Novo rosto da UVP-FPC para o BTT

JoseCarlosGomes

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O nosso responsável da Federação pelo BTT, Delmino Pereira, dá uma entrevista de fundo ao Jornal Ciclismo, na qual define as prioridades da entidade que rege a modalidade: aumentar o número de praticantes e de provas filiadas para, com isso, aumentar o investimento, no sentido de criar campeões e figuras públicas dentro do BTT.

Para 2008, é de esperar uma maior aposta em provas internacionais de XC.

Sítio do Jornal Ciclismo: http://jornalciclismo.com
Capa da edição: http://noticias.sapo.pt/banca2/jornal/?jornal=Jornal+de+Ciclismo
 

acidsugar

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eu cá não esperava esse esforço em relação ao xc...
Não mexeram uma palha para levar um atleta que fosse aos jogos olimpicos, havendo hipótese para tal, isso para mim não é fazer um esforço, é o contrário....
 

crencos

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Estive a ler o editorial do jornal Ciclismo na edição nº 13 onde o editor fala da falta de interesse relativamente ao ciclismo e do "boom" do BTT.

"...Um factor de enfraquecimento do ciclismo de estrada é também a explosão do BTT. No passado, a competição era uma montra apetecível para as marcas de componentes e de bicicletas. Hoje, os esforços dessas empresas direccionam-se para o BTT, que está mais na moda e que dá mais lucro, porque o desgaste do material é maior e obriga a compras mais frequentes."

Acho que é uma evolução lógica o decréscimo de adeptos do ciclismo e o crescimento de praticantes de BTT. Nem que seja pelo factor que eu considero principal: se posso andar de bicicleta tanto na estrada como no mato, porque é que tenho que ficar restringido ao convivio com automobilistas inconscientes?

Como exemplos temos os estradistas de topo a fazerem provas e maratonas de BTT e a dizerem maravilhas.

Agora o grande problema é o orgão regulador da competição ciclistica em Portugal. A Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) ainda não acordou para a evolução do desporto de duas rodas não motorizado em Portugal. Continua com a mentalidade da roda fina, mesmo sabendo do marasmo a que está votado o ciclismo de estrada.
Basta ver que a afluência de publico na Volta a Portugal, uma prova de carácter nacional e com impacto televisivo, tem diminuido ao longo dos anos. No caso oposto temos a organização de maratonas de BTT e variados passeios. Basta olhar para a maratona de Portalegre (um exemplo) para ver que a aposta nos dias que correm passa pelo BTT.

Obviamente que a FPC não podia, aos olhos dos BTTistas, excluir por completo o BTT das competições nacionais que organiza ou regula, mas o seu comportamento quando presente nos eventos oficiais, quer de XC, DH e afins é claramente de quem não quer saber do BTT para nada, além de se mostrarem muito pouco profissionais.
O que nos vale é a carolice de meia duzia de grupos que tem uma paixão pelo BTT e que organiza, dentro das suas possibilidades, provas e eventos de BTT.

Acho que a FPC devia de acompanhar a evolução do desposto ciclistico, tomando como exemplo as entidades reguladoras dos outros países e apostar num maior apoio às modalidades que necessitam.

Lembro-me de há alguns anos termos em Portugal etapas da taça do mundo, denominada Grundig World Cup. A entidade que organizou da primeira vez no Jamor, organizou da segunda vez também em Silves. Que eu saiba a FPC não foi tida nem achada na altura para a organização. E porquê? Porque estava completamente descontextualizada do panorama do BTT na altura. Uma vergonha. Quem organizava uma prova como a Volta a Portugal não conseguia organizar uma etapa da Taça do Mundo de BTT. Enfim. É o que temos.

Isto tudo para dizer o seguinte: espero que o sr. Delmino Pereira faça uma grande revolução dentro da FPC, nem que para isso tenha que dar 3 murros na mesa, mude a mentalidade e a imagem que a FPC tem perante os BTTistas para ver se este país à beira mar plantado começa a ter alguma projecção no BTT europeu e mundial.

Um abraço
Filipe Ferreira
 

DaniPacheco

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Aqui a questão que se coloca caros companheiros é a seguinte, ou melhor, as seguintes:

- Será que o SR. Delmino Pereira (ex.profissional de estrada que muito respeito) sabe o que é uma corrida de BTT?

- Será que ele sabe as necessidades dos corredores de BTT nacionais?

- Será que ele conhece o Julien Absalon?

- Será que ele sabe o que são travões de disco?

- Será que ele sabe que o BTT é modalidade olímpica?

Hummmmm... :s

Não seria melhor colocar alguém nesse cargo que tivesses pelo menos estado ligado ao mundo do BTT? Se calhar era melhor...

Tachos só servem para tapar o Sol com a peneira companheiros... assim não passamos da cepa torta e o BTT será sempre o parente pobre do ciclismo de estrada!

Será que ele conhece o Luis Leão (Campeão Nacional de Mx) ou julga que só o Cândido Barbosa é que anda de mota?... :mrgreen:
 

David R

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Excelente post Dani :)

Concordo com o acidsugar :exacto:.. não fizeram nadinha para que levassem um atleta a Atenas. Sei do que falo porque estava no estágio da Serra da Estrela a ver na RTP2 a transmissão da prova e estando nós a pensar que um dos Sub23 da altura (Marco Sousa, Gonçalo Brito, Gonçalo Pereira e Tiago Dias) podia estar la, apesar de termos ganho vaga. :shock:

REPITO: NÓS TINHAMOS VAGA PARA OS JOGOS OLÍMPICOS!!!!!! :wtf:

Mas não levaram ninguem... porquê? "Porque os atletas portugueses ainda não tinham experiência suficiente" :cadeirada:. Então ganha-se experiencia ficando em Portugal??? Faltando a uma prova que nos ia dar exposição nunca antes vista??? Que podia ter mudado a vida dum atleta??? RIDICULO!!!
O seleccionador da altura (João Hortelão) protestou quanto a essa decisão e foi demitido. Ele podia ser muita coisa, mas preocupava-se com os atletas e esses atletas evoluiram brutalmente enquanto lá esteve (juntamente com o Professor Algarra por quem tenho muito respeito). :clap: :clap: :clap:

Depois quem lá meteram? Rui Vitorino um ex-profissional da estrada, sobre o qual poucas coisas tenho a apontar de positivo. Dou um exemplo: Parti a costela numa prova da Taça de Portugal em Santa Maria da Feira onde ele estava, na prova seguinte em Porto de Mós fiquei a ver. Esse #%&=@! veio ter comigo e pergunta: "Então que se passa?". :barafustar: Uma preocupação doida pelos seus atletas não? Entre outros acontecimentos.

