El Solitario
New Member
A equipagem levantou ferro com a alvorada. Havia que confirmar anteriores relatos sobre o avistamento de uma ponte, lá para os lados de Quintão, e que alguns apelidam de romana.
O rumo traçado nas cartas de marear haveria contudo de conduzir a outros portos de que aqui faremos menção.
Num cume, nas cercanias de Vila Verde, avista-se uma edificação alva. Diz a carta que é a capela de S. Julião (e S. Julião será, que não encontramos quem desmentisse). Registou-se que na sua ilharga se mantinha firme um estranho pinoco, alvitrando-se que serviria para orientação, que outra utilidade não parecia ter.
Capela de S. Julião
Na nossa demanda avistamos outras pontes, como esta que parecendo mais moderna não será certamente romana. Prossigamos.
Ponte Via Homem/Lima
Continuaram os avistamentos de edificações nativas que registamos, para que delas se façam memórias futuras e não se percam na voragem dos tempos.
sequeiro (Lagoa)
espigheiro (Sequeirós)
Os rumos da carta pareciam indicar que a nosso intento estaria afinal no cimo dum qualquer promontório, pois teimosamente nos levava a subir. Mas, “onda que sobe tem que descer”.
E finalmente o avistamento tão desejado.
Ponte de Quintão
Posta em sossego, encaixada num vale onde a paz assentou arraiais e só as aves desafiam a quietude.
Um poeta contemporâneo terá por certo encontrado a inspiração para a narrativa a que chama “a ilha dos amores” neste paradisíaco lugar. Um encantamento.
Por pouco nos esquecíamos que deste achamento deveríamos dar notícia ao mundo, e não aqui lançar âncora em definitivo. Era necessário partir.
Contudo a largada deste porto, pelo azimute oposto à chegada, quase deu em motim; “-Não havia necessidade…”; “Fico já aqui…”. Com voz forte de comando, e promessas de outros bons portos adiante, lá se fez a penosa ascensão.
Visitamos outros portos e deles fomos fazendo o competente registo.
derivação do Ribeiro de Gemessura para a albufeira de Vilarinho das Furnas
muros (Vilarinho das Furnas)
Covide
Um imprevisto. Avaria na aparelhagem com um vazamento na poupa. O alquimista havia garantido que o líquido verde faria milagres… vamos levar à fogueira o impostor.
Trocada a peça, pela única que à cautela leváramos, seguimos em frente.
Da rota entre Covide e S. Bento da Porta Aberta será feito segredo. Rota virginal, de farta opulência e riqueza, traria por certo a cobiça e com ela o saque. Juramos segredo.
Avistamos outra ponte. Novo motim. “-Por ali é que não…”; “Até tem os pregos do meu caixão…”. Nova promessa... Avançamos.
S. Bento da Porta Aberta
Para levantar a moral… novo vazamento na poupa. Vamos queimar, outra vez, o alquimista.
Por sorte a maleita desta vez não era muito séria, bastou a cada quarto uma paragem para restabelecer a situação. Foi contudo necessário alterar a rota prevista. A ampulheta não perdoava…
Ficaram portos por visitar, mas a promessa de regressarmos antes de sol-posto foi cumprida (ou quase).
diário de bordo: http://picasaweb.google.pt/viktor.moreira/PonteDeQuintao#
el solitario
***********************************************************************************************
Cumprido que está um ano, desde que reiniciei as andanças por estas lides dos pedais, aproveito para fazer aqui um balanço com alguns números respigados dos meus registos:
Número de saídas = 45
Distância total = 4507 km
Distância mínima = 17,7 km
Distância máxima = 193,4 km
Número de horas a pedalar = 288:40:48
Número de fotografias = 1658
…
mas o mais importante não cabe em números;
obrigado a todos os que sabem do que estou a falar.
el solitario
O rumo traçado nas cartas de marear haveria contudo de conduzir a outros portos de que aqui faremos menção.
Num cume, nas cercanias de Vila Verde, avista-se uma edificação alva. Diz a carta que é a capela de S. Julião (e S. Julião será, que não encontramos quem desmentisse). Registou-se que na sua ilharga se mantinha firme um estranho pinoco, alvitrando-se que serviria para orientação, que outra utilidade não parecia ter.
Capela de S. Julião
Na nossa demanda avistamos outras pontes, como esta que parecendo mais moderna não será certamente romana. Prossigamos.
Ponte Via Homem/Lima
Continuaram os avistamentos de edificações nativas que registamos, para que delas se façam memórias futuras e não se percam na voragem dos tempos.
sequeiro (Lagoa)
espigheiro (Sequeirós)
Os rumos da carta pareciam indicar que a nosso intento estaria afinal no cimo dum qualquer promontório, pois teimosamente nos levava a subir. Mas, “onda que sobe tem que descer”.
E finalmente o avistamento tão desejado.
Ponte de Quintão
Posta em sossego, encaixada num vale onde a paz assentou arraiais e só as aves desafiam a quietude.
Um poeta contemporâneo terá por certo encontrado a inspiração para a narrativa a que chama “a ilha dos amores” neste paradisíaco lugar. Um encantamento.
Por pouco nos esquecíamos que deste achamento deveríamos dar notícia ao mundo, e não aqui lançar âncora em definitivo. Era necessário partir.
Contudo a largada deste porto, pelo azimute oposto à chegada, quase deu em motim; “-Não havia necessidade…”; “Fico já aqui…”. Com voz forte de comando, e promessas de outros bons portos adiante, lá se fez a penosa ascensão.
Visitamos outros portos e deles fomos fazendo o competente registo.
derivação do Ribeiro de Gemessura para a albufeira de Vilarinho das Furnas
muros (Vilarinho das Furnas)
Covide
Um imprevisto. Avaria na aparelhagem com um vazamento na poupa. O alquimista havia garantido que o líquido verde faria milagres… vamos levar à fogueira o impostor.
Trocada a peça, pela única que à cautela leváramos, seguimos em frente.
Da rota entre Covide e S. Bento da Porta Aberta será feito segredo. Rota virginal, de farta opulência e riqueza, traria por certo a cobiça e com ela o saque. Juramos segredo.
Avistamos outra ponte. Novo motim. “-Por ali é que não…”; “Até tem os pregos do meu caixão…”. Nova promessa... Avançamos.
S. Bento da Porta Aberta
Para levantar a moral… novo vazamento na poupa. Vamos queimar, outra vez, o alquimista.
Por sorte a maleita desta vez não era muito séria, bastou a cada quarto uma paragem para restabelecer a situação. Foi contudo necessário alterar a rota prevista. A ampulheta não perdoava…
Ficaram portos por visitar, mas a promessa de regressarmos antes de sol-posto foi cumprida (ou quase).
diário de bordo: http://picasaweb.google.pt/viktor.moreira/PonteDeQuintao#
el solitario
***********************************************************************************************
Cumprido que está um ano, desde que reiniciei as andanças por estas lides dos pedais, aproveito para fazer aqui um balanço com alguns números respigados dos meus registos:
Número de saídas = 45
Distância total = 4507 km
Distância mínima = 17,7 km
Distância máxima = 193,4 km
Número de horas a pedalar = 288:40:48
Número de fotografias = 1658
…
mas o mais importante não cabe em números;
obrigado a todos os que sabem do que estou a falar.
el solitario
Last edited: