[Foto-Report] dos passeios semanais pelas Rotas do Ouro - Jales (V.P.Aguiar)

Sérgio Favaios

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Boas!
Os relatos semanais que até então vinhamos colocando aqui no Forum, estavam colocados nos rescaldos de eventos em:
http://www.forumbtt.net/index.php/topic,13685.0.html

Como aí não era o melhor local para os colocar, por uma questão de organização, abriu-se este tópico para colocar aqui o que se vai passando semanalmente(quando se pedala) pelas Rotas do Ouro.



20 de Dezembro de 2009 – 9 horas

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Cristais de gelo

Temperatura: -6ºC
Participantes: 4
Idas ao solo: 3
Tatuagens: 1
Kms: nem sei bem, as pilhas com as baixas temperaturas…


Eis-nos para mais um dia de Btt, não que fosse muito propício devido às baixas temperaturas (6 graus negativos) mas “o bichinho” é mais forte que tudo!
Desta vez juntaram-se mais dois valentes ao grupo, o Manuel e o Adriano, perfeitos conhecedores dos trilhos da zona.
Proporcionámos-lhes algumas coisas novas. Afinal são inúmeros os kms nestes trilhos e há sempre qualquer coisa nova para descobrir ou ver.

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Antes de sairmos para mais uma manhã a pedalar, auguravam-se algumas dificuldades devido à enorme quantidade de geada que se formou durante a noite, em alguns sítios parecia mais uma nevada que uma geada, para não falar nas enormes “pistas de gelo” que fomos encontrando durante o percurso.

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Saímos para sul e fomos mostrar aos amigos que nos acompanharam, as poldras do Rio Pinhão que havíamos descoberto há uns dias. Nos primeiros metros de trilho, deu logo para ver que a atenção e concentração deveriam ser redobradas, coisa que se tornaria ainda mais difícil quando começaram a aparecer as zonas de maior humidade. Num destes locais o Zé decidiu, segundo o Adriano, afinar o rebound da suspensão do Manel. Resultado: primeira ida ao solo com consequente tatuagem do joelho direito…os travões recentemente estreados afinal travaram mesmo…seria??? Hum…o certo é que ao passar num hipotético charco de água, a roda da frente resvalou muito rápido no gelo e pode-se confirmar que o tecido de que eram feitas as calças era mesmo bom, até tinha uma camada intermédia para o proteger do frio, até aquele momento, a partir dali, por aquele local entrou algum do frio que se fazia sentir para atenuar a dor, o frio funcionou como analgésico …agora, procura-se uma qualquer coisa que fique bem ali…

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Entretanto, a caminho do rio, ninguém esperou pelo repórter de imagem que ficara a fazer uns registos do “local do crime”. Quando cheguei junto deles, não havia muito diálogo, pensei para mim; vão mesmo concentrados…entretanto surgem umas perguntas e comprovei que as palavras saíam muito devagar, comparando com o meu maxilar inferior, vi logo que a queixada ia congelada. O Adriano, a cada passo descia da bicicleta e teimava em caminhar com ela, não com receio das escorregadelas porque ainda não tinha chegado a sua hora de ir ao solo, mas porque levava os pés frios e não os sentia, não fosse ele enjoar de caminhar ao lado da bike, lá voltava à montada.

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Depois de passar o rio seguindo a margem do mesmo onde escorria muita água(gelada) eis a parte mais complicada a meu ver. Por momentos pedalava-se em autênticos tapetes de gelo. Fiquei para trás a fazer uns registos quando ouço o Manel perguntar: “magoaste-te?” mas não olhei porque se o fizesse, também corria o risco de me magoar… :twisted:

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Depois de acabar o trilho na marginal do Pinhão, virámos à direita em direcção à Barrela. O Zé, porque já tinha ganho a primeira medalha do dia, só tinha era que ir na frente e mostrar o seu verdadeiro valor, afinal, quem é condecorado com medalhas tatuadas tem de mostrar serviço…

A subida começou dura e a meio, a técnica veio ao de cima…o Zé, que havia desmontado incitava-me para ver se eu não desmontava. Na minha roda vinha o Manel que, por sua vez, trazia na sua o último azarado. Mal passo pelo Zé ouço novamente: “magoaste-te?”Hum…uma vez que não podia olhar para trás sob pena de cair, pensei se essa palavra repetida num espaço tão curto de tempo seria algum código que eles teriam combinado para uma qualquer situação, ou então para me fazerem distrair e provar o gelo….Hum…pensei mais um a ida o solo…

