Q&A: Europe's Galileo project

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Europe is building its own satellite-navigation system called Galileo. BBC News looks at why such a network is deemed necessary when we already have the US Global Positioning System (GPS).

What is Galileo?

Galileo will be a global network of 30 satellites providing precise timing and location information to users on the ground and in the air. It is costing some 3.4bn euros (£2.3bn; $4bn) of public and private investment and represents the biggest space project yet undertaken in Europe.

Galileo's first demonstrator spacecraft is being launched on 28 December; a second platform will follow in the New Year. They will trial the in-orbit technologies needed to run the system. These include atomic clocks, the heart of any global positioning system.

If all goes according to plan, a full constellation of Galileo satellites will be in operation by the end of 2010.

Why does Europe want Galileo?

On an important level, Galileo is a political project.

Like Airbus and the Ariane rocket programme, the new sat-nav system will assert Europe's independence. It will give EU countries guaranteed access to a service that is currently provided by a foreign (US) power.

GPS is a military-run programme; its signals can be degraded or switched off. Yes, the service is free, but its continuity and quality come with no guarantees - which means it cannot be relied upon, certainly not for safety-of-life applications such as landing planes and controlling trains.

Galileo will be a civil system. It will be run by a private consortium and will offer guaranteed levels of service.

How will Galileo differ from GPS?

As brilliant as GPS is, its accuracy and availability can on occasions leave a lot to be desired, as anyone who has a receiver will know. Sometimes it can be very difficult to get a fix and the accuracy can drift out to 10m or more.

The new Galileo system will offer five service levels (see below) and bring a step-change in performance. Since the first GPS satellite was launched in the late 1970s, sat-nav technology has evolved enormously.

Galileo should offer greater accuracy - down to a metre and less; greater penetration - in urban centres, inside buildings, and under trees; and a faster fix.

The Galileo system will also come with an "integrity" component - it will be able to tell users if there are major errors that could compromise performance.

Users will also benefit enormously from the agreement between Europe and the US to make their sat-nav systems compatible and "interoperable". That is, future receivers will be able to get a fix using satellites from either constellation.

And when the US introduces the next generation of GPS, users will see a further jump in performance.

What will Galileo be used for?

The central component of sat-nav is precise timing. The atomic clocks flown on the spacecraft keep near-perfect time, equivalent to the theoretical loss of one second over several thousand years.

This precision timing already plays a fundamental but often neglected role not just in navigation, but also in electricity distribution, the functioning of email and the internet, and in the security of financial transactions.

Galileo's improved clocks - their precision is 10 times better than current space-qualified clocks - will deepen and extend this role.

The better penetration, accuracy and guarantees of service should also give many more entrepreneurs the confidence to build business plans around sat-nav.

With sat-nav capability increasingly incorporated into mobile devices, there is likely to be an explosion in new applications. Many of these will be quite novel and unexpected uses for sat-nav.

Nonetheless, the transport sector will obviously be a big beneficiary. Industry will derive major efficiency gains through better management of supply chains and haulage fleets.

Galileo will deliver the tools national governments need to introduce wide-scale road charging.

Galileo will also underpin Europe's new air-traffic control system. The single European sky initiative will overhaul current technologies used to keep planes at safe separations, and allow pilots to fly their own routes and altitudes.

Is Galileo worth the cost?

Europe's member states have had reservations about the cost from the outset - and, in particular, the uncertainties that exist about what the precise end cost will be.

This prompted one sceptic to dub Galileo the "common agricultural policy of the sky".

There is also debate about the true scale of the revenue opportunities available. Who will want to pay for Galileo-enhanced services and how much will they be prepared to pay?

GPS was built at considerable cost by the US taxpayer but the returns for the American economy mean that investment has been repaid many times over.

All of Europe's big aerospace companies have been attracted to the Galileo project because they believe similar, if not better, returns can be achieved with an improved system.

