Em finais de Julho ou durante Agosto surge geralmente a oportunidade de fruir de uma permanência mais demorada nas serranias de Folgosinho. Os passeios em duas rodas a pedal são uma consequência lógica desse facto. Algumas vezes sozinho e outras com companhia vão sendo percorridos os caminhos que atravessam a serra, sempre na procura de novas conquistas. Partilho nestas linhas um breve relato e algumas imagens das voltas mais marcantes dos últimos dias:
Dia 31 de Julho, foi tempo de interromper a abstinência de bicicleta que já durava há mais de um mês. Consequência do consumo exagerado de líquidos inadequados em dia de aniversário, quase desisti de acompanhar o Hugo e o Tiago a meio da subida até à Portela. Depois de feito o exorcismo dos demónios etílicos e em cadência bastante lenta lá tentei acompanhar os companheiros de volta. O percurso foi sendo escolhido à medida da vontade imediata e acabámos por percorrer maioritariamente caminhos que já bem conhecemos. Na passagem pelos Casais de Folgosinho decidimos contornar o Monte de S. Domingos e descer até às "Quintas" junto à Ribeira do Freixo. O mau estado do trajecto e a grande inclinação do terreno obrigou a maior atenção e cuidados na descida. Os cães que guardam as propriedades também obrigam a que se tenha maior cautela na passagem. Acabámos por ter uma perspectiva diferente sobre as áreas que normalmente frequentamos. Pessoalmente, já não passava por ali há largos anos. O final da volta foi feito em alcatrão numa subida bastante acentuada da "Cabine" até ao centro da Vila.
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Dia 8 de Agosto, segunda-feira, e um telefonema matutino com o desafio para uma pequena volta. O dia anterior tinha sido muito quente mas a manhã trouxe uma brisa fresca bastante agradável. Não tínhamos muito tempo devido a compromissos pessoais do Toni e por isso não tínhamos na ideia uma volta muito longa. Sabendo que a ligação até São Tiago tinha sofrido uma intervenção de reabilitação, já que anteriormente a subida era praticamente impraticável de bicicleta, decidimos tomar esse rumo. Dos 933 metros de Folgosinho até aos 1.600 da Santinha foi sempre a subir. Apesar de curta foi uma subida bastante dura premiada com uma vista de 360º absolutamente espectacular. O resto da volta percorreu a ligação a São Domingos através da Cabeça do Faraó com descida aos Viveiros Florestais. Terminámos o périplo com cerca de 22 kms e 837m acumulados de subida.
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Detalhes em:
http://connect.garmin.com/player/104890404
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Dia 13 de Agosto, dia em que a Volta a Portugal em Bicicleta alcançaria a mítica Torre, programámos uma subida até à Lagoa Comprida para vermos e e apoiarmos os heróis do pedal. Pela manhã compareceram em frente aos Bombeiros Voluntários de Folgosinho 7 aventureiros. O Marco e o Hugo tinham vindo directamente de Lisboa com uma noite passada em claro em serviço. O Ricardo tinha terminado o seu turno nocturno de trabalho pelas 7 da manhã. O Diogo e o Tiago tinham chegado às 7 da manhã depois de terem passado a noite sem dormir num piquete de vigilância a um incêndio florestal. Apenas eu e o Pedro Pinto não tínhamos sobressaltos a assinalar.
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Depois de orientada toda a logística que seria recolhida mais tarde pela Joana, Cláudia, Inês e Diogo na viatura de apoio, começámos a trepar. Escolhemos o acesso ao Maciço Central através da Santinha. Como atrás relatado é uma longa e dura subida até aos 1600 metros.
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A paragem por ali é obrigatória e muito compensadora pelas vistas que se obtêm.
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Não demorámos pois tínhamos à nossa espera, no Vale do Rossim, uns franguinhos assados, umas bebidas bem fresquinhas e um belo mergulho para animar a malta. Ainda antes de chegarmos ao checkpoint foi tempo de uma breve paragem técnica nas barraquinhas do Mondeguinho.
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Depois de restabelecidas as energias rumámos ao primeiro ponto de passagem dos atletas na passagem pelo Mondeguinho em direcção a Gouveia.
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Depois da passagem do pelotão prosseguimos com a nossa jornada através do Lagoacho. Estes cerca de 4km's revelaram-se muito duros devido ao mau estado do pavimento. Uma estrada feita de brita solta de grande dimensão que não permite tracção a descer e muito menos a subir. Do lado de lá do paredão da barragem, depois de transposto o trilho que dá acesso ao resto da estrada que permitiria a ligação entre a Lagoa Comprida e o Vale do Rossim, encontrámos um pavimento muito mais praticável e rolante.
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Não demorámos a atingir o alcatrão que teríamos de transpor nos últimos 4km's do percurso. Foi aí que ancorámos para ver os últimos momentos da etapa. Foi também aí que voltámos a abastecer para regressarmos, percorrendo o mesmo trajecto.
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Alcançámos a Santinha já no final do dia com um belo pôr-do-sol no horizonte. Terminámos o dia com perto de 63Km's na pernas e um acumulado de subidas de 1.436 metros numa jornada memorável que seguramente será repetida.
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Detalhes em:
http://connect.garmin.com/player/106237984
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Dia 16 de Agosto foi dia de levantar mais cedo da cama para mais uma volta pela serra. Esperava-se uma jornada mais participada mas foi feita apenas em dupla. O início foi marcado para as 8h00 depois de ter convencido o Hugo de que às 6h30 acorda o galo... Lá iniciámos a subida através dos Viveiros em direcção ao Monte de São Domingos, o primeiro pico do dia a 1200 metros de altitude. Na primeira subida em cerca de 2km's sobem-se mais de 200 metros. É uma inclinação impressionante que garante logo um grande aquecimento dos músculos, sobretudo quando às 8h da manhã o termómetro já rondava os 27 graus. Fomos logo aí presenteados com uma excelente imagem de um mar de nuvens a banhar Folgosinho!
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Prosseguimos em direcção aos Casais tendo enveredado por alguns trilhos que normalmente não percorremos. Descemos ao Casal do Mondego de Cima e fomos percorrendo o fértil Vale do Mondego, aqui ainda cultivado, até à Senhora da Assedasse. Foi aí, enquanto refrescávamos a garganta, que decidimos subir ao Corredor de Mouros. São mais 5km's em que se sobe dos 920 até aos 1300 metros em caminhos onde raramente vivalma passa.
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O xisto solto abunda nos caminhos o que dificulta bastante a subida. Já em cima do corredor a vista é absolutamente soberba... Mais um cume conquistado!
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Com o Vale Glaciar do Zêzere e a Torre no horizonte prosseguimos em direcção a Manteigas.
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Como já tínhamos outros compromissos para o resto do dia tivemos de deixar de lado a ideia e vontade de subir até às Penhas Douradas.
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Dirigimo-nos assim até ao Covão da Ponte onde nos refrescámos com água fresca antes da subida até à Portela de Folgosinho.
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Não sendo a etapa com maior inclinação acabou por ser a mais penosa. Foram cerca de 8 km's a subir desde os 960m até aos 1282m com a temperatura do ar a atingir os 36º e em grande parte do percurso sem qualquer brisa. Deste terceiro cume só tivemos de descer até Folgosinho onde registámos 42km's de distância percorrida e 1.115m de ganho de elevação.
Detalhes em:
http://connect.garmin.com/player/106973651
Abraço!