Crónicas de um Bravo do Pelotão por Terras Helvéticas

AFP70

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Após quase 20 anos de intensa actividade cerebral em áreas totalmente diferentes, dei por mim a meditar (isto porque com o avançar da idade vamos pensando mais e melhor sobre o verdadeiro significado da vida) sobre a necessidade de umas férias, ou seja, passar a realizar uma actividade meramente braçal e de preferência longe de Portugal, uma vez que são melhor remuneradas.

Vai daí, toca a ligar aos diferentes amigos (sim, porque é nestas alturas que devemos fazer “uso” dos mesmos), espalhados um pouco por toda a Europa.

Após analisar as diferentes alternativas, optei pelas Terras Helvéticas uma vez que nunca tinha feito até à data férias na neve por um período tão longo.

Encontro-me desde o dia 15 de Novembro, na zona alemã, perto da cidade fundada pelo monge Gallus (vejam se adivinham) a curtir as minhas merecidas férias, penso eu de que……

Tal como referido anteriormente não pretendia expor os meus neurónios a qualquer tipo de actividade, exceptuando as básicas, pelo que passo as minhas férias numa cozinha. Não, não é o que estão a pensar, embora muito dotado no que toca à culinária, não sou cozinheiro, dá muito que pensar e envolve muito stress, pelo que optei por uma actividade mais básica, mais braçal (que vai ao encontro do pretendido e que mediou a minha decisão); actividade essa, que serve para "dar vida" aos tachos, panelas, talheres e não só, chamem-lhe o que quiserem e ainda por cima sou bem remunerado (atendendo aos padrões nacionais).

Não percebo um cor.. de alemão, nem faço questão de aprender, pelo que no dia a dia, comunico com os meus companheiros de férias em inglês, francês, espanhol, italiano, portunhol, gestos, e uma mistura de todas, que nem sei que língua dá. O certo, é que bem ou mal, a malta vai se entendendo.

Não vou entrar em pormenores sobre um dia de férias bem passado, nem sobre os próprios suíços, isto porque daria pano para novas crónicas, tal é a distância que nos separa deles e o objectivo desta crónica é sobretudo falar-vos do trabalho que arranjei.

Pois é, meus amigos, há vícios que não se perdem, independentemente do local onde estejamos e dos meios colocados à nossa disposição, enfim, como o próprio nome indica, vícios……………

O meu maior vício, é o trabalho e tal como em Portugal trabalhava todos os Sábados e eventualmente aos Domingos, lá consegui esta semana, matar o meu, pelo que remeto uma série de fotos tiradas com o meu telemóvel LG Cookie com câmara de 3.0 mega (para quê comprar uma câmara, a ideia ainda me ocorreu….)

Foi um trabalho árduo, como poderão constatar pelas fotos. Uma vez que não sei se me vou habituar a esta vida de “dolce fare niente”, ainda não optei por mandar vir o meu instrumento de trabalho, pelo que recorri ao do meu amigo, neste caso uma GIANT GBR 500 com 7x3, suspensão frontal (amostra), travões com calços gastos, mas com um pormenor interessante, vejam se adivinham, sim, é isso mesmo, tava a ver que não descobriam (mas em todo o caso, enviem um email para bravosdopelotao@sapo.pt a confirmar a resposta e posteriormente a mesma será aposta no site BDP. Notar que o facto de acertar, não dá direito a qualquer tipo de prémio,eheheh……….). Parafraseando adulteradamente a RFM “Há séculos que não via isto”.

As fotos embora não transpareçam (o telemóvel até nem é mau e descobri recentemente por necessidade novas funções), foram tiradas num dia de mau tempo, com temperatura perto de 10º negativos, com muita queda de neve e vento à mistura (parecia que estava a fazer uma sessão de acupunctura facial, muito pior que saraiva a bater de frente). Mas como diz o adágio (alterado) “quem sofre por gosto, não sofre” e o meu objectivo (entre outros) era partilhar convosco este momento e fazer-vos desejar estarem cá.

Para além disso, constatei que este telemóvel possui vida própria, isto é, não fui responsável por qualquer retoque nas fotos, apenas me limitei a disparar, pelo que algumas até apresentam umas tonalidades engraçadas.

Não posso acabar esta crónica sem vos contar um pequeno segredo. Como mencionado, estava um frio de rachar, neve a cair e vento a soprar, um espectáculo, e por “olvidamiento” (bem sei que não se escreve assim), não trouxe qualquer agasalho de Portugal para a minha cabeça e sobretudo para as minhas orelhas. Como bom português que sou (somos conhecidos pelo nosso desenrascanço), saquei de uns boxers em lycra (por usar, mas se tivessem sido usados era a mesma coisa, desde que estivessem lavados) e vai daí, enfiei a cabeça por uma das pernas e enrolei a outra atrás na nuca. Acreditem ou não (experimentem), resulta, qual frio, qual quê e as orelhas agradeceram.

Para finalizar e uma vez que realmente o alemão não é propriamente uma língua que eu admire (trauma da 2ª guerra mundial e holocausto), estou a ponderar continuar as minhas férias por Terras Helvéticas, mas na zona francesa (Fribourg , Genève, Jura, Neuchâtel, Valais, Vaud), de preferência perto de aeroportos servidos pela Easyjet ou Airberlin já que a Ryanair não põe cá os pés. Sendo assim, se conhecerem alguém disponível para prolongar estas minhas férias, façam a gentileza de transmitir o meu email (bravosdopelotao@sapo.pt ). Obrigado.