Agora reflictam, a quantas provas é que a Federação levou Sub23 e Elites a competir lá fora para obtenção de pontos UCI para obtenção de vaga para os Jogos Olímpicos? Em 2005 ainda foram 2 ou 3. Ah, por falar nisso eram para ter levado 4 sub23 nesse ano ao Campeonato do Mundo, mas por falta de orçamento levaram só 3, ficando o mais novo em Portugal. Não comento essa decisão. Mas duvido que isso tenha acontecido em estrada!

Em 2006 a quantas provas fomos? Fizeram MUITO BEM em levar cadetes e juniores a Espanha apoio isso. Então e os Sub23 e Elites que é onde se ganham pontos para no futuro alguém ir aos Jogos?

Posto isto, e após estes anos "perdidos", em 2007 era muito dificil ganhar pontos para conseguir uma vaga! Será que isto aconteceu em estrada? NÃÃÃOOO.

Duvido MUITO que haja, aliás NÃO HÁ nenhum evento de estrada que tenha tantos participantes como a maratona de Portalegre ou outras!!!

Agora Sr. Delmino Pereira veja lá o que faz a esta modalidade porque já tou farto destas M&D@$.
 

DaniPacheco

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:bompost: David!

Mas temos levado elites aos Mundiais de Estrada e quase todos acabam entre os 200 primeiros :mrgreen: (os poucos que acabam a prova, tal é o respeito pela camisola)...

Enquanto não tivermos uma federação autónoma (como em alguns países europeus) nem pensar em sonhar em grandes provas no estrangeiro, é-se campeão de cadetes, juniores até se tem algum acompanhamento... umas corridinhas em Espanha pra calar o pessoal; - Ah e tal eles até apostam nas camadas jovens!! :musica:

Agora os Elites e Sub23!!!???? Aqueles que treinam 5 horas por dia e nem são profissionais???? Uiiiii esses podem dar mais projecção ao BTT do que o ciclismo de estrada por isso é melhor deixá-los a correr cá em Portugal não vá o diabo tecê-las :evil:

Reflectir nisto pessoal....
 

pcbsdusr

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Epa, esqueçam... Depois do Euro2004 (é para quem quiser perceber...) a nova aposta da FPC é construir um velódromo... Palavras para quê?


Cumpts,

Renato Flórido
 

paulo marinheiro

Utilizador Banido
Aceito todas as opiniões da rapaziada do pedal "sério", nas pessoas de grandes atletas que aqui postaram as suas ideias.

Apenas acrescento a minha visão da coisa que passa pelo velho "temos o que merecemos", e nesse aspecto penso que se esta nova fornada (e mesmo a malta mais antiga nestes valentes subs e elites) apostar na exposição internacional e apresentar resultados condizentes com o que querem no fururo (olimpiadas, mundias, apoio, etc,...), nem terão que pedir nada... tudo lhes aparecerá naturalmente. Agora repito a minha posição de sempre, há que apostar forte sem medos, e trabalhar bem e afincadamente para que esses resultados, que farão tudo aparecer naturalmente, surjam, pois de contrário, e com os resultados internacionais que foram infelizmente (ou por falta de dedicação forte e absoluta que um atleta olimpico tem que ter... não há compromissos para este nível, tudo tem que ser apostado em pelo menos ficar na mesma volta dos outros, o que nessas referidas olimpiadas não aconteceria concerteza, pois os nossos atletas top estavam a mais de 15 minutos da frente da corrida, obtendo lugares reais fora dos 50 eleitos nas olimpiadas, ficando por norma em 70º/80º nos mundiais) obtidos até hoje, esta geração não conseguirá apoio e condições, juntando-se no insucesso á anterior, pois não há preferidos nem amigos nem especiais... há resultados! E ninguém acredite (principalmente os novos putos que ainda podem fazer diferente aplicando-se mais) ou pense que existe uma conspiração contra o Btt. Os resultados farão os atletas terem as condições necessárias... e os resultados aparecerão apenas com dedicação muito forte, e foco absoluto no trabalho. Espero pessoalmente que pelo menos 1 atleta esteja nas olimpiadas de 2012, e que seja com mérito, por estar entre os melhores 50 do mundo... não por ter tido um convite de ultima hora de alguém que não quis ir, e vá a Londres passear 3 voltas, encostando para não ser dobrado à 3ª, voltando a pavonear-se de ter sido o 1º nas olimpiadas.
Desculpem os antigos bons atletas que eu sinceramente muito respeito, mas ainda ninguém dedicou "a vida" a este desporto, e os exemplos mais variados mostram que só quem deu tudo, focou tudo, aplicou tudo, viveu tudo para um desporto, venceu... (Vanessa Fernades, vem-me logo à cabeça) e não conheço neunhuma história de quem, tendo talento natural, tenha vivido para algo, tenha tido sucesso com isso, e não tenha sido apoiado. Sem medo, sem tretas de "fanatismo desportivo precoce", o Sr. Ayrton Senna da Silva, foi viver para a inglaterra sózinho aos 15 anos para progredir na carreira... como um etíope pobre que deixou tudo para trás por uma medalha. Paixão e dedicação total por este desporto farão 3 ou 4 atletas verdadeiramente de elite em Portugal, mas garanto, pois conheço-o bem, que pelo menos haverá 1 que não vai fazer qualquer tipo de concessão e vai concerteza fazer o que todos os outros fazem... mesmo o Sr. Absalon, que como o Senna, só viveu, desde os 16 anos, focado no XCO, pensando, vivendo, agindo, e tudo fazendo na vida apenas em redor do objectivo. Todos os campeões (e mesmo os 1ºs 50 mundiais) de todas as disciplinas têem uma história comum de dedicação extrema... em Portugal ensinamos os nossos miudos a não dar tudo para o desporto para não deixar passar a vida ao lado... mas pedimos para eles serem campeões - IMCOMPATÍVEL ! A este nível, não há situações de compromisso entre uma vida dita "normal" e grandes resultados. Há 1 escolha apenas, e não são todos que têem mente para optar por uma vida "diferente" e dura de desporto de elite, mas pelo menos, apoiemos os que o queiram fazer, e não peçamos condições para quem não o quer fazer. Esta mentalidade tem tido resultados não só no Btt, como no ténis, no automobilismo, e em 99% dos desportos onde nós não temos expressão, ao cotrário dos espnahóis que têem sempre 2 ou 3 top10 em qualquer desporto que se escolha. Só no futebol temos atletas de grande nível... e o pessoal não vê neste caso de sucesso, que é com dedicação incondicional prórpia ou imposta por extrema concorrencia ao lugar, o que não acontece por exemplo no Btt, que há falta de atletas, quanto mais apertar com os poucos? Há que mudar a mentalidade e atitude perante este deporto... ou continuar a procurar razões fora do actor principal, o que pedala.

