Primeiro gostaria de agradecer a quem desenhou o percurso, um muito obrigado ao amigo Jorge Moniz (nick: jmoniz).
Os Cornos da Fonte Fria fazem a fronteira entre Portugal e Espanha, "um sítio tão intratável de serras e penedias, quase sempre cobertas de neve, de picos que se vão até às nuvens, de brenhas temerosas, de vales profundíssimos e passos perigosos que mais parecem moradas de feras que de homens capazes de razão e juízo" (Frei Luís de Sousa –Vida do arcebispo D. Fr. Bartolomeu dos Mártires, 1619) cujo o nome Fonte Fria, vem não só da água que brota gelada ali no vale e os Cornos da configuração do próprio vale que também forma um túnel de vento e torna aquelas paragens muito frescas.
Fiquei perdido sim, mas não nesse sentido, perdido de entusiasmo por ir aos Cornos foi assim que fiquei desde que vi a incursão feito pelo amigo Moniz.
Tinha planeado nestas férias (Ponte de Lima) fazer esta volta e tinha também agendada outra à Srª do Minho, mas esta teve de ser adiada para outra altura pois a Serra d’Arga ardeu por 3 vezes neste mês de Agosto.
Manhã de 24 de Agosto, após as chuvas do dia anterior, levantei-me ... manhã encoberta mas com boas perspectivas para restante dia. Faço a mala, coloco a companheira no carro e lá arranco eu para Espanha. Aproveitando encho o depósito do carro na Repsol perto de Lobios ... 1,07/ litro de gasolina 95!!!!
Deixo o carro numa povoação pequena e lá arranco eu para Pitões, uma pequena parte por estrada mas quase sem carros e com vistas de cortar a respiração, estrada essa que será a guia para uma outra peregrinação lá para Outubro, a Santiago.
Lá entrei eu por uma ruta que me levaria a Pitões, passando por uma povoações pequenas e típicas da localidade, com os seus tradicionais espigueiros
Uma pequena igreja
Ao longe já se avistavam os Cornos
E claro uma foto do rider
Aqui a paisagens já ligeiramente diferente onde prossegui por uma estrada de alcatrão sempre a subir para cotas mais altas
Paragem para um aconchego do estômago, letinho com chocolate e uma sandes de marmelada limiana.
Passagem pela carismática aldeia do Salgueiro, onde não pude entrar pois estão a remodelar para que esta não desapareça por completo
Aqui tive de ser eu a empurrar a companheira o terreno arenoso com muita rocha não dava para progredir montado. Mas ao tirar a foto pensei .... isto era TÃO bom a descer!!
Mais paisagens
Esta foi das partes mais lixadas, a ruta nesta zona tinha um declive nada apreciável para bicicletas
Primeiro a descer depois a subir com a companheira às costas
Mas as paisagens e o local remoto compensavam.
O calor apertava e apesar de mesmo na praia nunca ter usado protecção, pois tenho a pele morena, hoje escrevo com os braços um pouco ... assados.
Mas caricato, no meio do nada aparece esta placa. Mas também o que me trazia a esta zona era a eventualidade de ver um canis lupus, mas só fiquei mesmo com a esperança.
O rider mais uma vez
Chegada a Pitões das Junias ... e fiquei deveras desapontado. Não conhecia e encontrei uma vila a cair de velha. Com uma forte possibilidade de ser um espaço de turismo rural, para amantes da natureza, pedestrianismo, e até mesmo de desportos de inverno pois neva com frequência durante o inverno, achei-a ao abandono num dos locais mais belos e selvagens do nosso pais.
No regresso
Não sendo propriamente uma volta de puro BTT pois pedalei mais em estrada e trilhos pedestres (bom e aqui grande parte nem pedalei de todo), é um passeio com vistas fantásticas, um silencio profundo, um alivio para a alma e um empeno para as pernas!!! Este foi o unico trilho em que ... era mesmo bom, e dava para esgotar os 140 do curso traseiro, mas estava sozinho e tive de me conter!!
Foram cerca de 60kms com 1450m de acumulado e a cota mais alta alcançada foi a de 1250m, puxado? não muito, o sol e o calor não ajudaram e eu que não me dou nada bem a pedalar com estes dois.