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Já no trilho romano a caminho de Vreia, fiquei novamente para trás porque o Adriano não vinha, parei e vi-o a uns 200 metros do local onde me encontrava, estava a desligar a tracção que trazia engrenada desde o inicio do passeio, para dali à próxima localidade ninguém o ouvir e poder fazer uma “subida higiénica”, afinal os cursos de água gelada aparentemente tinham acabado. Lamentava-se…:”se sabia tinha trazido a outra biciclete” é que a “outra” já conhecia melhor a zona e não necessitava tantas vezes de engrenar a tracção… :mrgreen:

Já em Cidadelha, parámos e decidimos comer algo. O Manel teimava em puxar a água mas o tubo estava gelado…enfim, muito frio mesmo!!!

Depois de nos deliciarmos nos sigle-tracks dessa localidade rumámos a uma zona mais baixa, pensando que estaria mais quente e lá fomos até um afluente do Rio Tinhela. A descida teve de ser feita nos trilhos de alguns automóveis que passaram por ali no dia anterior, se saíssemos desses trilhos estaríamos sujeitos a cair, tal era a dureza dos anteditos trilhos….continuava tudo gelado…

Já no rio, deparámo-nos com uma zona completamente gelada…

O Adriano fazia exercício físico para aquecer os pés…o o tempo ainda deu para tirar a respectiva foto de família.

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Já no Rio Tinhela, a montante do local onde tirámos a foto do grupo, atravessamos a ponte romana e passámos num local mítico para “Os Garimpeiros” (Indy, Plus e Lobo Solitário) o célebre parque infantil no meio do nada…

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Depois de chegados ao ponto de partida nada melhor que um chá quentinho e um chocolatinho para repor os níveis de energia no organismo.

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Estas e outras fotos, bem como outros relatos, podem ser vistos aqui: http://jalesbtt.no.sapo.pt/
Boas pedaladas e Boas Festas!!!
:cheers:
 
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Sérgio Favaios

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lobo solitario said:
Quanto tempo leva isso aí a descongelar?????

É que quero que a minha quadriga tenha tracção quando lá fôr testar esses velhos caminhos.

Boas!
Mesmo com gelo há tracção...mas na altura de testar estes velhos caminhos, o gelo já deve ter derretido.
Neste momento, o que abunda é a água em vez do gelo.

Abraço!
 

Sérgio Favaios

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9 de Janeiro

Os quatro suspeitos do costume…
Destino: Fazer o assalto ao depósito de gelados e rajás, algures nas proximidades da localidade dos Vales.

Não que costume ser hábito mas, devido às previsões de neve para o dia seguinte(domingo) acima dos 400 metros, era de aproveitar a tarde para pedalar pela primeira vez neste novo ano.
A saída de casa tornou-se algo atribulada e, só após duas tentativas de saída é que finalmente partimos em direcção a Alfarela de Jales. Já nesta segunda tentativa e após ter feito uns 500 metros dei conta que ia muito leve e algo faltava…a mochila do costume e a máquina fotográfica. O Zé(assaltante 1), o Manel(degustador de gelados) e Adriano(assaltante2), não foram na conversa e decidiram pedalar mais devagar, sendo a minha missão resgatar o que me faltava para fazer o registo das ocorrências da aventura.
Combinámos que eu seguiria pela estrada nacional 212 até Alfarela de Jales, em vez de fazer o trilho por terra e aí esperava por eles junto a um caminho que tomaríamos em direcção a Cortinhas. Entretanto, a espera estava-se a tornar demasiado longa e, um vento muito frio vindo de norte, obrigou-me a resguardar-me do mesmo por detrás de uma parede. Diz-se por estas bandas que “de Espanha nem bons ventos nem bons casamentos…”.
Um agricultor daquela localidade via-me ali com a bicicleta encostada à parede e sem mais nem porquê decidiu aproximar-se e fazer-me companhia dizendo: “Hoje pode-se bem com o suor…!” Conversa aqui, conversa dali, eis que chegam eles munidos de gorros e preparados para o assalto.
A descida para Cortinhas tornou-se algo perigosa devido à muita água gelada e lama no mesmo estado. Todo o cuidado era pouco. As tatuagens da volta anterior foram lembradas em alguns momentos…depois de passar a localidade de Cortinhas fez-se uma ascensão muito rápida e silenciosa até às proximidades da localidade de Vilares(Murça).
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Todos receavam que chegados ao local esperado, os gelados tivessem derretido…só na descida é que vimos que afinal eles deviam estar em condições, pois, ainda existiam réstias de neve do último nevão.
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A descida fez-se com cautela e com muita concentração até ao Rio Tinhela onde recentemente foi construída uma mini hídrica.
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Sabia-se que era nas proximidades dessa barragem que existia o tal famigerado depósitos de gelados. Depois de uma incursão pelas encostas do rio, o Zé rapidamente encontrou o primeiro.
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Chegado ao lado do Adriano(assaltante2) este questionou-o se isso seria esmo um gelado ou uma arma transparente…rapidamente se apercebeu que dava para saciar a sede…afinal era um rajá!!!
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O Manel, tendo a missão para a qual foi recrutado começou por degustar um rico em fibra e potássio, concluído que o material de que era revestido era biodegradável. Entretanto, como se esse não bastasse, foi necessário recorrer a um outro rico em vitamina C …”nunca comi uma laranja tão gelada...!”