Abraço a 2 grandes campeões, David Rosa e Daniel Pacheco, que espero que tenham entendido a minha visão por um lado positivo e façam ainda muito pelas nossas cores, que ainda são muito jovens, com todo o potencial e a idade certa.

Ao novo Sr. da federação, o Sr. Delmino Pereira, desejo sucesso nas novas funções, mas não exijo muito... apenas o proporcional aos resultados dos nossos jovens, pois quem pedala não é ele!

paulo marinheiro
 

pcbsdusr

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em Portugal ensinamos os nossos miudos a não dar tudo para o desporto para não deixar passar a vida ao lado...

Porque a qualquer momento o tacho pode mudar de mãos ou um novo Euro200x pode aparecer e todo o trabalho vai para o lixo. Como todos sabem, em portugal é costume mandar bébés com a água do banho. Basta o gel de duche mudar de moda.


Basta pensar que um qualquer puto que chegue a Junior e que ande no secundário necessita de quatro a seis horas diárias reservadas para treino sem contar com prácticamente todos os fins de semana para competições e deslocações.

Se o puto tiver de estudar e treinar (e ter aulas de educação física já agora...) não vai lá certamente.


Não se trata de um problema com os "potenciais" futuros atletas de nível, trata-se da completa falta de bases para a evolução olímpica do Btt em Portugal devido á caducidade da Política e dos habituées da FPC. Aliás, o ciclismo de estrada sofre do mesmo mal.
 

paulo marinheiro

Utilizador Banido
Mas os suiços, espanhóis e franceses também vão à escola, e treinam 10 horas por semana, máximo 12 e são campeões do mundo... porque se habituaram a treinar bem e em qualidade, descansar bem, alimentar bem e principalmente... acreditar que o podem ser não porque a federação pedala por eles, mas que eles fazem pela vida.
Por cá os nossos melhores "putos" continuam a comer McDonalds, entremeadas (por vezes é dificil fazer a mãe mudar a ementa de 1 só elemento em casa), a estar no Messenger até às 2 da matina, curtir uns copos e bebedeiras nalguns fins de semana (no que me refiro a não deixar passar a vida ao lado... não é a escola que atrapalha), a falhar 1 em cada 3 treinos, que por vezes nem têem a devida orientação e aí até compreendo, no que com tudo isto se torna dificil bater-se com tipos que levam a coisa mesmo a sério e não falham nada, e no que se fizerem o que um atleta/desportista deve fazer, nada indicaria que não se pudesse bater com os outros que fazem igual, pois nós não somos coxos. E depois de saber tudo isto, e eu sei como muitos dos nossos melhores treinam, e levam a vida, é fácil passar a responsabilidade do nosso inssucesso, derivado dos nossos erros, para cima dos outros, e estamos a falar de putos com 17, 18, 19 anos e por aí em diante, que já deveriam saber colocar prioridades e fazer opções, e estas até podem ser curtir a vida sem sacrifício nenhum e andar nas corridas ao mesmo tempo, mas não pode é apontar o dedo aos outros pelo insucesso em confrontos internacionais.
A falta de competitividade da nossa taça de Portugal em quase todas as categorias, também leva a uma fraca evolução, mas por exemplo, um junior que não possa saír do país por falta de meios, pode perfeitamente transformar a nossa taça na SwissPowerCup, tentando apanhar o máximo de elites, assim queira. No exemplo da casa, o Ricardo estagnava a sua evolução, o ano passado, se se limitasse a ganhar a categoria dele, pois partia para a frente sózinho e pronto, mas procurou ganhar a corrida 1 à geral, o que conseguiu por diversas vezes, e estão lá vet.A e B com muito andamento e que partiam 1 minuto à frente na maioria das provas, no que ele aproveitou para elevar o nível de dificuldade das provas. Os juniores podem fazer o mesmo, com mais pessoal para apanhar, o problema é que a mentalidade do pessoal, não está virada para a superação, o que compreendo, pois cada um curte a vida da melhor maneira e assim somos todos felizes a fazer à nossa maneira o que queremos e gostamos mais de fazer, ficando satisfeitos com as vitórias na sua classe, mesmo que o 2º classificado fique a 3 minutos e a gente estivesse em ritmo pouco mais que de passeio (um exagero claro). Mas quando vão lá fora (mundiais e europeus) vão para o lugar que procuraram, o que também aceito e compreendo, na tal situação de se ser feliz da forma que queremos... mas o que não aceito é depois colocar-se a culpa em tudo e todos por essa classificação ter sido 78º como é norma ficarmos...
Mas a responsabilidade directa do atleta na minha visão da coisa é só a minha visão, no que respeito e entendo outras visões, embora possa não concordar, assim como também possam muitos não concordar com esta minha visão...

