O Batuta, o Balizas, o Fonkas, o Luís, o Lisboa, e o Carlinhos vão a Compostela.

Batuta

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No próximo dia 25 de Abril estes 6 malucos vão se por a pedalar desde Santa Comba Dão até Santiago de Compostela.
Iniciaremos a jornada em Santa Comba Dão, percorrendo a maior ciclovia do país até Viseu e ai entrar no Caminho Português do Interior.
Para já estamos com dificuldades no transporte até Stª Comba, rede de expressos diz que 6 bicicletas não transporta, a CP só no regional ( 6h de viagem) e no inter-cidades é complicado transportar as 6 bicicletas .
Como bom Português há hora saí. ;)
 

rp23

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Boa sorte para essa peregrinação.
Eu também vou fazer o caminho nessa altura, mas vou sair um pouco mais a Sul.
Vou fazer o caminho D`este; Tavira-Santiago.
Vou também entrar no Caminho do Interior Português, mas sim em Chaves e vai ser lá para o fim do mês de Abril.
Nós vamos 3,
Quando é que vocês passam na zona de Chaves/Verin?
 

Batuta

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Está previsto passar-mos por Chaves no dia 27 ou 28 de Abril.
Depois venha lá a foto-report dessa aventura..;)
 

Gominhos

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Boas pessoal,
Boa viagem e que corra tudo bem nessa vossa aventura...
Depois venha de lá umas fotos.

Abraço e boas pedaladas
 

rp23

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Boas pessoal, a minha passagem por essas bandas será para 29/30 de Abril.

Eu quero chegar a Santiago na Sexta e no Sábado ir até Finisterra, isto se as pernas deixarem!!!

Bom Caminho
 

Batuta

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Faltam 5 dias para a aventura começar

Mais ou menos vai ser isto:


StªComba - Ribolhos - 90km
Ribolhos - Vila Real - 70km
Vila Real - Verín -95km
Verín - Cea - 90km
Cea - Santiago Compostela - 90km

Habemus pernas ;)

 

emsfc

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O ano passado por esta altura estava com a mesma empolgação. No dia 25 de Abril iniciei o meu primeiro Camiño, mas neste caso Porto-Santiago.
O Caminho do Interior está também nos meus planos para uma próxima oportunidade. Pelo que tenho lido é muito diferente do Caminho Central, principalmente pela dureza dos primeiros quilómetros até Vila Real.
Bom Camiño e força nas pernas! Ficamos à espera das fotos!
 

Hmbrites

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Eu percorri o CPI no ano passado e posso dizer que até Chaves não vais andar muito a direito, ou sobes ou estás a descer :fpalm:! Mas no fim sabe bem! Cuidado com as marcações ou aliás a falta delas! Não está tão bem marcado e não têm havido muita manutenção nos trilhos( isto no ano passado)
 

Medroso#78

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Boas,

Dia 25 arrancarei (pela 1ª vez) de Vila Real para Santiago (25, 26 e 27). Pode ser que encontre alguém de cá. Somos os "lentinhos" do LousadaBTT. Fica a dica. Boa viagem para todos. ;)
 

Batuta

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Boas pessoal;

A nossa aventura foi concluída com êxito, mais tarde coloco o foto-report.
Uma coisa vos digo... foi bem dura a estreia no CPI...

Cumps.
 

BALIZAS

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Boas pessoal,

Foi muito duro mas valeu a pena, poderíamos ter evitado certos caminhos, mas não era a mesma coisa :)
480 KM em 5 dias por caminhos que não dá para descrever só mesmo vive-los, muito sofrimento com o tendão de Aquiles lesionado...

Cumps.
 

Batuta

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24 Abril (23:00h)

Mochila – ok

Bicicleta – ok
Transporte para Stª comba Dão – ok
Ansiedade – ok
Vontade de pedalar – ok
Dormir – Not ok





25 Abril (06:00h) Stª Comba Dão- Ribolhos (95km)


O GRANDE DIA



A alvorada foi pelas 06:00 com um pequeno-almoço que mais parecia almoço, seguindo-se então o embarque para Stª Comba Dão. O trajecto entre Palmela e Stª Comba foi feito numa viatura cedida ao nosso grupo de BTT pela MGP e conduzida pelo nosso driver Marco.
Chegados a Stª Comba Dão pelas 10h, começamos a nossa peregrinação começando por percorrer a fantástica Ecovia do Dão, que liga a Stª Comba Dão a Viseu.









Chegados a Farminhão por volta das 12:30h toca a procurar a primeira seta que nos indicasse o nosso destino Santiago de Compostela.
Primeira dúvida do dia; seguir pelo caminho de Santiago original ou seguir pela Ecovia até Viseu. Dúvida retirada opta-mos por seguir pela Ecovia, pelo que entramos no Caminho português do Interior na Sé de Viseu.



