Trilhos de BTT em Valongo num dia de Agosto


No seguimento do que foi dito na crónica do Enduro à Nascente do Rio Leça, no passado dia cumpriu-se o prometido e segue por conseguinte a seguinte crónica:

Fininho estava com grande vontade de andar de bicicleta, talvez farto de estar em casa na XBox, começou a enviar mensagens para todos os seus amigos da sua equipa da escola de ciclismo a combinar uma saída de bicicleta para o dia todo... Pediu-me também para os acompanhar e eu que até gosto destas coisas... :) o dia da minha folga do trabalho 19 de Agosto foi ocupado para "aturar" quatro juvenis de 13 anos prontos a pedalar o dia todo... :)

Os amigos do Fininho que logo se disponibilizaram foi a repetente PBX, mais o Pedras e o Alex, este último um estreante nestas andanças.
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O objectivo era ir até à aldeia dos avós do Pedras em Santa Comba Valongo, tomar um banho na ribeira que atravessa essa aldeia e regressar novamente de bicicleta.

Eram 9h30 e já estávamos a pedalar seguindo por estradas municipais e caminhos da Maia mais ou menos paralelos ao rio Leça até chegarmos a Alfena. No parque de lazer de São Lázaro vimos uns cavalos a andar no rio, o calor já era algum e para nós era o início da aventura de subir ao alto do Susão.
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Susão é uma subida muito conhecida da comunidade betetista e que estes jovens com facilidade sem uma única reclamação a fizeram com facilidade, mesmo o Alex a fez sem reclamar e com alegria tiramos a fotografia no ponto geodésico de Susão.
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O Pedras era o mais activo e irreverante do grupo e isso refletia-se na condução... Bem, até a certa altura que arriscou uma velocidade demasiada forte para quem não conhece as ratoeiras do percurso e de repente viu-se aflito ao perceber que não via o trilho a certa altura num drop... Tentou saltar da sua BTT, mas foi arrastado caindo juntamente com a bicicleta... Felizmente sem graves consequências com alguma "chapa" apenas riscada. Doeu-lhe mais a operação de limpeza e curativo que lhe fiz na altura (ando sempre com um estojo de primeiros socorros), com o jovem a pedir para parar e que ia a pé para casa se fosse preciso... :) (ver a queda no vídeo).

Seguimos por um trilho que em tempos foi um single-track, mas agora pela acção dos jipes passou a ser um estradão, infelizmente para nós que gostamos dos single-track´s. O calor apertava mais, era quase 12h00 e estávamos sem água, pois gastamos toda a refrescar e a limpar as feridas do Pedras quando caiu, agora já mais calmo na condução mas sempre divertido e falador.

Mas a localidade de Campo estava perto e foi exactamente numa das muitas casas de almoços e petiscos existentes nesse local que nos refrescamos com refrigerantes, comemos sandes, bifanas, gelados, e até sopa, desfrutando da sombra fresca da esplanda do estabelecimento.
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O calor estava de certeza bem acima dos 30 graus, mas a vontade de chegar para tomar um banho era enorme e retomamos o caminho novamente por terra desta vez meio perdidos por motivo do corte de antigos caminhos que eu e o meu filho Fininho conheciamos, pela nova auto estrada com o nome de CREP. Bem com todo o mal que estas obras fazem na altura até deu jeito aproveitar a sombra fresca de um dos viadutos da CREP, para esticarmos as costas deitados no chão... Quase que dava para adormecer se não fosse de vez enquando aparecer o barulho de um carro a passar... :)
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Perto das 16h00 chegamos ao prometido banho na ribeira... Fácil de imaginar a satisfação com que ficamos e as brincadeiras que fizemos dentro da água.
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Depois de nos fartarmos de tomar banho, de comer amoras, de estarmos bem molhados com todo o equipamento bem fresquinho, toca a rumar caminho dando a volta com passagem pelo local da Senhora do Salto. Um local lindíssimo infelizmente agora violado pela razão do progresso da civilização com uma enorme ponte de betão a passar por cima e com o rasgar do monte mais acima da ermida...
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O pico da tarde com o calor rápidamente fez secar os nossos equipamentos, os caminhos eram fabulosos e sempre juntos os faziamos por fazes esperando uns pelos outros nas sombras das árvores. Mas chegados a Bustelo demos com uma uma fonte pública mas com a torneira fechada e sabesse lá porquê o Pedras até trazia uma pequena chave de bocas com a medida certinha para abrir a torneira...
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Viva o Verão... Viva o calor... Viva o pó... Viva os equipamentos de ciclismo frescos e simples... Viva as fontes... Viva as ribeiras... Viva qualquer pocinha de água que quem gosta de tudo isto faz uma alegre festa de arromba... :)

Era necessário regressar e sugeri um caminho talvez mais longo mas sem subidas... Qual o quê!? Estes juvenis nem deram outra solução se não fosse subir pelo alto de Valongo. Mas, indaguei eu, e o coitado do Alex que já está cansado? Responderam-me logo que com um empurranzinho todos faziamos a subida sem dificuldade... E assim foi, comigo a pensar de quantos adultos precisavam de ver e aprender com estes jovens de como se faz um passeio de longa duração onde acima de tudo conta o companheirismo, amizade e entre ajuda...

Já depois de passarmos o alto de Valongo encontramos um senhor a vender mel e os jovens não resistiram em comprar rebuçados de mel... :) O dia estava a acabar e eu não queria que cada um fosse embora sem passarmos por um momento de convívio final e com o acordo de todos em troca de eu pagar as bebidas estacionamos na esplanda do café do Parque Urbano de Moutidos já na Maia.

E o regresso fez-se com este dia de aventura a acabar às 19h30 em Leça do Balio com a promessa de fazermos mais outra saída de BTT brevemente.

 
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