Até ao próximo trabalho,
Bravo do Pelotão (neste caso sem….)
Alexandre Pereira

Eu sei, e as fotos………….., pois, aqui vão elas…………………………….

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alferes

Member
Boa tarde,

Parabéns pela crónica!

Após a sua análise apetece-me tecer algumas considerações. Sempre tive enorme respeito e consideração pelos nossos emigrantes. Nos tempos que correm esse sentimento mais reforçado está, na medida em que perante a crise que assola o nosso país e a europa em geral, a emigração voltou a estar na ordem do dia. Todos nós conhecemos um vizinho, um amigo ou simplesmente um conhecido, que por razões várias, acabou por ter que emigrar devido a esta conjuntura económica; só tenho a desejar boa sorte. Sei que esta vida nem sempre é fácil, no entanto, o Português tem uma capacidade extraordinária de adaptação e acaba por ser bem sucedido. Não nos podemos esquecer que estivemos práticamente em todos os cantos do mundo. Basta-nos ter confiança no nosso potencial e nunca esquecer que já fomos “grandes”, recordemo-nos da época dos descobrimentos. Évidentemente os tempos são outros, no entanto, penso que o espírito de aventura é o mesmo! Sempre fomos destemidos!

Não tenho dúvidas que um “Bravo do Pelotão” (Crónica de um Bravo do Pelotão por Terras Helvéticas), com o significado que podemos associar a cada palavra da expressão, traduz a capacidade de luta, de perseverância e resistência, quer seja em cima de uma bicicleta quer seja na execução de uma outra qualquer tarefa.

Belas paisagens!

O prazer da descoberta mantém-se, quer tenhámos uma bicicleta de 50€ quer seja uma de 5000€. Tudo se resume à alegria que o btt proporciona a cada um, à medida que o terreno é explorado, seja em Portugal ou seja noutro país.
As fotografias não traduzem tudo, abrem-nos muitas vezes o apetite para a visita do local. Perante uma paisagem deslumbrante, quantos de nós não disse já com enorme satisfacção: “Eu estive lá!”.
Neste momento, perante tal contemplação, o sentimento que me ocorre é o de inveja! Também gostaria de aí ter estado!

Meu caro amigo, há que manter vivo o espírito, que norteou a criação do grupo e do site “Bravos do Pelotão”, seja em Portugal ou seja onde fôr. O importante é seguir em frente e de preferência com pedal...

Cumprimentos.
 

AFP70

Active Member
Caro amigo Alferes,

Obrigado pelas palavras de apreço e incentivo.

Realmente após um mês de férias, recordo com saudade as vezes em que tive o prazer de privar consigo numa das voltas agendas pelo grupo BDP. Bons tempos……….

Agora a realidade é outra (em nada diferente da vivida em Portugal), embora tal como frisa e bem, o espírito que norteou a criação do grupo Bravos do Pelotão mantêm-se inalterado, tal como prometido aquando da minha debandada.

Um abraço e até qq dia, numa das voltas BDP, isto porque ao contrário de muitos, não penso fazer carreira nesta disciplina (FÉRIAS).

Um Bravo do Pelotão (neste caso sem…)
Alexandre Pereira

P.S: Novas crónicas de trabalho serão apostas logo que consiga um interregno nas minhas férias.

Boa tarde,

Parabéns pela crónica!

Não tenho dúvidas que um “Bravo do Pelotão” (Crónica de um Bravo do Pelotão por Terras Helvéticas), com o significado que podemos associar a cada palavra da expressão, traduz a capacidade de luta, de perseverância e resistência, quer seja em cima de uma bicicleta quer seja na execução de uma outra qualquer tarefa.

Belas paisagens!

Meu caro amigo, há que manter vivo o espírito, que norteou a criação do grupo e do site “Bravos do Pelotão”, seja em Portugal ou seja onde fôr. O importante é seguir em frente e de preferência com pedal...

Cumprimentos.
 

nunomaia

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Boa noite,

Parabéns pela crónica, foi uma surpresa tomar conhecimento desse novo desafio profissional. Até ao regresso, um abraço do colega que fez convosco a volta Castelões-Merousso em setembro.
 

AFP70

Active Member
Olá Nuno,
Nunca mais voltaste a andar connosco.............
Embora de férias pelas Suiças por tempo indeterminado, o resto do pessoal continua a andar.
Aparece qualquer dia.
Um abraço,
Alexandre
Boa noite,

Parabéns pela crónica, foi uma surpresa tomar conhecimento desse novo desafio profissional. Até ao regresso, um abraço do colega que fez convosco a volta Castelões-Merousso em setembro.
 

AFP70

Active Member
Chic é um Bravo por impulso, meter-se num avião e vir pedalar para a Póvoa de Lanhoso

Pois é, companheiros (as), no passado fim-de-semana (05 e 06 Março 2011) resolvi dar uma saltada cá à terra, não com o intuito de visitar a família (era o que estavam á espera que dissesse, ….), mas sim para matar o meu vício.

Farto deste “dolce fare niente” por Terras Helvéticas e sentido um enorme desejo de pedalar, vai daí, toca a marcar uma viagem (não numa qualquer low cost, mas sim na nossa TAP, o que é Nacional é Bom), mesmo em cima da hora, com destino à Póvoa de Lanhoso.

Como é sabido, a última vez que andei de bicla foi no anterior report (Dezembro 2010), pelo que à semelhança do SEXO, o uso faz o órgão e nada melhor do que “curtir as carnes” em cima duma bicla (só para entendidos).

