Primeira vez... na Freita e Arada

visiense

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No fim de semana de 26 e 27 de Junho, três malucos decidiram passar sábado e domingo nos trilhos da Freita e da Arada. E para a loucura ser total, decidiram fazê-lo em autonomia, com os alforges atrás.

Dia 1


Iniciámos a aventura no parque de campismo do Merujal, onde iríamos deixar os carros, e onde terminaria o percurso no dia seguinte.



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Começámos a andar e chegada a terra (e pedra), começaram os primeiros percalços mecânicos, com o meu alforge a não querer ficar no sítio correcto e a bater na roda. Mas com uns apertos e abraçadeiras à mistura, lá deu para desenrascar, mas nas nossas cabeças, a ideia de ter vindo com os alforges atrás, aqueles, baratinhos, não tinha sido assim tão boa. Mas como o espírito é de aventura, vira para a frente!

O trilho era divertido, com algumas subidas pelo meio, não muito grandes, mas que com uma bicicleta temporariamente com 25kg, são sempre duras. As paisagens fantásticas iam fazendo esquecer os problemas técnicos. Lá continuamos, com um pequeno engano no percurso, que nos obrigou a subir 1km, para depois voltar a descê-lo, mas aos poucos íamos progredindo rumo ao destino do primeiro dia, o Retiro da Fraguinha.



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Numa longa subida de alcatrão, outro problema mecânico, um furo, mas este de fácil resolução. Lá se encheu a câmara de ar, e continuou-se até um local onde se pudesse parar à sombra, que o dia estava quente, e para arranjar adequadamente o problema. Cando foi o local, e bem pensado foi, pois passados 30 minutos, a meio do nosso almoço, caiu uma tremenda chuvada com trovões e relâmpagos mesmo em cima à mistura. Ali por baixo da paragem do autocarro estivemos mais de uma hora, mas abrigadinhos o tempo passou.



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Lá recomeçámos a pedalar, ainda a subir, e agora por um trilho de terra, e mais uma vez, muita pedra, o que nos obrigou muitas vezes a levar a bicicleta à mão, com aquele peso brutal. A dada altura, já praticamente nem trilho existia, apenas arbustos, e muito tojo! (Ai as minhas perninhas!!!) Mas depois de uma volta a pé de reconhecimento, lá se encontrou o trilho correcto até às eólicas e ao alcatrão que supostamente nos iria levar até Candal, e depois, à Fraguinha.



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Aqui aconteceu o problema mecânico mais grave, que nos levou a mudar radicalmente os planos, e olhando para trás, a salvar-nos de um dia desgraçado! O suporte de alforge do meu colega estragou-se… Material da treta, é o que é… Mas pronto, lá tivemos que resolver a situação, e decidimos que um de nós iria ficar ali com os alforges, e os outros dois, com as bicicletas mais leves, iriam até ao Merujal buscar os carros.



Depois, foi só apanhar o nosso colega e ir até à Fraguinha onde pernoitámos, depois de um belo churrasco, umas cervejinhas e uma vinhaça oferecida por um casal muito simpático, juntamente com uma bela conversa! Não conhecia o Retiro da Fraguinha, mas fiquei fã: a sua localização, a sua calma, o seu ambiente mais familiar, muito bom mesmo.



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visiense

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Dia 2

O dia para mim começou um bocadinho mais cedo que os meu dois colegas, e ainda estavam eles a dormir, já eu estava sentadinho à porta da minha tenda a olhar para o Sol, que tinha nascido há bem pouco tempo, e para a luz que produzia à minha volta. Inspirador para o resto do dia. Dia esse que seria o mais espectacular, paisagisticamente falando, mas, agora já sem os alforges, e mesmo sem eles, o mais duro!



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Iniciámos então o segundo dia rumo à Coelheira, e a parte dos trilhos do Uphill de São Pedro do Sul, mas agora a descer. Agora já percebo porque é que quase ninguém quer descer por ali… Ai as minhas costinhas!!!  No entanto, a descer ou a subir, paisagens fabulosas!



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De seguida, e depois de algum alcatrão, fizemos a descida para Drave, a velocidades estonteantes (e perigosas).



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Pelo meio, lá encontrámos participantes de uma UltraMaratona de trekking de 70 kms Na Freita e Arada! Grandes malucos, pensávamos nós, grandes malucos pensavam eles de nós, quando nos viram de bicicleta nos trilhos entre Drave, Regoufe e Covelo… Não imaginávamos o que nos esperava! Mas isso foi mais à frente, pois antes desse sofrimento todo, tivemos Drave! E Drave foi tudo aquilo que já tinha ouvido falar e mais! Realmente um local diferente, que propicia ao pensamento, lindíssimo, completamente noutro tempo e era!



