Para começar mando um grande abraço ao Renato Flórido.
Lembram-se quem foi em 2004 a Atenas na vez de um "Tuga"?
O sortudo que viveu o sonho olímpico (castrado a um português) foi o nosso "irmão" Edvandro Souza Cruz, atleta brasileiro.
Comentários na imprensa brasileira na altura:
"17/08/2004 - 10h19
Brasil pode ganhar vaga no mountain bike masculino em Atenas
Leopoldo Godoy
Em São Paulo
A delegação brasileira pode ganhar mais um integrante. A UCI (União Internacional de Ciclismo) e o COB deram sinal verde para que o ciclista Edvando Cruz participe da prova de mountain bike, informou nesta quarta-feira a CBC (Confederação Brasileira de Ciclismo)
De acordo com o vice-presidente da CBC, José Luiz Vasconcellos, ainda há uma última barreira para que Cruz, medalha de prata no Pan-Americano de Santo Domingo-2003, seja confirmado nos Jogos Olímpicos. O comitê organizador local ainda não emitiu decisão sobre o pedido tardio de inscrição do brasileiro.
"Lutamos por esta vaga há um bom tempo", afirmou Vasconcellos em entrevista ao UOL. De acordo com o dirigente, Edvando Cruz foi penalizado no Campeonato Pan-Americano, disputado na Colômbia, e acabou fora dos Jogos injustamente.
"Com a história do Cruz como atleta de alta performance, conseguimos convencer a UCI a disponibilizar uma vaga para ele", completou Vasconcellos. A entidade internacional do ciclismo liberou a inscrição do brasileiro nesta quarta-feira, aumentando a chances de Cruz participar dos Jogos. O COB, disse Vasconcellos, também está de acordo com a decisão.
Segundo o dirigente, Edvando Cruz está treinando no Brasil e manteve o ritmo de preparação mesmo sem ter garantido vaga nas Olimpíadas. "Ele está sabendo que estamos brigando por isso", disse.
Cruz pode ser o segundo brasileiro a "herdar" uma vaga nas Olimpíadas. No tênis, beneficiado por uma desistência, o Brasil ganhou o direito de jogar a chave de duplas masculina. André Sá foi convocado para jogar ao lado de Flávio Saretta."
"(...)E é com esse espírito olímpico que mostraremos os nossos dois atletas do Mountain Bike: Edvando Cruz e Jaqueline Mourão; em especial. Todos irão pedalar forte em Atenas para conseguir medalha (...)
O Brasil não teve nenhum atleta classificado ou com o índice para os Jogos de Atenas. Em cima da hora a UCI (União Internacional de Ciclismo) liberou uma vaga no MTB masculino para Portugal. Como a FPC (Federação Portuguesa de Ciclismo) preferiu não deslocar nenhum atleta ao XC olímpico, a UCI decidiu atribuir a vaga a um atleta brasileiro.
Sendo assim a CBC (Confederação Brasileira de Ciclismo) convocou às pressas Edvando Souza Cruz, da Equipe Extra Caloi. Mesmo nas férias, Edvando manteve seus treinamentos em dia. Em forma, ele quer fazer bonito em Atenas.
Edvando é o atual campeão brasileiro de Cross Country (XC) realizado na cidade de São Bernardo do Campo em julho, e campeão de Marathon na cidade de Colombo em maio deste ano. Vamos torcer pelo nosso atleta."
in
http://www.pedal.com.br/exibe_texto.asp?id=295
" (...)”Depois que passou a ser olímpico, deslanchou. Era o que faltava. A mountain bike está passando por uma evolução muito grande, tanto em termos de atleta quanto de organização. O nível técnico também está crescendo. Com o interesse dos organizadores, a tendência é o esporte evoluir ainda mais”, afirmou.
A atleta, porém, acredita que não foi apenas a inclusão do mountain bike nas Olimpíadas que contribuiu para o crescimento do esporte. Gramiscelli defende que a propagação de bicicletas entre a população em geral é um dos fatores que contribuiu para o ciclismo.(...)"
ESCruz em 25/05/2005.
Excerto de entevista a ESCruz:
"Bikemagazine: Você representou o Brasil nos Jogos de Atenas e esteve ao lado dos maiores pilotos do mundo de MTB. O que falta para atletas brasileiros superarem a grande diferença de nível de performance em relação os estrangeiros como Absalon, Hermida, Paulissen etc?
Edivando: Bom vou colocar alguns pontos que pude observar correndo fora.