paulo marinheiro
 

João Marinho

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Só me apetece dizer..que raivaaaaa :twisted:

Não percebo, só pode acontecer neste país..é a tal coisa, ''job for the boys'' !!! Sem desfazendo a carreira do Sr Delmino Pereira no ciclismo mas como é que ele foi parar ao BTT? Ele está a par do que se passa na modalidade? conhece o meio, os atletas o passado, o presente e principalmente terá ele uma visão do BTT para futuro??

BTT..Delmino Pereira..humm.. Campeã (Terra natal dele )Serra do Marão..é pah, lá há mesmo grandes trilhos e locais fantásticos para treinar, por isso deve ter algum conhecimento da matéria :mrgreen:

Não me venham com historias de que o futuro do BTT está nas camadas jovens e vamos apostar tudo neles ou melhor apostar só neles porque os sub23 e elites já não são futuro nenhum já estão velhos para andar nas provas la fora. Os subs e elites são a classe maxima deste desporto e a federação terá que apostar neles de forma a que possam evoluir. As camadas jovens tudo bem que apoiem mas não só unica e exclusivamente e só mesmo para mostrar (pouco) serviço da federação.

Desejo que o Ricardo Marinheiro seja a promessa que refere Sr. Paulo Marinheiro, que demonstre tanto em Portugal como no estrangeiro o seu valor.
 

pcbsdusr

New Member
Mas os suiços, espanhóis e franceses também vão à escola, e treinam 10 horas por semana, máximo 12 e são campeões do mundo... porque se habituaram a treinar bem e em qualidade, descansar bem, alimentar bem e principalmente... acreditar que o podem ser não porque a federação pedala por eles, mas que eles fazem pela vida.

Há "putos" cá que até á categoria junior até conseguem fazer tudo isso só da motivação, sonho e ingenuidade. Depois por uma politiquice qualquer muda o poleiro e o projecto vai abaixo.

Não podemos ter um selecionador por ano, temos de ter um excelente selecionador cinco ou mais anos e que a esse não lhe cortem as pernas a meio do projecto.

Senhor Marinheiro não se trata de travar a sua admirável (em portugal) atitude positiva, estou somente a tentar explicar que as atitudes positivas anteriores esbarraram sempre na falta de visão da FPC. O Dani Pacheco sabe demasiado bem daquilo que falo.

De que serve ter um José Luís Algarra ele tem de começar o trabalho de novo de cada vez que trocamos de selecionador?


Por cá os nossos melhores "putos" continuam a comer McDonalds, entremeadas (por vezes é dificil fazer a mãe mudar a ementa de 1 só elemento em casa), a estar no Messenger até às 2 da matina, curtir uns copos e bebedeiras nalguns fins de semana (no que me refiro a não deixar passar a vida ao lado... não é a escola que atrapalha),

Muitos, não todos, mas não deixa de ter razão.

a falhar 1 em cada 3 treinos

Fazer aulas de educação física em cima de um treino bem estruturado conta como falha?

se torna dificil bater-se com tipos que levam a coisa mesmo a sério e não falham nada, e no que se fizerem o que um atleta/desportista deve fazer, nada indicaria que não se pudesse bater com os outros que fazem igual, pois nós não somos coxos. E depois de saber tudo isto, e eu sei como muitos dos nossos melhores treinam, e levam a vida, é fácil passar a responsabilidade do nosso insucesso, derivado dos nossos erros, para cima dos outros, e estamos a falar de putos com 17, 18, 19 anos e por aí em diante, que já deveriam saber colocar prioridades e fazer opções, e estas até podem ser curtir a vida sem sacrifício nenhum e andar nas corridas ao mesmo tempo, mas não pode é apontar o dedo aos outros pelo insucesso em confrontos internacionais.

Se qualquer pai souber coo a FPC é gerida muito menos atletas vão trabalhar a sério. É com certeza hipotecar a vida dos filhos. Eu também sei o que é necessário para desenvolver correctamente um atleta nessas idades e não vejo que os problemas que descreve sejam os culpados do insucesso. Já disse antes qual é o problema mor. Dos poucos que fazem o trabalho a sério, não é de todo descabido que tenhamos bons resultados até o exterior.


A falta de competitividade da nossa taça de Portugal em quase todas as categorias, também leva a uma fraca evolução, mas por exemplo, um junior que não possa saír do país por falta de meios, pode perfeitamente transformar a nossa taça na SwissPowerCup, tentando apanhar o máximo de elites, assim queira.
É o exemplo a seguir sem dúvida. Sempre foi. Não é aí que reside o problema no entanto, sem uma base sólida só um wildcard nos pode levar para a frente.


Espero que pessoas como o Daniel Pacheco que passaram pelo "problema em questão" possam vir a ajudar a próxima geração quando chegarem a ter a possibilidade de serem Selecionadores. Não podemos passar o resto da vida receitar banhos de água e sal aos nossos atletas para poupar nos massagistas...

Sr Marinheiro, dito isto, desejo o maior sucesso para o seu/vosso projecto. Não contem é muito (quase nada) com a FPC senão vão sair desiludidos.