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Todo este alimento era imprescindível para a subida à localidade de Vales e, de barriguinha cheia aí fomos nós.
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O destino era a localidade de Granja de Jales e segundo o Google Earth, teríamos uma nova rota par descobrir. Já à saída dos Vales tivemos que abandonar o caminho principal e virar à direita num trilho que aparentemente não tinha saída…afinal tínhamos visto mal…era necessário atravessar um regato de água que corria com alguma abundância e depois de procurar o melhor sítio para ao fazer, o homem mais bem nutrido na barragem dos Vales descobre a solução, afinal era ali mesmo ao lado.
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A caminho da Granja discutia-se a vantagem e desvantagem de fazer reciclagem de materiais de outras bicicletas. Deu para comprovar que, ou por questão pessoal, ou meramente técnica, o resguardo da lama de Adriano apontava para a esquerda…hum…devem ter sido as giestas que o desviaram antes da descida para o rio…ou então, pensei, seria uma forma de controlar melhor o equilíbrio devido à deslocação de ar…???
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Depois de passar a localidade de Granja seguimos o trilho que nos levaria até Tresminas. Era necessário regressar a casa porque a tarde acabava rápido, embora fossemos munidos de luzes. Chegados a Tresminas, resolvemos tirar uma foto em frente ao Centro Interpretativo do Complexo Mineiro e Romano de Tresminas, com o Sr. Presidente da Junta da localidade a apreciar…lá lhe dissemos que em Abril vão por ali passar uns quantos amantes do pedal num passeio denominado PUF-Rotas do Ouro
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A saída de Tresminas foi duríssima, com inclinações na ordem dos 21%, isto porque resolvemos encurtar o percurso devido ao tempo que ali estivemos à conversa.
Já a descida para Reboredo se tornou rápida mas cautelosa devido ao muito frio que se fazia sentir…cada vez que se abria a boca, sentia-se o mesmo no fundo dos pulmões…!
Entretanto e já de regresso a Campo de Jales, eis que alguém se lembra de recordar as tatuagens e decide-se por uma na canela da perna esquerda o resultado final após apreciação mais pormenorizada e já depois do duche dos costume, dava conta de um segundo joelho ao nível da tíbia/perónio.


Chegados ao final deste passeio, o chá dos costume acompanhado de uns croissants de chocolate para aqueles que menos gelados comeram.

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Entretanto e porque já era noite, a lavagem das bikes ficou para o dia seguinte. De manhã contava-se com um forte nevão mas não havia pinta de neve. Decidi lavar a bike toda enlameada. Mal lhe passei a primeira água, reparei que a temperatura era muito baixa, tudo congelou imediatamente. Ficou a lavagem a meio e à espera de um dia mais quente…

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Estas e outras fotos, bem como outros relatos, podem ser vistos aqui: http://jalesbtt.no.sapo.pt/

 
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Sérgio Favaios

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Convem que se diga o que é, ou melhor, o que foi "este deserto" de" AlJales".

