Cadência de pedalada ideal

heckler

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Boas

Qual a cadência de pedalada ideal para as voltas de btt de fim de semana.
Quando por exemplo se fala em 60 pedaladas/minuto, cada pedalada corresponde a uma volta completa da pedaleira?


Boas pedaladas...
 

jol8485

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Sim.
O ideal é pessoal e depende de cada um. Há quem se dê melhor com altas cadências e quem se dê melhor com baixas cadências (mais força).
É apenas mais uma factor para ajuda no treino, fora deste âmbito acho pouco relevante (claro que nas subidas deve-se manter uma cadência mais alta para ter "margem de manobra").
 

pmtb

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aqui esta esse assunto explicado por professores e profissionais
http://www.forumbtt.net/index.php/topic,13864.0.html

Mais me valia apagar o que escrevi abaixo. Mas sempre é o ponto de vista de um bttista que tem procurado melhorar a sua performance.
É que quero eventualmente na SRP160 de 2009, chegar mais cedo do que cheguei em 2008, e sobretudo menos exausto.
Aprender com os erros. Não basta a vontade de. Há que construir uma boa forma, potenciá-la nos treinos, recuperar bem depois dos treinos e provas, manter a boa forma. Sem boa forma não há técnica milagrosa.

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É uma volta completa de um pedal sim. Para fins semana, o que te trará a melhoria da forma e do desempenho mais util se tiveres ambições de treino de velocidade em montanha, é sempre que quiseres ir mais depressa, procurares sobretudo recorrer a mudanças mais fáceis e cadências maiores, 80-90 rpm. Cansar e parar de todo não vale. Regularidade.

Vou explicar o que sei, de procurar melhorar pessoalmente, de um ponto de vista de competição, ou de eficiência, pois de resto para simplesmente andar de bicicleta alguns km.. basta ter-se aprendido a equilibrar na bicicleta.

Cadências mais baixas e maior força de pernas
*estão associadas a frequências cardiacas mais baixas

- > Em treino serve para aumentar a força muscular, capacidade de vir a dispõr de uma pedalada mais potente.
mas devem ser curtos periodos de cada vez.
-> É desadequado para aquecimento inicial, pois aplicar mais força ainda com as articulações frias favorece o surgimento de lesões.
- > Em provas quanto mais se recorrer a esta técnica, mais se vai esgotando a capacidade muscular das pernas.
- > É adequada nas provas descansar por curtos periodos do esforço geral de cadências e frequências cardiacas mais elevadas.
Baixa-se apenas um pouco a frequência cardiaca, recupera-se fõlego. Volta-se á cadência superior logo depois, para elevar de novo a frequência cardiaca.


Cadências mais elevadas com menor força por pedalada
* estão associadas a frequências cardiacas mais elevadas

-> Em treinos serve para treinar a pedalada ideal, fluida, e treinar o esforço cardio-vascular associado.
-> Mais que muito elevada, deve treinar-se uma cadência regular.
-> É como empurrar um objecto que já leva uma velocidade inicial, ao invés de cada pedalada ser uma aceleração do zero.
Portanto se proporciona maior eficiência é a mais explorada pelos atletas.
-> Proporciona ainda assim algum aumento da força muscular, gradual e progressiva, que acompanha o aumento da forma em geral.
-> Dizem que a alta frequência cardiaca aumenta a circulação sanguinea, re-hidratando e levavando nutrientes mais rapidamente aos musculos, e retirando os ácidos lácticos, ajudando assim a endurance da força muscular.
-> É a melhor forma de fazer aquecimentos, começar o treino numa nova época, ou começar uma prova, e gerir o esforço até ao fim.

Há que treinar as duas formas, gerir o esforço, e são esforços diferentes, com aproveitamento diferente.
Quando se começa a pedalar, sobretudo em treino, nunca se deve começar logo a correr nas cadências máximas, ou subir logo uma rampa de alguns km á força de pernas. Meia hora a uma cadência intermédia, até aquecer, e ficamos em forma para mantê-la pelo passeio fora, é o ideal.

Com o treino, maior fluidez, cadência regular, poupança de energia. Um esforço distribuido pelo corpo como um todo, ao invés de pedalar-se de forma arrastada, ás custas totais de um par de musculos de cada perna.

De outra forma,
Já vi num video alguem conhecedor dizer:
se faz suar é bom treino, se não faz suar não é bom treino

Já ouvi colegas comentarem de alguem em muito boa forma no BTT:
pois mas ele faz grandes tiradas com a bike de estrada. (rolar, fuidez, com cadência regular)


E por exemplo o atleta que ganhou o Serpa 160,
diz á chegada (video no site bttv) que na parte inicial dado o constante sobe e desce, e algumas subidas de inclinação consideravel, foi dificil manter o ritmo certo, quer ele dizer uma cadência significativa e regular. Depois não houve problemas, subentende-se: nos restantes 120 km ele conseguiu rolar com cadência regular, porventura sempre á volta dos 90 rpm, ou não muito superior, dado que no BTT e longas distãncias há que ter-se um rimo que possa aguentar-se até ao fim.

Dispende maior esforço e sofre mais desgaste, o atleta amador que leva mais quatro horas a fazer o percurso. É menos eficiente. Desidrata mais quatro horas. Precisa de energia muscular para mais quatro horas. Vai acumular ácido láctico durante mais quatro horas. Tem mais risco de cãimbras. Se não comer e beber o suficiente perde peso. Entra em exaustão.

Mesmo a ver provas curtas de OX de miudos iniciados, se vê isso. Os que não têm treino, cansam-se rapidamente. Algum com maior resistência tenta acompanhar os da frente forçando mudanças maiores com baixissimas cadências, forçando-se a recuperar terreno nas zonas planas, chegando ás subidas cada vez mais cansado, baixando o ritmo, sendo ultrapassado até por outros mais lentos mas com ritmo regular. E lá na frente vai um jovem com um sorriso na cara, sem sinais de perder o fõlego, pedalando nem depressa demais no terreno direito, nem devagar tipo exausto nas subidas, mas sim cadência média e muito regular.

A maioria da malta tem 21 combinações de velocidades, quem se inicia ou quer melhorar a técnica deve fazer experiências repetidas num mesmo trilho, e descobrir a combinação a que se adapta melhor e tira maior partido, não esperando descobrir tudo de um dia para o outro,
já que a forma fisica não melhora de um dia para o outro. Passar devagar. Depressa. Sentados. Em pé. O trilho repetidamente, permite-nos ver a evolução: onde antes passavamos a molengar e cansados, agora subimos a bom fõlego. Onde antes deixavamos os solavancos cortar-nos o balanço, impomos um ritmo vivo sobre eles.

Controlar o peso. Beber bem. Antes, durante, e depois. Eu perdi quase sempre peso nas maratonas. Agora ja ouvi um nutricionista dizer que se perdemos peso devemos beber o dobro desse peso nas quatro horas após. E beber dois ou mais litros de água nas horas antes.
De um aprendiz que virou a atenção da bike, para o motor que a faz andar, que andava sem água, com óleo por renovar, e saía de depósito meio vazio.
 
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