Renato Flórido
 

acidsugar

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pelos vistos estamos todos na mesma bicicleta parece que só o pessoal da federação é que não, mas também se formos a ver bem quem merece todo o apoio são as seleções de futebol que ano após ano só me fazem gostar menos do futebol, são alguns e repito alguns atletas de atletismo que merecem todo o apoio para nada ganhar, são os grandes ciclistas que temos que alguns chegam a ser aguadeiros no tour, entre outros, mas não pera lá aqueles malucos que se levantam ao domingo de manhã para ir para o mato ou depois do trabalho metem as luzes para ir po mato, não esses não merecem apoio, e porquê? já têm muita força de vontade e espirito de sacrificio para subir paredes com as rodas a patinar.
sejamos sinceros rapaziada, somos uma cambada de malucos e o nosso desporto de eleição mais não passa do que Lazer puro, e como os unicos malucos que neste pais se safam são os que estão com o rabinho sentado na assembleia, o que é que se pode fazer?
o problema de fundo é o de mentalidade, senão vejamos um ciclista á comandar os destinos do btt seria o mesmo que um ortopedista andar ai a por pacemakers... o pelo menos assim penso... mas enfim como bom português resta-me aceitar porque de certeza que se lá está é porque sabe o que faz, não será por certo por ter feito uma boa carreira na estrada...

É A VIDINHA MALTA...
 

DaniPacheco

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Renato Flórido para presidente da FPC!!! :wink:

Grande abraço para ti amigo, nisto de NÃO poder contar com a FPC sabemos bem o que dizemos :|
 

João Marinho

New Member
Tirei um excerto de uma noticia da Cycling News ...The additions per Criterion 2 include Namibia, Zimbabwe, Argentina, Costa Rica, People's Republic of China, Hong Kong, Hungary and Turkey for the men...

Agora pergunto...Estas selecções tem atletas com muito mais experiência que os Portugueses??

Namibia??Zimbabwe??Turquia??Hong Kong?? :twisted: :twisted: :twisted: Phone Ix...
 

David R

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Oi João, quanto a ida desses países também fiquei passado quando li isso. Mas o critério de selecção é diferente do nosso pois são de outro continente, mas concordo contigo.

Quanto á história da FPC querer apostar nas camadas jovens já ouço isso há MUITOS anos, e agora perguntem-se "onde raio estão os ditos "jovens" da altura?". :roll:

Lembro-me de quando me iniciei de ler uma noticia do Renato Flórido que tinha abandonado o BTT para se dedicar aos estudos, também o meu caro AMIGO Daniel Pacheco que foi para Rio Maior em Condição Fisica, eu em Lisboa para Educação Física, entre outros, apesar de o que quererem era continuar a treinar a tempo inteiro. Contudo para estarmos "salvaguardados" tivemos de entrar para a Faculdade que digo já aqui que é um desgaste enorme. E agora pergunto, a estes atletas que tinham RESULTADOS, pelo menos a nivel nacional :podio: foi dado ESTATUTO DE ALTA COMPETIÇÃO? Para terem épocas de exame diferentes? Alteração de horários? Para poderem treinar em condições? NÃO. Chegou ao cúmulo de em 2005 ter ido competir a Espanha PELA SELECÇÃO (das poucas provas no estrangeiro do ano) e ter faltado a um exame. Deram Época Especial? NÃO! Isto meus caros quanto a mim é ridículo.

O que é certo é que um atleta que tenha mostrado o seu valor em Junior (quando está no 12º ano) vai ter de decidir o seu futuro, isto tudo podia ser facilitado com a atribuição do tal Estatuto de Alta Competição. Eu não abandonei, mas tive um decrescimo de rendimento. Agora Renato e Daniel, vocês tinham abandonado a competição com essa idade se vos tivesse sido atribuido o Estatuto? Duvido..
 

acidsugar

New Member
só continuo é sem perceber uma coisa para que é que eles apostam nas camadas jovens (enkuanto as coisas são pouco competitivas) se quando chega ao vamos ver e a coisa fica dura, dão-lhes um chuto no rabo e vão lá pedalar por nós...
quanto aos jogos olimpicos, nem parece que estamos no pais do "o que interessa é participar"...
 

paulo marinheiro

Utilizador Banido
Nem tudo está bem, mas se a nova malta não tiver estatuto de alta competição, ficará a dever ao IDP, e a eles próprios novamente pelas classificações se não forem ou tiverem sido as melhores no último ano, mas a culpa se não obtiverem esse estatuto não será da federação de certeza, pois repito nem tudo está bem, antes pelo contrário, mas neste aspecto fizeram o máximo que poderiam fazer que era propor alguns desta nova geração ao estatuto de alta competição. Agora compete ao IDP aceitar ou não essas propostas, e o principal factor de decisão, serão os resultados nacionais, internacionais principalmente, e projecto de futuro a curto prazo, no que essencialmente os atletas se disponham a fazer e que resultados desportivos esperam desses projectos. Quem já preencheu uma proposta de alta competição, teve que perceber que tudo o que digo em posts anteriores se reflete nessa proposta, onde só o que conta (correctamente pois é de desporto de alta competição que falamos) são... resultados... passados e para a época que se pretende esse estatuto. Tudo se resume a resultados desportivos, e esses, que abrirão as portas, só se conseguem com muito espirito de sacrificio, próprio dos grandes campeões.
Porventura a culpa não está concerteza só no esforço e dedicação dos atletas, mas aponto essencialmente para aí, pois muito pessoal tem tido oportunidades de correr taças do mundo, opens de espanha, mundiais, europeus, ao longo da história do btt nacional, e penso até, que esta última geração chamada de Ouro, quando foi aos mundiais e europeus, já tinha muito ritmo internacional nas pernas pela seleção pois ví na Bike, muitas saídas ao open e por aí fora, mas o que se vê no ultimo mundial desta geração na bike comentando a prestação dos nossos craques em Livigno é desmotivante para qualquer presidente de federação, e escrito na revista do nosso desporto. Um não estava em forma, outro não se adaptou, outro não teve ritmo, outro que estourou...etc, e todos ficaram em 70º e mais, e isto foi no tempo do Hortelão onde esta malta teve condições minimamente boas, onde andavam equipas fantásticas como a Baeta-Bianchi, e motivação em alta... hoje é mais dificil um puto ter essas mesmas condições, sofrendo um pouco a herança dessa geração de Ouro, que muito prometeu, boas condições teve e nada fez lá fora.
Não sou advogado de defesa da federação, talvez até tenha sido quem menos medo teve de arriscando o futuro do puto por lá, apontar oficialmente e duramente o dedo à federação aquando de situações de segurança nas provas, achando até que eles deveriam fazer muito mais... apenas gostava que a malta primeiro mostrasse e depois pedisse.