Era um monte com 300.000.000 de metros cúbicos de inertes que sairam das Minas de Jales e foram alvo de uma requalificação (selagem) em 2003, visto conterem substâncias perigosíssimas para as populações, fauna, flora e recursos hídricos.
Este monte de terra, mais fina que a areia da praia, continha vários metais usados no processo de separação dos minerais que saíam da mina (ouro, prata, volfrâmio) como o mercúrio, arsénio, etc etc.
Aqui fica uma imagem de parte deste enorme local antes da requalificação ambiental.

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Boas pedaladas!:wink:

 

Sérgio Favaios

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24 de Janeiro de 2010

Aparentemente, este parecia ser um dia fácil para a prática do BTT…não chovia, o frio não era muito, no entanto, as últimas chuvas fizeram com que o terreno não absorvesse a totalidade da água, resultado, muita lama e andamento pesado…
O destino neste dia era ir fazer umas fotos às escavações nas proximidades do Complexo Romano.
A saída até atravessar o Rio Tinhela em direcção à Filhagosa fez-se bem, no entanto, a descida para o rio tornou-se algo complicada pois, o caminho reparado no verão passado ficou completamente destruído e cheio de pedras. Chegados ao rio, nem se fala…deu para constatar que a força da água foi muita, tal era a enormidade das pedras arrastadas pela mesma.

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Chegados à Filhagosa teríamos de encontrar um caminho que nos levasse às proximidades de Vilarelho, nomeadamente à casa florestal. Já no caminho principal apareceu o primeiro trilho naquela que deveria ser a direcção correcta mas, devido à muita vegetação que a mesma continha, resolvemos seguir mais uns metros e apanhar um outro que aparentemente dava num grande terreno de castanheiros. No cimo deste souto encontramos novamente o trilho que por momentos pensámos ser um corta-fogo, tal era a direcção rectilínea do mesmo. Subia-se de forma lenta e difícil até à estrada por entre pinheiros tombados pelo vento de um dos últimos vendavais.

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Já na casa do guarda, seguimos em direcção a Vilarelho na encosta norte da estrada municipal que dá acesso à aldeia. Trilho fabuloso pela paisagem e pela envolvência.

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Desde o fundo de Vilarelho rumámos até às escavações nas quais idealizámos o trajecto onde passará o PUF n.º 10.

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O destino a seguir era a aldeia de Covas e, já na aldeia onde outrora pensaram que éramos uns assaltantes ou que a queríamos comprar por nos verem a fazer fotos à arquitectura rural, encontrámos um senhor a encher uns baldes de água para levar ao estábulo dos seus animais, onde há uma semana tinha nascido um vitelo. Ali permanecemos uns bons 20 minutos a conversar com ele e a enriquecer o nosso conhecimento histórico destas aldeias e locais, até que o tempo nos chamava a seguir por pena nossa…que bom é ouvir estas pessoas e aprender com elas…!!!

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O objectivo era o regresso a casa, com menos uns Kms porque a satisfação daquela conversa valeu por isso.
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O regresso fez-se por Revel e ao descer para esta localidade ficámos encantados com o pequeno vale que ladeia esta aldeia. A vontade em explorá-lo era imensa há algum tempo e, depois de ultrapassar o regato que naquele dia levava alguma água, o Zé perguntou-me se queria ir ver se existia por lá algum trilho.

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Pensando ele que seria um pedido recusado pois se fosse furo teria de fazer o trajecto inverso sempre a subir, lá fui…a descida ao vale desde a aldeia fez-se muito rápida e chegado lá baixo, o verde imperava!!! Respirava-se uma frescura imensa. Decidimos seguir o vale atravessando uma ou outra parede e passar na extremidade de um ou outro terreno até encontrar o trilho mais à frente. Os animais que por ali pastavam naqueles pastos verdejantes pasmavam-se com a nossa presença por ali a um domingo de manhã na calmaria total.

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Já no trilho principal seguimos em direcção a Cidadelha pois seria necessário efectuar mais um registo fotográfico de um local também interessante para o dia do PUF.

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Já na localidade de Cidadelha encontrámos mais uns singletracks fora do vulgar que nos conduziram ao campo de futebol da localidade por um caminho altamente enlameado.

Como a hora já estava adiantada, resolvemos pedalar em direcção a casa pelo lado de Alfarela pensando que o caminho estaria mais batido e por conseguinte haveria menos lama. Até um determinado momento em que o caminho deixou de ser trilhado. Desde aí até à nacional 212 foi mais um sacrifício.

Um dia difícil para pedalar devido à muita água e lama encontrados, no qual fizemos 27 Kms com 770 metros de acumulado.