Posso vos dizer que aqui começou a dureza de todo o Caminho foi um Sobe e desce constante até ao nosso objetivo do dia, o Albergue de Ribolhos
Nos cerca de 45km que nos separava de Ribolhos, percorremos muitos estradões e alguns singles.





Ultrapassada a primeira adversidade do dia, lá retomamos o percurso, passando por diversas aldeias isoladas uma das quais nos despertou a curiosidade Cabrum, uma ladeia Hippy onde a sua população vive principalmente do que a terra dá.






Por voltas 19h a fome apertava e para onde olhávamos estava tudo fechado ou não fosse o 25 de Abril até que chegados a Mões deparamos com um oásis, uma pequena mercearia aberta, onde as minis e as sandes de presunto começaram a voar. Foi aqui também que compramos os ingredientes para o jantar a ser confecionado no albergue.








A chegada ao albergue de Ribolhos foi por voltas 20:30h.





Info dia:
Ecopista do Dão sentido Stª Comba Dão- Viseu é sempre ligeiramente a subir o que provocou algum desgaste ao pessoal.
Elevado acumulado entre Viseu e Ribolhos.
Boas marcações do Caminho




26 Abril Ribolhos-vila Real (+/-80km)



Alvorada pelas 07:15h onde se tomou o pequeno-almoço no albergue e siga o Caminho.





A passagem pelo rio Paiva foi espetacular em beleza e aventura isto porque a aderência dos sapatos de BTT em pedra lisa é quase nula.











A primeira paragem foi para tomar uma dose de cafeina onde fomos bastante motivados por um nativo da região ao qual perguntamos o caminho a tomar para lamego pelo que nos disse “ soube um pouco depois é Sempre Sempre a descer até Lamego” e vai um de nós “ mas queremos ir pelos Caminhos de Santiago” pelo que o nativo nos diz em grosso modo “ OHH Pá Tão Fodidos” … a gargalhada foi geral












Chegados a Lamego a fome era geral … destino bombeiros Voluntários de Lamego onde a receção foi do melhor bem como o repasto.





A partir de Lamego e já no Douro Vinhateiro a chuva deu algumas tréguas e as paredes surgiram.











Na Régua a paragem foi obrigatória e a compra dos caramelos da Régua na Dª Maria.
















Por volta das 20h surge a dúvida isto ainda a 25km do objetivo do dia, seguir pela nacional ou pelo Caminho até Vila Real. Dúvida desfeita e siga pelo Caminho, (foi por
isso que viemos).





Este dia teve direito a prova noturna e tudo pelo que chegamos a Vila Real por volta das 22:30h.





Chegados ao nosso destino o Regimento de Infantaria nº13 fomos super bem recebidos pelos camaradas de serviço.
Como a hora ia adiantada só ouve tempo para encomendar umas pizas, e dormir o tempo que nos restava para o próximo dia.





Info dia:
Más marcações em Santa Marta de Penaguião
Subida de Relvas para Vila real pelas 22:00h do pior que houve
Etapa mais dura de todo o Caminho




27 Abril Vila Real - Chaves (74km)

Alvorada pelas 06.00h e despedidas aos camaradas feitas e siga o caminho.





Em vila Real entramos na antiga via-férrea do Corgo até Vila Pouca de Aguiar pelo meio existem uns pequenos desvios que nos levam por um antigo caminho romano.
De notar que a paisagem muda completamente.







Não podia faltar o belo do doping …





O almoço foi num supermercado em Vila Pouca de Aguiar, onde o frango de churrasco não podia faltar.





De Vila Pouca a Vimioso o caminho leva-nos por estradões onde a lama era uma constante.







Ao entrar no conselho de Chaves a sinalização muda para melhor mas temos de ter atenção, pois existem algumas setas que indicam mal o Caminho. (Algum engraçadinho que andou a brincar com sinalização).





A chegada a Chaves foi feita pelas 18h, onde mais uma vez fomos bem recebidos pelos camaradas do Regimento de Infantaria Nº19.
Foi tomar banho e desta vez deu para ir dar uma volta lá fora...







Pormenor dos Sapatinhos da Malta (baptizados por sapatinho espalha *****)







28 Abril Chaves-Ourense (106km)



Alvorada pelas 06:00h, pequeno-almoço tomado e doping distribuído.







De Chaves a Verin foi um saltinho, e ai optamos pela variante de Laza.









Á saída de Verin encontra-mos o primeiro peregrino a pé, uma Australiana que já caminha á 39 dias iniciando a via da prata em Sevilha e dormindo onde calhava pois transportava tenda. (Ganda maluca).





