Bem, tenho acompanhado o desenrolar da promoção deste evento sem nunca ter expresso a minha opinião, sendo que o pretendia fazer para mais tarde, mas após o que foi postado recentemente, onde é chamada ao barulho de uma forma menos correcta uma Associação desportiva da terra, decidi tornar publica a minha crítica.
Vou dividir em duas partes pois não posso deixar de trabalhar, e para não se tornar de leitura pesada…
1ª Parte
1º - Para quem não me conhece, o meu nic Gc é abreviatura de Gonçalo Cabecinhas, sou natural do concelho de Coruche, sou praticante de BTT desde o tempo em que se corria a prova de Downwill ao Sábado à tarde e com a mesma bike se fazia o XC no Domingo de manhã…:cheers:
Tenho ainda no curriculum as organização de alguns eventos de btt, eventos estes sempre organizados “’Á NOSSA” maneira, digo nossa porque somos uma equipa, um grupo de amigos unidos pelo gosto quer nos dá ripar pelos trilhos, e pela satisfação que temos em organizar eventos onde no final todos participantes tem um sorriso no rosto e vontade de voltar na próxima edição…
2º - Vou me referir as 24H BTT Coruche, fazendo criticas e apontando possíveis problemas por forma a que a Organização possa melhorar.
Não se pretende a destruição do evento. Este é um evento com pernas para andar, que traz gente e da a conhecer esta linda Vila nas margens do Sorraia. Vou sim criticar a organização de forma a que os atletas tenham tudo o que merecem.
Estive directamente ligado à 1ª Edição das 24H BTT Coruche. Para quem não se lembra fui o
lhc: que deu a todos as boas vindas, dei a cara….
3º- A edição do ano anterior não foi o espectáculo que a organização apresenta, mas quem teve presente sabe ao que me refiro, não me vou alongar, pois ainda existe algures o nosso (Strix) comunicado à nação BTT sobre o que realmente se passou.
4 º
Bverissimo -Eu falo pela Associação Desportiva Strix Bike Team, uma vez que ainda sou o Presidente da mesma. E caro amigo, não fazemos parte da organização, nem faríamos, pela simples razão que para nós o BTT não é um negócio, como o meu amigo sabe, organizamos eventos pelo prazer do btt…
O que até agora vi neste tópico, foi pessoas de Coruche, e que tenha lido apenas dois ou três comentários fazem referência á Associação STRIX e não tem intenção de destruir a organização, estão sim a defender uma prova exemplar, a criticarem construtivamente onde cada um crítica da sua maneira, é certo.
Agradeço-lhe que tome mais atenção quando fala da minha Associação e consequentemente do meu grupo de amigos.
5º - O percurso, é um dos pontos essenciais de qualquer evento, conjuntamente com a marcação do mesmo. Para quem não sabe foi a STRIX que desenhou o do ano anterior.
Numa prova de 24H vários factores devem ser tidos em conta, não os vou enumerar todos, apenas alguns que devem ser do senso comum especialmente desta organização que deve ter pessoas mais que capazes.
- Deve ser bonito, a cada volta o atleta têm que sentir vontade de andar de bicicleta, de passar naquele trilho, de ver a paisagem no cimo do monte em diferentes momentos do dia ou da noite.
- Deve ser desafiante tecnicamente e fisicamente, mas mantendo um ponto de equilíbrio com o ser clicável por todos. È este o desafio que nos leva a andar de BTT, vencer os nossos limites, conquistar o direito a nos sentirmos realizados no final daquela subida que parece impossível, que parece interminável. O sorriso que nos assola como se fossemos crianças ao passar pela descida ou pelo single onde pensava que ia “deixar os dentes”…
- Deve ser equilibrado, com uma correcta e cuidada distribuição dos pontos mais exigentes e menos, de forma a não ser monótono.
A inclusão da Calçadinha, a descer, no percurso desta edição nem devia ter considerado, todos os que conhecem já disseram por que…
apenas quem não tem conhecimento e experiência poderia cometer tal erro...
As escadas a subir, na minha opinião, não são tão mas quanto isso, é igual a uma subida que só é possível transpor apeado.
O facto de o percurso ser aprovado pelo David Rosa, a mim não me diz nada…
Com todo o respeito, simpatia, amizade e admiração que tenho pelo David :venia: , este homem sabe sim de andar de BTT quanto a desenhar circuitos….
Quem sou eu para dizer isto, sou o rosto e uma equipa que, por exemplo, desenhou o anterior circuito, que desenhou todos os metros da Taça Coruche XCO… :eish:
Pelo que vejo no mapa, monotonia é coisa que não vai faltar…
Com todo o respeito por quem desenhou o circuito (X), tem de organizar mais eventos, desenhar mais circuitos diferentes para perceberem ao que me refiro.
6º - A altimetria,deve ser um gráfico onde no eixo das abcissas deve estar representada a distância percorrida na horizontal numa das suas unidades de referência (km, m, cm, milhas…).
Sendo que nas ordenadas deve estar representado o deslocamento vertical, ou seja a altitude também nas sua unidades de referencia.
Isto para que quem analisa a altimetria, possa avaliar a inclinação de cada subida ou descida, o que apenas é possível com a conjugação dos factores enunciados a acima, e não com a altitude em função do tempo.
Este certamente é diferente entre mim e o amigo David. E gostaria que alguém explicasse como conseguem interpretar um gráfico altimétrico como o apresentado.
7º - A organização faz louvor em afirmar que colabora e trabalha em parceria com coruchenses na preparação do evento, nos mais diversos aspectos inclusive a parte técnica. Na minha opinião, não é o trabalhar com pessoas da terra que faz logo um evento não ter problemas. Por ser da terra, não quer dizer que se seja um conhecedor do assunto...
CONTINUA...