1° - Pedalar na Europa não é como no Brasil, desde cedo você pode colocar seu filho numa escola de ciclismo e ter tranqüilidade, pois a bike é respeitada, as estradas são ótimas, as montanhas são altas e se o cara quer ir para um lugar e ficar a 3.500m de altitude, ele tem varias opções e dinheiro não é o problema.
2° - Lá fora, quando se começa a definir ser um atleta, ele já vem numa formação certa. Ele logo é encaminhado para um treinamento correto, e aqui no Brasil, às vezes, se pedala anos e anos e muitos não estão treinando corretamente. Às vezes esses atletas estão seguindo a planilha de alguém, mas não buscando algo que seja especifico para ele.
3° - Como o investimento é maior, existem mais atletas de ponta com as mesmas condições, estrutura de equipe, médicos, nutrição, e com isso se forma um grande pelotão, onde muitos são favoritos e isso aumenta o ritmo de prova. Já corri lá fora e sei que largar com 150 europeus é muito diferente do que largar com 15 brasileiros. Aqui se você aliviar o ritmo perde duas ou três posições, lá perde-se umas 20 ou 30.
Conclusão: para andar como eles é só estando lá junto com eles, em competições, em estágios de treinamento... Por outro lado, já temos muitas coisas aqui no Brasil, como nutricionistas, médicos e treinadores."
Entrevista na íntegra: :arrow:
http://www.bikemagazine.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=863&Itemid=60
Acho que os brasileiros se orgulharam da presença deste atleta em Atenas... para mal dos nossos pecados!
UVP-FPC, para que serves?
Classificação XCO 2004:
1. Julien Absalon (FRA) - 2h15min02
2. José Antonio Hermida (ESP) - 2h16min02
3. Bart Brentjens (HOL) - 2h17min05
4. Roel Paulissen (BEL) - 2h18min10
5. Liam Killeen (GBR) - 2h18min32
6. Ralph Naef (SUI) - 2h19min15
7. Thomas Frischknecht (SUI) - 2h19min39
8. Manuel Fumic (ALE) - 2h20min29
9. Seamus McGrath (CAN) - 2h20min33
10. Marco Bui (ITA) - 2h20min45
11. Jean-Christophe Peraud (FRA) - 2h20min59
12. Fredrik Kessiakoff (SUE) - 2h21min23
13. Bas Peters (HOL) - 2h21min44
14. Marek Galinski (POL) - 2h22min14
15. Christoph Soukup (AUT) - 2h22min50
16. Ivan Alvarez (ESP) - 2h23min08
17. Oliver Beckingsale (GBR) - 2h23min15
18. Peter Riis Andersen (DIN) - 2h24min03
19. Todd Wells (EUA) - 2h24min37
20. Carsten Bresser (ALE) - 2h25min09
21. Jeremy Horgan-Kobelski (EUA) - 2h25min28
22. Radim Korinek (TCH) - 2h25min28
23. Sid Taberlay (AUS) - 2h26min16
24. Marcin Karczynski (POL) - 2h26min41
25. Thijs Al (HOL) - 2h27min13
26. José Adrian Bonilla Bonilla (COS) - 2h27min13
27. Iuriy Trofimov (RUS) - 2h27min46
28. Kashi Leuchs (NZL) - 2h28min20
29. Mannie Heymans (NAM) - 2h28min28
30. Robin Seymour (IRL) - 2h28min32
31. Joshua Fleming (AUS) - 2h29min54
32. Michael Weiss (AUT) - 2h30min14
33. Edvandro Souza Cruz (BRA) - 2h30min35
34. Lubos Kondis (SVK) - 2h31min15
35. Yader Zoli (ITA) - 2h31min39
36. Sergiy Rysenko (UCR) - 2h33min10
37. Christian Poulsen (DIN) - 1 volta atrás
38. Cristóbal Silva (CHI) - 1 volta atrás
39. Sigvard Kukk (EST) - 2 voltas atrás
40. Zsolt Vinczeffy (HUN) - 2 voltas atrás
41. Yongbiao Zhu (CHN) - 2 voltas atrás
42. Emmanouil Kotoulas (GRE) - 3 voltas atrás
43. Carlos Franco Gennero (ARG) - 3 voltas atrás
** Miguel Martinez (FRA)
** Ovidiu Tudor Oprea (ROM)
** Kenji Takeya (JAP)
** Jaroslav Kulhavy (TCH)
** Lado Fumic (ALE)
** Christoph Sauser (SUI)
** Ryder Hesjedal (CAN)
** não terminaram a prova