Analyst forecasts talk of more than 100,000 new jobs being created in Europe, with eventually billions of sat-nav users worldwide generating revenues that are in the order of tens of billions of euros each year.


in BBC News (o artigo é ilustrado)
 
A

americo

Guest
Boas

Não é novidade que a nossa dependência (UE) em relação ao EUA de tão importante ferramenta tecnológica deixava certos governos (eixo França-Alemanha, mas não só) á beira de um ataque de nervos...
Se os EUA quisessem em qualquer altura deturpavam o sinal ou mesmo desligavam-no.
É gratis mas não é isento ao nivel politico e económico.

Pelo contrário o Galileo vai custar uma pipa de massa de fundos e vai ser pago, com vários niveis de utilização mas pago. É uma tecnologia controlada a 100% por paises/empresas UE e virada para as actividades civis.

Julgo ser uma mais valia para a Europa na procura da afirmação internacional como uma potência económica e tecnológica.
Só espero que, mais uma vez, a UE esteja apostar forte na área economica (negócios) e se esqueça da área social, o combate á pobreza e condições de vida degradadas, aumentando ainda mais o fosso entre podres de ricos e remediados...

P.S. Vamos ver o que nós "betetistas" vamos ganhar com um novo sistema daqui a alguns anos...

P.S2. Este tópico deveria estar na gaveta "Outros assuntos"...

Um abraço

Américo Ribeiro
 

rmvenancio

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Existem empresas portuguesas a trabalhar no galileo.
A Brisa e as autoestradas do atlântico tb estao envolvidas, e inclusivé está a haver fundos do estado para isto.
 

rmvenancio

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http://tsf.sapo.pt/online/ciencia/interior.asp?id_artigo=TSF166797

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Satélite de teste em órbita
O satélite destinado a testar o futuro sistema europeu de navegação Galileo foi lançado esta quarta-feira e já está na sua órbita definitiva. Com este satélite, a Europa poderá concorrer com o outros sistemas de navegação como o GPS ou o Glonass.


Um satélite destinado a testar em condições reais as tecnologias que serão postas em prática pelo futuro sistema europeu de localização Galileo foi lançado esta quarta-feira do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.

Com este passo, os europeus poderão vir a tornar-se independentes num domínio estratégico, o do posicionamento por satélites, actualmente indispensável para a gestão do tráfego aéreo, marítimo e automóvel.

O Galileo, que vai concorrer com o norte-americano GPS e com o russo Glonass, ambos controlados por militares, será o primeiro sistema do género a ser controlado por civis.

O lançamento do Giove A, um grande cubo de 602 quilogramas foi lançado ao princípio da manhã desta quarta-feira pelo foguetão Soyuz, tendo o satélite separado-se do módulo propulsor às 9:01 de Lisboa.

Contudo, o sucesso da missão só poderia ser aferido depois do satélite entrou na sua órbita definitiva, abrir os seus painéis solares e de se verificar se os instrumentos de emissão de dados funcionam correctamente.

Em declarações à AFP, o chefe do projecto Galileo na Agência Espacial Europeia afirmou que tudo correu «melhor do que o previsto» graças ao lançador russo que colocou o Giove A numa «posição de grande qualidade».

«Isto permitiu acelerar as operações de estabilização do satélite a partir do solo», adiantou Javier Benedicto, que disse que o Giove A deverá transmitir o seu primeiro sinal dentro de «três quatro dias».
 

amarelo

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americo said:
Julgo ser uma mais valia para a Europa na procura da afirmação internacional como uma potência económica e tecnológica.
Só espero que, mais uma vez, a UE esteja apostar forte na área economica (negócios) e se esqueça da área social, o combate á pobreza e condições de vida degradadas, aumentando ainda mais o fosso entre podres de ricos e remediados...