A volta BDP por mim escolhida foi a Nº 05, com uma altitude mínima de 117 mts e uma altitude máxima de 618 mts. Não se trata de uma volta fácil, bem durinha diga-se de passagem (só para “connaisseurs”), com cerca de 1.256 mts de acumulado de subida para 35 kms.

Análise IBP da volta

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Não andava de bicla há cerca de 3 meses, mas mesmo assim e porque de um Bravo estamos a falar, consegui efectuar a mesma em cerca de 4 horas, tendo acompanhado os meus camaradas ao ritmo imposto (acho que foram simpáticos, uma vez que não me puseram a deitar os “bofes” pela boca fora).

Claro que em algumas partes do percurso, ocorreu-me desistir, terminar, abortar a volta, mas graças ao companheirismo existente neste grupo e sobretudo à voz de comando do Bravo Sénior, afinal um Bravo é um Bravo sob qualquer circunstância…, acabei por concluir a mesma e acreditem que a sensação de missão cumprida é realmente muito boa, pois a partir daí nada é como dantes, tudo é possível.

A título de curiosidade, neste momento peso menos 10 kgs do que quando resolvi iniciar o meu périplo por Terras Helvéticas, agora estou na fase Bruce Lee (estou com o corpo seco), sem qualquer tipo de gordura acumulada.

Pelos vistos, as caminhadas de montanha, efectuadas no meio da neve, tal qual Rocky quando treinava para o III, tem-me fortalecido quer a caixa torácica, quer os membros inferiores, uma vez que não tive qualquer problema a nível respiratório e pós volta.

Não tirei fotos da volta, uma vez que a mesma se encontra catalogada no site BDP, mas mesmo assim não resisti a colocar estas 5, uma vez que retratam bem o local onde a mesma se desenrolou.

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Embora o meu corpo esteja longe, a minha mente e alma encontram-se em Portugal, mais especificamente na Póvoa de Lanhoso. Ai, como gosto desta aldeia alentejana plantada no coração do Minho e que saudades……….

O facto de estar ausente, contribuiu a meu ver para que o “restrito” grupo Bravos do Pelotão se mantenha ainda mais unido. Como sempre a porta do grupo encontra-se “escarrapachada”, mas no entanto o pessoal “foge” de nós como o Diabo da água benta, vá se lá saber porquê…………(eu sei que sabem porquê……….)

Bom, por agora é tudo, e bamos ber até quando resfrio o meu novo impulso….

Cumprimentos betetistas,
Alexandre Pereira


P.S:

1. Para os que eventualmente possam pensar que esta crónica não passa de uma conversa da treta (que me desculpe o António Feio, Paz à sua alma), remeto a cópia dos bilhetes de avião (ver datas e nome).
Bem sei que não tenho que provar nada, mas é só para que conste, afinal o meu patrocinador é Suíço, eheheheh…………

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2.Afinal, mudar de estância de férias (é meu desejo passar férias em qualquer parte da Suíça Francesa) está a ser mais lento do que previsto, pelo que volto a apelar à vossa gentileza no sentido de transmitirem o meu email (bravosdopelotao@sapo.pt) de forma a cumprir esse objectivo. Muito Obrigado.
 
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SURFAS

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Não sei se te hei-de chamar ... maluco ... doido .... vir da Germânia para pedalar por cá ...... L O U C O !!!!


Mas compreendo-te, encheste a ALMA.
 

AFP70

Active Member
Olá Surfas,

É como dizes, enchi as medidas (físicas e mentais) e tal como frisei estava sem fazer nada e vai daí.......(PVL final destination).
Pequena correcção, não vi da Germânia mas sim da Switzerland.
De louco, todos temos um pouco (até rima) e neste caso as fuck.... SAUDADES falaram mais alto. Evidentemente que o meu patrocinador também não colocou qualquer entrave e se colocasse (Biking comes first), azar o dele.....
Como não me "relocalisei" no sentido de ficar economicamente mais "PODRE de money" e não pretendo fazer carreira nesta especialidade, vou procurando na oferta disponível, estâncias de férias que me permitam cometer esta e outras loucuras, pelo menos uma vez por mês.
Neste momento abordo a vida numa perspectiva mais "destressada" e realmente as vantagens são muitas, sobretudo a nível mental.
Bom, Bom, era daqui a um mês estarmos a falar sobre outra loucura cometida, a ver vamos.

Aquele abraço,
Alexandre Pereira
 

SURFAS

New Member
Pois é Zurique :fpalm:

À algum tempo que sigo os Bravos do Pelotão, também sou fã de pedalar pelo Geres, o meu trace preferido é Serra Amarela, no passado verão fui aos Cornos da fonte Fria perto de Pitões das Junias.

Este ano tenho um bom track perto dos Arcos na zona da Peneda, se precisares de tracks diz ... fazemos intercâmbio!! :D
 

alferes

Member
Boa noite,

Obrigado, caro amigo, pelo convite inesperado para efectuarmos a volta n.º 5 – “Friande”, do cardápio dos “Bravos do Pelotão”, no sábado 05/03/2011. Tratou-se sem dúvida de uma volta épica!

Gostaria de partilhar com os membros do fórum a experiência que foi fazer esta volta com um “Bravo”, que regressou de Terras Helvéticas, para visitar a família e satisfazer a sua paixão pelo btt, em terras Lusas, num sábado de manhã, como tantas e tantas vezes o tinha feito no passado.