Os Cornos da Fonte Fria fazem a fronteira entre Portugal e Espanha, "um sítio tão intratável de serras e penedias, quase sempre cobertas de neve, de picos que se vão até às nuvens, de brenhas temerosas, de vales profundíssimos e passos perigosos que mais parecem moradas de feras que de homens capazes de razão e juízo" (Frei Luís de Sousa –Vida do arcebispo D. Fr. Bartolomeu dos Mártires, 1619) cujo o nome Fonte Fria, vem não só da água que brota gelada ali no vale e os Cornos da configuração do próprio vale que também forma um túnel de vento e torna aquelas paragens muito frescas.
Fiquei perdido sim, mas não nesse sentido, perdido de entusiasmo por ir aos Cornos foi assim que fiquei desde que vi a incursão feito pelo amigo Moniz.
Tinha planeado nestas férias (Ponte de Lima) fazer esta volta e tinha também agendada outra à Srª do Minho, mas esta teve de ser adiada para outra altura pois a Serra d’Arga ardeu por 3 vezes neste mês de Agosto.
Manhã de 24 de Agosto, após as chuvas do dia anterior, levantei-me ... manhã encoberta mas com boas perspectivas para restante dia. Faço a mala, coloco a companheira no carro e lá arranco eu para Espanha. Aproveitando encho o depósito do carro na Repsol perto de Lobios ... 1,07/ litro de gasolina 95!!!!
Deixo o carro numa povoação pequena e lá arranco eu para Pitões, uma pequena parte por estrada mas quase sem carros e com vistas de cortar a respiração, estrada essa que será a guia para uma outra peregrinação lá para Outubro, a Santiago.
Lá entrei eu por uma ruta que me levaria a Pitões, passando por uma povoações pequenas e típicas da localidade, com os seus tradicionais espigueiros
Uma pequena igreja
Ao longe já se avistavam os Cornos
E claro uma foto do rider
Aqui a paisagens já ligeiramente diferente onde prossegui por uma estrada de alcatrão sempre a subir para cotas mais altas
Paragem para um aconchego do estômago, letinho com chocolate e uma sandes de marmelada limiana.
Passagem pela carismática aldeia do Salgueiro, onde não pude entrar pois estão a remodelar para que esta não desapareça por completo
Aqui tive de ser eu a empurrar a companheira o terreno arenoso com muita rocha não dava para progredir montado. Mas ao tirar a foto pensei .... isto era TÃO bom a descer!!
Mais paisagens
Esta foi das partes mais lixadas, a ruta nesta zona tinha um declive nada apreciável para bicicletas
Primeiro a descer depois a subir com a companheira às costas
Mas as paisagens e o local remoto compensavam.
O calor apertava e apesar de mesmo na praia nunca ter usado protecção, pois tenho a pele morena, hoje escrevo com os braços um pouco ... assados.
Mas caricato, no meio do nada aparece esta placa. Mas também o que me trazia a esta zona era a eventualidade de ver um canis lupus, mas só fiquei mesmo com a esperança.
O rider mais uma vez
Chegada a Pitões das Junias ... e fiquei deveras desapontado. Não conhecia e encontrei uma vila a cair de velha. Com uma forte possibilidade de ser um espaço de turismo rural, para amantes da natureza, pedestrianismo, e até mesmo de desportos de inverno pois neva com frequência durante o inverno, achei-a ao abandono num dos locais mais belos e selvagens do nosso pais.
No regresso
Não sendo propriamente uma volta de puro BTT pois pedalei mais em estrada e trilhos pedestres (bom e aqui grande parte nem pedalei de todo), é um passeio com vistas fantásticas, um silencio profundo, um alivio para a alma e um empeno para as pernas!!! Este foi o unico trilho em que ... era mesmo bom, e dava para esgotar os 140 do curso traseiro, mas estava sozinho e tive de me conter!!
Foram cerca de 60kms com 1450m de acumulado e a cota mais alta alcançada foi a de 1250m, puxado? não muito, o sol e o calor não ajudaram e eu que não me dou nada bem a pedalar com estes dois.
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