Renato Flórido, você é um mito deste desporto (falar de Renato Flórido é quase como falar de Martinez, Bart, Frishnett), e agradeço a força ao puto, que eu vou ajudar a fazê-lo feliz e perseguir o seu sonho de querer ter a "moça" da paixão, não se casando com a mais certa, mas casando por paixão, arriscando para isso ficar solteiro por alguns anos... mas ele acha que só se vive uma vez, eu acho o mesmo, e esta vez não deve ser desperdiçada, não correndo atrás do que o fará ser feliz, para correr atrás do que lhe dará garantias de vida (se é que issso existe nos dias de hoje). O Daniel Pacheco sabe a minha visão e respeito aos anteriores craques como ele próprio, o Renato, o Dias, o Vegeta, e outros grandes que passaram cá, mas todos temos que ter a noção que as coisas foram mal feitas, pois eu sei que o Fernado Rosado ganhava ao Inaki Lejarreta. Este espanhol fez 10º este ano numa taça do mundo... quem dera que o Fernando e quem esteve com ele tivessem feito bem as coisas e tivessem levado a sério este desporto, pois o Fernando teria na mesma prova feito 8º, 9º ou coisa parecida. E eu gostava que o Ricardo e o David Rodrigues (super cadete, este ano super junior concerteza) não vissem um dia o Yago Sardina, Josep Nadal, Mark Caselas ou Daniel Guash a brilharem na taça do mundo e nos mundiais e dissessem "...quando era puto batia-os todos... na terra deles...", como eles têem feito, sempre que vão a espanha. E garantidamente, estes putos espanhóis vão estar lá, como nestas olimpiadas estarão 4 !!!...espanhois.


Relativamente aos mais antigos no XCO (não é maratonas...XCO) perdoem-me mas só vejo um com viabilidade de ainda apanhar o comboio, mas tem que pensar que à super genética que tem, à super e brutal atitude em pista, deverá aliar uma super obstinação nos resultados internacionais, vivendo só quase para isso, de nome David Rosa. Depois dele, é só esperar pela nova fornada para ver que pão dá !


abraço, pois percebo que duma forma ou de outra, todos queremos o mesmo... um XCO com atletas que nos representem bem e nos encham de orgulho, sejam nossos filhos nossos amigos ou apenas conhecidos da revista que ganhem lá fora, pois até a ex-rapaziada da BiciPorto nos enche de orglho quando fazem coisas espectaculares nas grandes travessias.

Paulo marinheiro
 

pcbsdusr

New Member
Nem tudo está bem, mas se a nova malta não tiver estatuto de alta competição, ficará a dever ao IDP, e a eles próprios novamente pelas classificações se não forem ou tiverem sido as melhores no último ano, mas a culpa se não obtiverem esse estatuto não será da federação de certeza, pois repito nem tudo está bem, antes pelo contrário, mas neste aspecto fizeram o máximo que poderiam fazer que era propor alguns desta nova geração ao estatuto de alta competição. Agora compete ao IDP aceitar ou não essas propostas, e o principal factor de decisão, serão os resultados nacionais, internacionais principalmente, e projecto de futuro a curto prazo, no que essencialmente os atletas se disponham a fazer e que resultados desportivos esperam desses projectos. Quem já preencheu uma proposta de alta competição, teve que perceber que tudo o que digo em posts anteriores se reflete nessa proposta, onde só o que conta (correctamente pois é de desporto de alta competição que falamos) são... resultados... passados e para a época que se pretende esse estatuto. Tudo se resume a resultados desportivos, e esses, que abrirão as portas, só se conseguem com muito espirito de sacrificio, próprio dos grandes campeões.

Está a ver portanto o que eu quis dizer com a referência ao Euro2004. Havia nessa altura um grupo de atletas elegíveis para o estatuto mas... Tínhamos de ajudar o futebol... Isto foi no tempo em que as Selecções levavam um(a) massagista para as internacionalizações e estágios (como qualquer equipa minimamente profissional faz)


Porventura a culpa não está com certeza só no esforço e dedicação dos atletas, mas aponto essencialmente para aí, pois muito pessoal tem tido oportunidades de correr taças do mundo, opens de Espanha, mundiais, europeus, ao longo da história do btt nacional, e penso até, que esta última geração chamada de Ouro, quando foi aos mundiais e europeus, já tinha muito ritmo internacional nas pernas pela selecção pois vi na Bike, muitas saídas ao open e por aí fora, mas o que se vê no ultimo mundial desta geração na bike comentando a prestação dos nossos craques em Livigno é desmotivante para qualquer presidente de federação, e escrito na revista do nosso desporto. Um não estava em forma, outro não se adaptou, outro não teve ritmo, outro que estourou...etc, e todos ficaram em 70º e mais, e isto foi no tempo do Hortelão onde esta malta teve condições minimamente boas, onde andavam equipas fantásticas como a Baeta-Bianchi, e motivação em alta...

