A bicicleta atacou-te, foi?

onix

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Coitadas das bikes que se devem ter mexido...pois os "Robocop's" são instruídos psicologicamente, para baterem em tudo o que mexa.

Quanto a outros tipos de comentários, quer-me parecer que são feitos de barriga cheia e quando assim é, é sinonimo de que só conhecem a "miséria" teoricamente, pois a pratica é muito diferente.

A manifestação a que assistimos foi feita por quem sente na pele a realidade miserável.
-Por quem quer trabalhar e não consegue emprego.
-Por quem vê o seu ordenado mínimo ser cada vez mais reduzido.
-Por quem vê a sua reforma ser menor a cada ano que passa.
-Por pessoas que confiaram nas palavras dos candidatos ao "Poleiro" e que depois na pratica viram-se completamente enganados.
-Por pessoas que não têm comer para dar aos filhos .
-Por pessoas que não conseguem ver uma luz ao fundo do túnel.

Quando as pessoas se vêem nestas situações, fazem "coisas" das quais nem pensavam ser capazes de fazer

Para aqueles que mesmo sem terem o futuro garantido, mas que vão tendo um presente "razoável", eu desejo muita sorte e que nunca tenham de engolir as palavras que por aqui vão proferindo.
 
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Mach 4

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Tanta gente a cuspir para o ar...

Mais vale a pena pedir a dupla nacionalidade. É isso que muito português já está a fazer lá, pedido de residência para ficar lá fora no estrangeiro, longe a viver longe desta confusão. Muitos esquecem-se é que por detrás dos policias estão aqueles que nos dão as "pauladas e cinturadas" de mansinho e ás escondidas.
Esses que estão desacreditados nesta nação são os que estão agora a emigrar...com intenção de não voltar. Se calhar esses é que estão a ser espertos pois deixaram de ser sádicos. Até a própria Troika avisou o nosso governo que já chega de tanto imposto, mas mesmo assim o Passos ainda quer teimar com algumas politicas completamente descabidas. Estão á espera de quê? - De também emigrarem, como muito PSP e GNR já estão a fazer, ou de dar a cara e lutar por o que aqui vai ficar?
Vamos então mudar isto tudo com a actual democracia da treta, e daqui a 20 anos, quando este país se tornar um canto semeado com velhos a comer a sopinha do dia vamos olhar uns para os outros conformados com o que lutamos.

Ainda me vou rir muito...
 

Rui Marçal

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Olá onix,

Permite-me discordar, embora o que escreveste também seja verdade, mas não é só isso, as manifestações são feitas:

- Pela oposição que quer derrubar que lá está agora, não por discordar das políticas, mas porque quer para lá ir;
- Pelos que por lá passaram há muito pouco tempo e já se esqueceram que foram eles que deram a maior machadada no País (não esquecer quem governou nos últimos 16 anos);
- Por muita malta trabalhadora do Estado que ganha grandes ordenados, que nunca conheceu o patrão, que pode fazer greves, que subia no emprego sem fazer nada, que tem transportes à borla, que tem médicos à borla, etc...
- Por estúpidos que pertencem às claques de futebol e até um italiano,

Estes sabemos nós que lá estavam, pois foram dentro, mas como este País é como é já cá estão fora...lol...

Os privados? Esses, provavelmente a trabalhar para produzir o que se devia ter exportado, mas como os estivadores estavam em greve, porque ganham só entre 3500 a 5000€, não se exportou...etc....


Infelizmente é este o país que temos, ou se calhar que merecemos...

Quer trabalhar? Na minha empresa apesar da crise, para arranjar pessoal é uma gaita. Em 10 que arranjamos 2 são bons, 3 servem para a função, 2 nem cá metem os pés e os outros 3 andam a pastar. É este o País que temos, são muitos destes é que vão para as manifestações.

Muitos, mesmo "sem dinheiro" vão para as manifestações beber, fumar e partir as montras, carros e arrancar as pedras da calçada. Estão descontentes com quem? Com o dono da vitrine que partiram ou querem dar trabalho aos calceteiros?
 

abelha2

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Não é que eu concorde, mas os ditos robocops

- Quantas vezes avisaram para dispersar?

- Com quantas pedras da calçada levaram, antes de dispersarem a multidão?

