GR13 VIA ALGARVIANA

** Este ano, em Junho, a epopeia anual destes 7 mafarricos - Ferreira, Rui Silva, Sérgio, Pimenta, Sousa, Santos e Cirilo, recaiu sobre a GR13 Via Algarviana.


** No sítio, ali consta que a GR13 - Via Algarviana parte de Alcoutim, nas margens do rio Guadiana, e termina com o oceano Atlântico à vista, no Cabo de São Vicente. Pelo caminho, atravessa o interior do Algarve ao longo de cerca de 300 quilómetros, divididos em 14 setores que o levam a descobrir uma paisagem rica e diversa. A GR13 cruza as três serras algarvias (Caldeirão, Monchique e Espinhaço de Cão), o barrocal, a beira-serra e parte do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

** Mantivemos o aconselhado pelo guia oficial da Via Algarviana e dividimos a epopeia em 5 etapas: Alcoutim a Vaqueiros / Vaqueiros a Salir / Salir a Silves / Silves a Marmelete / Marmelete a Sagres.




** Da nossa experiência e vivência destas epopeias, a GR13 afigurou-se realmente bastante dura, um sobe e desce constante, muitas zonas sem qualquer rede de apoio e rede móvel, as duas primeiras etapas são bastante penosas, sem grandes variedades de paisagem e natureza, acrescenta-se o calor intenso que fez mossa em plena Serra do Caldeirão, serra muito agreste e desnudada, fruto dos incêndios passados, valendo pelo contacto e conversas com os poucos residentes dos lugares e vilarejos daquela região.



** A partir da 3a etapa, em Salir, a história da GR13 muda radicalmente, com zonas semelhantes ao Caminho de Santiago, mantendo-se o rompe pernas habitual. A etapa Rainha, de Silves a Marmelete, a mais curta mas com mais desnível ( 46.90 KMS com 2689 acumulado), começa de forma brutal com um autêntico carrossel até à Fonte Santa, para depois nos levar ao alto da Picota e em seguida ao ponto mais alto do Algarve, a Fóia, no seus 902m, sendo um desafio para qualquer betetista, dado o declive do terreno e o piso com pedra solta. O Pedro Cintra ainda nos fez companhia na subida de Monchique à Fóia e foi o mote para reencontrar amigos de longa data e de outras aventuras.


** Nesta etapa rainha, alerta-se que, após a subida por caminho de cabras, impossível de fazer de BTT e mesmo a pé é dura, da Fonte Santa, cujo percurso seria aconselhável a fazer um desvio ou um alternativa para bicicletas, existe uma passagem por um terreno particular com indicação de cães perigosos à solta, zona já referenciada no sítio oficial da Via Algarviana. Esta parte do troço revelou-se extremamente penosa e perigosa, perdendo-se aí muito tempo e energias preciosas para a dureza que ainda faltava, saltando-se a parte da subida à Picota.

** A última etapa de consagração é a mais extensa mas a mais rolante, até ao Cabo São Vicente.


** De salientar que, apesar da dureza do percurso, não houve quedas graves nem avarias de relevo, lamentando-se apenas a partida do Santos "Pantera" no 3º dia, por motivos de saúde, ficando o Ferreira em pranto...


** Para não correr o risco de esquecer alguém ou alguma entidade, como tem sido apanágio agradecemos o apoio dos nossos patrocinadores e da logística, bem como das Câmaras e Juntas das localidades em que nos facilitaram as pernoitas, dos Bombeiros que sempre nos acolheram de braços abertos, pequenos gestos mas tornam grandes quem os tomam.

** Como é apanágio deste grupo de amigos e betetistas, mais uma epopeia realizada e vivenciada aos limites, sempre com a pura partilha de amizade e camaradagem que nos une, sem os quais não era possível de fazer e organizar uma aventura deste tipo.

** Para breve a reportagem dos 5 dias em vídeo.

** Venha a próxima em 2023...

Manuel Sousa
 
bOAS!
Que rica aventura! Para mim aqui no Norte, cenários bem diferentes :)
Obrigado pela partilha!
Obrigado. Também sou do Norte, conheço bem essas diferenças, agora ando por outros paragens (Margem Sul), a via algarviana também apresenta boas diferenças conforme as serras.
 

cister monge tony s

Active Member
Boa aventura parabéns.
esclareçam-me uma coisa por favor. Por motivos profissionais não fiz este ano esta rota mas mantenho o plano para 2023 caso dê. Vocês reportaram a dada altura que numa passagem é preciso ter cuidado com cães perigosos. Algo que eu já tinha lido no site oficial da GR13. Pergunto: isso é depois da zona de Portimão certo? Por ser uma rota traçada e pelo que sei com alguma afluência, esses cães não ficam presos? ou ninguém faz nada para que sejam presos? Isto porque tb já li comentários de caminhantes a alertarem a situação destes cães.
 
Boa aventura parabéns.
esclareçam-me uma coisa por favor. Por motivos profissionais não fiz este ano esta rota mas mantenho o plano para 2023 caso dê. Vocês reportaram a dada altura que numa passagem é preciso ter cuidado com cães perigosos. Algo que eu já tinha lido no site oficial da GR13. Pergunto: isso é depois da zona de Portimão certo? Por ser uma rota traçada e pelo que sei com alguma afluência, esses cães não ficam presos? ou ninguém faz nada para que sejam presos? Isto porque tb já li comentários de caminhantes a alertarem a situação destes cães.
Boas Cister , desculpa o atraso no comentário, só agora é que vi e não tenho estado por cá.
Essa passagem já vais vê-la nesta vídeo do 4º dia, Silves a Marmelete, é logo após subires por caminho de cabras da Fonte Santa, vais entrar num estradão onde consta a dita placa com referência a propriedade privada. Nós continuamos a subir e de facto desviamos de uma casa onde foi possível ouvir cães. São pouco mais de 300 metros a 500 talvez mas parece-me haver ali algum conflito entre partes. Não tentei depois saber mais pormenores junto das entidades oficiais da GR13.
 
Boas Cister , desculpa o atraso no comentário, só agora é que vi e não tenho estado por cá.
Essa passagem já vais vê-la nesta vídeo do 4º dia, Silves a Marmelete, é logo após subires por caminho de cabras da Fonte Santa, vais entrar num estradão onde consta a dita placa com referência a propriedade privada. Nós continuamos a subir e de facto desviamos de uma casa onde foi possível ouvir cães. São pouco mais de 300 metros a 500 talvez mas parece-me haver ali algum conflito entre partes. Não tentei depois saber mais pormenores junto das entidades oficiais da GR13.
Tens aqui o ponto exato, a seta marca a entrada junto da placa, depois fica a casa perto já da estrada
 

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