Exacto, na mesma altura em que passámos a poupar o dinheiro gasto com o massagista e passámos a comprar sal para que os atletas tomassem uns banhos de emersão após os treinos. para relaxar as pernas... também passámos de ter um Seleccionador que era na altura uma das pessoas com mais conhecimentos sobre medicina desportiva para outro "Rosto da UVP-FPC para o Btt".


hoje é mais dificil um puto ter essas mesmas condições, sofrendo um pouco a herança dessa geração de Ouro, que muito prometeu, boas condições teve e nada fez lá fora.

Aí está uma prova de que algo não está bem com a Federação. Perde-se um jogo e desiste-se do campeonato?


Não sou advogado de defesa da federação, talvez até tenha sido quem menos medo teve de arriscando o futuro do puto por lá, apontar oficialmente e duramente o dedo à federação aquando de situações de segurança nas provas, achando até que eles deveriam fazer muito mais... apenas gostava que a malta primeiro mostrasse e depois pedisse.

Sendo a FPC o organismo que gere o BTT, é a Federação que tem de criar condições para o crescimento da modalidade na área competitiva, não o contrário. Quando um qualquer responsável da FPC diz oficialmente que têm de ser os atletas a mostrar resultados só pode ser incompetente, ou hipócrita.


Renato Flórido, você é um mito deste desporto (falar de Renato Flórido é quase como falar de Martinez, Bart, Frishnett), e agradeço a força ao puto, que eu vou ajudar a fazê-lo feliz e perseguir o seu sonho de querer ter a "moça" da paixão, não se casando com a mais certa, mas casando por paixão, arriscando para isso ficar solteiro por alguns anos... mas ele acha que só se vive uma vez, eu acho o mesmo, e esta vez não deve ser desperdiçada, não correndo atrás do que o fará ser feliz, para correr atrás do que lhe dará garantias de vida (se é que issso existe nos dias de hoje).

Obrigado pela consideração. Na verdade se virmos as coisas como são eu não cheguei a fazer nada. Fiz muitos amigos e isso valeu a pena, vale sempre. Vejo em si e no seu filho a vontade de fazer e a paixão que eu e o meu pai, tínhamos naquela altura. Isso é excelente. Espero que não veja nas minhas palavras um desafio ao vosso sonho e aos vossos objectivos mas sim (e é esta a minha visão) um aviso que também a mim me foi feito e que no final constatei ser acertado. Ainda acredito em muita coisa e é verdade que só se vive uma vez mas não é prudente basear o vosso sonho num organismo que nada tem de estável ou coerente. Mas vocês não necessitam de nenhuma selecção para correr fora ou necessitam... :wink: Olhar para a geral é só o primeiro passo.

Um abraço aos "resistentes"

Renato Flórido
 

jmenau

Member
Para começar mando um grande abraço ao Renato Flórido.

Lembram-se quem foi em 2004 a Atenas na vez de um "Tuga"?
O sortudo que viveu o sonho olímpico (castrado a um português) foi o nosso "irmão" Edvandro Souza Cruz, atleta brasileiro.



Comentários na imprensa brasileira na altura:

"17/08/2004 - 10h19
Brasil pode ganhar vaga no mountain bike masculino em Atenas
Leopoldo Godoy
Em São Paulo

A delegação brasileira pode ganhar mais um integrante. A UCI (União Internacional de Ciclismo) e o COB deram sinal verde para que o ciclista Edvando Cruz participe da prova de mountain bike, informou nesta quarta-feira a CBC (Confederação Brasileira de Ciclismo)

De acordo com o vice-presidente da CBC, José Luiz Vasconcellos, ainda há uma última barreira para que Cruz, medalha de prata no Pan-Americano de Santo Domingo-2003, seja confirmado nos Jogos Olímpicos. O comitê organizador local ainda não emitiu decisão sobre o pedido tardio de inscrição do brasileiro.

"Lutamos por esta vaga há um bom tempo", afirmou Vasconcellos em entrevista ao UOL. De acordo com o dirigente, Edvando Cruz foi penalizado no Campeonato Pan-Americano, disputado na Colômbia, e acabou fora dos Jogos injustamente.

"Com a história do Cruz como atleta de alta performance, conseguimos convencer a UCI a disponibilizar uma vaga para ele", completou Vasconcellos. A entidade internacional do ciclismo liberou a inscrição do brasileiro nesta quarta-feira, aumentando a chances de Cruz participar dos Jogos. O COB, disse Vasconcellos, também está de acordo com a decisão.

Segundo o dirigente, Edvando Cruz está treinando no Brasil e manteve o ritmo de preparação mesmo sem ter garantido vaga nas Olimpíadas. "Ele está sabendo que estamos brigando por isso", disse.

Cruz pode ser o segundo brasileiro a "herdar" uma vaga nas Olimpíadas. No tênis, beneficiado por uma desistência, o Brasil ganhou o direito de jogar a chave de duplas masculina. André Sá foi convocado para jogar ao lado de Flávio Saretta."






"(...)E é com esse espírito olímpico que mostraremos os nossos dois atletas do Mountain Bike: Edvando Cruz e Jaqueline Mourão; em especial. Todos irão pedalar forte em Atenas para conseguir medalha (...)

O Brasil não teve nenhum atleta classificado ou com o índice para os Jogos de Atenas. Em cima da hora a UCI (União Internacional de Ciclismo) liberou uma vaga no MTB masculino para Portugal. Como a FPC (Federação Portuguesa de Ciclismo) preferiu não deslocar nenhum atleta ao XC olímpico, a UCI decidiu atribuir a vaga a um atleta brasileiro.

Sendo assim a CBC (Confederação Brasileira de Ciclismo) convocou às pressas Edvando Souza Cruz, da Equipe Extra Caloi. Mesmo nas férias, Edvando manteve seus treinamentos em dia. Em forma, ele quer fazer bonito em Atenas.