Deixem de parecer inocentes, todos sabemos que antes de haver uma carga policial, há dezenas de avisos. Agora, se os idosos lá continuaram, as mulheres lá continuaram e pelo que vi de inocentes não tinham nada, pois como se viu atirarem-se ao dito robocop como o fizeram, eu digo-vos eu pregava com elas no "estaleiro"

E porque não dizem antes, politicos de *****....


Mas pronto esta é só a minha opinião..

Poderia-me armar em militante de algum partido do qual não gosto muito e dizer que isto é para o povo ter medo de ir às manifestações. No entanto não vou ir para essa demagogia.

Nas imagens da manifestação que tanto por aí circularam há duas coisas que me revoltam:

1º Meia duzia de pessoas estão montes de tempo a arrancar e a atirar pedras e nenhum policia faz nada. Nas claques de futebol, e bem, vão policias lá no meio, à paisana ou não para controlarem estas situações, e tentar que não se crie um clima de guerra, de um lado uns, e do outro outros. Se 2 ou 3 daqueles policias que tavam nas escadas, tivessem ido deter, ou mandar bastonadas, nos meninos que as camaras de televisão filmaram a arrancar pedras, secalhar em vez de estarem a ser criticados, recebiam palmas.

2º O bater indescriminadamente, e repetidamente, em tudo o que aparecia à frente. As pessoas começaram a fugir, e mesmo assim, senão corriam mais rápido que eles levavam. Isso acho rídiculo, nem aos animais se faz isso.

Sabem o que acho e tenho vários amigos na PSP e um deles foi uma das vitimas que até aparece numa foto cheio de sangue na manifestação de Setembro, acho que essas pessoas que se queixam da policia ter reagido como reagiu, deviam era em vez de gritarem calma quando a policia dispersou a malta, deveriam ter gritado calma a quem esteve durante horas a apedrejar os polícias, pois eles são os primeiros a quem cortam os salários e os subsídios, sei disso por causa própria porque já trabalhei para o Estado.

Concordo, mas essa não é a função dos manifestantes, mas sim da policia
 

abelha2

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Concordo com o que o onix disse, embora não concorde com essas atitudes.

Li também aí para trás, pessoas a queixarem-se de trabalharem na função publica. Ok foram os mais castigados, concordo. Mesmo assim apesar de castigados, continuam a ter salários acima da média.

Veja-mos o meu caso. Tenho uma licenciatura. No sector privado, se consegui-se emprego, comparando com o que ganham os meus colegas, ganhava 600€/700€ (conheço um colega que fez um estagio profissional (690€) e no final do estágio foi contratado, a ganhar 600€. No publico, como licenciado ganha-se 1201,85€.
Esse salário é exagerado? Não, acho justo. Certamente algumas pessoas até mereciam receber mais. No entanto comparado com o sector privado estão melhor. Não é o publico que ganha muito, mas sim o privado que ganha pouco.

Acrescento outros dois exemplos:
-A minha irmão fez greve, tinha férias marcadas. Nesse preciso dia da greve, a empresa lembrou-se de que tinha direito a escolher metade das férias do funcionário, e então mudou com uma semana de antecedência as férias.
-No verão fiz uns trabalhos a recibo verde, para ganhar uns trocos. Pagaram-me no dia 30 de Outubro, mas exigiram que o recibo verde fosse passado com a data que está no contrato. Ou seja, tive de pedir dinheiro emprestado aos meus pais para pagar o IVA dentro do prazo, pois o prazo conta a partir da data de prestação do serviço, e não da emissão do recibo, como deveria ser num país normal.

Em resumo, não acho que os funcionários publicos ganhem demais, ou tenham demasiadas regalias (tirando aqueles que nada fazem, mas que acontece em todas as empresas grandes), na maioria dos casos.

Apenas não concordo que "chorem", pois quem está no privado, ou desempregado como eu está bem pior. Se acham o privado tão bom, mudem, como fazem as pessoas dos cargos de topo que ganham mais no privado.
 

Rui Marçal

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Boas abelha2,

Falaste bem amigo...

A malta do Estado queixa-se...compreendo que atualmente a vida dos prof. é complicada, não pelo salário que ganham, porque ganham bem para as horas que fazem, mas porque este ano estão aqui, para o ano estão onde?

Um enfermeiro devido à responsabilidade que tem deveria ganhar mais...

Um polícia devido ao risco que corre deveria ganhar mais...

Agora o resto da malta?