Tratou-se de uma volta de 35 km, com um acumulado de 1250 m e foi realizada em cerca de 4 horas na companhia de alguém que esteve sem pedalar durante cerca de 3 meses.

Não foi fácil, como devem imaginar! Depois dos primeiros 15 km verifiquei que a vontade de fazer a volta na totalidade permanecia intacta. À medida que fomos pedalando para os 25 km, começou a aparecer um misto de sentimentos. Tive o cuidado de ir perguntando sobre o estado da respiração e o cansaço das pernas, etc... Comecei a verificar que o corpo desse “Bravo”queria saltar da bicicleta, mas o espírito não deixava. Estávamos na presença da luta entre a força da mente e o cansaço do corpo.

Para este “Bravo”, assim como para qualquer betetista, a bicicleta é feita para ser conduzida pedalando e não caminhando ao lado desta. A aproximação dos 30 km, apesar do sofrimento patente, reforçou ainda mais a vontade de fazer a volta até ao fim. Assisti a uma luta extraordinária levada a cabo pela “cabeça” sobre o resto do corpo! Tendo sempre bem presente o esforço que estava a ser levado a cabo pela pessoa em causa, lá prosseguimos para a última subida, a qual apesar de curta, para ser feita em cima da bicicleta, mesmo nos “velhos tempos” necessitava da utilização de um resto de energia ainda presente no corpo. Depois deste último esforço, os quilómetros que faltavam eram relativamente acessíveis e lá conseguiu acabar a volta como tinha planeado. Todos sabemos que depois de tanto cansaço, qualquer “subidinha” parece o monte Everest. Clamou-se vitória! Objectivo cumprido! O rosto sofrido deu lugar a um rosto iluminado. Fantástica façanha!

Quis partilhar convosco estes momentos, para reconhecer que o corpo humano é uma “máquina” extraordinária. Teria sido muito fácil abandonar a volta proposta e fazer uma mais curta, no entanto, a capacidade mental aliada à força física permitiu a este “Bravo” levar a bom termo o que se tinha proposto fazer nesse sábado.

Em jeito de conclusão, cada um de nós tem obrigação de conhecer o seu organismo ou seja a sua “máquina” para lhe pedir o que ela ainda pode dar. Logicamente cada um sabe de si, melhor do que ninguém. Somos responsáveis por puxar pelo corpo até onde acharmos que podemos ir! Muitas vezes, desistimos, não porque o corpo não possa “dar” mais, mas sim porque a mente é “fraca”. Nesse dia tive o prazer de pedalar realmente com um “Bravo”. Testemunhei o significado da designação “Bravos do Pelotão”.

Muitos dirão: “para quê tanto esforço em cima de uma bicicleta?” A resposta a esta pergunta também pode ser dada por muitos outros, os quais entendem, tal como eu, que também se pratica btt, não para ganhar prémios, não para ganhar taças, não para chegar em primeiro lugar à linha da meta, mas sim para ganhar algo tão importante como a superação do “eu” sobre o resto do corpo e testar a nossa capacidade em derrubar barreiras psicológicas ou físicas.

Meu caro amigo, parabéns pela forma extraordinária como fizeste e partilhaste esta volta comigo, a qual, não esquecerei tão cedo. Até nova volta?!

Cumprimentos aos membros do fórum.
 
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AFP70

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Surfas,

Obrigado por nos seguir quer neste tópico, quer no tópico [Porque será que gostamos tanto de andar no Gerês?].
Realmente ainda não tivemos ocasião de pedalar na zona de Pitões das Júnias, embora já lá tenha estado por diversas ocasiões. Aquele mosteiro e aquela cascata, assim como restante paisagem fazem-nos sonhar. Não se pode deixar esta vida sem lá ter posto os pés (vale mesmo a pena).
Para quem não conhece, remeto o seguinte link PITÕES DAS JÚNIAS para deleite da vista e da alma.
Se visitar a página Bravos do Pelotão, constatará que temos 10 tracks online de voltas que realizamos no Gerês, que vão desde a Serra Amarela até à Portela do Homem e Xurês.
Tenho ainda alguns tracks desenhados para teste, que a seu tempo (depende das escapadelas, loucuras, ehehh....) serão colocados na página.
Se achar oportuno ou conveniente, envie-me p.f. o track sugerido, para análise e quiça não combinamos uma loucura juntos com as restantes tropas (Bravos).

Cumpts,
Alexandre Pereira
 

AFP70

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Amigo Alferes,

Palavras para quê?

Soube muito bem retratar o estado de espírito e as emoções por que passei enquanto realizávamos esta volta.

Quando o convidei, sabia de antemão com o que contava, uma vez que no passado (quando me encontrava em better shape) por diversas vezes a tínhamos efectuado.

São raros os convites efectuados a membros que não pertençam ao grupo “Bravos do Pelotão”, uma vez que a dureza de algumas das nossas voltas não se coaduna com o espírito de “alguns BTTistas”.

A si que por diversas vezes nos tem acompanhado, sabia muito bem a quem estava a endereçar o convite e sabia de antemão que nunca viraria as costas a um bom desafio.

Obrigado pela incansável ajuda prestada na prossecução do objectivo inicial, que era a de terminar a mesma.

Obrigado por não me ter deixado abandonar.

Obrigado por me mostrar e ensinar que afinal o corpo consegue vencer a mente.

Logo que tenha uma nova brecha no meu super sobrecarregado horário de “Dolce far Niente”, entrarei em contacto para nova aventura.

