Olá
Pretendo com este tópico apreciar da forma mais objectiva e coerente que conseguir a minha bike, e dessa forma, apesar de estar extremamente feliz com a minha bike prometo que não vou entrar por elogios desmesurados e tendenciosos. É provável que venham a encontrar algumas gralhas, o que é normal já que não sou nem mecânico, nem um expert nem engenheiro.
A bike que apresento não é de todo a montagem de origem, já que a maior parte do material que a equipa transitou do meu antiguinho quadro rígido. Há uns bons anos, quando comecei a montar a minha anterior montada, as características e material com que me preocupei, iam de acordo com uma tendência generalizada, e o meu próprio gosto. Queria uma bike capaz de fazer bastantes quilómetros, ágil, leve, bonita e resistente, e a opção de optar por componentes desenhados para a vertente competitiva de XCO e XCM foi o tónico, só comedido pelo meu orçamento de estudante universitário. Nos últimos tempos comecei-me a aperceber que a típica bike rígida de XC não é de todo a que oferece o melhor possível para o meu andamento. A competição não entra de todo nos meus planos, e o gosto que tenho de fazer quilómetros, se possíveis os mais divertidos possíveis, acabaram por deturpar o meu enquadramento inicial.
A Montagem
Nos últimos tempos tenho vindo sempre que necessário a fazer uma escolha de componentes mais racionais possíveis e muito da minha bicicleta bebe de montagens de users daqui do fórum, como a do Nuno Prazeres com a SC mais bonita do fórum na minha opinião, a Kona Four do Nozes, e a Kona The King do nosso admnistrador por exemplo. A opção por componentes com o olho virado ao divertimento e à eficácia, e simultaneamente sem comprometer a capacidade de transmitir a velocidade potenciada pelas minhas pernas ou pela gravidade é o resultado do par de décadas de investigação intensa neste ramo de ciclismo, e muitos dos mitos da construção da bicicleta começam a cair em descrédito. Exemplo disso são os pneus finos e os guiadores rectos, que não sendo de todo peças erradas, servem sobretudo fins muito específicos e inapropriados à maioria de nós, ciclistas de fim-de-semana.
Ainda assim, conservo bastantes das propriedades de competição para que o quadro foi desenhado. O Avanço baixo, espigão alto e quase sem recuo, discos reduzidos e relação de transmissão alta, permitem desfrutar de todas as capacidades estudadas pelos engenheiros da Giant, e não me comprometem um bocado na altura de puxar pela bike enquanto rolo a maior velocidade.
O Quadro
Este quadro já conta com alguns anos de presença nos catálogos da giant, tendo sido a proposta sugerida pela descontinuação do mítico e mui sensual Giant NRS. Li durante algum tempo que este era o seguimento tecnológico do sistema NRS, mas na minha opinião o sistema de suspensão deste quadro, o MAESTRO, foi a introdução de uma tendência cada vez mais vincada nos sistemas de suspensão traseiras nas marcas de bicicletas. Este sistema é composto por dois blocos triangulares, flutuando entre si agarrados por dois pivôs em alumínio maquinado e balanceados por um amortecedor FOX RP2, com disponibilidade de função Propedal.
A Giant aplicou toda a tecnologia de ponta na construção de estruturas em alumínio, sendo a versão X1 de 2009 a emancipação do Anthem, com o aumento de meia polegada ao curso disponível, e a fixação do amortecedor a passar do meio do tubo diagonal, para o encontro mais próximo possível entre tubo diagonal e movimento pedaleira. Esta movimentação permitiu a adição saudável de curso traseiro, e a aproximação de um factor basculante vital ao centro de gravidade da bicicleta. Na minha opinião, uma decisão bastante inteligente. Esta fixação deixa de ser proporcionada pela anterior armação pitoresca de quatro mini-braços, para uma fantástica casa de acolhimento do amortecedor, maquinada e estruturada no próprio tubo diagonal. A maquinação do alumínio atingiu capacidades brilhantes e a Giant utiliza da melhor forma essas mesmas capacidades. As soluções encontradas normalmente para bicicletas de curso superior, como é o caso da Reign, são transpostas superiormente para um quadro de XC, e convencem qualquer céptico. Esta solução não prejudicou o peso do quadro como é normalmente argumentado, e a prová-lo está o peso record em quadros de alumínio de 2440 gramas sensivelmente, para o tamanho M. O desenho do quadro, foi projectado como é normal na tecnologia de tubos hidroformados, para a maximização da resistência da estrutura e a redução do peso, e a Giant utilizou-a mesmo da melhor forma.