Há uns anos atrás e hoje ainda todos queriam ir trabalhar para o Estado. Porquê? São estúpidos ou o Estado ainda continua a ser o melhor empregador com bons ordenados, regalias e boa vida...

Agora estão descontentes? Ainda não vi ninguém desempregar-se e imigrar ou tentar ir para o privado. Porquê? São estúpidos ou o privado e imigrar é pior...

Acho piada que as maiores criticas ao governo atual vem do pessoal da Função Pública...estão a se prejudicados...pois estão, se andaram a comer a carne agora roem os ossos. O problema é que o privado sempre andou a roer os ossos, carne só para alguns. Agora continuamos a roer os ossos, mas até esses o Estado está a tirar a Nós...mesmo assim estamos mais calados, provavelmente estamos habituados.

Também acho piada, às discussões que tenho assistido nas minhas voltas de bike. A malta do setor público a criticarem os empregos de uns e de outros dento da função pública, a apontarem o dedo uns aos outros...Eu sou do privado e estava a assistir à conversa. Eles nem falam do privado, porque para eles o privado nem conta. É o venha a Nós e os outros que se lixem. O privado só serve para descontar para depois terem mais férias por ano que o privado, para trabalharem menos horas, etc...etc...
 
Viva pessoal...

Isto com o devido respeito, parece-me a mim que a malta ainda tem uma ideia retrograda do que é a função pública.
Os tempos mudaram minha gente, já não há estatutos que valham alguma coisa.

Eu como estou queimado consigo falar por experiência própria...
Ora em 2008 fui colocado em regime de contrato a Termos Certo Resolutivo pelo período de um ano no Tribunal em Sintra a desempenhar funções de Oficial de Justiça, as quais era remunerado com cerca de um terço do que aquilo que os meus colegas ganhavam.
Vim de Leiria para Sintra, deixei tudo e todos para trás, o qual me arrependo solenemente, porquê?
Porque tanto eu como os meus outros 399 colegas que estavam neste regime em todo o País, viram-se ao fim de três anos de renovações este último a não ser renovado, logo todo aquele anseio e desejo de ficar a trabalhar viu-se por água abaixo.
Resumo disto, são três anos da tua vida em que perdes tudo e todos pois deixaste os teus amigos de infância para trás os quais foram se casando, e tu solitário a 300 km's (eu) outros a 600 km's de distância longe das pessoas que se amava.
Agora o que há a fazer, é claro, voltar a fazer tudo de novo pois o pouco dinheiro que te davam mal chegava para a renda da casa e despesas, e então vês-te obrigado a voltar para casa dos pais.
E para finalizar, viemos para a rua em Setembro de 2011 para a rua e ainda tenho amigos meus sem trabalho, nem subsidio de desemprego pois aquele havia sido o primeiro trabalho, e estão os pais novamente a sustentá-los.
Isto é apenas um mero exemplo de vida onde 400 jovens tiveram a mesma infelicidade.

Se formos falar de professores sei de pelo menos 3 senhoras que ao fim de anos e anos a leccionar vêm-se agora sem colocação.

Enfermeiros, sabem onde estão??
Tudo na Inglaterra, onde estes são valorados, pois cá dão-te 2.62€ à hora como aconteceu na última polémica deles.

Isto são apenas meros exemplos, pois ainda hoje a notícia é que vão despedir pessoas da função pública.

A função pública já não é o que era à cerca de uns anos atrás pessoal.
Mesmo quem já lá está dentro é cortes atrás de cortes, horários alargados.

Digo-vos, eu hoje estou no privado e abençoada a hora....
Este país vai de mal a pior, mas não é com guerra nem com aquilo que temos vindo a presenciar que isto vai mudar...

Saudações...
Nelson Alves
 

miguelcarromeu

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Rui Marçal said:
não pelo salário que ganham, porque ganham bem para as horas que fazem

Viva Rui

Posso perguntar-te com que base afirmas tal coisa?

Ou as "horas que fazem" os professores, resumem-se apenas a horas de aulas?

Cumps
 

Rui Marçal

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Olá Miguel,

Os professores fazem quantas horas semanais? 40 não são, nem 30...

Claro que me vais dizer que tem de preparar os testes, corrigi-los, receber formação, etc...E concordo. Mas a esmagadora maioria não faz 40 horas semanais...

Já me esquecia, a Função Pública não te de fazer 40 horas semanais, essas quem tem de as fazer são os privados. A Função Pública só precisam de fazer 35 horas semanais...para já...

