passado dia 11.06 do corrente ano, quando a cerca de 70 mts da margem, o gelo cedeu e o homem ficou a espernear debaixo deste.

Após passarmos o lago, continuamos até ao Hotel “Schwarenbach” a 2.206 mts onde retemperamos forças e efetuamos meia-volta para regressarmos ao teleférico e daí iniciamos o “Col da Gemmi” propriamente dito.

Embora o trilho na sua totalidade tenha cerca de 60 a 100 cms de largura, aqui, o erro de avaliação de distâncias ou a própria distração paga-se com a própria vida.

Como não podia deixar de ser e porque em Setembro estávamos, apanhamos num só dia três estações, só faltou mesmo nevar :D.

As paisagens eram brutais, mas a zona onde nos sentimos tão insignificantes é na passagem escarpada dos 2.055 mts para os 1.725 mts, isto é, em 300 mts de trilho, descemos outros 300 mts (ver foto 3 e 4). Simplesmente fantástico.

Foi nessa altura que ouvimos um ruído de “Rolling Stones”, não confundir com o grupo, parecia como se algum gigante estivesse a brincar a fazer rolar pela encosta abaixo, calhaus. Olhamos para todo o lado e não vimos nada, pensamos que talvez fossem algumas pedras a soltarem-se da rocha mãe pelo efeito da erosão e do calor que se fazia sentir na altura.

Após alguns minutos e porque o ruído era constante e aumentava de intensidade, conseguimos ver na encosta em frente uma família de quatro “Bouquetins” que se dirigiam a alta velocidade encosta abaixo para os verdes pastos.

Era impressionante a forma como se deslocavam, parecia que as patas tinham ventosas, pois saltavam de rocha em rocha como se bailarinas fossem. Para um melhor entendimento das minhas afirmações, em algumas fotos indiquei a posição destes senhores, e que senhores.

Eis parte dos registos do dia… (restantes encontram-se na página Bravos do Pelotão, ver crónica Nº073).

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Como diria David Hume, "A beleza das coisas só existe no espírito de quem as contempla." E meus amigos (as), esta posso vos garantir que é uma volta que vos enche as medidas e consegue deixar-vos de boca aberta; tendo sido talvez por isso que Goethe, Guy de Maupassant, Mark Twain, Lenine e Pablo Picasso ficaram maravilhados quando por aqui passaram.

Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…
 

AFP70

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Boa tarde ao Fórum,

Eis um preview da volta realizada ontem na companhia dos camaradas Angel, Luís, Natércio e de um novo companheiro de seu nome Leonel.

Esta volta realizou-se no cantão de “Fribourg” para os lados de “Ursy”. Realizaram-se cerca de 39 kms com um acumulado positivo de +/- 1.000 mts.

A altitude mínima foi de 698 mts e a máxima de 960 mts. Trilho muito engraçado com singles e subidas Q.B., aliás o gráfico de altimetria assemelha-se a uma lâmina de serrote com muito sobe e desce.

Este novo companheiro Leonel é uma máquina, isto porque para quem sentou o rabo pela segunda vez numa bicla e nunca andou no monte e conseguiu acompanhar-nos durante 4h30 sem nunca se queixar. “Muitos parabéns amigo, já se fazem poucos da tua raça!” ;)

Algumas fotos para entreter o espírito.

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A crónica será publicada logo que possível nos locais do costume.

Cumprimentos,
Alexandre Pereira
 

AFP70

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Bom dia ao Fórum,

Eis o preview da volta realizada ontem para os lados do ”Valais” na companhia do amigo Luís.

Era uma volta que já pretendia efetuar há bastante tempo, pois até chegar ao local de partida são cerca de 2h40 em transportes e o autocarro só garante a carreira até ao dia 25.09.2016. Os últimos 40 min de viagem são feitos utilizando o famoso autocarro amarelo da “post”, por uma estrada de curva contra curva em que só passa mesmo um veículo. Dir-se-ia que estavamos a fazer uma daquelas estradas da América do Sul, sem proteções nas bermas em que à mínima falta de atenção do motorista vamos pela ribanceira abaixo. A sensação é deveras muito esquisita e nem vos falo da má disposição (enjoos).

A volta em si era para somente 30 kms, mas como não estavamos satisfeitos efetuamos quase 50 kms. A altitude mínima foi de 710 mts e a máxima foi de 2.462 mts na “Cabane de Chanrion”. Foram +/- 1.010 mts de acumulado de subida atingidos em quase 15 kms e +/- 1.980 mts de desnível negativo.

Basicamente a volta arranca na barragem de “Mauvoisin”, daí seguimos junto ao lago até à extremidade, depois prosseguimos até à “Cabane de Chanrion” e daí voltamos para a barragem atravès da outra encosta.

Foi um daqueles dias, com muito sol em todo o percurso, não esquecer que estamos em alta montanha, portanto sem árvores e ao mesmo tempo também apanhamos zonas com muita sombra (encosta) em que realmente tivemos frio, aliás as temperaturas previstas para o dia eram de 7°C mínima e 14°C de máxima.

Apesar do sofrimento em algumas zonas, chegamos ao final da volta com aquela alegre sensação de missão cumprida. Pena os restantes camaradas não terem podido alinhar, mas com certeza que não faltaram oportunidades no próximo ano.

Algumas fotos para deleite dos sentidos.

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A crónica será publicada logo que possível nos locais do costume.