A caixa de direcção é imponente e graciosa, um bloco cilíndrico agarrado a dois tubos por soldas perfeitas e sem vergonha de se mostrar. O tubo superior sem vincar uma forma curvilínea decresce em volume à medida que se aproxima do tubo do selim, numa inclinação negativa vincada. O perfil do tubo começa com uma aproximação a um triângulo não equidistante mas arredondado, acabando num paralelepípedo chato. Esta configuração permite um standover baixíssimo que se transmite num ganho real de capacidade em trilhos técnicos e curtos. Este desenho é uma imagem de marca deste modelo e revela-se como um das características pela qual este quadro há-de ser lembrado. Aquele típico pormenor que associamos directamente a um artigo em específico.
O tubo diagonal por sua vez começa junta à testa na forma de um quadrado volumoso e imponente, transparecendo uma ideia de capacidade e robustez na hora de resistir às torções provocadas pelos trilhos mais agressivos. Ao contrário do tubo superior, este não perde em volume à medida que se aproxima do tubo vertical, mas flui linearmente ao longo do seu comprimento, só interrompido pelo alojamento do amortecedor.
PS: esta é a primeira parte da análise que pretendo publicar aqui no fórum. Este tipo de coisas ainda demora algum tempo e o meu momento não é o mais afortunado nesse sentido! Vou mantendo actualizado.
Até lá, boas voltas!
Cumprimento
Pretendo com este tópico apreciar da forma mais objectiva e coerente que conseguir a minha bike, e dessa forma, apesar de estar extremamente feliz com a minha bike prometo que não vou entrar por elogios desmesurados e tendenciosos. É provável que venham a encontrar algumas gralhas, o que é normal já que não sou nem mecânico, nem um expert nem engenheiro.
A bike que apresento não é de todo a montagem de origem, já que a maior parte do material que a equipa transitou do meu antiguinho quadro rígido. Há uns bons anos, quando comecei a montar a minha anterior montada, as características e material com que me preocupei, iam de acordo com uma tendência generalizada, e o meu próprio gosto. Queria uma bike capaz de fazer bastantes quilómetros, ágil, leve, bonita e resistente, e a opção de optar por componentes desenhados para a vertente competitiva de XCO e XCM foi o tónico, só comedido pelo meu orçamento de estudante universitário. Nos últimos tempos comecei-me a aperceber que a típica bike rígida de XC não é de todo a que oferece o melhor possível para o meu andamento. A competição não entra de todo nos meus planos, e o gosto que tenho de fazer quilómetros, se possíveis os mais divertidos possíveis, acabaram por deturpar o meu enquadramento inicial.
A Montagem
Nos últimos tempos tenho vindo sempre que necessário a fazer uma escolha de componentes mais racionais possíveis e muito da minha bicicleta bebe de montagens de users daqui do fórum, como a do Nuno Prazeres com a SC mais bonita do fórum na minha opinião, a Kona Four do Nozes, e a Kona The King do nosso admnistrador por exemplo. A opção por componentes com o olho virado ao divertimento e à eficácia, e simultaneamente sem comprometer a capacidade de transmitir a velocidade potenciada pelas minhas pernas ou pela gravidade é o resultado do par de décadas de investigação intensa neste ramo de ciclismo, e muitos dos mitos da construção da bicicleta começam a cair em descrédito. Exemplo disso são os pneus finos e os guiadores rectos, que não sendo de todo peças erradas, servem sobretudo fins muito específicos e inapropriados à maioria de nós, ciclistas de fim-de-semana.