Boas pedaladas.
 

miguelcarromeu

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Olá Rui

Os professores fazem 35 horas semanais; se for necessário apresento aqui um horário normal de um professor.
Fazem 22 horas semanais lectivas; e as restantes 13 são não lectivas.
Se a esmagadora maioria faz ou não mais do 35 horas semanais? Não tenho dúvidas que muitos farão bastantes mais que isso. Mas claro, são coisas que não são completamente transparentes e é natural que existam dúvidas relativamente a isso; mas também é verdade que deveria haver um mínimo de reflexão sobre alguns assuntos, porque, nem que seja pelos educandos, todos acabam por ter possibilidade de reflectir sobre estes temas. Ou, porventura, acharão que 13 horas por semana chegam para preparar as aulas, fazer testes, corrigir testes, fazer reuniões, frequentar formação (da treta) obrigatória, receber encarregados de educação com dúvidas existenciais...?

Se há quem não os cumpra? Há claro! Também não há quem não cumpra na profissão que desempenhas? Como também os há em todas as profissões! É transversal, infelizmente.

Também lamento que a análise ao desempenho dos FP seja um corte a direito, que se generalize de forma discriminatória e apenas se compare aquilo que interessa.

Como o Nélson disse, há muita precaridade no Estado. E se estamos numa de comparar, eu no privado já seria efectivo há 10 anos; ao invés, no público, tenho contrados anuais, sem possibilidade de progressão, independentemente do meu desempenho profissional ;)

Cumps
Miguel
 

Rui Marçal

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Olá Miguel,

Para mim a classe dos prof como já disse mais atrás é uma das sacrificadas. Simplesmente te respondi em relação ao horário. No privado somos todos obrigados a fazer as 40h, na FP nem todos fazem as 35 obrigatórias como sabes e bem. Tem mais dias de férias e até podem ou podia meter não sei quantos artigos por ano para faltarem...

Se a malta na minha empresa não cumprir com a função que desempenha, paciência, só a minha empresa vai ao fundo e tu não sofres com isso. Agora se no Estado não cumprirem com a função que devem desempenhar, chegamos onde estamos, quase na banca rota e todos sofremos...

E quem te disse que se estivesses no privado já serias efetivo? Isso nunca foi assim e agora muito menos. Antes, no Estado é que era assim, fosses bom ou não, passavas a efetivo logo com grandes ordenados e cheio de regalias. Em relação à possibilidade de progressão na FP, todos sabemos que bastava ter anos de casa para subir nos escalões, fosses bom ou não, merecessem ou não.

Agora as coisas para a FP estão piores, mas bem vindos ao meu barco que sempre foi assim e a FP ainda está melhor que os privados. Aguardem que isso ainda vai ficar pior.

Boas pedaladas Miguel.
 

Alcatraz

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Concordo...
Conheço muito boa gente que aos 51 anos está reformada porque trabalharam na função publica, a trabalhar 35 horas como foi referido, e com as respectivas regalias...
Dói tocar no que nos deram e agora tiram mas não é só a vocês público, porque privado também é assim, e outra comparem os ordenados da função pública com os privados e façam médias, modas, medianas, o que quiserem e vejam com os vossos próprios olhos...
O maior cego é aquele que não quer ver ou que lhe não convêm ver...
Cumps...
 

abelha2

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Nelson, no meu post, referia-me ao teu anterior. E como disse não acho que isso seja bom, aliás recentemente concorri a um emprego numa camara municipal, "ocultando" que tinha uma licenciatura para tentar depois conseguir subir de posto, até que quando me informei do preço da renda de casa na zona, desisti da ideia.

A função pública não é o mar de rosas que já foi, claro que não, mas continua a ser melhor que o privado. Se não for mais, pelo motivo de cumprir mais ou menos a lei.

Há pessoas a trabalhar e estudar, que por tarem a recibos verdes não têm direito a estatuto de trabalhador estudante. Outros que têm direito a esses estatuto, mas quando pedem o dia para ir a um exame dizem "meta um dia de férias", "se fazes greve, vais pa rua" entre outras coisas.

No teu caso, o andar 3 anos com contratos a termo e não renovarem, isso não acontece na função publica apenas, acontece e muito no privado, hoje em dia muito poucas empresas dá um contracto efectivo, a não ser em casos excepcionais.