A subida para Albergaria onde está o famoso rincon del peregrino das vieiras foi algo de muita dureza foi quase dos 50m (?) aos 800m em apenas +/-5km.







O almoço foi no famoso local das vieiras; chouriço, queijo, pão e cerveja.










Para sobremesa tivemos uma fantástica descida logo na saída de Albergaria.




O cansaço já se ia acumulando e começam a surgir os pequenos stresses entre a malta, nada que uma pequena pausa e 2 dedos de conversa não resolvesse.




O dia era para terminar no albergue de Cea, mas tivemos de ficar por Ourense e a boa hora o fizemos.





A janta foi improvisada no albergue, Massa e Piza não faltaram e claro uma reserva espanhola que nem para vinagre servia.





Info dia:
Boas marcações á exceção na saída de Verin
Rio Tâmega acompanha-nos em grande parte do percurso
Quem optar por ficar em no albergue de Ourense (bicicletas ficam na rua) pode deixar a bicicleta na garagem do café Acuapulco(?!) por 1€ ficando este a cerca de 5m do albergue.




Dia 29 Abril Ourense-Outeiro (Vedra) (96km)



A alvorada mais uma vez foi pelas 06:00h pequeno-almoço tomado e siga o Caminho.







Na saída de Ourense a primeira dificuldade, uma parede com cerca de 4km e 19% d inclinação.

Parede superada e os quilómetros iam-se acumulando.









Nesta etapa optamos pela variante de Oseira pelo que já sabíamos que era a mais difícil mas a mais bonita.
O imponente Mosteiro de Oseira surge no fundo do vale aproveitamos ai para repor energias num café perto do mosteiro.







Mais uma vez o Chouriço, Queijo, Pão e Cerveja não faltaram.









De Oseira até ao fim do dia foi um Martírio para as pernas prás nalgas pro psicológico, para tudo, sendo que a maioria do caminho é feito por uma estrada romana em muito mau estado e claro a subida á saída de Oseira é qualquer coisa.








Numa das descidas aconteceu o segundo e ultimo azar do grupo o balizas foi ao tapete.


A história:


“ Balizas inicia a descida e deparasse com regos feitos pela água da chuva no meio do estradão, olha meio segundo para trás para avisar a malta e diz:
-Pessoal cuidado aquiiiiiiiiiiiii … Brummmm pum ctrapummmmm….


Balizas cai com alguma violência no chão raspando com o capacete no chão.
Pessoal que seguia atrás para todo em auxílio ao Balizas.
- Balizas estas bem?
Balizas ainda abananado responde:
- Acho que não consigo mexer o braço (ao mesmo tempo efetua a rotação do braço que se queixava)
Apesar do aparato a risada foi total...








O dia era para terminar em Santiago de Compostela, mas as pernas as lesões e o psicológico da malta diziam que não opta-mos por ficar a cerca de 25km de Santiago.






Chegados a Silleda com a noite quase a cair e ainda com alguns quilómetros pela frente optamos por seguir pela nacional 525 até ao albergue de Outeiro onde chegamos por volta das 21h.







Mais uma vez a janta foi improvisada no albergue.


Info dia:
Mosteiro de Oseira a visitar
Grande dificuldade em progredir na estrada romana a seguir a Oseira
O Cansaço começou a apoderar-se da malta



Dia 30 Outeiro (Vedra) – Santiago de Compostela (25Km)



Como a etapa ia ser curta a alvorada foi pelas 07:00h.







Para esta curta etapa não há muito a contar pois queríamos era chegar a Santiago de Compostela.





A chegada á catedral foi pelas 10:00h com a habitual foto da praxe.


















Após visita á Catedral foi rumar á oficina do peregrino para levantar a compostelana, comprar uns recuerdos e apanhar o comboio para Vigo onde nos esperava uma carrinha para Amarante.









A noite foi passada em casa da família do Fonkas em Amarante, onde o tratamento foi de Vip.





Info dia:


Chega a santiago é sempre algo mágico


A descoberta do santo gral do COPOD3 BTT Club.......:fpalm:







Dia 31



Foi dia de regressar ao quotidiano, o regresso a Lisboa foi feito de autocarro entre Amarante e Oriente.





Info Caminho:

479km percorridos


Beleza do Caminho compensa a dureza do mesmo

:p
 
F

Fonkas

Guest
Decididamente, foi uma grande aventura com uma excelente companhia! Grande COPOD3BTTCLUB.
 

Joseelias

Well-Known Member
Magnifica aventura! Boas imagens e bons comentários. :D

Só o que me "parte" a cabeça é o facto de terem levado as mochilas às costas. Não batem bem da cabeça. :D Isso aumenta em muito a dureza e coloca grandes dificuldades nas subidas lentas onde um desequilibro acaba por ser muitas vezes sinónimo de paragem por causa da mochila.

