El Solitario
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Por esta altura do ano, em que a chuva ainda não mostrou a sua graça, os planos de água das albufeiras encontram-se às cotas mais baixas podendo-se observar alguns dos segredos que normalmente se encontram resguardados da vista. Assim surgiu a ideia de visitar Vilarinho das Furnas.
Para além dum percurso previamente estudado, e como trabalho de casa, procurei nos meus arquivos um poema,dedicado precisamente às gentes de Vilarinho, pelo grande Miguel Torga (ainda não disse que admiro Miguel Torga, mas digo-o agora).
Requiem
Viam a luz nas palhas de um curral,
Criavam-se na serra a guardar gado.
À rabiça do arado,
A perseguir a sombra nas lavras,
aprendiam a ler
O alfabeto do suor honrado.
Até que se cansavam
De tudo o que sabiam,
E, gratos, recebiam
Sete palmos de paz num cemitério
E visitas e flores no dia de finados.
Mas, de repente, um muro de cimento
Interrompeu o canto
De um rio que corria
Nos ouvidos de todos.
E um Letes de silêncio represado
Cobre de esquecimento
Esse mundo sagrado
Onde a vida era um rito demorado
E a morte um segundo nascimento.
MiguelTorga
Não é fácil caminhar por entre os espaços, que tanto significaram para quem foi obrigado a partir, sem sentir as suas vozes, magistralmente, traduzidas pelo Mestre.
Estas memórias são silenciosas mas não calam a beleza nostálgica do lugar.
Alguns registos…
Mas não só de Vilarinho se fez esta jornada.
Para lá chegar houve que alcançar…
Valdreu
Mixões da serra
Mixões da serra
Brufe
Brufe
Depois de Vilarinho houve que alcançar…
Calcedónia
Rio Caldo
S. Bento
Albufeira da Caniçada
Rio Caldo
Crasto
E para a casa chegar, houve que percorrer 118km e 2858m de acumulado.
Mais qualquer coisa em
https://picasaweb.google.com/115833947126952805196/VilarinhoDasFurnas#
Para além dum percurso previamente estudado, e como trabalho de casa, procurei nos meus arquivos um poema,dedicado precisamente às gentes de Vilarinho, pelo grande Miguel Torga (ainda não disse que admiro Miguel Torga, mas digo-o agora).
Requiem
Viam a luz nas palhas de um curral,
Criavam-se na serra a guardar gado.
À rabiça do arado,
A perseguir a sombra nas lavras,
aprendiam a ler
O alfabeto do suor honrado.
Até que se cansavam
De tudo o que sabiam,
E, gratos, recebiam
Sete palmos de paz num cemitério
E visitas e flores no dia de finados.
Mas, de repente, um muro de cimento
Interrompeu o canto
De um rio que corria
Nos ouvidos de todos.
E um Letes de silêncio represado
Cobre de esquecimento
Esse mundo sagrado
Onde a vida era um rito demorado
E a morte um segundo nascimento.
MiguelTorga
Não é fácil caminhar por entre os espaços, que tanto significaram para quem foi obrigado a partir, sem sentir as suas vozes, magistralmente, traduzidas pelo Mestre.
Estas memórias são silenciosas mas não calam a beleza nostálgica do lugar.
Alguns registos…
Mas não só de Vilarinho se fez esta jornada.
Para lá chegar houve que alcançar…
Valdreu
Mixões da serra
Mixões da serra
Brufe
Brufe
Depois de Vilarinho houve que alcançar…
Calcedónia
Rio Caldo
S. Bento
Albufeira da Caniçada
Rio Caldo
Crasto
E para a casa chegar, houve que percorrer 118km e 2858m de acumulado.
Mais qualquer coisa em
https://picasaweb.google.com/115833947126952805196/VilarinhoDasFurnas#
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