 
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Sérgio Favaios

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Tens noção de que com estas crónicas estás a criar grandes expectativas no pessoal, não tens? :D
Expectativas...??? Isto é mesmo assim...!!! É o que é...;)

Por acaso quando passámos neste local lembramo-nos de "uns garimpeiros" que utilizaram este trilho, para passarem por estas bandas um domingo diferente...

Recordas o lugar???
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Abraço e até um dia destes...:D
 

Sérgio Favaios

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30 de Janeiro de 2010


Nos últimos tempos as manhãs têm estado bastante frescas para a prática do BTT, como tal, decidimos pedalar ao sábado à tarde uma vez que já se nota alguma diferença em termos de sol…diz-se por aqui que “Janeiro fora, mais uma hora” e é bem verdade.

Depois de alguns amigos de Vila Real se terem mostrado interessados em pedalar pelos nossos trilhos e, ao mesmo tempo enriquecerem o colorido destes relatos, enviámos sms a marcar hora e local de partida para o passeio na tarde de sábado e mais minuto menos minutos lá foram chegando os amantes do pedal.

Foram seis os que se aventuraram pelas Rotas do Ouro nesta tarde ora com sol, ora encoberta por nuvens altas.

A saída estava prevista para as 14h no entanto, um telefonema tinha dado conta que o Miguel trabalhara até às 13h e só conseguiria chegar por volta das 14.15h. Entretanto, já tinha chegado o Rui Fernandes, o primeiro a chegar, que foi fazendo o devido apronto à sua máquina, logo seguido do Pedro Batista e do Jorge Almeida.

A tarde embora estivesse meia solarenga corria algum vento por coincidência bastante fresco, então, enquanto não chegava o Miguel a malta decidiu fazer um ligeiro aquecimento dando por ali umas voltas e olhando aos pormenores das diferentes montadas, em especial à do Pedro Batista, adquirida recentemente.

O destino a seguir seria uma zona baixa onde não corresse muito vento, pois o mesmo era bastante frio. A saída da localidade fez-se pelo pequeno parque florestal, apanhando de imediato o trilho que nos levou até à localidade de Filhagosa.

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A descida para o rio fez-se com muita cautela devido à muita pedra solta que por ali havia….esperemos que até à data do PUF esse caminho seja arranjado senão, subir aquilo…

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Depois de Filhagosa rumámos em direcção à casa do guarda florestal de Vilarelho, mas, antes de fazermos a terrível “subida dos pinheiros” como o Pedro lhe chamou tentei entregar a máquina fotográfica a que se aventurasse parar neste apetitoso lugar para fazer uns disparos…ninguém a aceitou… como o Pedro tinha ficado parado a retirar o cachecol porque a coisa já vinha quentinha, resolvi esperar por ele e perder o contacto com o pelotão. Ele não vinha e logo pensei que devia ter seguido o trilho mais plano…afinal se virasse à esquerda a coisa ía subir…fui procurá-lo e logo o encontrei pois já tinha reparado que não tínhamos seguido o trilho pela ausência de marcas no solo…lá fomos os dois nas calmas por ali acima até à casa do guarda…mas que transpiradela!!!

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A descida até à parte mais baixa da encosta fez-se a grande velocidade e ouvi umas vozes de alguém em estado aflito…era nem mais nem menos uma senhora com uma junta de vacas das quais uma delas vinha sem rédea. Quando nos viu de frente a senhora ficou extremamente aflita pois a vaca era “rabina” e de facto pudemos confirmar. A mando da senhora encostámos as bicicletas e deixamos que passassem, no entanto, a vaca decidiu pular o muro e fugir do caminho que trazia até ali. A senhora não teve mais nada, atirou-lhe logo com a vara. Sem lhe acertar…”olha agora ficou lá a vara”. Lá tive que a ir retirar de um silvado e afugentar a vaca para que seguisse o caminho correcto…entretanto o fotógrafo de serviço tinha ficado lá no alto a fazer fotografias sem apanhar a grande azáfama no trilho…