Se tivessem colocado alforges nas bicicletas tinha sido mais fácil, até porque nas subidas mais duras o peso na roda de trás (vantagem em piso molhado) não a deixa derrapar e podem pedalar em pé com mais facilidade. Já fiz no passado algumas aventuras de Btt em autonomia total durante vários dias (transporte de tenda, água e comida e tudo o que é necessário para sobreviver no mato uns dias sem contacto humano fora o grupo) e acreditem que se tivesse levado algo às costas excepto a bolsa de água seria muito mais difícil.

Mas, aventura muito boa e inspiradora. :D
 

nfh

Member
Eu discordo da opinião do Joseelias. Já levo uns quantos milhares de quilómetros feitos nos 4 Caminhos de Santiago que já fiz e fui sempre de mochila às costas. A agilidade da bicicleta (que se mantém praticamente inalterada, ao contrário de quando se usa alforges) permite fazer os trilhos da mesma maneira como se não houvesse carga.
Além do mais, nos trilhos mais estreitos (e há muitos locais onde os single tracks são mesmo estreitos - no ano passado, no Caminho do Norte, apanhámos uns quantos assim), os alforges atrapalham imenso.
Já nas subidas mais duras, a realidade é que em muitos casos em praticamente inevitável ter de desmontar. E aí, entre empurrar uma bicicleta carregada com alforges ou empurrar uma bicicleta "normal" e levar a carga na mochila, garanto-vos, por experiência própria, que vão querer a primeira opção :).
E para rematar, há sempre o problema da carga absoluta com alforges ser sempre superior à opção da mochila. A estrutura e os alforges propriamente ditos terão sempre um peso consideravelmente superior ao da mochila vazia. Além do mais, com mais espaço disponível nos alforges, há sempre a tentação de levar mais tralha.
A única desvantagem, a meu ver, da mochila, é mesmo o facto de o rabo ter de aguentar com o peso adicional. No meu caso tudo se resolve com uma pomada mágica chamada "Natusan" que comprei numa farmácia espanhola :), mas pode haver quem tenha mais dificuldade em lidar com essa parte.
 

Medroso#78

Active Member
Boas,

Eiche...... mas que bom foi rever os trilhos percorridos há dias atrás (Vila Real, Santiago). Muito bom, EXCELENTE fotorelato. Muito obrigado. ;)
 

Joseelias

Well-Known Member
@ nfh

Bons pontos. Mas claro que vai depender muito de quanto peso se leva. Se não se levar mais nada a não ser roupa desportiva, produtos de higiene e alguma alimentação para o dia, e tudo se resumir a meia dúzia de quilos até pode não ser muito problemático especialmente se a mala tiver boa ergonomia.

Já agora, o pessoal envolvido nesta aventura sabe dizer-me quanto quilos tinham em cada mala e quais a sensações provocadas por elas? Daqui a uns tempos sou capaz de me aventurar numas viagens com a minha mulher e ficava já com algumas dicas, já que como disse sempre usei alforges.
 

nfh

Member
@Joseelias, sim, claro, cada um é que sabe aquilo que lhe dá mais jeito. A minha discordância foi mesmo só uma opinião pessoal :), pois já fiz um Caminho com um amigo que levava alforges e quando em alguns momentos experimentei a bicicleta dele dei graças por levar mochila.

Tipicamente levo à volta de 10 - 11kg de carga na mochila, já a contar com a bolsa de 3L de água cheia, Como a mochila pesa à volta de 1KG, corresponde a 6 - 7KG de carga útil, que não é muito difícil de alcançar. Poderia até levar menos que isso, mas só em tralha eletrónica levo sempre um pouco mais de 1KG (GPS, pilhas para GPS, carregador de pilha, do telemóvel, telemóvel, etc) para fazer as reportagens diárias e marcar o caminho em tempo real no meu site. No ano passado (no Caminho do Norte) eu e o meu companheiro de viagem levámos inclusivamente uma tenda na mochila (dividimos a cobertura e as varetas pelas nossas mochilas).

O que também faço é levar uma bolsa básica de guiador, para ter as coisas mais importantes sempre à mão (uma ou duas barras energéticas para o dia, a carteira, a credencial, umas pilhas de reserva para o GPS e pouco mais que isso). Sempre são menos uns 700 ou 800gr que não vão às costas. Ah e as câmaras de ar de reserva (levo sempre umas 3, pelo menos) vão espalhadas pelo quadro, atadas com fita cola daquela de fechar caixas de cartão.

Já agora, deixo aqui um link com um artigo que escrevi na altura da escolha da mochila vs alforges: http://www.rumoasantiago.com/blog/mochila-ou-alforges/
 
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