Bem podes dizê-lo!!! :?
Eu embora não tenha participado oficialmente, apareci pela Arrábida este Domingo (como qq outro),
supostamente para me encontrar com alguns membros deste forúm, que se cortaram por ver
duas pingas de chuva, não foi, Sr. Administrador???? :evil: :evil: :evil: (olha o ar sarcástico)
Conforme combinado lá estava eu mais dois companheiros, (DAQUELES QUE NÃO SE CORTAM),
em Azeitão ás 08:45h a morrer de frio, depois da valente molha que apanhei desde casa.
Depois da subida em alcatrão até ao alto das necessidades, em que eu não consegui aquecer,
por mais que pedalasse, lá começou a maratona a sério.
Aqui começaram logo as surpresas, tendo a organização surpreendido todos os que costumam
andar por estes lados, com alternativas aos percursos mais habituais.
Foi este caso, ao "mandarem" os participantes para a encosta norte da Serra de S. Francisco
(a seguir ás Necessidades) e ai continuarem até ao inicio da famosa descida mais conhecida
pelo Cai-de-Costas, nome que obviamente herdou da sua forte inclinação que se sente a subir, não a descer.
Embora os caminhos fossem quase todos conhecidos, é sempre uma surpresa fazê-los
de uma forma contrária ao habitual. Neste aspecto, a organização está de parabéns.
Após chegar a Palmela (ou quase), eis que surge o famoso trilho dos Moinhos, desta vez feito
no sentido Palmela-Azeitão, tudo normal até aqui, não fosse a "terrível" ideia de mandar toda
a gente pela descida das vacas abaixo. Claro que ao chegar ao Vale de Barris,
quase toda a gente tinha que parar para voltar a por as rodas da sua bike a rodar, deixando
metade do trilho cá em baixo, no chão, depois de tirar as postas de lama com 1,5 kg
que trouxe agarrado.
Lá seguiram todos em frente, pelo estradão até virar à esquerda para terras de Alcube,
descendo o estradão que termina antes da estrada velha para as Necessidades.
Outra surpresa, virar a esq. e começar a subir para os lados de S. Luis, para depois
descer pelos trilhos mais enlameados que, em dez anos de btt, eu alguma vez vi.
A chuva da noite anterior, deixou os caminhos, recentemente limpos e com o barro todo
à superficie, impraticáveis.
A tal ponto que para descer era preciso pedalar (boa tentativa Marco).
Depois de descer (muitos à mão), e voltar a subir, (à mão claro), até à Qta. do Rego d'água,
onde alguns decidiram meter as suas montadas no banho, num tanque ali existente,
penso que foi por esta altura que apareceu o primeiro abastecimento, onde já se encontravam
algumas máquinas à espera do carro vassoura, dando ali, por terminada a sua participação.
Por certo muitos se seguiram, pois o quantidade de correntes, desviadores, drop-outs e mesmo
quadros partidos era tanta que uma grande parte dos participantes deve ter sido forçada a abandonar.
Após contornar a Serra de S. Luis, a caravana seguiu em direção à N10, pelo estradão que desce da capela,
para depois continuar para a comenda pela estradinha de alcatrão que liga esta, á zona da Comenda.
Quase no final desta estradinha deu-se a separação do pessoal; quem ia fazer os 40 Km,
seguia em frente, quem ainda tinha forças para continuar, virava à direita par subir ao monte de S. Filipe.
Aqui o estúpido, depois de ter estado un 5 minutos na separação apensar o que é qu devia
fazer, a ver toda a gente, seguir em frente, achou-se tão Super, que decidiu virar à esq. #-o
(cromo).
Ora que bela subidinha para aqucer. Tudo isto para, depois de chegar aos moinhos de S. Filipe,
descer novamente e ir parar exactamente à mesma estradinha na zona da Comenda, uns 100
mt a seguir ao local da divisão dos Km. Foi nesta altura que comecei a pensar:
"mas eu nem paguei, nem nada, o que é que ando aqui a fazer?"
Bem, a coisa lá seguiu até ao alcatrão da Comenda, para depois virar à direita,
novamente para o mato e começar a subir desalmadamente, ali mesmo ao lado da Cecil.
Após uns bons Kms, lá começamos a descer por entre a área ardida no passado verão,
até ao alcatrão do Vale da Rasca. Houve aqui umas criatividades por parte da organização,
que tornaram a coisa muito interessante. Já meio perdido no espaço, dado o ziguezague, constante
do percurso, dei por mim a passar pela ribeira que passa ali no cruzamento da estrada
alcatroada do Vale da Rasca (estrada que vem da N10 para Picheleiros, em frente ou à dir.
para a Cecil). Ali estava o segundo abastecimento, onde muitos tentavam arranjar energias
para continuar. Seguindo por onde o pessoal dos coletes fluorescentes indicava, lá foram todos
em direção a Picheleiros, mas por pouco tempo pois uns mts à frente vai tudo para a direita,
subir outra vêz em direção à "Portela da Sardinha".
Finda a dita subida, continuou-se pelo estradão até encontrar outra vêz a estrada de
Picheleiros, já na parte a subir em direção á rotunda lá em cima perto da Qta da California.
E foi exactamente aí, passados un 60 km da maratona (80 desde casa, talvêz nem tanto)
que eu decidi fazer o que já devia ter feito há muito tempo.
Apesar da insistência do pessoal que controlava as passangens e indicava o caminho aos
participantes para eu continuar em frente, decidi virar para cima e seguir por estrada até
Azeitão, chegando lá muito depois dos primeiros a completar os 80 Kms (vou-me dedicar
a outro desporto). :shock:
Após uma breve pausa, onde comi umas bolachinhas, uma banana e umas marmeladas,
lá me fiz à estrada em direção ao Barreiro. Não sem antes ter arrebentado com o fecho
do ca#$%@&* do impermeável e ter de seguir com ele aberto, quando soprava um vento
gelado na minha direção (tá tudo contra o Amora).
Escusado será falar na reação das pessoas à minha passagem à medida que me ia aproximando
da civilização. Nem vale a pena tentar perceber porque razão desatavam a rir.
Provávelmente a pensar: "olha aquele cromo cheio de lama até ao c... e ainda se vai a rir o palerma".
Eles que tiveram uma manhã muito mais saudável, e que vestiram o fato de treino
logo cedinho para ir até o centro comercial mais próximo, comprar cigarros.
Conclusão: parabéns à organização pelo traçado do percurso, é claro que eles não podiam
adivinhar que ia chover na noite anterior.
Nota menos positiva e a melhorar em próximas edições (isto para quem assistiu de fora):
Mais controle do trânsito nas estradas. Principalmente no inicio, onde houve pessoas
"entaladas" no meio de um pelotão de bttistas, mais de 20 min e que depois, fartos de estar à
espera, ultrapassaram a alta velocidade, todos os participantes enquanto estes
seguiam pela estrada nacional. Por duas ou três vezes não houve acidente por sorte.
É que quem participa nestes eventos, não está à espera de partilhar o percurso com
veículos motorizados.
Por falar nisso, como é que foi possivel deixarem entrar no percurso moto 4?
Ainda por cima num sinle-track. Mais uma vêz a sorte bateu á porta.
Os abastecimentos pareceram-me fracos, mas como eu não parei em nenhum.... digam de vossa justiça.
E claro, nunca é demais referir; baixem os preços.
Espero que para o ano, mesmo sem aniversário de clubes de futebol (e que nem têm ciclismo)
isto se repita.