Olá a todos!
Tenho lido grande parte das intervenções relativamente ao PTG100, e podem encontrar-se basicamente duas opiniões divergentes: os que consideram que devia continuar a ser a festa do BTT, e como tal, a dureza ser menor, já que é para todos fazerem, com um empeno maior ou menor; e a opinião dos que vêem o PTG100 como uma competição, pura e dura.
Parece haver alguma confusão, e longe de mim achar que sou eu que vou deslindá-la, mas, após toda esta leitura parece-me que quando se diz que a organização não devia ter exagerado tanto, ou quando se diz que há responsabilidade por parte dos Ases, penso que o que se quer dizer realmente é que a organização tem de se definir nos seus objectivos, ou seja, ou assumem que querem ser organizadores da festa do BTT e de um evento de massas, e assim sendo têm de pensar que, obviamente, a maior parte dos participantes não estará em forma para fazer 100km, quanto mais 2800m de acumulado; ou então, assumem que querem fazer algo puramente competitivo, e organizam uma prova duríssima para as pessoas da competição, ou juntam-se aos outros organizadores que entraram este ano na organização de provas da Taça de Portugal de Maratonas, e organizam uma das provas do calendário.
Isto não invalida que as pessoas devem ter o bom senso de saber fazer uma auto-análise, pensar, com o que eu faço habitualmente de voltinhas/passeios/treinos serei capaz? As pessoas também têm de ter consciência dos seus limites e das suas potencialidades.
Caro Daniel Pacheco, espero que não te aborreças com este esclarecimento, mas existem duas Travessias diferentes, a versão férias, e a versão competição, esta chamava-se SuperTravessia mas entretanto passou a TransPortugal. Esta, ao contrário do que dizes, trata-se de uma competição, por etapas, 8 para ser mais preciso, com 1000km e 20500m de acumulado. Bem dura por sinal, mais do que um Cape Epic, e não sou eu que o digo, são atletas com os quais tive o prazer de conversar. O vencedor da edição de 2006 é um atleta português, nosso colega da Taça de Portugal de Maratonas, talvez o conheças, Ricardo Melo. A parte do GPS, curiosamente é muito mais fiável do que as fitas, impossível alguém perder-se pois é só andar em cima da linha que aparece no ecrã, logo não há enganos nem fitas desaparecidas, e muito mais fácil de controlar as batotas pois como o aparelho vai a gravar, caso o atleta se afaste do track é "apanhado", e, a melhor de todas do meu ponto de vista, muito mais limpa/ecológica!
Penso que não desrespeitei ninguém nem nenhum ponto de vista, esse é o meu objectivo, respeitar e ao mesmo tempo ajudar neste longo rescaldo!
Bons passeios/treinos/provas/taça/campeonato para todos!
António Pereira