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Aqui está a dita cuja a olhar para nós e o Pedro insistia em desafiá-la de braços à cintura...;)
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Dali seguimos até às explorações e visitámos a corta de Covas. Aí colocou-se à prova as vertigens da malta…
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A descida para Covas fez-se por uma trialeira e rapidamente chegámos à aldeia. Aí fomos recebidos por dois habitantes que comentaram que naquele dia éramos muitos…foi quando lhe disse que em Abril seríamos muitos mais. Prontamente um deles disse que colocará um garrafão de vinho à sua porta para quando passássemos lá. O outro foi mais brando e disse que por baixo da capela havia um fontanário com água santa…

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A saída da localidade, havia bastante congestionamento em sentido contrário, era hora de regresso a casa e, eis que o Pedro tenta afagar o mais velhote dos quadrúpedes que ali vinham, comparativamente com a idade humana…tinha este cão, segundo o seu dono cerca de 18 anos e pasme-se que, segundo o seu dono o mesmo chegou a conhecer os extremos dos seus terrenos…!

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A aproximação a Revel fez-se em grande velocidade até atravessar um pequeno curso de água.

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Já na localidade de Revel, o Homem do GPS que nos guiava decidiu “trocar-nos” as voltas e seguir pelo caminho mais íngreme que nos levou à ponte romana que atravessa o rio Tinhela nas proximidades de Cidadelha de Jales.

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Em Cidadelha atravessámos a aldeia em direcção à Nacional 212 por uns fantásticos single tracks.

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Foi mais uma tarde divertida e bem passada na companhia destes amigos que nos visitaram.

No próximo sábado à mesma hora, lá estaremos novamente para quem quiser aparecer.

Balanço final: aproximadamente 28 Kms com 800 metros de acumulado.

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Mais imagens do percurso aqui


 
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D

danielkezia

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Belas fotos sem duvida, reconheço alguns sitios e um dos aldeaos, talvez tenha sido o que me ofereceu vinho quando aí passei!
ainda bem que nao me cruzei com o que oferece agua!!
Bem, mas aquando do P.U.F têm que meter mais acumulado nisso! Até 2000m ninguem se queixa!
 

Sérgio Favaios

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Olá Daniel!
No principio quando começámos a aparecer por estas aldeias, as pessoas andavam um pouco desconfiadas, conforme já frisámos em relatos antigos...agora, já oferecem vinho, água... e quiçá, qualquer dia um presunto e um bom pão caseiro, pelo que temos constatado não demora muito...afinal gostam de nos ver por lá porque "damos mais vida" a estas localidades :D
Gostei de ver o relato e as imagens do vosso passeio de final de ano por estes lados.
Quanto ao acumulado do PUF, embora desse para fazer os tais 2000m, penso que o que está previsto é suficiente.

Abraço e boas pedaladas!
 
D

danielkezia

Guest
Quando lá passei uma senhora que tinha um burro ao lado, quer dizer, tinha dois! o marido e o animal, ela disse-nos que se tivessemos sede que montava no "potro" e ia a casa dár-nos agua.
Viste o meu blog para dizeres que gostaste do nosso passeio?

cumps.
 

Sérgio Favaios

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Boas!
Sim consultei o teu blog...nas imediações daquela ponte de madeira meteram-se numa aventura de corta-mato não..??? :) da última vez que lá passámos aquilo estava intragável...e muitas giestas foram cortadas nesse dia... !!
Quando voltardes a esta zona dai um toque, se pudermos fazemos companhia.
Abraço!

 
D

danielkezia

Guest
Olá Sérgio, é o seguinte, as giestas que falas no dia anterior liguei para a junta de freguesia da zona e foram lá cortar aquilo, o facto é que quando lá passamos aquilo estava limpinho e na verdade parece que tinha sido cortado horas antes....Sorte diria eu!
Quanto ao convite, penso em voltar a repetir um passeio pela zona, mas tem que ser algo mais puxado porque chegamos ao carro eram 4h e andamos a pastar um pouco...
Tu melhor que eu e nós, saberás os melhores caminhos, mas quando for tem que ser para outros sitios, porque repetir tudo nao é grande ideia...
O que eu fiz foi parte do percurso do Pedro Indy e a tal parte que passa por aquele achado de ponte já foi home made!
Tenho mais é que dizer que vives num sitio porreiro para a pratica e sem grandes desniveis, digo eu!
 

Sérgio Favaios

New Member
06 de Fevereiro de 2010

Mais uma tarde propícia para pedalar.

Neste dia fomos 4 os que decididamente pensámos em pedalar. Um deles (Adriano) já não andava há 2 semanas por causa de uma ligeira queda e consequente mazela no joelho.