Aquele abraço,
Alexandre Pereira
 

AFP70

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Um Bravo do pelotão foi pelos “Ares”…

Companheiros,

Como nem só de bike vive o homem, remeto em anexo o meu baptismo do ar, patrocinado pela "estância de férias" Helvética.

[video=vimeo;22080243]http://vimeo.com/22080243[/video]​

Foram só 5 minutos (o gasóleo está caro, ehehehehe…), mas já deu para ter uma ideia.

Confesso que não fiquei fã, sobretudo quando o Heli guina para a direita e começa a descer para aterrar. Parece que se vai desintegrar, tal é a trepidação.

Peço desculpa, mas a filmagem está uma "Me...", sobretudo o último minuto, mas dá para ter uma ideia. Não se fazem milagres com telemóveis. Aguardem pela próxima, se é que há uma próxima, ehehehehe...

Alguém quer vir passar férias?????????

Um abraço e até ao próximo report,
Alexandre Pereira


P.S:
Esta experiência ocorreu no dia 07.04.2011 e por esquecimento (dolce fare niente) não postei.
No final deste mês estou de regresso à Terra (Póvoa de Lanhoso) para testar mais uma volta no Gerês…Report será colocado a seu tempo nos locais do costume…
 

AFP70

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Nada como uma avaria grave logo na 1ª volta com a minha MERIDA por Terras Helvéticas…

Como é do vosso conhecimento despachei a minha bicla para a minha estância de férias actual (digo actual porque o que hoje é verdade, amanhã pode não o ser…) de forma a poder sempre que possível matar o meu vício e partilhar convosco as minhas aventuras betetisticas sob a forma de crónicas.

Embora não tenha o dom da escrita com floreados, tentarei sempre escrever crónicas objectivas e colocar fotos que vos abram o apetite (para a eventualidade de estarem na zona ou quererem dar cá uma saltada, isto porque hoje em dia ir à Suíça é como ir a Lisboa, é mesmo já ali ao lado).

Ontem realizei a minha 1ª volta nestas paragens, uma vez que a última vez que andei foi no dia 31.05.2011 quando realizei uma volta épica com mais uns Bravos, a volta Nº43 pelo Gerês Interior (ver site www.bravosdopelotao.com ou último post no Forum BTT e Projecto BTT no tópico Porque gostamos tanto de andar no Gerês? )

Sendo assim começo esta crónica por vos apresentar o meu escritório, vulgo estância de férias, sendo este o meu ponto de partida para as inúmeras voltas que tenho programado enquanto por estas paragens andar, uma vez que não possuo meios de locomoção próprios (carro).

Para os interessados em desfrutar de uma boa refeição e gastarem alguns francos (comida típica de Appenzell ou Gourmet (Gilde 2 estrelas)), trata-se do Restaurante Waldegg em Teufen (www.waldegg-teufen.ch ).

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Notem que não ganho nada com a publicidade, ehehehe…., apenas informo a localização para que quem desejar rolar comigo possa saber onde me encontrar. Possui um imenso parque de estacionamento e à 2ª feira está encerrado, daí este ser um dia garantido para rolar.

O amor é Belo…

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Pedalar por entre esta frondoso floresta dá ainda mais pica e é melhor remédio que um xanax…

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Neste país, todo e qualquer trilho (pedestre ou ciclável), está sempre bem sinalizado com estas placas amarelas (Wanderveg = caminho), para além de outras que informam direcções, distâncias e tempos.

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Mais um estradão a perder de vista. Nesta zona (Alemã), todas as casas por mais isoladas que se encontrem no monte possuem um estradão em gravilha, terra ou asfalto, assim como água canalizada e esgotos (saneamento), daí mesmo sem GPS e com a ajuda Google Earth consegue-se delinear um Track.

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Este aqui é o single que dá acesso à chamada árvore contemplativa (chamo-lhe assim porque daqui tem-se umas vistas fenomenais sobre SANTIS +/- 2.510 mts), e que normalmente utilizo como local de meditação e introspecção.

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Mais uma foto de pormenor do local…

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1ª Utilização da função vista panorâmica, o resultado não poderia ser melhor…

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Daqui vê-se parte de Teufen e Santis ao fundo, embora o tempo estivesse nublado para esses lados, mas ainda se vê alguma neve.

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Mais um single…

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Nova panorâmica de Santis…
Me aguarde, já falta pouco para seres montado pelo Je…, é que já esbocei uns tracks, sendo que sem GPS, vai com roadbook e apontamentos. Espero que tenha boa cobertura de rede para alguma eventualidade, uma vez que rolo neste momento em solitário.

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Outra vista de Teufen…

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Pois é, aqui, tal como no Gerês, quando sobe, sobe e quando desce, desce e neste caso são 24%...