Américo Ribeiro

precisamente américo... acho que este é um ponto fulcral que se deve "tocar" e analisar muito bem quando se pensa em avançar com tecnologia nova e investimentos brutais.
N sei se consideram off-topic mas por exemplo a questão do TGV e da OTA... será realmente o que precisamos ?? ou por exemplo a reportagem que passou na TV sobre os estádios de futebol que foram construidos e agora estão às moscas..
é preciso muita precaucao para se decidir decisoes deste tipo e penso que por vezes os governantes (e também nós , a sociedade em geral) se esqueçem do que realmente faz mais falta.
Não quero dizer com isto que o galileu seja um disparate, até pq esta iniciativa de UE ao que parece vai fomentar o crescimento de muitas empresas e criação de postos de trabalho e isso é sempre bom :)
 

JCSC

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http://noticias.sapo.pt/lusa/nh6CALZXecHQ4LiRnXGARA.html

Lisboa, 22 Mar (Lusa)
Os ministros dos Transportes, Telecomunicações e Energia da União Europeia deram hoje um prazo de dois meses ao consórcio encarregue do projecto Galileu para que supere o impasse nos trabalhos do sistema de navegação europeu.

Os ministros dos Transportes deram um ultimato, até 10 de Maio, para que as empresas encarregues de desenvolver o sistema Galileu superem as desavenças e desbloqueiem o projecto, que engloba interesses públicos e privados.

O projecto Galileu, cujos custos ascendem a 3.600 milhões de euros, encontra-se parado perante as dúvidas sobre a rentabilidade do projecto, destinado a competir com o sistema norte-americano GPS e com um satélite que a China se prepara para lançar em 2008.

Para além disso, existem problemas entre as oito empresas que compõem o consórcio, formado pela empresa europeia EADS, proprietária da Airbus, pelas empresas francesas Thales e Alcatel-Lucent, pela britânica Inmarsat, a itlaiana Finmeccanica, por um grupo alemão liderado pela Deutsche Telecom, e pelas espanholas Aena e Hispasat.

As rivalidades entre as oito empresas adjudicadas para o contrato de concessão ameaçam retardar uma vez mais o andamento do Galileu, previsto para 2010.

A Alemanha e a Itália acusam as empresas espanholas de bloquear o projecto nas últimas semanas. Em oposição, Espanha disse tratar-se de uma manobra para desfazer os acordos celebrados entre as empresas em 2005 que, entre outros pontos, atribuíram a Espanha dois centros de controlo do Galileu.

Fontes empresariais asseguram que já foi alcançado um acordo para a criação de uma empresa-mãe, destinada a gerir o projecto Galileu. Um dos passos exigidos pelo comissário europeu, Jacques Narrot, é a designação de um conselheiro-delegado. Hans Huropatwa, conselheiro-delegado da Vodafone da Suécia, perfila-se como o candidato principal.

Caso decline a oferta, o espanhol Manuel Gordillo, da Alcatel, poderá ser o executivo encarregue de acompanhar o projecto, cuja aplicação prática mais conhecida é o sistema de navegação que utilizam alguns carros. No entanto, os maiores problemas estão ainda por resolver e têm a ver com os aspectos financeiros e com o calendário.

Os ministros dos Transportes da União Europeia incitam as empresas do consórcio a chegar a um entendimento entre si, para dar seguimento ao acordo de Dezembro de 2005, sobre a partilha dos centros de controlo técnico do projecto.

As conclusões do Conselho dão nota da preocupação expressa pela Comissão Europeia perante os atrasos do projecto, que deveria entrar em funcionamento em 2010, e esperam progressos substanciais antes da próxima reunião em Bruxelas, que deverá ocorrer em Junho.

Em concreto, O Conselho pretende que as empresas estabeleçam um acordo entre si para dar continuidade aos trabalhos e, consequentemente, dar andamento ao sistema de navegação europeu.

Os Estados-membros solicitaram já à Comissão Europeia que elabore, para a reunião de Junho, um dossier com informações precisas sobre o estado do projecto e, ainda, a apresentação de possíveis soluções para os atrasos, incluindo cenários alternativos.