O dia serviria para ele de teste ao dito cujo, após umas sessões de fisioterapia.

A saída foi à hora do costume e o destino descobrir mais uns trilhos na zona da Carva – Murça. Assim foi, conforme relatam as seguintes imagens.

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Depois de uma incursão num trilho novo, seguimos em direcção a Moreira por um dos trilhos mais fabulosos desta zona

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De Moreira seguimos em direcção a Carva-Murça ...num trilho rolante mas difícil nesta época...muita areia arrastada pela água das chuvas.

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Chegados a Carva iniciou-se a descida para o Rio Pinhão e para a barragem com o mesmo nome.

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Antes de chegar à barragem colocou-se à prova a tracção nos rochedos molhados.

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Da barragem seguimos em direcção à Barrela.

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Resta dizer que desde a barragem até atravessar o rio novamente encontramos rochas de singular beleza.

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O patrono dos rochedos olhava insistentemente para a sua área de jurisdição.

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Já em Quintã de Jales encontramos trilhos com bastante pedra solta e muita lama, propícios a quedas.

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A volta terminou com uma tarde agradável e com mais 2 ou 3 semanas de retiro para o Adriano. afinal o joelho ressentiu-se...


Mais imagens deste passeio AQUI

 

pedrinhosousa

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Boas pessoal

Voces tem fotos mesmo fixes, trilhos fantasticos, apetece pedalar... Mete medo o acumulado, mas depois desaparece com as vistas.
Vou ai fazer o PUF. Espero me divertir e conhecer estes locais belos...
Antes de mais um agradecimento a voces por nos proporcionarem estas belas imaguens...
Sempre que tiverem mais fotos,:teclar:, nós por aqui ficamos com inveja e ponderamos ir conhecer...

Pedro:hahaha::#1:
 

Sérgio Favaios

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20 de Fevereiro

Estava planeado há uns dias uma incursão por novas Rotas do Ouro.
Um impasse de ordem familiar, (coisas de quem tem bebés em casa), colocara este dia de BTT em questão e só às 15 horas é que se decidiu pedalar... tarde demais para acabar o passeio ainda de dia…
Desta vez o destino era explorar mais uns trilhos visualizados por imagem de satélite e carregados no GPS.
O primeiro a explorar foi entre Alfarela de Jales e Moreira de Jales e, logo para começar, nada melhor que um autêntico pântano enlameado.

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Já em Moreira de Jales seguimos o track previamente carregado que nos levaria até Reboredo, só que, aquilo já foi caminho noutros tempos…procurámo-lo insistentemente para nos certificarmos se de facto seria mesmo aquele e veio-se a confirmar quando mais acima por uns single tracks feitos pelo gado caprino lá do sítio cruzámos o track original.

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Entretanto, e chegados ao Reboredo descemos até ao Rio Tinhela e desta vez com máquina fotográfica, ao contrário da última vez, para aí fazermos a reportagem fotográfica que ficou por fazer da última vez que lá passámos.
A descida fez-se por um trilho que põe à prova a técnica de qualquer um e atravessámo-lo por uma das mais antigas pontes que existem sobre esse rio, pena é estar tão maltratada, sujeita, daqui a uns anos acabar por desaparecer tal é o estado lastimoso em que se encontram as madeiras. Pode ser que alguém olhe a isso…

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Da outra margem do rio tivemos que fazer parte do caminho a pé tal era a sinuosidade do traçado… O destino era visitar o Centro Interpretativo a Tresminas e fazer umas fotos do local para publicitar no tópico do PUF nº10 Rotas do Ouro mas quando lá chegámos, tinha fechado…

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Entretanto outros trilhos foram descobertos na aproximação à localidade de Covas. A beleza natural quer por pinhais, quer por lameiros ladeados de árvores despidas da sua ramagem aliados aos single tracks levaram-nos até à localidade onde, por mero acaso, encontrámos o senhor a quem havíamos tirado uma fotografia a cavalo num jumento uma das últimas vezes que lá passámos. Combinámos então passar lá um dia destes entregar-lhe a fotografia que, provavelmente guardará na memória e a associará a uns sujeitos que ali passaram de bicicleta, num final de tarde de Inverno quando ele regressava a casa com o seu gado.

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A saída de Covas já se fez sem praticamente claridade e tivemos que recorrer às luzes que levámos para podermos chegar a casa por volta das 19 horas.

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