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Como estava com a pica toda e queria ver se realmente conseguia aguentar, testar-me, isto porque em 6 meses andei apenas 3 vezes de bicla, resolvi de imediato fazer o trajecto em sentido inverso, ou seja a subir e o resultado foi 1-0 para o Je…Foram cerca de 500 mts sofridos, mas feitos como se diz na gíria com uma perna às costas, afinal ainda estou aqui para as curvas, haja saúde e vontade…

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Singles é o que não falta por estes lados, é só descobrir…

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Acesso bastante penoso a um parque de merendas no meio da montanha…

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Estes Suíços pensam em tudo, para além das mesas, bancos, grelhador com sistema de roldana para grelhar o quer que seja em diferentes alturas, ainda construíram uma cabana para quem desejar comer abrigado, com local para fogo no interior… (Welcome to Switzerland)

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Ainda colocaram neste local um binóculo (utilização gratuita) para que visitantes apreciem as vistas…

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Como constatam, estou a 998 mts de altitude… e a seguir vou em direcção a St.Gallen…

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Daqui até St. Gallen (+/- 750 mts) é sempre a descer e a curtir por trilhos e singles similares a este. Dizer que no Inverno tudo isto está coberto de neve, pelo que terei de investir numas correntes para a neve, ehehehhe…

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Apaixonei-me por esta árvore…

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E continuam os trilhos por entre casas, no meio dos campos, vacarias, etc…

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Aqui já se vê ao fundo o lago Bodensee, que é comum à Suiça, Alemanha e Áustria. Quando estamos perto, julgamos estar à beira mar, tal é a imensidão. Será oportunamente palco de algumas aventuras.

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Nesta altura do ano, o verde é a cor predominante. Tratando-se de uma zona sobretudo agrícola em que a criação de vacas tem uma importância tremenda para a economia regional, todo e qualquer agricultor possui uma grande frota de alfaias agrícolas, (n) cabeças de gado e grandes extensões de terreno para a pastorícia.

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St. Gallen à vista…

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Eis o local onde começaram os meus problemas. Após efectuar esta descida, a foto não ajuda, mas posso confirmar que possui perto de 40% de inclinação, reparo que ao pedalar, não saia do sítio “pedalava em seco” e por pouco não me espalhava.

Começo a “mexer” na roda traseira e na corrente (sim porque tal como no meu carro, somente sei meter combustível e mecânica não é propriamente a minha speciality) e após algumas tentativas, lá consegui que a bicla voltasse a ter tracção. Posto isto, coloca-se a dúvida, voltar para trás (cerca de 15 kms) ou seguir para St. Gallen (+ 5 kms) e aí como bom português que sou, pensava no que fazer a seguir (há hábitos que não se conseguem mudar, paciência…).

Em frente, siiiiiiigaaaaaa…

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Uma das entradas para St. Gallen

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Chegado a St. Gallen, o sintoma começou a manifestar-se novamente, fruto dos solavancos a que a bicha foi submetida, sendo que após 10 minutos, a bicla pura e simplesmente deixou de me obedecer…

Toca a desmontar e começar a fazer festinhas à mesma, mas nem assim, caso encerrado, hoje não andas nem me chateias mais, terá ela pensado…

Enquanto isso, aproveitei para de braço dado com a minha “in”fiel companheira, conhecer melhor a zona histórica da cidade. Não tirei fotos só para a castigar, ficarão para o meu regresso na companhia de um camarada de armas que comigo partilha a mesma estância de férias.

Como eram mais do que horas de encher o bucho, toca a sacar dos víveres do camelbak e desfrutar das vistas e da multidão. Enquanto isso comecei a ponderar o que fazer, estava agora ainda mais longe do que anteriormente, pelo que e não querendo ser rebocado por nenhum amigo, eis que se faz luz na minha cabeça; porque não viajar de comboio.

Dito isto, desloco-me à Bahnhof (estação) de St. Gallen e tirei 2 bilhetes, um para mim e outro ao mesmo preço para a minha “in”fiel companheira. A viagem foi feita em 1ª classe, uma vez que é o único local da carruagem do metro de superfície com destino a Appenzell, que possui local para se pendurar até 4 biclas. Ela coitada viajou que nem a carne pendurada nos matadouros, conforme podem ver pela foto. Passado 30 minutos já estava a entregar a bicla numa oficina que por sinal é revendedora da marca da minha “in”fiel companheira (MERIDA).

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Hoje ligou-me o revendedor, que por acaso até fala inglês, informando que problema detectado foi ao nível do cubo, sepo, etc… (muita “coça” dada à minha amiga, afinal já namoramos há mais de 5 anos), pelo que será tudo substituído.

Para a semana recolho a mesma e espero poder ainda rolar durante a semana de forma a testar se a oficina prestou um bom serviço, a ver vamos…

Posto isto, acabo aqui a crónica desta minha atribulada 1ª volta.

Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…

P.S: Continuo a desejar poder encontrar na Suiça Francesa uma nova estância de férias (não tenho preferência pela actividade), pelo que apelo à vossa rede de contactos no sentido de me contactarem para o seguinte email afp70@sapo.pt e terei todo o prazer em remeter o meu CV se necessário.

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AFP70

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A minha primeira incursão até ao lago Seealpsee…

Após a volta atribulada da última crónica e enquanto aguardava pelo resultado da reparação da minha bicla, tinha planeado efectuar a minha primeira incursão ao Säntis (+/- 2.500 mts).

Sendo assim, toca a investigar trajectos possíveis, alternativas viáveis via Google Earth de forma a delinear um track. Após algumas horas de investigação, constatei que alguns dos caminhos apresentados, não eram ciclaveis devido às diferenças abruptas de altimetria em distâncias pequenas, apenas podendo ser feitos a pé.

Enquanto percorria a área do Säntis, descobri alguns lagos, e há pelo menos 3 que merecem uma visita digna de registo, a saber: Seealpsee (1.141 mts), Fäblensee (1.152 mts) e Sämtisersee (1.209 mts).

Fica aqui a promessa que todos eles serão alvo de uma visita devidamente documentada.

Esta crónica irá pois debruçar-se sobre a minha ascensão ao lago Seealpsee, uma vez que para uma primeira experiência nessa área, e porque ainda rolo em solitário; a prudência conduz-nos a não arriscarmos em demasia, pois nesses locais são muitos os factores que podem ditar a “morte do artista”.