Ainda assim, conservo bastantes das propriedades de competição para que o quadro foi desenhado. O Avanço baixo, espigão alto e quase sem recuo, discos reduzidos e relação de transmissão alta, permitem desfrutar de todas as capacidades estudadas pelos engenheiros da Giant, e não me comprometem um bocado na altura de puxar pela bike enquanto rolo a maior velocidade.
O Quadro
Este quadro já conta com alguns anos de presença nos catálogos da giant, tendo sido a proposta sugerida pela descontinuação do mítico e mui sensual Giant NRS. Li durante algum tempo que este era o seguimento tecnológico do sistema NRS, mas na minha opinião o sistema de suspensão deste quadro, o MAESTRO, foi a introdução de uma tendência cada vez mais vincada nos sistemas de suspensão traseiras nas marcas de bicicletas. Este sistema é composto por dois blocos triangulares, flutuando entre si agarrados por dois pivôs em alumínio maquinado e balanceados por um amortecedor FOX RP2, com disponibilidade de função Propedal.
A Giant aplicou toda a tecnologia de ponta na construção de estruturas em alumínio, sendo a versão X1 de 2009 a emancipação do Anthem, com o aumento de meia polegada ao curso disponível, e a fixação do amortecedor a passar do meio do tubo diagonal, para o encontro mais próximo possível entre tubo diagonal e movimento pedaleira. Esta movimentação permitiu a adição saudável de curso traseiro, e a aproximação de um factor basculante vital ao centro de gravidade da bicicleta. Na minha opinião, uma decisão bastante inteligente. Esta fixação deixa de ser proporcionada pela anterior armação pitoresca de quatro mini-braços, para uma fantástica casa de acolhimento do amortecedor, maquinada e estruturada no próprio tubo diagonal. A maquinação do alumínio atingiu capacidades brilhantes e a Giant utiliza da melhor forma essas mesmas capacidades. As soluções encontradas normalmente para bicicletas de curso superior, como é o caso da Reign, são transpostas superiormente para um quadro de XC, e convencem qualquer céptico. Esta solução não prejudicou o peso do quadro como é normalmente argumentado, e a prová-lo está o peso record em quadros de alumínio de 2440 gramas sensivelmente, para o tamanho M. O desenho do quadro, foi projectado como é normal na tecnologia de tubos hidroformados, para a maximização da resistência da estrutura e a redução do peso, e a Giant utilizou-a mesmo da melhor forma.
A caixa de direcção é imponente e graciosa, um bloco cilíndrico agarrado a dois tubos por soldas perfeitas e sem vergonha de se mostrar. O tubo superior sem vincar uma forma curvilínea decresce em volume à medida que se aproxima do tubo do selim, numa inclinação negativa vincada. O perfil do tubo começa com uma aproximação a um triângulo não equidistante mas arredondado, acabando num paralelepípedo chato. Esta configuração permite um standover baixíssimo que se transmite num ganho real de capacidade em trilhos técnicos e curtos. Este desenho é uma imagem de marca deste modelo e revela-se como um das características pela qual este quadro há-de ser lembrado. Aquele típico pormenor que associamos directamente a um artigo em específico.
O tubo diagonal por sua vez começa junta à testa na forma de um quadrado volumoso e imponente, transparecendo uma ideia de capacidade e robustez na hora de resistir às torções provocadas pelos trilhos mais agressivos. Ao contrário do tubo superior, este não perde em volume à medida que se aproxima do tubo vertical, mas flui linearmente ao longo do seu comprimento, só interrompido pelo alojamento do amortecedor.
PS: esta é a primeira parte da análise que pretendo publicar aqui no fórum. Este tipo de coisas ainda demora algum tempo e o meu momento não é o mais afortunado nesse sentido! Vou mantendo actualizado.
Até lá, boas voltas!
Cumprimento
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