Edvando é o atual campeão brasileiro de Cross Country (XC) realizado na cidade de São Bernardo do Campo em julho, e campeão de Marathon na cidade de Colombo em maio deste ano. Vamos torcer pelo nosso atleta."

in http://www.pedal.com.br/exibe_texto.asp?id=295





" (...)”Depois que passou a ser olímpico, deslanchou. Era o que faltava. A mountain bike está passando por uma evolução muito grande, tanto em termos de atleta quanto de organização. O nível técnico também está crescendo. Com o interesse dos organizadores, a tendência é o esporte evoluir ainda mais”, afirmou.

A atleta, porém, acredita que não foi apenas a inclusão do mountain bike nas Olimpíadas que contribuiu para o crescimento do esporte. Gramiscelli defende que a propagação de bicicletas entre a população em geral é um dos fatores que contribuiu para o ciclismo.(...)"

ESCruz em 25/05/2005.





Excerto de entevista a ESCruz:
"Bikemagazine: Você representou o Brasil nos Jogos de Atenas e esteve ao lado dos maiores pilotos do mundo de MTB. O que falta para atletas brasileiros superarem a grande diferença de nível de performance em relação os estrangeiros como Absalon, Hermida, Paulissen etc?

Edivando: Bom vou colocar alguns pontos que pude observar correndo fora.
1° - Pedalar na Europa não é como no Brasil, desde cedo você pode colocar seu filho numa escola de ciclismo e ter tranqüilidade, pois a bike é respeitada, as estradas são ótimas, as montanhas são altas e se o cara quer ir para um lugar e ficar a 3.500m de altitude, ele tem varias opções e dinheiro não é o problema.
2° - Lá fora, quando se começa a definir ser um atleta, ele já vem numa formação certa. Ele logo é encaminhado para um treinamento correto, e aqui no Brasil, às vezes, se pedala anos e anos e muitos não estão treinando corretamente. Às vezes esses atletas estão seguindo a planilha de alguém, mas não buscando algo que seja especifico para ele.
3° - Como o investimento é maior, existem mais atletas de ponta com as mesmas condições, estrutura de equipe, médicos, nutrição, e com isso se forma um grande pelotão, onde muitos são favoritos e isso aumenta o ritmo de prova. Já corri lá fora e sei que largar com 150 europeus é muito diferente do que largar com 15 brasileiros. Aqui se você aliviar o ritmo perde duas ou três posições, lá perde-se umas 20 ou 30.

Conclusão: para andar como eles é só estando lá junto com eles, em competições, em estágios de treinamento... Por outro lado, já temos muitas coisas aqui no Brasil, como nutricionistas, médicos e treinadores."

Entrevista na íntegra: :arrow: http://www.bikemagazine.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=863&Itemid=60





Acho que os brasileiros se orgulharam da presença deste atleta em Atenas... para mal dos nossos pecados!
UVP-FPC, para que serves?




Classificação XCO 2004:

1. Julien Absalon (FRA) - 2h15min02
2. José Antonio Hermida (ESP) - 2h16min02
3. Bart Brentjens (HOL) - 2h17min05
4. Roel Paulissen (BEL) - 2h18min10
5. Liam Killeen (GBR) - 2h18min32
6. Ralph Naef (SUI) - 2h19min15
7. Thomas Frischknecht (SUI) - 2h19min39
8. Manuel Fumic (ALE) - 2h20min29
9. Seamus McGrath (CAN) - 2h20min33
10. Marco Bui (ITA) - 2h20min45
11. Jean-Christophe Peraud (FRA) - 2h20min59
12. Fredrik Kessiakoff (SUE) - 2h21min23
13. Bas Peters (HOL) - 2h21min44
14. Marek Galinski (POL) - 2h22min14
15. Christoph Soukup (AUT) - 2h22min50
16. Ivan Alvarez (ESP) - 2h23min08
17. Oliver Beckingsale (GBR) - 2h23min15
18. Peter Riis Andersen (DIN) - 2h24min03
19. Todd Wells (EUA) - 2h24min37
20. Carsten Bresser (ALE) - 2h25min09
21. Jeremy Horgan-Kobelski (EUA) - 2h25min28
22. Radim Korinek (TCH) - 2h25min28
23. Sid Taberlay (AUS) - 2h26min16
24. Marcin Karczynski (POL) - 2h26min41
25. Thijs Al (HOL) - 2h27min13
26. José Adrian Bonilla Bonilla (COS) - 2h27min13
27. Iuriy Trofimov (RUS) - 2h27min46
28. Kashi Leuchs (NZL) - 2h28min20
29. Mannie Heymans (NAM) - 2h28min28
30. Robin Seymour (IRL) - 2h28min32
31. Joshua Fleming (AUS) - 2h29min54
32. Michael Weiss (AUT) - 2h30min14
33. Edvandro Souza Cruz (BRA) - 2h30min35
34. Lubos Kondis (SVK) - 2h31min15
35. Yader Zoli (ITA) - 2h31min39
36. Sergiy Rysenko (UCR) - 2h33min10
37. Christian Poulsen (DIN) - 1 volta atrás
38. Cristóbal Silva (CHI) - 1 volta atrás
39. Sigvard Kukk (EST) - 2 voltas atrás
40. Zsolt Vinczeffy (HUN) - 2 voltas atrás
41. Yongbiao Zhu (CHN) - 2 voltas atrás
42. Emmanouil Kotoulas (GRE) - 3 voltas atrás
43. Carlos Franco Gennero (ARG) - 3 voltas atrás
** Miguel Martinez (FRA)
** Ovidiu Tudor Oprea (ROM)
** Kenji Takeya (JAP)
** Jaroslav Kulhavy (TCH)
** Lado Fumic (ALE)
** Christoph Sauser (SUI)
** Ryder Hesjedal (CAN)
** não terminaram a prova
 
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