Falaram também dos enfermeiros, que ganham pouco. Sim ganham, tenho colegas que estão à espera de entrevistas para irem trabalhar para Inglaterra. Mas há duas coisas importantes sobre isso:
1º A polémica que houve, do valor ridículo à hora, passava-se no privado, pois eram empresas subcontratadas do estado (mais uma prova que o privado não é assim tão bom)
2º Há um enorme excesso de enfermeiros, não percebo como o governo mantem em universidades privadas o ensino desta profissão. (há uma cá no porto que em principio irá fechar)

Por ultimo os professores:
Antes de mais acho ridículo o que se passa com o concurso dos professores, certamente há uma melhor forma de fazer isto sem dar cabo da vida das pessoas.
Têm trabalho fora das aulas? Claro que sim, mas esse trabalho é um pouco "sazonal", numas alturas tem mais, noutras têm menos. A preparação das aulas acho que é uma falsa questão, pois o verdadeiro trabalho está nos primeiros ano, depois é só fazer pequenos ajustes.
O que por vezes é ridículo, é os professores universitários, que por vezes tem salários astronómicos, e o nível de trabalho que têm é inferior, na minha opinião, a outros níveis de ensino. A maioria faz uns acetatos no primeiro ano que dão a disciplina, e depois usam aquilo anos a fio, sem terem muito mais trabalho com isso, e têm a faculdade como um part-time (pois trabalham noutros locais) em que ganham 3000€ por mês.

Como em todas as profissões à excepções, tive uma professora na faculdade, que chegou ao ponto de vir tirar dúvidas a faculdade, num domingo as 21h30...
 

Mach 4

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Se é para falar sobre funcionários públicos vs funcionários privados...

http://www.forumbtt.net/showthread....s-vs-funcionários-do-Privado-Qual-escolherias

Eu esta semana ouvi na rádio que existem câmaras com departamentos paisagisticos que elaboram/estudam e aprovam cerca de 2 a 3 projectos por mês. São cerca de 500 pessoas a trabalharem para fazerem isso 2 a 3 vezes por mês. Meio milhar de funcionários publicos...muitos mais exemplos se arranjam por esse país fora. E depois é como o Rui diz, nunca estão bem com a vida que tem e parecem sempre uns inconformados com as injustiças da treta entre a sua classe. Egoísmo e mesquinhez puros. Claro que também há excepções, mas muito poucas.
Quem paga esta enormidade toda? - o Estado??

E quem É o Estado?
 
Last edited:
"Já me esquecia, a Função Pública não te de fazer 40 horas semanais, essas quem tem de as fazer são os privados. A Função Pública só precisam de fazer 35 horas semanais...para já..."
Ergh... Errado. Nos contratos antigo estão estabelecidas as tais 35 horas semanais, mas em todos os novos contratos, vem uma carga horária de 40 horas semanais, em contrato a termo certo.

Quanto ao vídeo, nem comento. A malta quando frita, faz coisas que não têm explicação...
 

miguelcarromeu

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Olá Rui

Quando me referia à impossibilidade de poder estar 10 anos a contrato no privado, referia-me ao facto de poder estar 10 anos consecutivos e sem intervalos temporais. No privado isso acontece mas é com "falsos" despedimentos e re-contratações. No caso do estado é mesmo a olho nu e sem cumprir com a Lei.

Quanto ao facto de haver muitos que não cumprem, eu, no meu serviço, sou o primeiro a defender uma avaliação justa e transparente, tendo como consequências a expulsão da(s) carreira(s) quando, comprovadamente, determinado indivíduo não cumpre com o que lhe é pedido.

Abelha2,

Acho um pouco ostensivo discorreres sobre o trabalho que os professores têm, sem o devido conhecimento de causa. Se é verdade que por vezes as 35 horas semanais chegam, muito mais são as vezes em que 50 horas não são suficientes. E acho que fazes uma comparação que não é possível: Básico vs. Superior; são incomparáveis e as carreiras completamente diferentes. ;)

Concordo, no entanto, com muitas das coisas que dizes e, igualmente, com o Rui, quando diz que as coisas ainda vão ficar piores.

Boas pedaladas a ambos :)
 
Acho que isto é uma discussão sem termos, pois estamos todos cheios de razão, e por mais se diga que aquilo é preto, quem só vê o branco nunca consegue ver o preto e vice-versa.
Pois isto daria muitas discussões porque é uma área muito abrangente.
Mas uma coisa é certa, a Função Pública já não é o que era, e já não têm estatuto nem regalias nenhumas.