Cumprimentos,
Alexandre Pereira
 

AFP70

Active Member
@lucard,
Para não ferir susceptibilidades preferi não utilizar essa expressão “ir ao paraíso” :) ...
Dependendo do que fizermos em vida, haverá um momento em que todos teremos de passar esse “cap”, eu pelo menos vou tentando (ir ao paraíso) :D ...
Obrigado por seguir e comentar ;)
 

lucard

Member
Com catano... Fiquei sem palavras perante uma observação tão desviada do que eram as minhas intenções.

Queria mostrar-te no maps que o Paraíso fica em São Pedro do Sul, mas nem o google maps conhece a povoação.

Parece-me que só hoje dei conta deste Topic. Já tenho com que me entreter no meu momento de leitura.
 

AFP70

Active Member
@salgado52,
Boas amigo, espero que esteja tudo bem contigo, tens andado desaparecido do FBTT, digamos que não tens comentado tão amiude como antigamente :)...

Como diriam os Xutos “Não, não és o único...”, a ter deixado de aparecer, aliás nestes últimos dois anos houve como que uma debandada de muita malta que até curtia seguir, mas como diz o poeta “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, mas sejamos optimistas, pois como em tudo, esta situação faz parte do ciclo da vida.

Eu continuo as minhas “vacaciones” aqui pelas Terras Helvéticas, em novembro completo 6 anos de deslocalização e embora continue a “veranear como um mouro”, não me posso queixar, a vida é bela e continuará bela enquanto houver motivação, garra e vontade de fazer coisas para nosso prazer e encanto dos outros.

Já me conheces, sou um “caroleiro” da velha guarda e como tal, partilhar é o meu lema de vida, daí que vá continuar a publicar estas e outras aventuras à medida das disponibilidades de tempo.

Acredito que tal como na moda e design, a malta que descambou para o “dark side” irá “petit à petit” regressar às origens, aliás notam-se alguns regressos a este espaço.

Um grande abraço e vai dando notícias,
 

seagate

New Member
Grandes paisagens! Estou roído de inveja por atualmente não ter grandes sítios nas redondezas para praticar btt. Agora em Outubro vou passar uns dias à Serra da Estrela. Vamos lá ver o que me espera :)

Obrigado pela partilha.
 

AFP70

Active Member
@seagate,
Obrigado por seguir.

Realmente este tópico é um pecado e deixa muita gente mal disposta e com sentimentos de “inbeja” ;)...

Como já disse por diversas vezes “A ideia das minhas crónicas não é tornar mais ou menos importante as voltas dos restantes users deste Fórum, uma vez que tudo depende dos locais onde nos encontramos (geograficamente falando).”

Não sei em que zona do país habitualmente rola pelo que apenas posso dizer que Portugal tem locais mortalmente interessantes para se rolar. O Gerês e a Serra da Cabreira são os meus locais de eleição embora já tenha rolado na Serra da Estrela e acredite que vai adorar.

Em 2007 rolei na Serra da Estrela, se quiser tirar umas ideias da zona, vá p.f ao site www.bravosdopelotao.com e confira a volta N°26 no que toca a Track (pode fazer o download), Fotos e Altimetria. Qualquer um dos 3 campos está identificado por Volta N°26. Espero que se divirta pois o espírito do BTT é acima de tudo, isso mesmo, divertimento, prazer, adrenalina. Depois conte como foi e quiça um dia destes não abre um tópico neste espaço a relatar as suas aventuras.

Aproveito para agradecer por seguir este tópico e comentar, aproveito ainda para agradecer a todos os que contribuiram para que a barreira das 200.000 visitas tenha sido ultrapassada hoje. Ainda me lembro da emoção que senti quando ultrapassei a fasquia das 100.000 visitas (recordo na altura quando iniciei este projeito que em conversas com amigos tinha dito que quando atingisse esse valor, desligava pura e simplesmente mas vir aqui é um vicio pior que o do tabaco), pelo que peço desculpa aos users mas vão ter de me gramar ainda por mais alguns e bons anos, mas como diz o povo e bem “o futuro a Deus pertence” :D...

Um grande abraço,
 

SeteGu

Active Member
A meu ver, felizmente, Portugal também está cheio de excelentes locais para pedalar e muitas vezes até ficam perto de casa... nós é que ainda não demos com eles (ou não lhes damos o devido valor).

Pedalo desde "sempre" essencialmente por Santarém e há sempre zonas por descobrir... ou porque alguém abriu um trilho novo (ou reabriu) ou porque simplesmente passei n vezes ao lado de um outro que sempre ali estivera.

Claro que há zonas mais ricas (ou com mais potencial) que outras mas quanto a isso não há muito a fazer.

Quanto à Suiça, mesmo sendo um país pequeno, acredito que também tenha uma imensidão de locais e percursos por descobrir.

Muito bom, como sempre.
Estamos sempre à espera de mais. ;)
 

AFP70

Active Member
@SeteGu,
É como diz Portugal é como qualquer parte do mundo, um poço de surpresas, haja vontade e meios para partir à descoberta :D...

Amigo, que saudades de Santarém! Foi aí que há quase 25 anos efetuei o SMO na EPC e daí abalei para Estremoz, onde me apaixonei pelo Alentejo.

Como alguém escreveu “Acreditem que mesmo quando se repetem voltas, estas nunca são iguais, quer nas sensações, quer nas paisagens, nas cores, etc…; é como se as fizéssemos pela primeira vez. Numa sociedade que promove a mudança a qualquer preço, atrevo-me a comparar a sensação de repetir voltas ao fazer amor com a mesma pessoa durante (x) anos consecutivos. Claro está que convêm não abusar na cadência e aplicar algumas variantes de forma a atingir o objetivo (sempre subjetivo para os demais) :D...

Obrigado por continuar a seguir após todos estes anos ;)...
 
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