Relato da 3ª etapa. Alvarenga – Viseu, 93 Km
Boas, mais vale tarde do que nunca, aqui vai o relato da 3ª etapa desta nossa aventura.
Esta foi a etapa mais marcante, da nossa aventura, as dificuldades fisicas e técnicas do
percurso foram largamente compensadas pelas paisagens e beleza dos locais por onde passamos.
Saimos de Alvarenga ás 8.00 Horas, os primeiros quatro Kms. Foram os ideais para o aquecimento
uma subida suave em asfalto, que nos colocou num planalto onde percebemos o que nos ia esperar
neste dia, pois á nossa frente era só serras, cada uma maior que a outra.
Depois de uma rápida descida num estradão entre eucaliptos e pinheiros, passamos em Meitriz
uma pequena aldeia á beira rio, que se revelou como uma das mais belas surpresas da nossa travessia, pela beleza das suas casas e toda a sua envolvência.
Mas ? Como não há rosas sem espinhos, a saida de Meitriz foi um petisco e tal, subimos dos
200 aos 900 m. em sete Kms. O terreno não era mau, mas aquilo nunca mais terminava de subir.
Entretanto passamos em Regoufe, outra localidade que me deixa saudades, pois foi a segunda vez
que por lá passei e das duas vezes tive a sorte de exprimentar o maravilhoso VERDE TINTO,
bem hajam o sr. Albertino, e o sr. Fernando que foram os respectivos anfitriões.
A saida de Regoufe, é feita por um percuso pedestre que mete medo, tal é a dimensão daquela
autêntica parede de pedras.
Depois de ultrapassada esta dificuldade, iniciamos a descida para Drave, pessoalmente, tinha umas
contas a ajustar com esta descida, 3 Km. De dificuldade técnica 6/5 e posso dizer que desta vez
gozei a 100 % por ali abaixo, sempre com o Telmo e o Evaristo na minha roda.
Drave é um local de dificil discrição, é uma aldeia abandonada, no meio de serras enormes onde
nos sentimos pequeninos, só de imaginar como seria a vida das pessoas que ali viveram noutros
tempos. Bem Hajam os Escuteiros, que se dedicaram a reconstruir e preservar esta aldeia.
Mais uma vez a regra do não há rosas sem espinhos, se descer para Drave é uma bela expriência,
Sair de lá não é nada Fácil, o primeiro Km. É com a Bike ás costas, num caminho de pedra por
onde circulavam as carroças á duzentos anos atrás,depois são mais cinco kms. Onde os melhores
trepadores do grupo fizeram média de 6 km.
Com isto tudo já estava na hora de almoço e só tinha-mos feito 30 Km. (catitas)
Neste dia o almoço foi um belo piquenique, na serra, que os motoristas de serviço nos serviram.
Na parte da tarde foram mais 60 km. Até Viseu, mas agora sem grandes dificuldades, quase sempre
a descer com a adrenalina ao rubro, os ultimos 10 km. Fizemos numa ciclovia, que já foi linha de
comboio, e que está muito bem arranjada, onde cruzamos com dezenas de Viseenses a praticar
desporto.
Este foi o relato da 3ª etapa, muito ficou ainda por dizer, já passaram quatro meses, e a base de
dados não se recorda de tudo.
Abraço, L J F