"Quem tem trabalho seja onde for, neste momento trabalhe o mais que consiga." - É o que posso dizer para terminar a minha intervenção.

Com os melhores cumprimentos,
Nelson Alves
 
@ Miguel: exacto. No meu caso andei 7 anos e meio a assinar contratos a terminar num dia e a recomeçar no outro, e trabalho num hospital...

@ Nelson: eu trocaria o "trabalhe o mais que consiga" pelo "segura-o o melhor que puderes".
 

froids

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O problema número 1 da nossa polícia é que são uns "paus mandados".
E não falo dos coitados que lá estão lá a levar com as pedradas na cabeça, arremessadas, na sua maioria, por colegas seus. Esses estão lá porque querem e no fundo devem-se sentir, também eles, muito frustrados com toda essas situações. Ninguém gosta, certo?!

Agora, para ficarem um pouco mais esclarecidos sobre esta situação particular...
Aqui fica um comunicado da CT da RTP.


COMUNICADO Nº. 49/12

A RTP NÃO É FIGURANTE NAS ENCENAÇÕES DO GOVERNO

Toda a gente sabe que, no dia 14 de Novembro, a polícia foi apedrejada durante hora e meia sem reagir. Toda a gente sabe que, depois disso, a carga policial cilindrou por igual manifestantes violentos e manifestantes pacíficos, passantes acidentais em S. Bento e alguns no Cais Sodré. Toda a gente sabe que as dezenas de pessoas detidas foram depois privadas de contacto com os seus advogados e submetidas a vexames em Monsanto. Toda a gente sabe que o ministro Miguel Macedo negou com solenidade a mesma existência de infiltrados que a PSP veio depois confirmar.

A actividade dos infiltrados e a passividade da polícia, durante uma hora e meia, só podem ter servido para justificar aos olhos da opinião pública as violências e arbitrariedades policiais. Em última análise o plano só pode ter consistido em intimidar as centenas de milhares de pessoas que nos últimos meses têm participado em protestos contra o Governo e em dissuadi-las de voltarem à rua. Tudo teve os contornos de uma grande operação de guerra psicológica.

Para continuar, nos dias e meses seguintes, a fazer render essa operação de guerra psicológica, o Governo quis lançar mão de todos os recursos. Entre eles, quis contar com imagens gravadas pela RTP. Aqui enganou-se. A cada passo que dava dentro da RTP, o pedido governamental tropeçava na resistência dos trabalhadores.

A Comissão de Trabalhadores tomou desde o primeiro instante o seu lugar – e só o seu, sem ocupar o de mais ninguém – nessa espontânea resistência dos trabalhadores. Do primeiro ao último instante, insistiu para que fosse esclarecida toda esta história nebulosa.

Uma parte das responsabilidades foi assumida pelo Diretor de Informação e pelo Conselho de Administração. Nada foi dito pela Direção Geral de Conteúdos. Um inquérito interno irá correr para apurar outras responsabilidades: o ministro Miguel Macedo deverá saber que nem nós somos figurantes da sua encenação, nem a RTP é uma manifestação onde possa colocar impunemente os seus peões infiltrados.

E são estas as responsabilidades políticas que deverão ser apuradas por quem de direito. Não pode tolerar-se que Miguel Macedo, para efeitos da propaganda do Governo, induza ao crime – seja com as pedradas dos seus infiltrados, seja com pedidos de imagens que pressupõem uma violação da legalidade pela RTP. Não pode tolerar-se que homens de mão do ministro entrem na televisão pública como numa quinta sua, sem mandado judicial, para visionar e requerer cópias de imagens destinadas exclusivamente ao trabalho jornalístico. E não pode tolerar-se um Ministério da tutela que tolera toda esta intromissão e dela se faz cúmplice, por acção ou omissão.

A hora é de apurar também as responsabilidades políticas.

O Secretariado da Comissão de Trabalhadores da RTP
comissao.trabalhadores@rtp.pt

Lisboa, 22 de novembro 2012


O Secretariado da Comissão de Trabalhadores da RTP
comissao.trabalhadores@rtp.pt

Lisboa, 22 de novembro 2012


PS: Como dizia um amigo meu: "A situação actual começa a tomar contornos perigosos."

Abraços
:xau:
 
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