O programa Galileu é um encargo da Agência Espacial Europeia (ESA), organização intergovernamental dedicada a exploração espacial e composta por 17 estados membros.

MZC.

Lusa
 

NR

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A realidade sobre este assunto é que a Comissão Europeia está a fazer pressão sobre o Consórcio de forma a evitar mais atrasos. Existem dezenas de empresas europeias a trabalhar no desenlvolvimento do GALILEO (que não está parado), entre as quais algumas portuguesas, e parar o projecto neste momento teria um impacto muito significativo na economia europeia.

Há cerca de três anos atrás o projecto esteve parado durante mais de seis meses à espera de uma decisão dos minitros dos transportes eupoeus, que nessa ocasião decidiram pela continuidade do desenvolvimento do GALILEO.

NR
 

JCSC

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http://noticias.sapo.pt/info/artigo/1195331.html

Europa lança primeiros satélites para o seu sistema de GPS

Os dois primeiros satélites do sistema de navegação Galileo, já conhecido como o "GPS europeu", vão ser lançados na sexta-feira a partir da base espacial europeia de Kourou, na Guiana Francesa.

A operação, encarada como um marco para a história espacial europeia, será o primeiro passo para que em 2014 o sistema de navegação patrocinado por Bruxelas esteja operacional e a competir com os sistemas de navegação militares norte-americano (GPS) e russo (Glonass).

O programa Galileo, uma iniciativa conjunta da Comissão Europeia (CE) e da Agência Espacial Europeia (ESA, sigla em inglês), é um projeto de construção de um sistema civil de navegação por satélite, com cobertura mundial, baseado em 30 satélites. O lançamento está previsto para as 07:34 (11:34 em Lisboa), segundo as informações disponibilizadas no 'site' da ESA.

O foguete Soyuz ST-B, uma versão atualizada da emblemática nave russa que transferiu a tripulação da estação russa MIR ou da Estação Espacial Internacional, será responsável por colocar os dois satélites em órbita, aproximadamente a 23 600 quilómetros de altitude.

Sistema desenvolvido desde 1999

Outros dois satélites da "constelação" Galileo serão lançados em 2012. A empresa Astrium Alemanha, filial do grupo aeronáutico europeu EADS, foi a responsável pela construção dos quatro primeiros exemplares do sistema. Os restantes 26 satélites do sistema serão construídos pela também alemã OHB-System.

O sistema de navegação Galileo deu os primeiros passos em 1999 e chegou a estar seriamente ameaçado na sequência do fracasso das negociações com o sector privado, em 2007.

Os diversos atrasos fizeram disparar o custo total do programa, que já superou os 5.500 milhões de euros. Em janeiro passado, a CE anunciou que precisava de 1.9 milhões de euros adicionais para desenvolver o sistema entre 2014 e 2020, garantindo na mesma altura que os serviços do Galileo iam permitir poupar "até 90.000 milhões de euros".

Os parceiros europeus defenderam então que o novo sistema apresenta vantagens ao nível da gestão do transporte (aumento da segurança, agilização das operações), mas também para áreas como a agricultura, pesca, saúde ou na luta contra a imigração ilegal.

Importância estratégica

Além disso, a "atual dependência do sistema GPS levanta questões de natureza estratégica, uma vez que os sistemas utilizados não estão sob controlo europeu", explicou ainda a CE, citando sectores como a "política externa" ou a "segurança comum" dos 27 Estados-membros.

A prova da importância destes sistemas é o facto de a China estar também a desenvolver um sistema de navegação próprio, composto por 35 satélites.

Na sexta-feira, os satélites "PMF" e "FM2", como são designados pela ESA, vão transportar, entre outros elementos, "os melhores relógios atómicos alguma vez utilizados para navegação".

Cada satélite terá uma duração útil de 12 anos, referiu ainda a ESA, que irá transmitir o lançamento em direto a partir da sua página na Internet.
 
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