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De Drave para a frente, as paisagens não desiludiram, mas os trilhos, mais apropriados para caminhada, para quem ía de bicicleta, não eram os ideais. Acabámos por fazer uns belos quilómetros de Drave a Regoufe e de Regoufe a Covelo do Paivó, com a bike montada em nós praticamente o caminho todo. Foi sofrer até ao fim, ainda por cima sabendo da subida final que nos esperava, onde iríamos passar dos 300 aos 950 metros de altitude. Mas ao menos, as paisagens valeram bem a pena. No final, o que ficará não é o sofrimento, mas sim as recordações e as imagens que ficaram gravadas na nessa mente. O sofrimento é efémero, mas a glória é eterna, já dizia o outro e com razão! Pelo meio, umas belas conversas com habitantes destas aldeias perdidas do mundo, com histórias para contar e vinhaça para oferecer! Eh eh! Aquilo é que foi “combustível” para todo aquele esforço. Então a canequinha oferecida em Covelo, soube-me mesmo bem, mas no início da subida para Candal, já maldizia a hora de ter aceite. Mas pouco durou, e ao fim ao cabo, o vinhinho naquele momento soube mesmo bem, e isso é que interessa! Depois de almoçarmos em Covelo, lá começou a subida final para Candal, e depois, para a Fraguinha.



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A subida fez-se lentamente como as pernas queriam, mas progressivamente, e ao longo dela, ainda avistámos alguns tesouros perdidos nos vales recônditos, como fragas e lagoas perfeitas para um mergulho, mas quase impossíveis de alcançar, mesmo a pé!



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Chegados a Candal, foi sempre a subir, em alcatrão até à Fraguinha, e com todo aquele esforço nas pernas, nos braços, nas costas, aquelas picadas com grandes inclinações custaram bastante, mas chegados ao Retiro, o sentimento de vitória era geral!



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Um fim de semana de btt puro e duro, com uma quilometragem não muito elevada, 60km marcados no conta-quilómetros, mas com 2800 m de acumulado, 8 horas a pedalar e não sei quantas a caminhar, com muitas marcas no corpo, com alguns problemas técnicos e outros (…) a manchar um pouco o fim de semana, mas no fim de tudo, um fim de semana para recordar e quem sabe, noutros moldes, repetir!

PS 1 – Uma palavra para o Zé, valente e corajoso Zé, que sem grande prática de btt, acompanhou-nos nesta aventura e aguentou-se à bronca. E para mais, teve problemas bastante chatos de estômago no final do primeiro dia. Grande Zé! (“Figo”)

PS 2 – O Nuno tinha uma surpresa à nossa espera no início do primeiro dia: fez uma dorsal desta aventura para cada um. Que luxo!

 
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Viva!!!
os meus parabéns por esta aventura!!!:p:p
as paisagens e consequentes fotos estão fantásticas!!!
grande aventura de BTT!!!! com direito a dorsais personalizadas e tudo! espectacular!
BRAVO PESSOAL! apesar dos imprevistos e problemas mecânicos que por vezes irritam e deitam o moral abaixo... nada vos fez parar!!! :)
Essas aldeias de Drave e do Retiro da Fraguinha já me estão a despertar muita curiosidade!!!! parecem fantásticas e saídas de um conto de fadas!! lolol
De facto, paisagens como essas convidam à reflexão, ao desfrutar do momento... a contemplar a natureza de forma tão poderosa!

Boas pedaladas!!
Cumps,
Pedro
 
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Myrage

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Drave, eu sonho com Drave. Mas a culpa é de quem aqui cola fotos da aldeia :) "to drave or not to drave"

Este amigo já levava a Bicicleta cansada ... !

19935262.jpg


MY
 

tuta

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Parabéns pela aventura!!!

Por acaso não podem disponibilizar o track de GPS

Abraços e continuação de boas pedaladas.
 
Z

zecruz

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Coincidências...Estava no parque na fraguinha na tenda perto da vossa e meti conversa convosco no domingo de manhã enquanto preparavam as bikes! Mal imaginava a aventura em que estavam metidos! Quando olhei para os dorsais ainda pensei que estivessem a participar em algum evento de btt ahahahah! Também ando a preparar uma investida de bike com um amigo à Arada e Freita, mas com tempo mais fresco :eek:) Parabéns e força no pedal
 

visiense

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Olá.

Pois, coincidências! :) Aquilo é duro, seja com calor, seja com tempo mais fesquinho! No entanto, vale a pena.

Boa sorte para a futura aventura!
 
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