Legislativas

SeteGu

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Certo Negoci8er... mas se os outros têm porque nós não pudemos ter (tal como eles criaram e mantiveram). Eu não me quero estar a repetir... mas falando novamente da UMM, a meu ver, foi uma oportunidade desperdiçada... já havia uma estrutura que praticamente desapareceu. Hoje limitam-se a vender meia dúzia de peças...

Segundo a wikipédia sabem porque praticamente desapareceu do mapa?

1992:
Ciente da necessidade de modelos novos, para enfrentar a concorrência e ganhar alguma dimensão no mercado, a UMM inicia o projecto de raiz de dois novos veículos: o Alter III, um SUV que se destinava a rivalizar com o Suzuki Vitara, e um veículo ligeiro que seguia o mesmo conceito do Mini Moke (...).

Para o fazer, a UMM contou com a promessa do governo de Cavaco Silva para financiar os protótipos, através de verbas inscritas no PEDIP (Programa Específico de Desenvolvimento da Indústria Portuguesa), e com encomendas das forças e serviços públicos, de modo a dar início à produção dos novos veículos.

O Alter III seria um jipe moderno, com suspensão independente, com o nível de equipamento em voga (ar condicionado, pintura metalizada, vidros eléctricos, etc.), que em nenhum aspecto perderia para os modelos mais vendidos na altura (...).

O protótipo do UMM Alter III é apresentado ao público na FIL, colhendo uma modesta atenção da imprensa, apesar de com este veículo, o construtor português poder passar a competir de igual forma com as grandes marcas internacionais.

O Estado acaba por negar a transferência das verbas acordadas com a UMM, e começa a suceder-se toda uma série de inspecções oficiais e dificuldades burocráticas, que são levantadas no caminho da UMM.

1993:
As vendas caem para apenas alguns modelos por ano. Num concurso para a aquisição de algumas centenas de novos jipes, a GNR opta, em detrimento do UMM Alter II, pelo mais robusto Nissan Patrol, fabricado em Espanha, na Motor Ibérica, em Barcelona.

1994:
Início da reestruturação da empresa, e fim da produção em série dos veículos.

Enquanto isto quase que aposto que todos (ou quase todos) os anos o estado renovava a frota de carros alemães. :evil:

E como este provavelmente houve mais casos do género... Sinceramente nem tenho palavras para qualificar esta estupidez completa...
 
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Joseelias

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@Negoci8er

Concordo contigo quando dizes que os partidos da esquerda não se querem comprometer efectivamente com uma posição governativa. Pessoalmente acho que deviam de ser dados passos nesse sentido para ganharem credibilidade junto do eleitorado. Mas também é verdade que esta foi a primeira vez que houve disponibilidade efectiva do PS para negociar com os partidos à esquerda. E também temos que ser honestos... Quem no seu perfeito juízo se quer associar a partidos como o PS ou o PSD, sabendo como eles são mais "sensíveis" a interesses pessoais que ao bem do país. Estar com esses partidos no governo é arriscar-se a ficar com uma nódoa que dificilmente sairá. O PS, no caso da esquerda, terá que ter alguém à sua frente acima de qualquer suspeita e depois de ter limpo o partido. Talvez assim possa haver mais comprometimento dos outros partidos. Aconteceu com o Sampaio na Câmara de Lisboa há uns bons anos com excelentes resultados, quando o PS se coligou com a CDU.

Em relação a haver corrupção em todos os partidos isso é verdade. É inevitável que surjam sempre casos em qualquer lado pois a perfeição é coisa que não existe. A diferença é o que os partidos fazem depois de se saber desses casos de corrupção e aí há diferenças entre cada partido. Há quem defenda e mantenha os corruptos dentro do partido e há quem os expulse de imediato. Se estivermos à espera da perfeição então não temos um partido ou país no mundo que possamos apontar como um bom exemplo, quando na verdade sabemos que nem todos os países são iguais nesse aspecto.

A meu ver, a existência de partidos fortes fora dos tradicionais partidos da governação só pode ser benéfica, podendo ser de qualquer ala política, pois obrigará o PS e o PSD a governar com acordos e a não terem carta branca para fazerem tudo o que querem. E esse partidos servirão de fiscais ao partido maior.

O CDS/PP poderia ser um desses casos não fora o Paulo Portas ter assassinado o partido com o golpe de estado que fez ao Manuel Monteiro, que achava honesto, e todos os casos de suspeitas de alta-corrupção dos quais ele se sabe esquivar muito bem. Tal como o Alberto João Jardim ele deve saber de tantos podres de outros que ninguém lhe ousa tocar... Por exemplo sabe-se de facto que ele andou a copiar e a levar milhares de documentos do Ministério da Defesa e nada foi feito. Isto é normal?!

Nos anos 80 perdeu-se possivelmente uma oportunidade de haver uma grande mudança com o surgimento do PRD (Partido Renovador Democrático) que nas primeiras eleições teve quase 20% dos votos e seria de cariz verdadeiramente Social-Democrata e que pareciam ser gente honesta. Tiveram muitos votos de protesto, mas meteram os pés pelas mãos e ruiu com estrondo. Nestas últimas eleições o Marinho Pinto poderia criar um novo partido ao centro, mas também meteu os pés pelas mãos com as suas enormes incongruências e hipocrisias e não deu em nada. E não passamos disto.

@SeteGu

Não é estupidez. É algo bem mais grave e punível criminalmente, mas que pelos vistos não incomoda os portugueses. Quantas vezes ouvimos: "Se estivesse lá fazia o mesmo!"

Em vez de vilões, em Portugal essas pessoas são os heróis!
 
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abelha2

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O problema aqui é só que os Portugueses, tradicionalmente, votam no partido que querem ver a governar. Nesse ponto de vista compreendo que se possam sentir enganados e injustiçados. Mas supostamente lá está... quem escolhe o governo não é o povo. O povo limita-se a escolher os deputados que irão (ou não) posteriormente formar governo.

Para mim o problema é esse e mais nenhum.

Ninguém vai às urnas votar nos deputados, pois em 70% dos casos nem sabem quem são. Ok, oficialmente o que é eleito é a assembleia, mas na prática ninguém decide o seu sentido de voto pelo que o deputado do seu circulo eleitoral vale ou não. Aliás, como em todos os partidos existe a chamada disciplina de voto, os deputados "não servem para nada". Bastava um de cada partido e ponto final.

Por exemplo, para os municípios existem dois boletins separados, um para a assembleia municipal e um para o presidente da camara. Como nunca conheço os candidatos à assembleia, nem as suas propostas, votei sempre em branco.
 
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SeteGu

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O problema é também quando os discursos se alterarem consoante as necessidades:
[video=youtube;SoWK7RGvzJU]https://www.youtube.com/watch?v=SoWK7RGvzJU[/video]
 

SeteGu

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E infelizmente não é o único:
[video=youtube;uaylUA938oE]https://www.youtube.com/watch?v=uaylUA938oE[/video]

E estes são os lideres dos principais partidos em Portugal... :roll:

EDIT:
Pelo menos que fossem coerentes e honestos...
 
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