Sem GPS (ainda, e vai continuar assim por muito tempo, não há verba…), lá delineei um roadbook (à boa maneira portuguesa) com as notas, localizações, cruzamentos, etc… que julguei necessários ao empreendimento.
Tendo um bom sentido de orientação no terreno, não julguem que perdi muito tempo com o assunto, mesmo assim e para qualquer eventualidade levei a minha velhinha bússola, não fosse o diabo tecê-las…

Às 08h30 em ponto, um táxi parou junto à minha estância de férias, daí segui já todo equipado para a oficina onde a minha fiel companheira me aguardava (sim, hoje como sempre vou chamar-lhe fiel, desejando que nada lhe aconteça), agora com um novo apêndice; pois tivemos mesmo que substituir a roda traseira na íntegra.

Feitos os necessários testes de forma a verificar se o serviço encomendado tinha sido bem executado, lá arranquei com destino a Appenzell (centro das operações de hoje em diante, sempre que rolar para a área do Säntis); já passava das 09h00 e o dia prometia (muito sol, calor = desidratação).

Pelas 17h00 já estava de regresso à minha estância, tendo percorrido 50 kms; nada mal para uma primeira volta a “sério”. Foi um dia passado em total paz, harmonia, uma comunhão perfeita entre o homem e a natureza, conforme poderão constatar pelos registos.

A volta foi sendo executada sem stress (o dia estava por minha conta), tirando aqui e além fotos para a posteridade (cerca de 110), das quais apenas coloco 36, sendo que restantes poderão ser vistas na Crónica Nº05 em www.bravosdopelotao.com .

Enquanto deambulava pela montanha e “eclipsado” por tamanha beleza, vieram-me à mente por diversas vezes, episódios de outras voltas realizadas na companhia de outros Bravos, sobretudo do Bravo Sénior (sim, eu sei que sabes que estou a falar de ti…), por quem tenho o maior apreço e consideração, uma vez que nunca me deixou ficar mal e sempre disse “presente” a todos os meus convites, por mais difíceis, arrojados que fossem (bons tempos) tal é a sua paixão por esta actividade.

Posto isto, eis pois o registo do dia…


A caminho de Appenzell, com Säntis em pano de fundo.
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Appenzell fica a 785 mts
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Os Suiços não descuram nenhum pormenor, fornecem todas as informações para quem pratique BTT, bicicleta de estrada, caminhadas, patins em linha, etc…
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Un petit aperçu d’Appenzell.
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O meu quintal, palco das próximas aventuras.
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A alguns kms ainda de Wasserauen.
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O início da peregrinação, a partir daqui é sempre a subir.
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Vacas (no bom sentido) são o que não falta por aqui.
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Já dá para ter uma ideia do que se sobe, pois é, ao fundo vê-se o vale, ponto de partida.
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O caminho em algumas partes foi escavado na própria rocha.
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Beleza… e Säntis lá ao fundo ainda com neve.
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Säntis para quem não sabe é onde se encontra a antena.
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Ponto da situação 1.131 mts (os tempos são para quem caminha).
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Uma imagem vale mais que mil palavras.
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Pois é, vou mesmo até ao fim do caminho, lá no topo.
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Saiam da frente…
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Gostei desta panorâmica…
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O lago já era, em frente é o caminho e pelo menos até aos 1.215 mts.
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Esta borboleta quer ser actriz, teimou em ser fotografada e é que não me largava mesmo.
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“As vacas” Suiças são muito meiguinhas.
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A minha fiel companheira também merece posar…
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Em conversa com um nativo, que por sinal até é cliente da minha estância, fiquei a saber que estas casas são para alugar.
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Gosto mesmo de usar a função panorâmica sempre que se justifica.
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Caminho à volta do lago, quase sempre ciclável. Reparem no tom da água.
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A partir daqui é sempre a subir, mas como diz o adágio “ o que sobe, acaba por descer”.
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Um dos meus instantâneos favoritos.
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Este local merecia a panorâmica…
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Não se iludam, foi feito a subir…
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A partir daqui o Je vai ter de aplicar os seus conhecimentos técnicos, adquiridos num curso intensivo, aquando de uma visita efectuada às Minas dos Carris em pleno Parque Natural da Peneda-Gerês (vide no site BDP a volta Nº31)
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E a descida técnica lá continua.
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Aquela casa é um restaurante com esplanada. O local chama-se Ebenalp e fica a 1.640 mts. A única forma de lá chegar (aparentemente) é de teleférico (a vermelho). Como Português, vou ver se furo o esquema e depois conto-vos…
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Tal como informado, transpirou-se muuuiiitoooo. Se não tem placa a proibir, é porque se pode beber. Os Suiços privilegiam o uso da madeira em quase tudo. Ainda salpiquei a minha “amiga”, pois estava a portar-se à altura dos acontecimentos, mas esta preferiu umas gotas de óleo.
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Mais uma descida técnica. No Google Earth esta zona apenas apresenta uma floresta, pelo que só estando lá é que se descobre este trilho.
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Ali em baixo foi por onde eu iniciei a minha peregrinação. Nem quero pensar se tivesse tido a “brilhante ideia” de efectuar o track ao contrário.
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Isto é Wasserauen (ponto de partida para os que caminham e não só). Como constatam vê-se a vermelho o metro de superfície, pelo que em caso de avaria, não há espiga, resolve-se facilmente.
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Frondoso parque à beira rio, no regresso a Appenzell.
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Esta volta superou de longe as minhas expectativas, pois tinha um pouco de tudo e recomenda-se.

Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…

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jomendes

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Parabéns pelo feito e obrigado pelo Report

continuação de boas " Férias " sempre com alguns PEDALANÇOS pelo meio
 

AFP70

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Um Bravo sofre quando rola abaixo dos mil…

Decorreram cerca de 3 semanas desde a minha última aventura. Não que não tivesse vontade de andar, mas o clima aqui na minha estância de férias anda esquisito. Nos dias em que realmente posso rolar, S. Pedro lembra-se de chorar desalmadamente e é cada temporal, com muito vento e relâmpagos, que nos levam a pensar duas vezes antes de tentarmos qualquer incursão em alta montanha.

Esta terça feira, embora as previsões meteorológicas fossem de chuva para o dia, resolvi que já estava farto do pranto de S. Pedro ou será que este anda a beber em demasia e necessita de satisfazer mais amiúde necessidades fisiológicas de carácter líquido (recordações do tempo do serviço militar) e vai daí toca a mexer o esqueleto.

No dia anterior tinha programado voltar a atacar a zona do Säntis (a única neste momento que me dá pica), mas a ideia de que no dia seguinte iria eventualmente chover, conduziu-me a despender mais tempo com o meu camarada de armas pela noite dentro, sendo que acabamos os dois envolvidos numa orgia (não, não é o que estão a pensar…) de bebida e jogo.

Quando me apercebi, eram já quase 4 da manhã e como forma de apaziguar a minha mente, pensei “Deixa-lá, amanhã até vai chover!”.

No dia seguinte, affffffiiiiinnnnnaaaaallll não choveu. Por.. para as previsões meteorológicas, em minha opinião em grande parte dos casos, são como as sondagens, valem o que valem.

Após meter alguma coisa no bucho, eram já 13h00, decidi arrancar para mais uma volta. Como a ânsia de ir ao Säntis era grande, mas o tempo já não o permitia, fiquei-me por uma volta ao sabor da vontade, ao Deus dará, que acabou por se tornar num verdadeiro suplício; pois quando se pedala sem destino pré-definido, a vontade de arrumar a bicla é proporcional ao nº de kilómetros efectuados (só para entendidos).

Enquanto pedalava e olhava para a minha montanha de eleição, vários pensamentos perpassavam pela minha mente (reminiscências da noite anterior, rica em líquidos destilados), mas um em particular não parava de me zurzir a mioleira “What the fuck are you doing here, when you could be climbing a mountain”.

Foi nesse momento que percebi ou cheguei à conclusão de que aqui nas Terras Helvéticas só serei feliz quando caminhar pedalando até ou acima dos 1.000 mts, sendo que altimetrias inferiores, não me darão a mesma pica.

Como membro fundador do restrito grupo Bravos do Pelotão, por diversas vezes tinha recebido feedback de que as nossas voltas, não eram nada fáceis, em particular as realizadas no Gerês, pelo que agora entendo melhor a minha verdadeira natureza.

Reconheço que sou um trepador. Pedalar para mim é sinónimo de subir. Enquanto subo não penso em mais nada, apenas no esforço e na vontade de lá chegar, ao cimo. Claro que o gozo da subida é duplamente recompensado pelo gozo da descida, e então quando mete singles, aí sim atingimos o nirvana.

Ejecs… à parte, e porque quem me conhece, sabe que nunca saio de bicla ou sujo a mesma para voltas inferiores a 20 kms, toca a delinear um plano B como forma de aumentar a distância. Meu dito, meu feito, toca a seguir até Speicher e de seguida Trogen (vila muito bonita, mas em dia de falta de inspiração, acabei por não tirar fotos…).

Eis os poucos registos do dia para uma volta que mesmo assim acabou em cerca de 25 kms.

A imagem que acabou por me massacrar a mente durante esta volta.
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Alguns kms à saída da minha estância.
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Entrada num bosque.
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As sombras sabiam sempre bem.
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Primeiras descidas.
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Início de uma subida bastante técnica.
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Chegada ao cimo.
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Aqui nada de novo.
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As plaquinhas amarelas como de costume, para o pessoal não se perder.
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Sim, de vez em quando também encontramos disto.
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Welcome to Speicher.
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Início de um single que prometia. Já o tinha percorrido a pé anteriormente.
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Acreditem que da próxima vez que lá passar a erva está cortada, tal é o zelo dos Suiços.
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Não tinha mesmo mais nada que fazer.
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Agora sim, single a valer.
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E lá continua por entre árvores, raízes.
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Parecia que estava numa qualquer floresta americana.
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Em caso de dúvida, bem ou mal, opto sempre pela direita, vá se lá saber porquê.
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For Lovers of Bird Watching e não só, guess what.
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A caminho de Trogen.
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Não, não é o touro espanhol, mas reparem no pormenor da placa no meio do campo.
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Lago de Constança ao fundo.
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Isto é Rorschah.
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Uma panorâmica da zona como não podia deixar de ser.
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Totem helvético, esculpido de raiz numa árvore possivelmente doente.
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Ir a Rorschah, só mesmo quando desejar apenas rolar, sem sacrifício.
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Esta volta embora tenha nascido torta, acabou por se endireitar. Soube a pouco, mas foi melhor assim, melhor que aturar a neura de não rolar.

Cumprimentos betetistas e até à próxima crónica…

Alexandre Pereira
Um Bravo do Pelotão, neste caso sem…


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